Brincalhões, também. E irresponsáveis. Ainda
há pouco pareciam decentes nas suas propostas, que o próprio AG pareceu aprovar. Mas a desilusão logo
surgiu. Porque o que conta para todos afinal, é a algaravia do destaque, que a
subserviência ao status em que o forte domina logo destrói. Já Rio o mostrara.
Estes do IL, parecendo
ser superiores, não são mais que do mesmo. Tudo não passa de pose, artifício de
uma falsa compostura e seriedade. De facto, apesar da gritaria pateticamente
tenebrosa – por vezes - o Chega parece ser o mais corajoso. Mas tenho pena que
o CDS não se afirme mais.
A IL e a dança das cadeiras
Fora da economia, a atracção “formal” da IL pela
esquerda é tão intensa e bizarra quanto a repulsa que a direita lhe suscita.
ALBERTO GONÇALVES,
colunista do OBSERVADOR
OBSERVADOR, 19 fev
2022
A Iniciativa
Liberal (IL) quer que os seus deputados se sentem entre os deputados do PS
e os deputados do PSD, ou, nas próprias palavras, no lugar “mais distante dos
extremos”. Decorrem
daqui várias coisas curiosas. Uma delas é que a IL se
considera um partido do centro político.
Outra é que a IL considera que o PS é um partido politicamente
contíguo. Outra ainda é que a IL vive obcecada com o Chega.
A
obsessão com o Chega não é novidade nem é razoável. Há pelo menos dois anos
que, em aparente obediência aos interesses do dr. Costa, do PS e da esquerda em
geral, a IL gasta boa parte do seu tempo a demarcar-se do dr. Ventura.
Com cansativa regularidade, os seus dirigentes aparecem a traçar “linhas
vermelhas” face à extrema-direita, exactamente conforme a extrema-esquerda
decretou ser o correcto. Não era necessário. Toda a gente sabe que a IL não
defende a castração química dos pedófilos ou a prisão perpétua de não sei de
quem. Toda a gente sabe que o programa da IL defende
sobretudo o desafogo económico que o país não tem. A IL é que às vezes finge
não saber que o nosso atraso não é culpa do Chega, que não manda ou mandou, e sim
do PS, que mandou, manda e mandará o bastante para nos afocinhar nesta pobreza
mansa.
Num mundo ideal, o PS seria o extremo
do qual a IL guardaria máxima distância, o inimigo. No mundo real, o PS é o
inimigo, da IL e de todos os portugueses que não acreditam na estatização da
sociedade enquanto instrumento de uma vida melhor. Muitos desses portugueses votaram recentemente na IL.
Imagino que poucos o tenham feito para derrotar o Chega. Não posso falar pelos
275 mil eleitores. Falo por um, que escolheu a IL por achar que, na essência, o
seu discurso é o que temos de mais avesso ao intervencionismo que nos desgraça.
Esse particular eleitor gostaria que a IL fosse coerente com a aversão.
Do que não gosto é que a IL se
justifique com o exemplo do Parlamento Europeu e de uns parlamentos na Europa, onde
os liberais ficam de facto ensanduichados no meio dos assentos. A IL só não diz, embora não o ignore, que o centro das
assembleias em questão corresponde, grosso modo, a um centro ideológico,
seja lá o que isso for. E que, numa democracia comum, o centro da nossa
AR estaria na pontinha mais à esquerda, se calhar com umas cadeiras vazias de
intervalo para efeitos de clarificação. Por razões que não vale a pena
explicitar, a ortodoxia caseira possui um bolor marxista: o socialismo é a
regra, e as regras são definidas por socialistas. Não votei na IL para vê-la
aceitar semelhante jogo.
Não me refiro apenas à economia. Na economia, é razoavelmente evidente
que a IL está nos antípodas do PS (e é razoavelmente obscuro discernir em tais
matérias o lugar do Chega, cujos representantes, a avaliar pelo ocasional
patriotismo em volta da TAP e buracos similares, em certos dias talvez pudessem
sentar-se ao colo do PS). A chatice é que, fora da economia, a atracção
“formal” da IL pela esquerda é tão intensa e bizarra quanto a repulsa que a
direita lhe suscita.
Motivos
insondáveis levaram a IL a enfiar na cabeça que a alternativa ao
conservadorismo nos costumes passa por partilhar as “causas” do BE e afins, que
num monumento à ingenuidade a IL toma por “progressistas”. Infelizmente, as
políticas “identitárias” da extrema-esquerda são menos progressistas que a
mumificação de cadáveres. Os liberais deviam compreender que não é liberal
amontoar indivíduos sob critérios fortuitos, da “raça” ao sexo: o exercício
limita-se a servir o chinfrim público e, se correr bem, a dissensão social.
Combater o Estado não é convocá-lo para regulamentar ou legitimar as
preferências ou características de cada um. Assim de repente, julgo que é
justamente o contrário.
Não
me entendam mal. Sem excessiva proximidade, conheço óptimas pessoas na IL,
algumas com responsabilidades lá dentro. Não me ocorre nenhuma que,
isoladamente, discorde do que escrevi acima. Juntas em agremiação, porém, dá-se
por ali uma névoa qualquer que lhes amolece as convicções e as torna erráticas
– logo inúteis.
Não
é preciso responderem. Admito que temperar o que se pensa com o pudor do que se
diz dê votos imediatos. O problema é que, a prazo, também os tira. O CDS
morreu. O PSD entrou em coma prolongado. E chega do Chega. De agora em diante,
a IL possui um vastíssimo espaço para se espraiar. E é um
espaço à direita, gostem ou não da palavra, gostem ou não do lugar. A IL não é
obrigada a afirmar-se “de direita”, mas convinha-lhe não a repelir. O centro é do PS. A esquerda é das duas ou três
seitas leninistas (por caridade, incluo o dr. Tavares). O que sobra está à
disposição de um partido capaz de convencer os portugueses que apreciam a
liberdade. São um número restrito? São a audiência potencial da IL, que arrisca
perdê-la se tentar convencer os portugueses que abominam a liberdade. Em
suma, a IL ou é liberal em tudo ou não é liberal para nada.
Após tomarem posse, os deputados da IL
têm quatro anos e tal para mostrar o que valem. Até lá, têm um mês para matutar
no que querem valer. É melhor esperarem sentados. Resta decidirem onde.
INICIATIVA LIBERAL POLÍTICA PARLAMENTO
COMENTÁRIOS (278):
………………………………………………………
Paulo Cardoso: Identifico-me com o pensamento económico da IL. No entanto, desde cedo
percebi ser a única convergência que tenho com os ditos. Razão pela qual, não
tiveram o meu voto. O AG, deixou-se enganar e não se apercebeu que a IL tem
também, muitos amanhãs que cantam. Sente-se defraudado e expõe a desilusão. Faz
bem. As hipocrisias têm de ser expostas e AG costuma fazê-lo bem. Espero que o
continue a fazer e espero que o faça, numa próxima crónica, denunciando uma das
maiores hipocrisias políticas dos tempos modernos de Portugal: a ostracização
de um partido legalmente constituído, o mais escrutinado de sempre pelos
tribunais portugueses, legitimado pelo voto popular e, por sinal, o terceiro
partido mais votado. A hipocrisia, daqueles que apontam o dedo aos supostos
tiques fascistas e ditatoriais do partido, que não possuem a democraticidade
necessária para entender o voto expresso de cerca de 400.000 portugueses. A
comunicação social pactua com esta
hipocrisia. O presidente da república, ignora esta hipocrisia. Os partidos da
assembleia da república, aceitam esta hipocrisia. Resta, aos cerca de 400.000
portugueses cujo voto se pretende anular e aos outros que não se revêm neste
nada democrático golpe palaciano - perpetrado pelos auto proclamados paladinos
defensores da democracia, secundados por outras figuras afins - fazerem ouvir a
sua voz. AG. Reconheço em si qualidades, para combater injustiças. Agora que a
sua escolha política o começa a desiludir, dá-nos a honra de se associar a esta
justa e urgente batalha?
Maria Emília Santos Santos: Gostei da crónica! Precisamos de alguém que acenda
luzes porque em Portugal está tudo apagado! Vive-se numa grande nebulosidade!
Quem governa é de esquerda radical, porque assim lhe convém pessoalmente, e
quem se opuser é chamado de tudo para que não tenha a coragem de se aproximar
do circuito! Os partidos se querem entrada na AR têm de ser de esquerda,
alinhar com eles! Eles não querem que haja outras hipóteses! Eles não querem!
Eles não querem, porque também não querem que tenhamos uma democracia, mas sim
a ditadura deles, onde uns mandam e outros obedecem! A IL, quer ter as boas graças
dos que mandam, mas também quer os votos dos portugueses de direita, para um
dia também poder mandar! O problema é que todos querem mandar nos outros! Democracia já era!.. Carlos Quartel: A IL limita-se a tentar
organizar o espaço político nacional de acordo com as normas que se praticam na
Europa democrática, livre e pluralista, a que nos desejamos juntar. Os partidos
liberais são, tradicionalmente, partidos/charneira entre socialistas e
populares, sendo que, na Alemanha, por exemplo, durante largos anos, os
Liberais foram governo com o SPD ou a CDU. É esse o seu lugar e não estranha
que a IL o requeira para si. Quem está torcido, quem está fora do sítio é o
PSD, inscrito no PP europeu, mas com pruridos de esquerda, por imposição de
Rio. Rio podia e devia ser chefe de facção no PS, descaracterizou o PSD e
acabará com ele, se não o despacharem rápido. Lamentável a ignorância do autor,
perdido em embrulhos com o Chega, um partido da direita autoritária e
policial, que nada tem com o ideário Liberal. Manuel
Arriaga: Talvez isso sirva
de lição ao autor!... Os liberais, aí por esse mundo fora, a começar pelos EUA
com que o autor está bem familiarizado, identificam-se geralmente mais com a
esquerda do que com a direita. Por aí, nada de estranho, nada de novo. Aquilo
que poderia unir Chega e IL seria a forte convicção anti-socialista de ambos.
Mas a IL (tal como também está a acontecer nos EUA) prefere juntar-se aos
socialistas, não vá a peçonha do Chega ser contagiosa. E entretanto todos
murmuram contra o Chega, quando este é o único que se demarca e luta
verdadeiramente contra todo este sistema podre e corrupto que nos vem sendo
imposto pela canalha* socialista. Portanto fica tudo na mesma e lá continuamos
todos, cantando e rindo, correndo e saltando, em direção ao abismo... * Uma vez
que o meu primeiro-ministro, em sintonia com todo o seu partido, me insultou
gravemente ao exercer apartheid, bem como praticar o discurso de ódio, contra
os meus representantes parlamentares, considero-me no pleno direito de o
insultar também, bem como o seu partido. Amigo do Camolas: Se a direita continuar a cair
no jogo da esquerda - demonizar o Chega - em vez de combater a esquerda
fazendo-lhes o mesmo, o Partido Social Democrata será uma ruína inútil dentro
de uma década. Se não fizerem isso, o PSD terá as mesmas políticas que o
Partido Socialista, exceto na parte em que vencer as eleições. E a IL não terá
melhor futuro. Um partido sem ideias imita os seus inimigos. E se a direita entrar nesse
jogo manhoso da esquerda totalitária em relação ao Chega, só mostra que está
sem ideias ou crenças. Ir atrás do Chega é uma boa estratégia para a
esquerda, não do ponto de vista de ganhar eleitores, mas de manter os seus
fiéis eleitores e seus empregos - e a direita nunca mais conseguir ser governo.
Se as coisas estiverem a correr bem, o PS pode dar um chuto em quem lhe
apetecer da esquerda; se as coisas correrem mal, usam o terror da direita. Essa
é uma maneira de ganhar um pelotão de fuzilamento para si mesmos. E de perder
todas as eleições que se seguem. José Dias: Partilho da opinião de AG: a
política é também feita de gestos e o acento tónico colocado no assento na
Assembleia não augura nada de positivo. Tal como já por aqui foi escrito,
também eu espero não ter que vir a ter de votar em quem ainda não quis ... Cupid Stunt: Excelente! Penso exactamente o
mesmo. Se, de facto, a IL quer continuar a ter o meu voto (e julgo que o de
muitos outros), tem de ser o total oposto do PS e não andar a tentar sentar-se
ao lado do mesmo e a abraçar as "causas" do berloque só porque sim.
Ser pela liberdade é uma coisa, abraçar "causas fracturantes" é
outra... Espero que a IL mude rapidamente desta falsa partida e não me faça ter
de votar, na próxima vez, em algo que não queria votar... O melhor mesmo seria
o AG assumir posição de destaque na IL e mudar-lhe estes tiques de aproximação
xuxalista ou, no limite e se tal não fosse possível, formar ele um partido. (o
que obviamente nunca acontecerá, mas teria o meu voto) Teotonio Bernardo > Cupid Stunt. O IL é um partido de oportunistas. Cisca
Impllit: Uma crónica bem escrita,
mas com a qual estou em desacordo. O que se quer uma IL não IL? Não liberal?
A IL pensa por si, e faz o seu
caminho sem constrangimentos ou por reptos. É isto que eu mais gosto na
IL! Cristina Avelãs: A crónica tem o mérito de pelo
menos ser um princípio e de mostrar coragem e honestidade, rompendo com a nebulosa
de protecção, falta de escrutínio e promoção mediática da IL. Fica porém aquém
do que é necessário e enferma de equívocos óbvios. O primeiro e o decisivo
dos quais é o de que não se trata realmente de uma questão de mera atracção
pela esquerda, mas sim da clássica submissão e sobretudo de genuína partilha
ideológica e de valores. A este respeito, para se inteirar do erro que cometeu,
a qualquer pessoa da não esquerda que tenha votado IL, terá bastado observar,
na CNN, o confrangedor debate entre o deputado liberal, eleito pelo Porto, e o
neo-comunista Tavares. Acrescendo a tudo a certeza de que o fascismo do wokismo
e do politicamente correcto, à laia do círco americano, corre ainda mais
profundo nas veias da IL do que nas da extrema-esquerda pátria, incluido a
própria anedota Tavares. A obsessão com o Chega é de facto algo do domínio do patológico e que nasce
tanto da cobardia inata em enfrentar e ir contra a narrativa mediática, imposta
pela esquerda, como de um latente sentimento de inferioridade performativa, que
se terá consolidado observando de perto o desempenho parlamentar superior do
deputado do Chega. Esta última é aliás a razão substantiva por detrás da inenarrável
proposta que o IL fez ao Costa, de que, em havendo debates, lhe sejam entregues
de antemão as perguntas parlamentares da oposição. Mais, que o IL, e neste
caso também o PSD, se tenham prestado, esta semana, a ir à farsa circense do
beija-mão, montado pelo Costa absoluto, discriminando o partido Chega e as suas
centenas de milhares de eleitores, é talvez a baixeza que melhor revela o seu
carácter não só pútrido e de novo submisso, como, curiosamente, iliberal e
antagonista da liberdade. Embora muito reveladora, a comédia que é a ambição declarada de se sentarem
à esquerda do PSD, não é muito mais do que isso: comédia e de novo (muita)
cobardia. Servindo aliás para distrair do facto substantivo de que no que
concerne a verdadeiro liberalismo, onde ele importa, que Alberto Gonçalves
menciona e terá determinado o seu sentido de voto, o programa doutrinário do
partido Chega, completamente ostracizado e ignorado, é de longe superior ao da
IL, que apenas se distingue por fanatismo, irresponsabilidade, alienação da
realidade social e sociológica portuguesa e, sobretudo, marketing oco, orelhudo
e burlão. Como diz, o CDS morreu e tenho pena; o Rui Rio deixa o meu PSD num
estado miserável, estando agora a entrar num plano criminoso ao entrar em condicionalismos
da sua substituição; o Chega, que nada me incomoda e deve ser cada vez mais um
parceiro, é um partido mais Conservador Liberal, que veio para ficar e tem
amplo espaço de afirmação em Portugal, ao contrário da IL que, de momento, se
apresenta como um grupelho de escassa representação, eivado de fanatismo, de
alienação e de irresponsabilidade e cujo espaço de afirmação será nulo, caso o
PSD saiba encontrar a solução correcta para a sua liderança, que jamais poderá
passar por qualquer dos estarolas rídiculos já em bicos de pés. De ribaus a
moreiras, pintos, negros e abafadores. Cipião Numantino: Tim tim por tim tim! O nosso
estimado AG parece que me tirou as palavras da boca. E se eu soubesse escrever
tão bem como ele, já certamente me teria atrevido a glosar tão similar
pensamento nos avulsos e dispersos comentários que por estas páginas vou
debitando. A IL fazia falta. Mais, a IL, mais que um simples
acrónimo, constitui a parte que completa o todo. A democracia portuguesa
precisava da IL e do efeito que esta representa. Quanto mais não seja porque é
altamente imperioso combater o excessivo estatismo e as maleitas que tal
miséria factual e ideológica este representa. Era fundamental alguém que
viesse explicar ao povão que "nada é mais caro do que aquilo que o
estado diz que nos vai dar de graça"! Essa seria a missão da IL. Um
conceito, uma ideia uma prática. Dizer nos olhos obnubilados das fajutas
organizações esquerdosas que, eles, são uns autênticos vigaristas encartados. E que de passagem com as
suas deletérias práticas sugam, sem quaisquer remorsos, autenticamente o futuro
de nossos filhos e netos. Tendo eu uma já provecta idade e encontrando-me no
início do meu último terço de vida esperei, demasiados anos sentado, pela
chegada da IL. A providência e a dialética normal das coisas da política,
parece ter acabado por me dar esse gosto. E mesmo a liberalidade apregoada
pela IL nos costumes, que muitas vezes me parece ser obscenamente trapalhona,
não me impediu de salivar a chegada da mirífica ideia que agora, finalmente,
alguém apregoaria no "Paralamento" que o rei vai nu e faria em cacos
essa fábrica de miséria e iniquidade do xuxualismo que vai criando pobres onde
se instala ao ritmo de uma praga de gafanhotos. Observei, depois, alguns dos timoneiros da IL. Gente inteligente, lançados
à revelia dos jotinhas dos partidos do sistema e com experiência de vida que
nada tinha a ver com os políticos carreiristas que nunca fizeram nada na vida e
nem nunca farão, a não ser quando saem dos governos e se alapam em CEO's de
grandes empresas numa mais que visível manigância no tráfico de influências. Mas parece mesmo que o
elefante pa riu um rato. Truculentos qb, confundindo as partes com o todo e com
bastante evidência que fariam o jogo da xuxalhada se estes não são alçados à
cadeira do poder sem precisarem de mais ninguém. Fofinhos em demasia, deixaram
aparentemente para o Chega as despesas do combate, aqui sim, feito por estes
com atrevimento, embora de forma pouco ortodoxa, mas sem quaisquer reservas ou
contenção. Sintetizando, tal como ao AG, confunde-me a sanha mais que raivosa com
que se atiram ao Chega enquanto se vão fingindo de mortos em relação aos
verdadeiros inimigos deste país e à ideologia rasteira e perversa que os
suporta. Incompreensível! Um desastroso anátema que, ou muito me engano, ou os irá
fazer recolher à toca de onde de forma evidente parece que tiveram imenso medo
de saír. Esta da posição do parlamento é demais. A política, minha gente,
também se faz de gestos. E já agora de simbolismos de onde retiramos aquilo que
não nos parece absolutamente preciso. No estilo de parecerem preocupados com um
pêlo encravado no kuu, enquanto são confrontados com uma infeção generalizada
que os poderá levar, a eles e a todos nós, à completa desgraça e ruína.
Refiro-me, obviamente, ao malfadado socialismo que, de forma aparente, o nosso
povão parece adorar numa esperança psicológica que "é possível todos viverem à
custa de todos". Pessoal da IL, façam-me um favor. Desencravem lá o pêlo do fiofó e
remetam-se ao que realmente interessa. Para partidos folclóricos já nos basta o Berloque da
Canhota e do seu irmão mais velho da foice e do martelo. Lembrem-se, outrossim, que
gente dúbia e oportunista já existe mais que muita nos meandros da xuxalhada. Abram a pestana. Rápido!... Carlos Silva > Cipião Numantino: Caro Cipião, Compreendo a sua
"tese". Mas olhe meu
caro, a vida é "ingrata" para alguns. E, como é sabido, nem sempre as
"coisas" correm como pensamos que deveriam correr. É a vida, meu caro ! Vitor Batista > Cipião Numantino: Não seja modesto,o Caro Cipião
escreve tão bem como o Alberto, e os seus comentários são a prova disso, e o
que o Alberto Gonçalves acaba de dizer em letras garrafais, é que a IL é mais
do mesmo, mais um partido agarrado ao sistema e para o sistema, que baixa as
calças aos dixotes dos xuxas e da esquerda Estalinista e totalitária e
para isso o parlamento não precisa deles porque entre duzentos e trinta
aquilo já está carregado de inúteis. Gustavo
Lopes > Cipião Numantino: Caro Cipião: não só escreve tão
bem ou até melhor do que o AG, como claramente os seus textos são
complementares aos do AG! Uma espécie de tradução mais clara e “impiedosa” da
ideia do cronista! E hoje é esse o caso! De forma super assertiva “desmonta” a
IL, e descreve o que eu penso: que eles têm que perceber que a fase
“infantário” já passou, e que a entrada na “primária” requer outro
comportamento!!! Cumprimentos Cipião
Numantino > Carlos Silva: Fatalismo mesmo, não é caro Carlos Silva? Cipião Numantino > Vitor Batista: É isso, caro Vítor. Já temos por aí demasiada
proselitagem do faz-de-conta. E mais uns quantos betinhos para fazerem concorrência
ao Berloque sabe, decididamente, a pouco. Cipião
Numantino > Gustavo Lopes: Agradeço a comparação, caro Gustavo, mas convém não
exagerar, não é mesmo? Concordo com a sua analogia. Convinha mesmo a IL tirar as fraldas e
aparecerem com um bibe asseado e atractivo. Sob pena de nunca chegarem ao
secundário, quanto mais à Universidade?... Carlos Silva > Cipião Numantino: Pelo menos as "novas
oportunidades" estão garantidas ! Maria
MeloVitor Batista: A IL quer é substituir o PSD e o CDS. Não é de
direita. Liberalismo e Socialismo são opostos. Cisca Impllit > Cipião Numantino: Hoje percebi-o, CN. Se me
aborreciam as suas longas listas em forma de comentários, e a mim atribuía a
causa pela falta de paciência, Hoje reconheço a verborreia, algo
truculento, na defesa única do conservadorismo e oposto ao tradicional.
Pensando e fazendo sempre o mesmo - como se isso fosse o bom! E não ter por
tradição o bom, alcançado pelos melhores meios Elvis Wayne > Cisca Impllit: Caro Cisca, têm que reconhecer os erros do IL onde os
há. A partidarite é forte e
"bate" a todos, mas isso não implica uma total cegueira ideológica
intolerante, que infelizmente é o que transpira do comentário do caro Cisca. Observe o discurso da IL,
compare ao discurso do Bé, PS, PSD, etc. Conte as vezes em que rezam o acto de
contrição ("com o CHEGA nunca"), compare isso com as posições da
extrema-esquerda. No fim, se
quiser, podemos, então sim, debater. Cisca
Impllit > Elvis Wayne: Pois, penso exactamente diferente de si. Se alguém votar connosco é porque assim o entendem, mas Chegas Bes e Pcês
não me fazem conta, bem como o PS de hoje nem o psd. Tudo que vá para o socialismo,
com ou sem conservadorismos - Não! Gosto muito pouco que mandem em
mim ou peçam a minha contribuição para mandar nos outros! Clavedesol Cipião Numantino: Subscrevo ! Este país sofre mesmo de um
incompreensível e insuportável complexo de esquerda ! Pedro Simoes > Cipião Numantino: Caríssimo, a IL vai para o
centro porque é aí que é o lugar do liberalismo em qualquer país europeu
moderno, ao contrário do nosso, onde está lá alapado o socialismo e suas
variantes. O que a IL está a dizer é que não está disponível para ser a
caricatura que os socialistas querem fazer dos liberais e que quer mesmo
desalojar os vários socialistas do monopólio das ideias. Na europa do norte, o
parlamento é dominado pelos liberais e suas variantes. Cá é que é dominado
pelos socialistas e variantes, e aparentemente o Alberto Gonçalves quer manter
a coisa como está. Gil Lourenço
> Pedro Simoes: Na Europa do Norte os Liberais são os radicais de
esquerda, pelo menos é assim na Dinamarca. Pedro
Simoes > Gil Lourenço: Vá ver melhor. Paulo
Silva: Ao contrário
dos países europeus onde se assiste ao fenómeno da polarização, no jardim à
beira-mar resiste a bipolarização dos partidos do centrão. Talvez por isso,
tanto IL como BE, ou PAN, declarem o seu amor ao centro. O PAN não é esquerda
nem direita - para não assustar as tias dos lulus e das mimis, (mas não engana
ninguém) - a Catarina Martins cinicamente diz que é social-democrata – pois
sabe que para os portugueses isso é ser do centro - e agora os pan-liberais da
IL querem sentar-se ao colo do PS e do PSD... Caro AG, a batalha política e
ideológica no campo económico está resolvida. Os próprios socialistas
reconheceram nas décadas de 80 e 90 que o sistema capitalista, apesar de mais
antigo que o socialismo e de todas as transformações e adaptações, estava a
resistir bem. Hoje em dia a batalha é no campo cultural. Não se deixe enganar
por tristes espectáculos. Desde o primeiro momento em que percebi a ambiguidade
da IL, passei a desconfiar de tudo o que esses senhores dizem. O jogo-dança das
cadeiras é sintomático. Pedro Simoes > Paulo Silva: Não, não querem ficar ao lado do PS e PSD. Querem é
que o parlamento deixe de estar centrado no socialismo e suas variantes e passe
a estar centrado no liberalismo e suas variantes - como acontece na
generalidade dos países europeus. Gil
LourençoPedro Simoes: Que argumento tão esfarrapado. Querem estar centrados
em si mesmos. Alfredo
Vieira: Sou membro da IL
e não podia estar mais de acordo com o que escreves. Antonio Mendes: O Liberalismo é transversal ao
espectro político esquerda-direita, por isso é que os partidos ditos liberais
vagueiam nesse oceano centrista.
josé maria: A IL está cheia de comunistas, fuja Alberto Gonçalves.
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