sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

“Portugal a entristecer”


Mas até nos causa complexos, tanto espírito depressivo – “et pour cause”, rodando neste solo pátrio, quando tantos males vão surgindo – aqui e além, no mundo – uns repentinos e arrasantes, caso das tempestades recentes em Petrópolis, outros de perspectiva aterradora, como a iminência da guerra, tudo isso que presentemente ofuscou os naufrágios e as mortes, nas fugas da África ou da Ásia, ainda há pouco temas primeiros, acompanhados de imagens, com as crianças caminhando, na multidão buscando refúgio. Ou o massacre da covid-19… e mais tudo isso que incendeia o mundo, e os tsunamis e o aquecimento com os glaciares a derreterem-se, e as previsões do fim, caso se não arrepie caminho… O grotesco dos nossos males graves, motivo de chacota e complexo… que Eça bem glosou, mas que escritores antes dele já tinham tantas vezes utilizado como motivo de chacota ou condenação mais objectiva… Paulo Tunhas não perdoa os nossos dislates. E tem apoiantes… Fora os do fervor pelos da via vitoriosa…

 A conspiração contra o patriotismo

Esta sucessão de episódios grotescos parece-me a confirmação plena da afirmação de Eça segundo a qual as instituições em Portugal são “pilhérias organizadas funcionando publicamente”.

PAULO TUNHAS

OBSERVADOR, 17 fev 2022

As instituições em Portugal são “pilhérias organizadas funcionando publicamente”, escrevia Eça em 1871. Evito, em princípio, generalizar excessivamente sobre Portugal e os portugueses, mas confesso que há momentos em que a coisa é irresistível e por estes dias a frase de Eça parece-me tão sólida e inabalável como uma demonstração matemática.

Vejamos. Oitenta por cento dos votos dos portugueses que habitam em outros países da Europa foram directamente das urnas para os caixotes de lixo. Tudo começou com PS e PSD a acordarem entre si uma ilegalidade: os votos da Europa seriam válidos mesmo que não acompanhados de uma fotocópia do cartão do cidadão. Acontece que a lei estipula expressamente que os votos não podem contar sem a tal fotocópia. O PSD depois voltou atrás. Mas já era tarde demais. Oitenta por cento dos votos, com ou sem fotocópia, tinham sido depositados nas mesmas urnas e era impossível distingui-los. Houve protestos. O Ministério da Administração Interna emitiu um comunicado onde manifestava, sem mais, a sua melancolia. Perante a enormidade do disparate, o Tribunal Constitucional decidiu unanimemente que a votação deverá ser repetida, atrasando por meses a tomada de posse do novo Governo. Prevê-se uma abstenção enormíssima nesta nova votação.

A Assembleia da República prepara-se aparentemente para negar ao Chega a vice-presidência a que ele constitucionalmente tem direito. Inventam-se rodriguinhos para justificar a ilegalidade do acto. Os rodriguinhos passam por uma litania de superioridade moral que torna pestíferos os eleitores do terceiro partido mais votado nas eleições. A Assembleia da República irá portanto, através deste procedimento discriminatório, negar, com virtuosos sentimentos e auroral boa consciência, a legitimidade da representação.

A Polícia Judiciária captura, no seu quarto, um miúdo de dezoito anos, que, segundo informação do FBI, havia confessado nas “redes sociais” a intenção de matar indiscriminadamente vários colegas na Universidade. Sucedem-se versões contraditórias sobre os planos e sobre o “arsenal” de armas que guardaria no seu quarto e questiona-se legitimamente se a intenção era real ou apenas a fantasia de um miúdo com problemas. Não importa. A comunicação social declara, ufana, que temos “terrorista”. Não um terrorista de extrema-esquerda, com provas dadas, como os das FP-25, nem um terrorista islâmico, como vários que por cá passaram ou por cá nasceram. Upa! Upa! Um terrorista “à americana”. O júbilo de ter um “terrorista” assim não se conta. As televisões enchem-se de uma chusma de psicólogos que explicam o verosímil perfil do miúdo, o João. O país mergulha, atónito, à pala do João, no oceano da terminologia psiquiátrica. É sempre bom aprender.

A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género acusa um concorrente do “Big Brother dos Famosos”, o antigo presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, de “violência doméstica” contra uma outra concorrente do programa, a Liliana, aparentemente sua namorada. Uma influencer, autodesignada por “A Pipoca Mais Doce”, apoia energicamente a denúncia, no que é acompanhada por Joana Mortágua, do Bloco, que vê no programa “machismo e o pior do capitalismo” (uma pessoa pergunta-se o que é que para ela é o melhor – acontece-me a mesma coisa quando o PC fala de “capitalismo de casino”: que outro capitalismo recolhe os favores do PC?). De qualquer maneira, eu já tinha antecipado um triste fim para o Bruno, quando, num zapping, tinha apanhado, há uma ou duas semanas, uma discussão entre ele e outros concorrentes em torno do misterioso tema “quem fez o arroz?”. Os sinais não podiam enganar-nos quanto ao destino do homem que outrora era acusado de comandar um bando de terroristas e cujas conferências de imprensa, longas de horas, ocuparam, durante mais de um mês, todas as televisões. A decadência é assim, e por cima disso, lá veio para a televisão a habitual chusma de psicólogos com a nobre missão de escalpelizar o seu carácter. A ERC já se meteu ao barulho e ameaça investigar a TVI, que emite o tal Big Brother.

O Presidente da República recebeu a nossa vitoriosa selecção de Futsal e aproveitou para nos instruir, como só ele sabe, sobre os mistérios da portugalidade. Segundo a sua voz autorizada, forte de estudos históricos e etnográficos, apesar de “em Portugal, ao primeiro desaire, a ideia [ser] mudar tudo o que se pode”, há momentos em que os arcanos da alma portuguesa se revelam no seu imaculado fulgor. Quais são eles? Quando chega “o instante decisivo onde se ganha ou se perde. Aí [somos] muito portugueses, heróicos nos momentos cruciais”. Cesse, de facto, o que a musa antiga canta. Ele próprio, de resto, nos dá frequentemente o magnífico exemplo desta nossa excelsa virtude, quando, por exemplo, num jantar de gala no Eliseu, canta, acompanhado por vários artistas integrados na sua comitiva, o peito ilustre lusitano, sob a forma da “Grândola, vila morena”. O momento foi oportuno e a escolha musical foi judiciosa, até porque, se a sua opção tivesse o nosso hino, os franceses poderiam pensar que era a Marselhesa mal cantada.

Francamente, esta sucessão de episódios grotescos parece-me a confirmação plena da afirmação de Eça segundo a qual as instituições em Portugal são “pilhérias organizadas funcionando publicamente”. Pilhérias, além disso, que servem como instrumento de uma conspiração generalizada destinada a destruir sistematicamente tudo o que possa sobrar de patriotismo em Portugal.

POLÍTICA    CRÓNICA   OBSERVADOR

COMENTÁRIOS:

antonyo antonyo: Que maravilha ! Que prazer em lê-lo !            Mariano Velez: os Avençados, quais cães de guarda da honra xuxa e presidencial, queriam sangue.           Sebastião: Actualmente tem-se vergonha de ser português.  Os próprios Historiadores portugueses  estão a encher as nossas próprias bibliotecas com publicações que denigrem a existência deste país e do seu passado. Em algumas só falta mesmo passar ao insulto directo do pária. E abrem invariavelmente o arrazoado dessas Publications com citações de Saramago... Ninguém tem já mão nisto. Aguentem-se.         josé maria: Vejamos. Oitenta por cento dos votos dos portugueses que habitam em outros países da Europa foram directamente das urnas para os caixotes de lixo. Vejamos então, Paulo Tunhas: E de quem foi a culpa? Eu explico-lhe mais uma vez: da CNE, que é o órgão institucional e independente, presidido por um juiz conselheiro, designado pelo Conselho Superior da Magistratura, que deveria ter fiscalizado o rigoroso cumprimento da lei.           Manuel Cabral > josé maria: Essa coisa de perguntar logo «de quem foi a culpa?» é típica do que o autor mostra no seu artigo e o comentador não  perdeu a oportunidade de «enfiar o barrete», como era de temer.              Já Famoso: Uma coisa é um nome para vice-presidente, proposto por um partido ser rejeitado, outra é rejeitar qualquer nome, pelo simples facto de ter sido proposto por esse partido. Subverte totalmente o espírito da lei constitucional, para o qual foi criado. Todos os homens nascem iguais, quer dizer que as mulheres não?              d0c0ntra ovigia > Já Famoso: essa era muito bem vista, o CHEGA propor a única mulher que tem como deputada e ver a ginástica das fofinhas e fofinhos da esquerda para votarem contra.            josé maria: A Assembleia da República prepara-se aparentemente para negar ao Chega a vice-presidência a que ele constitucionalmente tem direito.  Fraco, muito fraquinho, Paulo Tunhas. Ora veja se aprende, que eu explico-lhe: O Chega não tem constitucionalmente nenhum direito a uma vice-presidência. Se tivesse esse direito, não seria necessário nenhuma votação, na AR, para aprovar ou rejeitar o nome indicado pelo Chega, a vice-presidência seria automaticamente atribuída. Como vê, é muito fácil desmontar a sua asneira. É preciso estudar melhor os assuntos que você não domina, Paulo Tunhas. Se a AR recusar ao Chega a vice-presidência, é a AR que possui o direito de exercer essa recusa e esse partido não tem nenhuma possibilidade constitucional de contestar esse poder soberano do Parlamento.           José Paulo C Castro > josé maria: Certíssimo. O problema surge quando a AR começar a rejeitar TODOS os nomes propostos pelo Chega e ficar evidente que a rejeição dos nomes visa retirar ao Chega aquele direito constitucional de indicar um vice. Ou seja, não é rejeição dos nomes mas rejeição do direito ao partido de origem da indicação. E é claríssimo (face às declarações do PCP, por exemplo) que estamos a tratar disto, da recusa do direito, e não do direito de recusar um nome concreto. Nessa altura, uma queixa bem fundamentada ao TC vai pôr o TC a definir se o direito existe ou não OU se a AR não passa de uma ditadura da maioria (que num dia futuro, de maioria de direita, poderia redundar no bloqueio dos nomes indicados pelo PS, por exemplo).            Nuno Rocha >  josé maria Por falar em estudar assuntos, recomendo-lhe vivamente a leitura atenta do Regimento da Assembleia da República. Assim já estará em condições de explicar estes assuntos.            josé maria  > José Paulo C Castro Você também precisa de aprender lições de lógica elementar, não é só o Paulo Tunhas: Se  o Chega tivesse qualquer direito constitucional de obter uma vice-presidência na AR, não seria necessária qualquer votação, a aprovar ou a rejeitar o nome ou nomes propostos. Isso é tão óbvio que qualquer criança percebe, menos você o Paulo Tunhas. O Chega tem o direito, sim, a propor um nome ou vários para a vice-presidência e os deputados têm o direito de aprová-los ou rejeitá-los. Como a votação é secreta, em bom rigor, nem sequer se sabe quais os deputados que votaram a favor ou contra. Se os deputados decidirem rejeitar todos os nomes propostos pelo Chega, também têm esse direito. Mais simples, óbvio e claro não pode ser.            José Paulo C Castro >  josé maria Certíssimo. Continua é a analisar a rama da questão. Quando for ao tronco, ao do motivo da rejeição a TODOS os propostos, aí entram as questões dos limites ao direito de recusa e de propor.           antonyo antonyo > josé maria: Constitucionalmente tem esse direito , é um facto. Ninguém afirmou que o voto dos deputados não é livre …. será irrazoável e contra- producente, o disparate é livre , mas em política paga-se frio.            João Ramos:  Muito bem Paulo Tunhas, nunca é demais repisar no ridículo e no irresponsável da política portuguesa, pois se não for assim isto não muda mesmo e o resultado, além de uma vergonha é o declínio acelerado da dignidade de todos nós…           mais um: O texto é excelente só é pena não ser ficção e sim a triste realidade. Mas o Tuga gosta desta treta porque adora uma esmola. Não há volta a dar.            manuel soares Martins: Dos 6 episódios que PT elenca os últimos 2 são referentes ao PR e, sendo recentes, conjugados com a infelicíssima e desnecessária decisão de dissolver a AR e convocar eleições só porque o orçamento apresentado não foi aprovado, dão que pensar quanto à solidez e equilíbrio das atitudes do homem que, sem a mínima dúvida, é dotado de uma notável inteligência. Que se passa na cabeça de Marcelo para desandar a falar aos jogadores de futsal, na recepção que lhes deu, dos dinheiros da "bazuka"? Os jogadores entreolhavam-se sem perceber... será que vamos receber algum dali? Um conhecido humorista num programa na TV exibiu este episódio, no mínimo caricato. E temos de voltar a perguntar o mesmo quando o PR, nessa qualidade, em Paris, no Eliseu, em cerimónia pública, se pôs a cantar... a "Grândola". Não creio que nisto haja "conspiração contra o patriotismo" mas estes episódios por parte do chefe do Estado parecem-me preocupantes.            José Paulo C Castro > manuel soares Martins: Não foi ele que inventou o "lélé da cuca" ?            manuel soares Martins > José Paulo C Castro A expressão é brasileira e decerto não a terá inventado mas aplicou-a há imensos anos a alguém, político ou jornalista, já não lembro quem...           Rita Salgado: Esta crónica é para emoldurar! Parabéns!           Elvis Wayne: Caro Paulo, esteja descansado, de onde a CS pariu estes temas, muitos mais absurdos viram. Pelam-se para que os russos e ucranianos desatem à bordoada, se for preciso começam eles próprios aos tiros. Há falta de tema, não duvido que ainda enfiam um qualquer desgraçado num poço, pegam fogo a alguma serra ou preparam eles mesmos um atentado. A nossa CS é pobre (de espírito) e está de cada vez mais parasitária e intolerável. Falissem uma ou duas estações de propaganda e não se perdia muito. Quanto ao resto, que se resume ao cerco que a extrema-esquerda montou contra o CHEGA! e a parolice a que o prof. Marcelo já nos habitou, nada de novo. Cumprimentos.           bento guerra: Só passaram 150 anos, o que para o imaginário "patriótico" português é pouco tempo.  Carminda Damiao: Excelente artigo. Parabéns.             Maria Oliveira: Perdeu-se o sentido do ridículo e, pior: ao relativizar - como fazem todos, incluído o PR - normaliza-se o ridículo. A "choldra" já vai sendo a normalidade.           José Paulo C Castro: A ocorrer desde o século XIX, daí o nosso hino ser parecido com a Marselhesa. Todas as instituições caíram e todas as criadas entretanto para as substituir roçam o ridículo, mas com manias de grandeza. A rejeição da identidade e a auto-assimilação de estrangeirismos, a nível político e cultural. E isso é tão visível na forma como os portugueses, descendentes de um dos maiores impérios europeus, ainda hoje se consideram pouco europeus, assim menos do que aqueles países da Europa Central que nunca tiveram projeção mundial. São vistos como europeus em todos os outros continentes e consideram que o são pouco no próprio país, como se o modelo de europeísmo passasse pela rejeição da nossa identidade. Enfim.. antonyo antonyo > José Paulo C Castro Mas possivelmente o novo hino passará a ser o Grandola…. Também ainda temos uma constituição rumo ao socialismo.         advoga diabo: Haverá outros casos a ilustrar a insustentável leveza da nossa Democracia, dores de crescimento. Curioso é um queixinhas trapaceiro, paradigma da portugalidade do "tempo da outra senhora", de pidescos e lacaios, seja branqueado por quem saudosamente sonha com ele! Pirangueiros agindo em nome de legítimas aspirações.        João Floriano > advoga diabo: Olha! Dores de crescimento ao fim de quase 50 anos. Deixa-me rir. Isto são dores de decadência, caruncho de artrite e bem avançada. Tendo em conta a lista de adjectivos que são usados para caracterizar o articulista, podemos dizer que acertou na mouche. Pirangueiro confesso que não conhecia. 🤣🤣🤣      Elvis Wayne > advoga diabo: De "lacaios pidescos", percebe a agremiação do Largo do Rato.        Já Famoso: Mas o Paulo Tunas não sabe que a palavra patriotismo é proibida? A nossa esquerda só permite esse sentimento nos jogos de futebol, onde até se pode gritar o nome de Portugal. Tirando essa situação, somos logo considerados fascistas de extrema-direita. O Paulo por isso evite utilizar essa palavra, e temo mesmo que a palavra Portugal, irá pelo mesmo caminho.         augusto sousa: Muito adequada esta crónica de PT, com a  oportunidade de relembrar o Eça! e por arraste esta do Marcelo que mostra o flop falante que é!  Pois é, temos o nosso sonho de um país viável e responsável adiado, "sine die"! E lembro ontem na 3, programa "grande entrevista", o entrevistador, sem quê nem pra quê, referir que uma sociedade de mérito tem o inconveniente de ser contrário à coesão social, estamos conversados! Que desgraça!            Carlos Santos > augusto sousa: Uma sociedade que sufoca o mérito está condenada à mediocridade.       Francisco Tavares de Almeida > Carlos Santos: É bem mais grave do que isso. A supressão do mérito afasta os que se podiam opor às minorias organizadas. Começa pela estagnação da economia mas acaba na perda da liberdade.           João Floriano > augusto sousa: Caro Augusto O mais grave é que essa referência à maldade social da meritocracia que está na origem do pedido de comentário por parte do entrevistador, é da autoria de uma personalidade marcante do PS, geralmente considerado o delfim de António Costa: Pedro Nuno dos Santos.  Estas declarações de PNS  são o tema principal da crónica «As gaspeadeiras e o porsche de PNS» de 3 de fevereiro e de autoria de Pedro Caetano, aqui no Observador. Vieram de novo a lume na entrevista a Carlos Guimarães Pinto do IL, ontem na RTP3. E tem razão: uma desgraça!            Andrade QB: É nestas alturas que Marcelo se inspira para afirmar que somos os melhores dos melhores tendo como música de fundo a Grândola Vila Morena.             João Floriano > Américo Silva: Mas Portugal está  a ser governado ou desgovernado? Tenho de reconhecer que infelizmente isto não tem conserto: a decadência é irreversível.  Tudo isto me faz lembrar uma cena da Cantiga de Lisboa ( a original) em que o António Costa  coloca a faixa de Miss na Beatriz franjinha, resultado de uma votação completamente «isenta» e uma assistente se levanta indignada e diz: «Oh Ernestina (nome fictício), vamos embora que isto é tudo uma grande aldrabice!»          Américo Silva > João Floriano: Agradeço na sua pessoa a todos os que comentaram. Boas tardes. Grande António Silva, artista sem subsídios do Estado. Para ter sucesso no que quer que seja é preciso saber o que se quer e ao que se vai. Aparentemente o PSD nem sabe o que quer, socialista, liberal ou capitalista, nem sabe ao que vai, hoje uma coisa, amanhã outra.           Pedro Ferreira > Américo Silva: Já vimos o PSD governar Portugal  bastante bem por sinal, e com toda a certeza não faria a triste figura que o PS fez.            Pedro Ferreira Américo Silva: Está enganado esse de que fala é o Rui Rio não é o PSD.      António Lamas: Tanta vergonha alheia,  Portugal dos Pequeninos no seu pior. Até quando? 

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