quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Movimentação


Bélica no Continente. Começou assim, como Cátia Bruno descreve. Como acaba, desconhece-se ainda. Criem-se por cá espaços vazios, para o mundo sobrepovoado poder preencher. Como de resto tem vindo a fazer…

Joe Biden vai reforçar o dispositivo militar na Europa "nos próximos dias". Três mil tropas a caminho de Polónia e Roménia

Tropas norte-americanas estão a caminho da Polónia e da Roménia para apoiar as bases da NATO, em resposta às movimentações na fronteira russa. Chegam "nos próximos dias".

TERESA CAMARÃO: Texto

CÁTIA BRUNO: Texto

OBSERVADOR, 02 fev 2022

O Presidente norte-americano Joe Biden aprovou formalmente o envio de tropas adicionais para a Europa Oriental, de acordo com a CNN. Depois de terem colocado cerca de 8.500 tropas “em estado de alerta”, os EUA vão agora enviar três mil homens para reforçar as bases da NATO.

A informação foi confirmada por um porta-voz do Pentágono, John F. Kirby. O plano da Casa Branca é deslocar mil soldados que estão actualmente na Alemanha para a Roménia e enviar outras duas mil tropas de uma base militar norte-americana na Carolina do Norte para a Polónia. Fontes militares norte-americanas dizem à CNN que os militares devem chegar “nos próximos dias”.

É importante que enviemos um sinal forte ao senhor Putin e ao mundo de que a NATO importa”, afirmou o porta-voz do Pentágono em conferência de imprensa. “Estamos a deixar claro que estamos preparados para defender os nossos aliados da NATO se for preciso.” Kirby sublinhou, porém, que o plano não é enviar estas tropas para a Ucrânia: “Estas forças não vão lutar na Ucrânia”.

A decisão surge num momento em que a Rússia tem reforçado a sua presença militar junto à fronteira com a Ucrânia. Apesar de a Polónia e a Roménia, ambos Estados-membros da NATO, não estarem directamente ameaçadas por presença militar russa, as queixas do Kremlin sobre a proximidade da NATO nas suas fronteiras fez com que os EUA decidissem dar um sinal a estes países aliados. As tropas norte-americanas na Roménia juntar-se-ão a forças francesas que já haviam sido destacadas para o país no âmbito da Aliança Atlântica. Espanha também enviou navios de guerra para o Mar Negro.

Ainda na sexta-feira, Biden já tinha garantido que destacaria tropas para a Europa “num curto prazo”, em resposta às movimentações da Rússia na fronteira com a Ucrânia.  A formalização da promessa acontece menos de 24 horas depois do encontro telefónico “quadrilateral” mantido entre o alto representante para a política externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e o presidente em exercício da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), o chefe da diplomacia polaca Zbigniew Rau, sobre os últimos desenvolvimentos da crise da Rússia e da Ucrânia.

Do outro lado, o chefe de Estado Russo mantém que não pretende invadir o país vizinho e que os cerca de 100 mil soldados mobilizados para a fronteira são uma espécie de escudo para eventuais ataques. Há oito anos em conflito com a Ucrânia, a Rússia opõe-se à adesão deste país à NATO e tem recebido com cepticismo as observações norte-americanas sobre a segurança do continente europeu.

Se por um lado a UE, os EUA, a NATO e a OSCE dizem estar empenhados em “prosseguir as discussões para abordar a situação de segurança actual, inclusive através do compromisso bilateral e multilateral e uma estreita coordenação a todos os níveis”, Putin argumenta que o fim do actual impasse só pode ser alcançado em conversações que tenham em conta os interesses de todas as partes, incluindo as preocupações da Rússia sobre a segurança do seu território.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA   AMÉRICA   MUNDO   NATO

COMENTÁRIOS:

Rui Mendes: Registo que o texto inicial foi corrigido. A gralha era muito grave e um excelente indicador da falta de rigor q tem havido na abordagem da "crise na Ucrânia" (em muitos casos no limiar da ignorância, ou tentativa de manipular/induzir/ condicionar opiniões, ou informações de "carácter histérico"). Para quem não leu o texto inicial, transcrevo o anterior 1- parágrafo: "O Presidente norte-americano Joe Biden aprovou formalmente o envio de tropas adicionais para a Europa Oriental, de acordo com a CNN. Depois de terem destacado cerca de 8.500 homens para a Ucrânia, os EUA devem enviar mais três mil homens para reforçar as bases da NATO, diz a BBC." Sugiro que os leitores recentes o comparem com o actual 1- parágrafo. Descubram a diferença 🤔! Não é apenas uma questão de pormenor - é uma subtileza q implica enormes consequências... Repito o q disse na mensagem (quando alertei, para a "gralha"): Não lancem o pânico! Os USA obviamente não colocaram/destacaram 8500 soldados na Ucrânia! Acrescento: nunca o farão porque tem noção do que isso pode implicar. Hoje é dia 2 de Fevereiro - uma data assinalada com muita emoção na Rússia (nos países que fizeram parte da ex-URSS), na Alemanha, e em todos os países Aliados (na fase da inversão das sucessivas vitórias nazis durante a 2- Guerra Mundial). Como afirmou ontem o nosso ministro da defesa: "De resto, não faria sentido qualquer tipo de ação militar da NATO nestas circunstâncias contra a Rússia ou contra a Bielorrússia".  Claramente, o nosso ministro da defesa já está a "implementar" a estratégia do recuo da UE da escalada que os USA/UK/NATO criaram em relação à "invasão eminente da Ucrânia" 🤔. O discurso já está a mudar 😉! As sucessivas 🌊🌊 vagas de ameaças/provocações/sanções à Rússia estão a "esmorecer". Algo se passa!? 👏👏PortugueseMan: ..America's national debt surpasses $30 trillion for the first time ...America's national debt just hit another sobering milestone.Total public debt outstanding is now above $30 trillion, according to Treasury Department data published Tuesday. Bem, que nunca se ouça falar em ordenados em atraso nos militares.  Porque a marinha já está a sofrer com falta de manutenção...             Alberto Pires: Há uns dias atrás foi aqui anunciado, sem grande destaque de resto, que após uma hora de conversa ao telefone com o presidente francês, o líder russo tinha decidido mandar retirar as tropas da fronteira com a Ucrânia. Essa notícia, que parecia o início de algum desanuviamento, não mais apareceu e pelo contrário, assistimos agora, com alguma preocupação ao pretenso envio de tropas americanas para as bases da OTAN em países próximos (Polónia e Roménia) e mesmo para a Ucrânia (contrariando indicações do próprio presidente ucraniano, que pediu que não se agravasse o problema). Afinal em que ficamos? Perante sinais evidentes de que a Europa (através do presidente em exercício, o Sr. Macron) quer assumir a liderança de um problema que diz essencialmente respeito à Europa, e discutir directamente com Putin a forma de se chegar a um consenso, o sr. Biden insiste em manter a tensão, agravando os factos com o envio de tropas? Mas quem é que afinal está interessado na tensão e em última análise, na guerra? Onde estão os líderes europeus perante um problema que se podem revelar de sérias consequências para a Europa? Onde está a não-beligerância dos democratas americanos que acusaram vezes sem conta o anterior presidente de estar a desencadear a 3ª guerra mundial, quando ele não iniciou qualquer guerra e, antes pelo contrário, desanuviou as tensões inclusivamente com a Coreia do Norte, sendo o primeiro líder americano e ocidental a visitar esse país e a trazer o seu truculento líder para a mesa das negociações? Basta de hipocrisias e de mentiras. A Europa não pode alinhar com atitudes que podem fazer perigar a Paz e a sua estabilidade, mantida ao longo dos anos com muita diplomacia.       Emílio Durkheim, PhD > Alberto Pires: meu caro, sabe quantas famílias e empresários norte-americanos dependem do armamento para dar de comer à filharada e aos enteados? É tão simples de perceber...   Meliodas Da Silva > Alexandre Machado: Acha que Biden devia fingir de morto perante Putin? O tirano russo é como uma criança birrenta, vai vendo até onde o deixam ir. Primeiro foi a Geórgia, não se passou nada. Depois foi a campanha de fake news nas eleições americanas, também não lhe aconteceu nada. Agora quer anexar o Leste da Ucrânia (se não for o país todo). Teotonio Bernardo: O Putin só tem é que avançar pela Ucrânia dentro duma vez por todas e só deve retirar de lá quando a NATO desaparecer da Europa. A Ucrânia é o país mais pobre da Europa, pode ser que fique melhor.       Teotonio Bernardo: Mas o que é que os canalhas americanos têm que ver com a Europa? Inventam guerras, metem os europeus ao barulho, deixam a Europa de pantanas, enchem-se de dinheiro à custa da desgraça alheia.           Emílio Durkheim, PhDT > eotonio Bernardo: A Europa tem que se desvincular dessa escumalhazita ASAP. Isso obviamente implica desmantelar a NATO. Teotonio Bernardo > Emílio Durkheim, PhD: Eles que levem a NATO para a fronteira com o México, ou para outro sitio bem longe.        Rui Mendes: Há uma gralha grave no primeiro parágrafo do artigo. Transcrevo: "O Presidente norte-americano Joe Biden aprovou formalmente o envio de tropas adicionais para a Europa Oriental, de acordo com a CNN. Depois de terem destacado cerca de 8.500 homens para a Ucrânia, os EUA devem enviar mais três mil homens para reforçar as bases da NATO, diz a BBC." Não lancem o pânico! Os USA obviamente não colocaram/destacaram 8500 soldados na Ucrânia!           PortugueseMan: ...Tropas norte-americanas estão a caminho da Polónia e da Roménia... Polónia e Roménia claro. Estes países começam a ficar preocupados com as bases americanas que lá têm.              Alexandre Machado: Então onde andam agora os arautos da decência que tanto festejaram o derrube do demónio laranja?

 

 


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