domingo, 6 de fevereiro de 2022

Nunca ninguém diga que está bem


E queixamo-nos nós das nossas interferências de trazer por casa, pelos governantes que nos manipulam! Coisas que por lá se passam também … Trata-se da questão do poder maior, ou seja, dos poderosos autênticos, nas suas interferências de verdadeiras potências sobre uma União europeia espartilhada e por isso destituída de força contra as manigâncias e manipulações dessas grandes nações do poder… Mas os comentadores explicam como deve ser.

Um conjunto de ferramentas da UE contra a interferência e desinformação estrangeiras

A Rússia, a China e outros regimes autoritários canalizaram mais de 260 milhões de euros em 33 países para interferir nos processos democráticos, e esta tendência está claramente a acelerar.

SANDRA KALNIETE e NUNO MELO,  Eurodeputados do PPE na comissão INGE

05 fev 2022, 00:0818

Há dois anos, o Parlamento Europeu instituiu a Comissão Especial sobre Interferência Estrangeira em todos os Processos Democráticos na União Europeia (UE), incluindo a Desinformação (INGE). O relatório final da Comissão Especial sobre Interferência Estrangeira e Desinformação será votado em março, um momento crucial e significativo, que lançará as bases para o esforço coletivo da UE para combater a interferência estrangeira.

A Rússia, a China e outros regimes autoritários canalizaram mais de 260 milhões de euros em 33 países para interferir nos processos democráticos, e esta tendência está claramente a acelerar.

Hoje, podemos assistir ao efeito directo da desinformação maliciosa e coordenada em combinação com a desinformação – as pessoas recusam-se a receber vacinas certificadas, levando a hospitalizações em excesso e a inúmeras mortes que poderiam ser evitáveis. Temos assistido a constantes campanhas de interferência e de manipulação de informação dirigidas às medidas contra a propagação da COVID-19, e as plataformas online têm tido um sucesso muito limitado no seu combate.

Para construir a resiliência e consciencialização da UE, precisamos urgentemente de um maior desenvolvimento da divisão de Comunicações Estratégicas do Serviço Europeu para a Acção Externa, incluindo maiores recursos para lidar com a desinformação hostil proveniente da China e de outros países. A UE não deve evitar falar a língua do poder a regimes autoritários hostis na sua vizinhança.

O ataque híbrido em curso conduzido pelo regime de Lukashenko contra a Polónia, Lituânia e Letónia, que procura desestabilizar e fragmentar a UE, deve servir como um poderoso sinal do que está em jogo. Ao mesmo tempo, as actividades para combater a interferência de países terceiros não trarão resultados sem esforços paralelos para reforçar a resiliência das nossas próprias sociedades.

Todos os Estados-Membros devem incluir a literacia mediática e digital nos seus programas educativos para combater a falta de sensibilização para a gravidade destas ameaças. A UE deve, igualmente, intensificar e demonstrar empenho para assegurar um financiamento sustentável, duradouro e transparente do jornalismo independente e de investigação.

Compreensivelmente, as plataformas online estão no centro das atenções quando se discute a desinformação. Precisamos de uma Lei dos Serviços Digitais robusta que exija uma maior responsabilização e transparência das plataformas e um Código de Conduta vinculativo, implementado de forma abrangente a nível nacional.

Pedimos também uma avaliação do quadro regulamentar e das possibilidades de reforma para uma regulamentação mais rigorosa do mercado de dados. Apesar de grandes partes da indústria de corretagem de dados sejam legais, a realidade é que estamos a operar num faroeste digital, onde vários milhares de empresas privadas pouco regulamentadas possuem milhares de dados sobre indivíduos.

Apelamos à Comissão que elabore  directrizes para os Estados-Membros, com o objectivo de colmatar as lacunas que permitam um financiamento opaco dos partidos políticos.

Deveríamos não esquecer também  a crescente e generalizada ameaça que representa a interferência através da captura de elite, tentativas de manipulação com diásporas nacionais e universidades. A UE pode e deve tomar medidas para mitigar esta situação, reformando o Registo de Transparência, incluindo regras de transparência rigorosas, e atualizando o mapeamento do financiamento estrangeiro para a actividade de lobby relacionado com a UE.

Quando nos concentramos em infraestruturas críticas e sectores estratégicos, precisamos de uma abordagem à escala da UE para enfrentar ameaças híbridas, assegurando alternativas de financiamento para evitar que grandes segmentos das infraestruturas críticas da UE fiquem na posse de países terceiros.

Além disso, para reforçar a cibersegurança e a resiliência, a UE deveria investir mais nas suas capacidades na área das tecnologias 5G e pós-5G, de modo a reduzir as dependências da cadeia de abastecimento dos fornecedores estrangeiros.

Estamos convencidos de que as questões que abordámos no trabalho da Comissão INGE vão verdadeiramente além da política partidária. Ameaças hostis às nossas instituições democráticas devem preocupar cada um dos deputados europeus em todo o espectro político. Por muito difíceis ou desagradáveis que sejam, alguns medicamentos e a manutenção da saúde podem parecer amargos e onerosos, mas as alternativas são ainda mais sombrias e intragáveis.

Sandra Kalniete, eurodeputada do Grupo PPE na comissão INGE e autora do relatório sobre a ingerência estrangeira em todos os processos democráticos na União Europeia, incluindo a desinformação.

Nuno Melo, eurodeputado do Grupo PPE na comissão INGE

UNIÃO EUROPEIA   EUROPA   MUNDO   PROTEÇÃO DE DADOS   PRIVACIDADE   SOCIEDADE

COMENTÁRIOS:

Batt UE22: "A Rússia, a China e outros regimes autoritários". A organização de Bruxelas cobiça e pratica exactamente o mesmo tipo de regime e politicas que os países citados, apenas as suaviza com semântica - vigarice, porque a orientação e na prática é o mesmo. Bruxelas é uma cópia efeminada da Rússia e China, estão a usar o pretexto da "cibersegurança" literacia digital (estupidificação de massas) para implementar credenciação de acesso a dados e terminar com a liberdade de expressão que foi a bandeira da internet: UNESCO 2016, "É provável que o factor individual mais importante para a compreensão do impacto da internet sobre a liberdade de expressão seja o modo como ela aumenta a nossa capacidade de receber, buscar e compartilhar informações. Ela permite a criação e o compartilhamento colaborativos de conteúdos – é um mundo onde qualquer pessoa pode ser autora e pode publicar. A internet está auxiliando a desenvolver espaços que podem empoderar as pessoas, permitindo que elas se comuniquem, colaborem e intercambiem visões e informações. Isso representa, em um sentido real, a ‘democratização’ da liberdade de expressão, uma vez que não se torna mais necessário depender dos jornalistas profissionais ou dos gatekeepers para actuarem como porta-vozes públicos de nossas visões." Depois de as ovelhas serem devidamente "reeducadas" através do modelo autoritário de credenciação de dados - ANS/UE - em que é eliminado por completo a liberdade de expressão, será implementado a "credenciação de cidadania".             Paulo F.: A UE e os EUA também fazem o mesmo, mas como é para pôr "lá" governos pro ocidentais não tem mal nenhum. Como se está a ver na Ucrânia, onde Obama e Nuland minaram tudo até terem o governo que queriam.               Elvis Wayne: Nesta questão, como na questão israelo-palestiniana, a minha posição sempre foi uma: desinteresse. Somos um canto obscuro e pobre, num continente já de si envelhecido, dependente e sem assertividade no Mundo. Questões como essas não nos dizem muito. Competia-nos apenas assegurar que não ficávamos demasiado expostos a regimes como o chinês e nem isso conseguimos fazer, portanto, todo este cacarejar não passa de folclore para encher jornais. Limite-se a influência dos chineses, russos e demais países anti-ocidentais, mas de resto devíamos posicionar-nos como a Suíça. na Suíça.Mr. Lobby > David Pinheiro: No último ato eleitoral o povo português mostrou um elevado nível intelectual, exemplo para toda a Europa (e até elogiado por esta). O povo português provou que tem uma capacidade intelectual, emocional e física (foram votar mesmo com tanta gente confinada) tão grande que não é necessário o Nuno Melo se preocupar com estas matérias da desinformação. Aqui em Portugal temos o grande Kosta, não há nada a temer!           André Pintelos: Que hipocrisia! Surreal         Paulo F.: A UE e os EUA também fazem o mesmo, mas como é para pôr "lá" governos pro ocidentais não tem mal nenhum. Como se está a ver na Ucrânia , onde Obama é Nuland minaram tudo até terem o governo que queriam.           Elvis Wayne: Nesta questão, como na questão israelo-palestiniana, a minha posição sempre foi uma: desinteresse. Somos um canto obscuro e pobre, num continente já de si envelhecido, dependente e sem assertividade no Mundo. Questões como essas não nos dizem muito. Competia-nos apenas assegurar que não ficávamos demasiados expostos a regimes como o chinês e nem isso conseguimos fazer, portanto, todo este cacarejar não passa de folclore para encher jornais. Limite-se a influência dos chineses, russos e demais países anti-ocidentais, mas de resto devíamos posicionar-nos como a Suíça.         Mr. Lobby: O Parlamento Europeu esqueceu-se da espionagem massiva dos EUA na Europa, que Snowden expôs em 2013?!... É que a verba agora aludida nem para pagar cigarros e café bastava para a amplitude da operação de espionagem que os EUA montaram sobre a Europa...           Der Führer > António Cézanne: Apenas estamos a indicar a hipocrisia.             jorge espinha: E para nos proteger da desinformação interna e da UE? Há ferramentas? Depois de 2 anos de pânico covid é preciso ter lata para alertar a "desinformação" Russa. A Rússia é a gasolineira da Alemanha e as acções alemãs estão condicionadas pelo gás natural e não por campanhas de desinformação. E desde quando nós, Europeus nos preocupamos por outra coisa que não seja o nosso bem estar?              António Cézanne: E ainda há gente que perde tempo a comparar a China com os EUA. Mas de onde vem essa gente? Tem alguma coisa que se possa comparar entre eles? Já nem falo em questões de hábitos e costumes, que aí nada mas mesmo nada tem a ver com o Ocidente. Claro que se perguntarem a qualquer europeu se prefere a democracia dos EUA ou a justiça da China (estilo tiro ao alvo), ou mesmo a censura da China que fecha jornais e prende jornalistas como quem dá um espirro, claro que 90% prefere os EUA, os que não preferem são aqueles que ainda vivem um anti americanismo primário que lhes foi injectado naqueles cérebros quase à nascença e nunca mais conseguirem raciocinar correctamente sobre o atraso mental em que sempre viveram. Por isso ainda vão perdendo tempo com essas comparações ridículas, só que já ninguem os leva a sério, são espécies em extinção.           César Fernando Diniz das Neves: A lata desta gente!!!! A UE e os países que a compõem, junto com os EU, são os maiores violadores dos Direitos do Homem deste planeta. Os emigrantes mortos e enfiados em campos de concentração, numa clara violação dos artigos 13º e 5º da Carta Universal dos Direitos do Homem que o digam. As 500000 crianças chacinadas em resultado das invasões do Iraque e Afeganistão que o digam. As crianças chacinada nas escolas nos bombardeamentos ditos cirúrgicos dos EU e da NATO no Mundo Árabe, e que depois são chamados danos colaterais que o digam. A corrupção que a UE e os EU instalam em África de modo a esmifrar todos os recursos aquela gente, e assim impedir, não só o seu presente bem-estar, mas também a futura prosperidade dos seus filhos, que o digam. Os cidadãos europeus raptados pelos EU nos seus próprios países e enviados para Guantanamo para serem  torturados, sem que a UE nada faça que o diga. E podia continuar. De modo que fique claro: a UE não é democracia nenhuma: pratica mais assassínios barbaridades e violações dos Direitos Humanos que qualquer outro país ou entidade desta bola.            d0c0ntra ovigia: E os 5 biliões de dólares que os USA usaram para mudar o regime na Ucrânia? Quando questionados sobre o assunto Victoria Nuland, foi clara, ‘Fuck the EU’. E ainda o que dizer destas interferências na Alemanha, não pela Rússia mas pelos USA uma vez mais. "German Parliamentary Committee investigation of the NSA spying scandal"  Às vezes não sei se estes comentadores são meio tolinhos ou simples idiotas úteis.          Antes pelo contrárioAntes pelo contrário: Porque querem o mesmo que os russos!!! Nestas histórias nunca há "bons" e "maus". Há interesses!!!             Átila, o Huno. > Antes pelo contrário: Rigorosamente os mesmos intervenientes que, de um e outro lado da barricada, precipitaram o conflito ultramarino português e uma guerra civil em Angola, cujos diamantes continuam a ser largamente apreciados, em especial, por Americanos e Chineses. Como de costume, a História veio dar razão ao dr. Oliveira Salazar que, ao contrário do bajulador do nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros, nunca quis ver Portugal reduzido a uma condição de mendicância torpe e de subalternidade diplomática servil. Der Führer: Sejam directos. O que a elite quer é mais ferramenta de censura e controlo de informação. Andrade QB: Havia uma praxe militar em que se obrigava os recém-chegados a  fazer um discurso de cinco minutos sobre a importância da masturbação da barata na produção de arame farpado.  Seguramente que a malta do parlamento Europeu conseguiu falar sobre o assunto muito mais do que cinco minutos. De qualquer moita tiram um coelho que os alimenta, agora é esta onda das interferências estrangeiras como se isso não tivesse sido sempre assim.          Tomás Aquino: Excelente artigo... análise exemplar.          Anarquista Coroado  > Tomás Aquino: Uma voz que chega da Idade Média.        bento guerra: Blá-blá.parece que os americanos não fazem o mesmo           Bia Moreira > bento guerra: Bla bla, se cortarem a desinformação que o senhor bento vê por aí nas redes sociais e outros sites “de direita”, vão obrigá-lo a ler notícias completas das mesmas sempre chatas fontes fidedignas e sobre essas é mais difícil fazer mandar bitaites de um só frase…    Bia Moreira > bento guerra: Se os Usa o fazem (sabe-o o bento, que é de direita, e por isso muito esperto) não há que noticiar   que se obteve dados de que outros o façam?

 

 

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