De acordo com as ideologias humanas…
Ucrânia: verdades antigas e mentiras modernas
A NATO não precisa da Ucrânia para
defender qualquer interesse vital enquanto a Rússia precisa e muito que este
país seja pelo menos neutro. Basta olhar para o mapa da Europa e só não vê quem
não quer
JOSÉ MANUEL OLIVEIRA ANTUNES, JURISTA
OBSERVADOR, 07 fev 2022
Em 9 de Outubro de 1944, a escassos meses da
derrota final que a Alemanha nazi haveria de vender muito cara, Churchill
deslocou-se a Moscovo, para – como o próprio primeiro-ministro britânico
escreve no seu livro de Memórias da Segunda Guerra Mundial – “dividir as nossas responsabilidades quanto a
cada país afectado pelos movimentos dos exércitos”. Traduzido de
linguagem diplomática para expressão corrente, Churchill e Estaline reuniam
para decidir, uma vez finda a guerra, que países ficariam controlados pelos
aliados ocidentais e os que seriam futuros satélites da União Soviética.
Na reunião, conta o próprio Churchill, propôs a Estaline a seguinte divisão num
papel que lhe estendeu sobre a mesa: Roménia, 90% para a Rússia; Grécia 90% para a
Grã-Bretanha; Jugoslávia, Hungria 50% para cada lado; Bulgária, 75% para a
Rússia. Estaline pegou num lápis azul assinalou
a sua concordância com um visto e devolveu o papel. Churchill conta nas Memórias, que terá dito a
Estaline “Não poderá parecer
deveras cínico resolvermos estas questões, tão vitais para milhões de pessoas,
aparentemente de modo tão sem cerimónia? Queimemos este papel. “Não, guarde-o”,
retorquiu Estaline”.
Como já devem ter notado, nem a Polónia, pela qual
a Grã-Bretanha entrou na guerra, nem um país então recente chamado Checoslováquia,
ficaram “divididos” no papel. Quanto à Ucrânia, nada havia a registar, pois
esta nação era desde 1922 uma república soviética, apenas ocupada pela Alemanha
desde 1941. Uma vez libertada e foi-o pelos próprios russos, voltaria
simplesmente onde pertencia.
O conjunto dos países que até 1989 constituíram a
famosa Cortina de Ferro e o Pacto de Varsóvia como resposta à fundação da NATO, são o resultado da
correlação de forças entre a União Soviética e o Ocidente no final da Segunda
Guerra. Esta entente feita em Moscovo entre
Churchill e Estaline seria “ratificada” pelos Estados Unidos uns meses mais
tarde. E como? Com
a opção tomada pelos americanos quanto à tomada de Berlim. A sangrenta batalha
por Berlim ficou exclusivamente a cargo do Exército Vermelho, por opção do
comandante chefe americano Eisenhower e contra a vontade de Churchill, diga-se.
Eisenhower – e disso convenceu o
recém-empossado presidente Truman – preferiu poupar a vida de dezenas de milhar de
soldados americanos na batalha de Berlim, em troca do futuro domínio dos países
da Europa oriental pela União Soviética. Estaline queria tomar Berlim, mas fingia que não queria. Os EUA morderam esse isco
e no fim de contas, foi a pedido dos americanos que os russos entraram sozinhos em
Berlim, claro que com contrapartidas. Este acordo pode não estar num papel, mas foi assim
que aconteceu e é deste modo que todos os historiadores o registam.
Com uma alteração aqui e outra acolá, o rascunho de Churchill de 9 de
Outubro de 1944 durou até 1990, com o fim da zona ocupada pela União
Soviética na Alemanha e com a retirada do Exercito Vermelho dos países da
Europa de Leste, ao cabo de quase cinco décadas de ocupação. Nas condições de desagregação
do poder comunista na Rússia em 1991 e em que o domínio soviético no leste
da Europa caiu abruptamente, a retirada das forças russas, primou pela
informalidade e precipitação.
Mas existem registos históricos muito credíveis
daquilo que se passou. Na biografia de Gorbatchev de William Taubman (Prémio Pulitzer) os factos e os compromissos
ficaram explícitos. James Baker, Secretário de Estado americano garantiu a Gorbatchev que nem a jurisdição, nem as tropas da NATO, se vão estender para leste da
actual fronteira, isto é , “a unificação alemã não vai
levar a que a organização militar da NATO se estenda para leste”
O Chancelar alemão Kohl repetiu isso até à exaustão e o ministro dos negócios estrangeiros
Genscher, com o seu feitio mais expansivo, garantiu ao seu homólogo soviético
Shevardnadze: “Para nós é garantido: a NATO não vai expandir-se para Leste”.
Hoje todos sabemos que estas palavras não foram
honradas, mas antes de ver isso em mais detalhe, importa de novo voltar uns
anos atrás.
A NATO foi
fundada em 4 de Abril de 1949 e tem como fundadores, os países ocidentais que
participaram na Segunda Guerra como beligerantes (Canadá, Estados Unidos, Reino
Unido e França); invadidos pela Alemanha nazi (Bélgica, Dinamarca, Noruega e Países
Baixos) ou invadidos pelo Reino Unido (Islândia) e um país neutral (Portugal), aliás
o único neutral da Segunda Guerra Mundial, que foi fundador da NATO, já que
Espanha, Irlanda, Suécia e Suíça, ficaram fora. É de crer, que se em 1949 os
Açores fossem independentes, seria este “país” um fundador da NATO, ficando
Portugal (que com Salazar de facto não cumpria os critérios e nem sequer foi
convidado para fundador da ONU em 1945) ficado na fila dos aspirantes. Mas a
geografia falou mais alto e os Açores eram e são portugueses.
Lentamente, ao longo da guerra fria, alguns outros
países ocidentais foram aderindo, mas ainda hoje estão fora da NATO, por opção
própria ou por consequência da neutralidade estabelecida durante ou após a
Segunda Guerra, países como a Irlanda, Áustria, Suécia, Finlândia ou Suíça. No entretanto, países
anteriormente membros do Pacto de Varsóvia têm vindo a aderir sucessivamente à
NATO, em clara violação dos acordos de 1990.
E chegamos à Ucrânia. Quando as tropas nazis
invadiram vários países europeus, tiveram resposta militar de quase todos (exceptuando
a Dinamarca, por razões de compreensível sensatez) e receberam um forte
sentimento de repúdio ou indiferença das populações. Na Ucrânia, traumatizada
fortemente pelo genocídio alimentar estalinista dos anos 20 e 30 do Séc. XX, os
nazis foram recebidos com flores, embora os ucranianos rapidamente tenham percebido,
que afinal tinham apenas trocado o purgatório pelo inferno.
Quando retomou a iniciativa após os desastres
militares do início da invasão nazi, o Exército Vermelho retomou a Ucrânia aos Nazis e esta, ampliada com novas
fronteiras, permaneceu como uma República soviética e foi membro fundador da ONU, como se de um Estado
independente se tratasse, como o foram então a Estónia, a Letónia e a Lituânia.
A possibilidade de a Ucrânia seguir o caminho dos
restantes antigos países do Leste europeu na adesão à NATO não pode ser
encarada do mesmo modo, nem pelo Ocidente, nem sobretudo pela Rússia. Das
antigas repúblicas soviéticas existem duas (Casaquistão e Ucrânia) que pela sua extensão,
importância geográfica e geopolitica, têm de ser cuidadosamente separadas de
análises comovidas ou simplistas. Recorde-se que estes dois países eram potências nucleares à data da
sua separação da União Soviética em 1991 e renunciaram por iniciativa própria a essa
condição de superioridade militar pelo custo financeiro que essa permanência
no clube atómico lhes
impunha. Acresce que no caso da Ucrânia,
além da existência de uma maioria secular de população etnicamente russa na
Crimeia (já retomada coercivamente pela Rússia), existem as repúblicas de
Donetsk e Lugansk, cuja maioria da população também é russa e não pretende
pertencer a um país que não é o seu, ou seja, não quer ser ucraniana. Não diferem nisso de muitas
situações iguais em toda a Europa, cujas fronteiras têm sido ao longo dos
séculos objecto de sucessivas alterações. E por causa disso não se têm iniciado
guerras desde 1945, com a desonrosa e vergonhosa excepção para os europeus
que foi a guerra civil da década de 90 na antiga Jugoslávia.
Com todo este complexo xadrez em cima da mesa, uma
coisa parece certa: a aceitação da Ucrânia como membro da NATO, violaria tudo o que foi
acordado em 1991, com os compromissos assumidos para o desmantelamento do Pacto
de Varsóvia. A ideia de que cada país é livre de fazer as alianças que quiser e aderir
aos tratados que pretender, é uma rematada mentira que a história se encarrega
de desmentir. A NATO não necessita da Ucrânia
para defender qualquer interesse vital, enquanto a Rússia precisa e muito que
este país seja pelo menos neutro. Basta olhar para o mapa da Europa e só não vê
isso quem mesmo não quiser.
RELAÇÕES INTERNACIONAIS POLÍTICA UCRÂNIA EUROPA Porque é
que propor COMENTÁRIOS
miguel cardoso: O
autor defende um tema que é, de facto, inatacável e se mete pelos olhos dentro.
Não se pode ter a ilusão da "independência" dos Países (ou das
regiões, ou mesmo das pessoas...) ignorando as relações de Poder e Força. No
dia-a-dia, todos nós observamos a ascendência de uns sobre os outros, de
empresas sobre pessoas, de grandes sobre pequenos. Porque é que Países haveriam
de ser diferentes? O facto de um País ser mais poderoso e lutar para isso, cria
ascendente, capacidade de manobra, riqueza. Ignorar esta componente da natureza
humana é ignorância ou ingenuidade. Zé Telhado: Mas só na imaginação deste senhor (e do Putin e sua entourage),
que ainda estão com uma mentalidade guerra fria, é que a Ucrânia ou NATO, vão
ameaçar a soberania, invadir (até ameaçar de) a Rússia! E se os países ex-URSS,
querem aderir à NATO é possivelmente por medo de invasões como aconteceu na
Crimeia! É graças a opiniões como a sua a legitimarem as políticas externas do
Kremlin, que temos a instabilidade na Europa! Miguel Nobre Leitão: A Ucrânia é livre de escolher o seu futuro, porque a Rússia não
cumpriu os tratados internacionais. A Ucrânia foi enganada pela Rússia, mais uma vez. Depois do
Holodomor, veio a invasão da Crimeia. A Rússia anda a fornecer armamento e
militares aos separatistas de Lugansk e Donetsk. Amoros A: Observador compromete-se com este texto, porque é simplesmente
fraco, com erros e mal fundamentado. O autor ou não sabe ou omite existência
do memorando de Budapeste de 1994, onde a Rússia aceitou integridade territorial
da Ucrânia. Em 2014 com a invasão da Crimeia por parte da Rússia o memorando
foi violado. No artigo silêncio... Sei que Sr. Antunes é jurista especializado em contratos públicos
e no direito de construção e urbanismo, mas não sei porque escreve sobre um
assunto difícil para ele. No texto escreveu que o Pacto de Varsóvia acabou
em 1989 (mentira), que as tropas soviéticas saíram dos países de Europa de
Leste em 1990 (também mentira). Erros e erros... PortugueseMan
> Amoros A: ... O autor ou não sabe ou omite existência do memorando de
Budapeste de 1994, onde a Rússia aceitou integridade territorial da Ucrânia... Atenção que antes desse memorando e é o que a Rússia invoca, saiu
um documento da OSCE (Código de Conduta sobre Aspetos Político-Militares de
Segurança), onde indica o seguinte: ... os Estados escolhem os seus acordos de segurança, incluindo a
integração em alianças, ‘mas tendo em consideração as legítimas preocupações de
segurança de outros Estados'”... A Ucrânia não é livre de entrar em qualquer aliança que lhe
apeteça.
Amoros A > PortugueseMan: Ok, já percebi que o seu papel é defender o agressor. Mas falta
uma lógica no seu raciocínio. Antes de Ucrânia pensar sobre uma qualquer aliança,
o Putin já ocupou a Crimeia.
PortugueseMan > Amoros A: ...Ok, ja percebi que o seu papel é defender o agressor... Não, pensava apenas que estava mal informado e que a sua conclusão
devia-se a isso. Afinal não. É apenas ideológica. Vamos então ficar por aqui quanto a lógicas e raciocínios. Rui SLB: Vi aqui o Sr. Antunes falar inúmeras vezes de promessas ou bate-boca
que prometeram à Rússia que a NATO não se alargaria a Este. Qualquer
pessoa sabe que bate-boca não é válido e que qualquer decisão deste género
teria que ser aprovada na NATO pela TOTALIDADE dos seus membros, ou seja um
bate-boca de um qualquer político seria um passo apenas de uma longa caminhada.
Por outro lado, nunca ouvi o Sr. Antunes falar sobre o Budapest Memorandum on Security Assurances, ASSINADO pelo UK, USA e Federação Russa onde estes países se comprometiam a respeitar, proteger e não agredir
a integridade territorial da Ucrânia. Aquando
da desintegração da URSS, a Ucrânia com cerca de um terço de todo o armamento
nuclear soviético era o terceiro pais do mundo com mais ogivas nucleares. O
pais, já vítima de um acidente nuclear (Chernobyl) derivado das debilidades de
manutenção soviéticas desejava desmantelar todo o seu arsenal, mas procurou um
compromisso em como estas outras potências nucleares respeitariam e ajudariam
uma Ucrânia sem armas nucleares. A
Rússia quebrou este compromisso assinado, será que o quebraria se a Ucrânia
ainda tivesse as suas ogivas? Joao R: 1. A Ucrânia é um país independente, por isso a Rússia não tem
qualquer direito de ditar o que a Ucrânia pode ou não fazer. 2. Se os Russos
estivessem interessados em que a Ucrânia fosse neutra não os ameaçavam com uma
2a invasão. 3. A história da Rússia precisar da Ucrânia para se defender já
mete nojo, quando a Rússia é o único país que anda a invadir os outros e não a
Ucrânia ou os países europeus. A Rússia não tem qualquer direito de invadir ou
controlar os países adjacentes à sua fronteira. bento guerra: Putin fez uma jogada inteligente, talvez excessiva, para dividir o
Ocidente e travar a ascensão da Ucrânia-.ex-.URSS- no quadro da NATO. As
mentiras estão do lado de cá. Qual guerra?
João Eduardo da Costa L. Gata: O que a Rússia necessita é de Derrubar a Ditadura de Vladimir
Putin e terminar com as suas aventuras Imperialistas. O problema para Putin
NUNCA foi a NATO na Ucrânia mas sim o desenvolvimento de uma Democracia Viável
e Europeia na Ucrânia que mostre ao Povo Russo que o seu Regime Ditatorial na
Rússia é uma Desgraça. PortugueseMan: ...a aceitação da Ucrânia como membro da NATO, violaria tudo o que
foi acordado em 1991, com os compromissos assumidos para o desmantelamento do
Pacto de Varsóvia. A ideia de que cada país é livre de fazer as alianças
que quiser e aderir aos tratados que pretender, é uma rematada mentira que a
história se encarrega de desmentir. A NATO não necessita da Ucrânia
para defender qualquer interesse vital, enquanto a Rússia precisa e muito
que este país seja pelo menos neutro. Basta olhar para o mapa da Europa e
só não vê isso quem mesmo não quiser. Bom,
realmente não esperava que aparecesse alguém no observador a dizer uma coisa
destas. Não me parece que vá contribuir para o aumento do seu grupo de fãs. Dito isto, parece-me importante que existam artigos que vão um
pouco além da narrativa da invasão iminente da Ucrânia e que dêem pelo menos um
"olhinho" ao que o outro lado precisa/quer/anda a dizer. Este artigo poderia ter uma
"Parte II", ou seja ir um pouco mais além. Se olharmos para um artigo no Observador da Lusa, colocado
recentemente, temos importantes informações sobre o que o "outro"
lado se queixa. Rússia pede "indicações
claras" a ocidentais, incluindo Portugal, sobre
"indivisibilidade" da segurança global . Rússia enviou documento aos "parceiros" dizendo-se
preocupada com a "tensão político-militar nas imediações das fronteiras
ocidentais". Portugal era um dos destinatários. Carta nunca refere
Ucrânia. ...O fortalecimento da
segurança de um Estado “em detrimento da segurança de outros” e
a forma como os Governos pretendem cumprir essa obrigação são as
questões enviadas pelo governo da Rússia a diversos “parceiros” ocidentais,
incluindo Portugal... ...“Queremos obter
uma resposta clara... “As capitais ocidentais também
tentam ignorar um documento-chave da OSCE — o Código de Conduta sobre Aspectos
Político-Militares de Segurança de 1994, onde se refere que os
Estados escolhem os seus acordos de segurança, incluindo a integração em
alianças, ‘mas tendo em consideração as legítimas preocupações de segurança de
outros Estados'”... Ou seja, a meu ver a situação é
muito mais grave do que a questão ucraniana. A Rússia quer ver os seus
problemas de segurança resolvidos. A bem, ou mal. Estas cartas que a Rússia anda a enviar para os EUA e países
europeus, parecem-me indicar duas coisas: Saber a resposta de cada um dos
países, ficar um registo histórico para a POSTERIDADE. Ou seja, se a coisa correr mesmo muito mal (e estou a falar de um
conflito na Europa), estas respostas vão estar registadas para as futuras
gerações. Nós não deveriamos estar a
pensar numa possível invasão ucraniana. A posição russa mostra bem para onde
está a olhar. O pipeline que já há mais de um mês não passa gás russo é o
pipeline que passa pela Polónia. A
deslocação de forças americanas, embora simbólica, está curiosamente a ser
colocada na Polónia e Roménia, que são os países que alojam as bases de mísseis
americanos. A deslocação de forças russas para a Bielorrússia, tanto serve
para uma possível intervenção na Ucrânia, como serve para algo que venha a
acontecer após as respostas dos países ocidentais. Afinal a Bielorrússia tanto faz fronteira com a Ucrânia como
faz com a Polónia. A resposta das cartas, vai
indicar a actuação da Rússia. Uma
das possibilidades é um ataque preventivo às bases de mísseis alojadas na
Polónia, que irá desencadear o Artigo V da NATO. A Rússia declara-se pronta para defender o que entende pela sua
segurança. Está nas mãos dos países europeus como vai querer resolver a
situação. E é para ser tratado AGORA. PortugueseMan PortugueseMan: Artigo referido: https://observador.pt/2022/02/05/russia-pede-indicacoes-claras-a-ocidentais-incluindo-portugal-sobre
indivisibilidade-da-seguranca-global/ Américo
Silva: Os países eslavos são os países
dos escravos, e os senhores do ocidente querem as pessoas e os territórios como
quis Napoleão e como quis Hitler. O conflito só acaba com a anexação da Rússia
pelo Ocidente, mas o jogo pode ser perigoso e as bombas caírem sobre Nova
Iorque. António Soares > Américo
Silva: Menos vodka rapaz! joão barbosa > António
Soares: Se
soubesse um pouco de história saberia que a Rússia cresceu sempre até à época
em que implodiu após a queda do MURO de BERLIM. sempre à custa de outros . Quantas
vezes foi ocupada a Polónia? menos vodkca e mais conhecimento.
"
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