segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Os tais massacres


 Textos extraídos do facebook de Luis Soares de Oliveira, que utilizou, no primeiro, uma narrativa de Carlos S Silva (a que acrescentei uma nota da Internet):

O 1º servindo de aviso aos massacres em perspectiva de hoje, explicados no 2º texto, este com a ironia de Luís Soares de Oliveira, como introdução, seguido de comentários.

I TEXTO: O holocausto de Dresden...

 Da página do Caro Amigo Alberto Araújo Lima: 13 de fevereiro às 21:56:

"Na manhã de 13 de Fevereiro, 35 aviões ingleses de reconhecimento voaram sobre Dresden e tiraram inúmeras fotografias sem serem minimamente inquietados pela Luftwaffe (que, aliás, se encontrava nas linhas da frente) nem por defesas anti-aéreas, inexistentes numa cidade residencial cuja única indústria era a cerâmica. À noite, 800 bombardeiros da RAF lançaram sobre a cidade indefesa abarrotada de refugiados uma chuva de bombas explosivas e incendiárias. Ao amanhecer do dia seguinte, uma segunda onda de bombardeiros descarregou outro dilúvio de fogo. Horas mais tarde, mais 1.200 tetramotores acabaram de macerar a cidade destruída avivando a horrorosa pira com bidons de fósforo e petróleo.

No total, foram lançadas sobre Dresden 10.000 bombas explosivas, centenas de bombas de fragmentação, 650.000 bombas incendiárias e 15.000 bidons de fósforo e petróleo de 100 litros cada um. O escritor inglês F. J. P. Veale diz: «Para dar uma impressão mais dramática no meio do horror geral, as feras do Jardim Zoológico, alucinadas com o barulho e o clarão das explosões, escaparam--se. Conta-se que estes animais, assim como grupos de refugiados, foram metralhados por aviões de caça em voo rasante quando tentavam escapar através de Gross Park. Nesse parque foram encontrados depois muitos corpos de pessoas e animais crivados de balas... Para evitar as epidemias causadas pelos cadáveres em decomposição, houve que organizar gigantescas piras que consumiam cada uma 5.000 corpos ou pedaços de corpos. A espantosa tarefa prolongou-se durante várias semanas. Os cálculos do número total de vítimas desse bombardeamento descomunal variam muito. Alguns elevam a cifra a um quarto de milhão. Pessoalmente, sentimo-nos inclinados a concordar com este cálculo».

Irving não se atreve a apresentar números, ainda que seja de opinião que deve ter atingido 235.000 mortos. O número de feridos, obviamente, deve ter sido, pelo menos, o dobro. Numa palavra, o crime gratuito de Dresden custou mais mortos que as duas bombas atómicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. F. J. P. Veale diz a esse respeito: «Para a mente secular, o melhor, talvez, que pode dizer-se do lançamento da primeira bomba atómica é que a morte caiu literalmente do céu azul sobre a cidade condenada. O que aconteceu ali é, em todo o caso, menos perturbador do que o que acontecera meses antes em Dresden, quando uma grande massa de mulheres e crianças sem lar se pôs a caminho até lá, correndo enlouquecida por uma cidade desconhecida em busca de lugar seguro, no meio das explosões de bombas, de fósforo ardente e de edifícios que se desmoronavam». O Comodoro Leslie MacLean, num livro escrito depois da guerra e em que procurou justificar os chamados «bombardeamentos estratégicos», censurou abertamente o Estado Maior da RAF que «...se afastou da sua antiga tradição, abandonando os últimos restos de humanidade e cavalheirismo em troca de nada... pois o ataque terrorista aéreo foi um fracasso do ponto de vista militar, já que a nação, apesar de ter sofrido bombardeamentos numa escala nunca imaginada, não se vergou ao peso de tão terrível castigo».

NOTAS

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O bombardeamento ou bombardeio de Dresden foi um bombardeamento aéreo militar efetuado durante a Segunda Guerra Mundial pelos aliados da Força Aérea Real (RAF) e as Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos (USAAF) entre 13 e 15 de fevereiro de 1945.

 Em quatro ataques-surpresa, 1 300 bombardeiros pesados lançaram mais de 3 900  toneladas de dispositivos incendiários e bombas altamente explosivas na cidade, a capital barroca  do estado alemão de Saxónia.

 O bombardeio destruiu 39 quilómetros quadrados do centro da cidade. Cerca de 22 mil pessoas, a maioria civis, foram mortos nos bombardeios. Um relatório da Força Aérea dos Estados Unidos escrito em 1953 por Joseph W. Angell defendeu a operação como o bombardeamento justificado de um alvo militar, industrial e centro importante de transportes e comunicação, sediando 110 fábricas e 50 000 trabalhadores em apoio ao esforço de guerra nazista. Em contrapartida, alguns pesquisadores argumentaram que nem toda a infraestrutura comunicacional, como pontes, foram de fato alvo do bombardeio, assim como extensas áreas industriais distantes do centro da cidade. Alega-se que Dresden era um marco cultural de pouca ou nenhuma significância militar, uma "Florença do Elba", como era conhecida, e que os ataques foram um bombardeio indiscriminado e desproporcional aos correspondentes ganhos militares. Na conferência de Yalta, União Soviética pediu que fossem adoptados bombardeios a favor da resistência alemã, proposta rejeitada por Reino Unido e Estados Unidos.

 

II TEXTO

De Luis Soares de Oliveira

11 h  · 

«Espanto: a Teresa de Sousa - que vê as cousa com olhos de ver - afirmou que Putin já perdeu! A NATO unida jamais será vencida.»

COMENTÁRIOS:

Francisco Soares de Oliveira: Enquanto Putin desviava as atenções com a suposta invasão de Kiev, pelas mais de 100.000 tropas em exercícios militares na fronteira Norte da Bielorrússia e Rússia, foi reforçando a sua presença na região de Donbass, inclusivamente reconhecendo a Duma o seu direito à autodeterminação. É o ressurgimento do velho sonho do Estado de Don Cossack, agora patrocinado por Putin. Uma jogada de mestre que permite à Rússia controlar uma bacia hidrográfica com acesso à Peninsula da Crimeia. Faz isso tudo enquanto coloca em Xeque toda a razão de ser da NATO, com a China do seu lado. Sub-estimar Putin, e outros ditadores antes dele, tem sido o grande problema das democracias ocidentais. O mundo pós Trump é um mundo virado do avesso.

Fernando Figueiredo: Tenho algum receio que não seja assim.

Helena Astolfi: Mas fez uma conquista... obrigou a negociações sob ameaça bélica.

Isabel Themudo Gallego: Mas será mesmo assim? Putin acaba de se declarar muito preocupado devido ao aumento de intensidade da agressividade na zona do conflito???

Teresa Nascimento: Não é cedo ainda para dizer "perdeu"!

Teresa Mónica: Gostei do artigo dela.

Henrique Borges: A TdS só vê o que quer ver e acha também que ninguém é capaz de sobreviver neste mundo sem a "UÉ".

Elizabeth Seixo: De início, sempre pensei que Putin estava a fazer bluff, tentando com isso ganhar vantagens para o seu lado. Agora tenho um pouco mais de dúvidas. Também penso que sairá perdedor se decidir avançar, pois parece-me não ter capacidade financeira e logística… 

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