Textos
extraídos do facebook de Luis Soares
de Oliveira, que utilizou, no primeiro, uma narrativa de Carlos S
Silva (a que acrescentei uma nota da Internet):
O 1º servindo de aviso aos massacres em perspectiva de hoje, explicados no 2º texto, este com a ironia de Luís Soares de Oliveira, como introdução, seguido de comentários.
I TEXTO: O holocausto de Dresden...
Da página do Caro Amigo Alberto Araújo Lima: 13 de fevereiro às 21:56:
"Na
manhã de 13 de Fevereiro, 35 aviões ingleses de reconhecimento voaram sobre
Dresden e tiraram inúmeras fotografias sem serem minimamente inquietados pela
Luftwaffe (que, aliás, se encontrava nas linhas da frente) nem por defesas
anti-aéreas, inexistentes numa cidade residencial cuja única indústria era a
cerâmica. À noite, 800 bombardeiros da
RAF lançaram sobre a cidade indefesa abarrotada de refugiados uma chuva de
bombas explosivas e incendiárias. Ao amanhecer do dia seguinte, uma segunda
onda de bombardeiros descarregou outro dilúvio de fogo. Horas mais tarde, mais
1.200 tetramotores acabaram de macerar a cidade destruída avivando a horrorosa
pira com bidons de fósforo e petróleo.
No total, foram lançadas sobre Dresden 10.000 bombas
explosivas, centenas de bombas de fragmentação, 650.000 bombas incendiárias e
15.000 bidons de fósforo e petróleo de 100 litros cada um. O escritor inglês
F. J. P. Veale diz: «Para dar uma impressão mais dramática no meio do
horror geral, as feras do Jardim Zoológico, alucinadas com o barulho e o clarão
das explosões, escaparam--se. Conta-se que estes animais, assim como grupos de
refugiados, foram metralhados por aviões de caça em voo rasante quando tentavam
escapar através de Gross Park. Nesse parque foram encontrados depois muitos
corpos de pessoas e animais crivados de balas... Para evitar as epidemias
causadas pelos cadáveres em decomposição, houve que organizar gigantescas piras
que consumiam cada uma 5.000 corpos ou pedaços de corpos. A espantosa tarefa
prolongou-se durante várias semanas. Os cálculos do número total de vítimas
desse bombardeamento descomunal variam muito. Alguns elevam a cifra a um
quarto de milhão. Pessoalmente, sentimo-nos inclinados a concordar com este
cálculo».
Irving não se atreve a apresentar números, ainda que seja de opinião que
deve ter atingido 235.000 mortos. O número de feridos, obviamente, deve ter
sido, pelo menos, o dobro. Numa palavra, o crime gratuito de Dresden custou
mais mortos que as duas bombas atómicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. F.
J. P. Veale diz a esse respeito: «Para a mente secular, o melhor, talvez,
que pode dizer-se do lançamento da primeira bomba atómica é que a morte caiu
literalmente do céu azul sobre a cidade condenada. O que aconteceu ali é, em
todo o caso, menos perturbador do que o que acontecera meses antes em Dresden, quando uma grande massa de
mulheres e crianças sem lar se pôs a caminho até lá, correndo enlouquecida por
uma cidade desconhecida em busca de lugar seguro, no meio das explosões de
bombas, de fósforo ardente e de edifícios que se desmoronavam». O Comodoro Leslie MacLean,
num livro escrito depois da guerra e em que procurou justificar os chamados «bombardeamentos estratégicos», censurou abertamente o
Estado Maior da RAF que «...se afastou da sua antiga tradição,
abandonando os últimos restos de humanidade e cavalheirismo em troca de nada...
pois o ataque terrorista aéreo foi um fracasso do ponto de vista militar, já
que a nação, apesar de ter sofrido bombardeamentos numa escala nunca imaginada,
não se vergou ao peso de tão terrível castigo».
NOTAS
Wikipédia, a enciclopédia livre.
O bombardeamento ou bombardeio
de Dresden foi um bombardeamento
aéreo militar efetuado
durante a Segunda Guerra
Mundial pelos aliados da Força Aérea Real (RAF)
e as Forças
Aéreas do Exército dos Estados Unidos (USAAF) entre 13 e 15 de fevereiro de 1945.
Em quatro ataques-surpresa, 1 300 bombardeiros pesados lançaram mais de
3 900 toneladas de dispositivos incendiários e bombas altamente
explosivas na cidade, a capital barroca
do estado alemão de Saxónia.
O
bombardeio destruiu 39 quilómetros quadrados do centro da cidade. Cerca
de 22 mil pessoas, a maioria civis, foram mortos nos bombardeios. Um
relatório da Força Aérea dos Estados Unidos escrito em 1953 por Joseph W.
Angell defendeu a operação como o bombardeamento justificado de um alvo
militar, industrial e centro importante de transportes e comunicação, sediando
110 fábricas e 50 000 trabalhadores em apoio ao esforço de guerra nazista. Em contrapartida, alguns
pesquisadores argumentaram que nem toda a infraestrutura comunicacional, como
pontes, foram de fato alvo do bombardeio, assim como extensas áreas industriais
distantes do centro da cidade. Alega-se que Dresden era um marco cultural de
pouca ou nenhuma significância militar, uma "Florença do Elba", como era conhecida, e que os
ataques foram um bombardeio indiscriminado e desproporcional aos
correspondentes ganhos militares. Na conferência de Yalta, a União Soviética pediu
que fossem adoptados bombardeios a favor da resistência alemã,
proposta rejeitada por Reino Unido e Estados Unidos.
11 h ·
«Espanto: a Teresa de Sousa - que vê as cousa com olhos
de ver - afirmou que Putin já perdeu! A NATO unida jamais será
vencida.»
COMENTÁRIOS:
Francisco Soares de Oliveira: Enquanto Putin desviava as atenções com a suposta
invasão de Kiev, pelas mais de 100.000 tropas em exercícios militares na
fronteira Norte da Bielorrússia e Rússia, foi reforçando a sua presença na
região de Donbass, inclusivamente reconhecendo a Duma o seu direito à
autodeterminação. É o ressurgimento do velho sonho do Estado de Don Cossack,
agora patrocinado por Putin. Uma jogada de mestre que permite à Rússia
controlar uma bacia hidrográfica com acesso à Peninsula da Crimeia. Faz isso
tudo enquanto coloca em Xeque toda a razão de ser da NATO, com a China do seu
lado. Sub-estimar Putin, e outros ditadores antes dele, tem sido o grande
problema das democracias ocidentais. O mundo pós Trump é um mundo virado do
avesso.
Fernando Figueiredo: Tenho algum receio que não seja assim.
Helena Astolfi: Mas fez uma conquista... obrigou a negociações sob
ameaça bélica.
Isabel Themudo Gallego:
Mas será mesmo assim? Putin acaba de se
declarar muito preocupado devido ao aumento de intensidade da agressividade na
zona do conflito???
Teresa Nascimento: Não é cedo ainda para dizer
"perdeu"!
Teresa Mónica: Gostei do artigo dela.
Henrique Borges: A TdS só vê o que quer ver e acha também que ninguém é
capaz de sobreviver neste mundo sem a "UÉ".
Elizabeth Seixo: De início, sempre pensei que Putin estava a fazer
bluff, tentando com isso ganhar vantagens para o seu lado. Agora tenho um pouco
mais de dúvidas. Também penso que sairá perdedor se decidir avançar, pois
parece-me não ter capacidade financeira e logística…
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