José
Milhazes, como pessoa cordata, não aprova a ambiciosa pressão
imperialista de V. Putin aos
territórios fronteiriços da Rússia, movido, talvez por ideologias
anti-imperialistas, que em tempos fizeram despachar os ocupantes coloniais
africanos, graças ao auxílio prestimoso dessa, então, URSS, mas de que discorda
a nova Rússia, que pretende recuperar esses privilégios na sua Europa satélite.
Muitos portugueses, desses tais anti, ironizam grosseiramente contra José Milhazes e todos aqueles - pelos vistos
pertencentes ao ex-CDS – saudosistas do antanho, já prontos – os tais portugueses,
vendilhões do templo - para venerarem o Putin imperador, que lhes preenche a
avidez “benfazeja”, como protector dos oprimidos, segundo terminologia
revolucionária do tempo dos matadores do czar e seus familiares. Estão para
ficar, esses vendilhões do templo de cá, já sob a asa protectora do vendilhão
de lá, esfregando as mãos de contentes, indiferentes às consequências de uma
guerra mundial que esse V. Putin matreiro se
não importa de fazer desencadear.
Manifesto de um russófono
Estou entre os russófonos que dispensa
qualquer tipo de apoio do autocrata russo e espero que ele nunca me venha
ajudar, porque não quero que tal ajuda venha acompanhada de sangue, destruição,
ódio...
JOZÉ MILHAZES
OBSERVADOR, 20 fev
2022
Quis
o destino ou Deus… Não, quis o Partido Comunista Português (com o meu total
acordo e sem qualquer pressão) que eu fosse, no longínquo ano de 1977, partisse
para a União Soviética para viver e estudar. Para que tal fosse possível, tive
de aprender a língua russa e transformei-me num russófono. Como dizem os
dicionários, russófono é aquele ou aquela que fala russo.
Até
aqui tudo bem, mas as coisas começaram a complicar-se quando o ditador Vladimir
Putin se autoproclamou defensor dos russófonos estejam eles onde estiverem.
Como é sabido, todos os cidadãos da União Soviética eram obrigados a estudar
russo, ou seja, eram todos russófonos e, por isso, o autocrata do Kremlin
chamou a si um trabalho hercúleo de proteger e defender milhões de pessoas, repetindo
os feitos “heróicos” dos czares russos e dos dirigentes comunistas soviéticos.
Os
czares consideravam ter por missão defender os “irmãos ortodoxos”, o que
implicaria controlar, além do império que já tinham, os Balcãs e, se possível,
Constantinopla. Como
sabemos, a história acabou muito mal para os czares, que arrastaram consigo
milhões de pessoas para o abismo comunista.
Os
dirigentes soviéticos tinham projectos ainda maiores, ao nível planetário,
intervinham em qualquer lugar onde um ditardorzeco anunciava ter decidido
enveredar pela “via do socialismo”, fosse na Cuba de Castro, na Angola de
Agostinho Neto, no Moçambique de Samora Machel, etc., etc. Também sabemos qual
foi o resultado inglório dessas aventuras.
Não há estatísticas que mostrem quantos
russófonos existem nos países que faziam parte da União Soviética (embora o seu
número tenha diminuído significativamente depois de 1991) e no mundo, nem se
sabe quantos deles querem a ajuda de Putin. Duvido imenso que a maioria dos
habitantes dessas antigas repúblicas soviéticas queiram receber essa ajuda, mas
o ditador teima em querer ajudar e só é “impedido” de o fazer pelos ingratos
ucranianos, estónios, lituanos, letões, etc., e também, claro está, pela NATO,
União Europeia, Estados Unidos, CIA, etc.
Eu estou entre os russófonos que
dispensam qualquer tipo de apoio do autocrata russo e espero que ele nunca me
venha ajudar, porque não quero que essa ajuda venha acompanhada de sangue,
destruição, ódio… O triste e cruel espectáculo montado pelo Kremlin no leste da
Ucrânia mostra até onde pode ir a paixão de Putin em relação aos ucranianos.
E
Putin já nem sequer esconde as evidentes trafulhices que faz para justificar o
ataque contra um país a que ele chama “irmão”. A relação entre ele e a Ucrânia
é claramente “incestuosa”. Inventa “invasões ucranianas” para violar a
integridade territorial de um país vizinho, espezinhando os mais elementares
princípios do Direito Internaconal.
Já
escrevi várias vezes, mas voltou a repetir: Putin foi um dos dirigentes que mais
contribuiu e contribui para que todos os vizinhos, à excepção, talvez, da China
e da Coreia do Norte, olhem com uma enorme mistura de medo e ódio para a
Rússia.
“Idiotas úteis”
Perante esta política imperialista,
reacionária e expansionista, o “Partido da Carrinha” (PCP) continua a querer
fazer crer que Putin é um dirigente progressista. O anti-americanismo dos comunistas portugueses é
cego ao ponto de considerarem que o ditador russo é de esquerda,
anti-imperialista, progressista, etc. Nem sequer notaram que comparada com a
ideologia de Moscovo, a do “Chega” pode ser situada no centro-esquerda.
Basta
ler umas linhas do “Avante” para compreender a cegueira do “Partido da
Carrinha”, que, por este andar, vai ter o destino do “Partido do Táxi”: “A
obscena campanha provocatória do imperialismo contra a Federação Russa
intensificou-se continuamente…”
Será
que estas posições são ditadas não só e não tanto por cegueira ideológica
daquilo a que se chama os “idiotas úteis” de Putin? Na era
soviética, Moscovo pagava bem pela propaganda e pela fidelidade…
Acho
também estranho que generais portugueses na reserva, que realizaram
importantes missões para a NATO em várias regiões do mundo, venham agora
justificar a política externa do ditador russo e acusar os “extremistas” ou
“neonazis ucranianos” de provocarem esta crise.
Não, esta crise tem uma origem e
reside no facto de a Rússia querer chamar a si o direito de mandar na política
interna e externa dos países vizinhos. A Ucrânia é um país soberano e
reconhecido pela comunidade internacional e não são os malabarismos históricos
e as provocações de Putin que irão mudar isso.
A
vontade do povo ucraniano está no seu hino
nacional, que
tentarei, não sendo poeta, traduzir da melhor forma que posso:
Ainda não
morreu a Ucrânia,
A glória, a vontade,
A nós, irmãos,
O destino sorri!
Os nossos inimigos perecerão
Como o orvalho ao sol
Nós também governaremos, irmãos,
O nosso país.
Por isso, como russófono e russófilo,
revolta-me ver uma Rússia governada por gangsters.
VLADIMIR PUTIN RÚSSIA MUNDO
UCRÂNIA
EUROPA
COMENTÁRIOS
Bernardo Vaz Pinto: Somos realmente cegos quando não conseguimos sair da demagogia e da
tribalização do mundo: só por ser contra os EUA, Putin, como Chaves, como Castro,
afinal não é tao mau assim …assustador … Maria Augusta > Bernardo Vaz Pinto: Nem mais. A xuxo-comunada é assustadora e
perigosa. Manuel
Rodrigues: Já na infantilidade
da minha juventude os donos das verdades supremas na Faculdade me
diziam que o Socialismo e Comunismo era porreiro, pá !! Mas eles provinham de famílias
burguesas e endinheiradas, claro. Milhazes, ex-marxista russófilo diz verdades que
a biblia dos kamaradas não contempla e os desgosta profundamente.
Se ser de esquerda é
uma honraria constante, Zé Milhazes está ser um chato!!!
Antonio Tavares: Já se percebeu que as pessoas da sistema político tipo regime Mobutu na gestão
dos serviços de estado da Rússia, pretendem continuar a patrocinar actividades
não legais e também de outro tipo no território da Ucrania. Nota Informativa : Mobutu Sese Seko foi um
politico africano do seculo XX e chefe de estado da Republica Democratica do
Congo / Zaire. Publico
Jornas > Antonio Tavares: Para não deixar dúvidas...:
"Mobutu estabeleceu uma ditadura personalista com forte
apoio militar dos governos dos Estados Unidos desde o golpe militar que o levou
ao poder, e por todos os 32 anos em que permaneceu como ditador único e
soberano no Congo. A ajuda norte-americana foi encerrada com a queda do regime
comunista/soviético no leste europeu". Antonio Tavares > Publico Jornas: O Putin e o seu grupo de
"amigos" e/ou "sócios" fazem o mesmo que o politico
Mobutu nos serviços de estado da Rússia com o apoio do dinheiro obtido nos
negócios do petróleo e do gás. Antonio Lucas: O cds afundou e anda por aqui
muito náufrago, certamente serão recolhidos na nau catrineta do mestre andré ,
pobres diabos, depois da molha ainda andam por aqui a apregoar as maleitas do
comunismo ou de uma rússia com todo direito a autodefesa, saudades do
colonialismo português e da guerra colonial financiada pela nato com armas e dinheiro
a boa maneira fascista, isso é que eram tempos ...é preciso ter lata ou sofrer
de amnésia ! Ping
PongYang: Não sei se
é russófilo ou russófodo: Nunca percebi nada
destes comunismos ou ex-comunismos. Uma coisa eu sei: Portugal é um
país fundador da OTAN e agirá como tal nesta ou qualquer outra circunstância, o que leva à questão do
"partido" do Dr. Ventura poder estar a ser financiado por bancos
russos. Se se verificar, trata-se dum caso muito sério. PortugueseMan > Ping PongYang: ...Uma
coisa eu sei: Portugal é um país fundador da OTAN e agirá como
tal nesta ou qualquer outra circunstância... Portugal poderá estar a
enfrentar um dilema, juntamente com mais alguns países europeus. Diria que teremos que aguardar
algumas semanas até perceber como Portugal agirá. joao silva > Ping PongYang: Parece que isso nunca foi preocupação quando a URSS
financiava o PCP. É assim. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!!! Filipe Costa: Só leio comentários pró-russos.
Atinem. Maria
Augusta > Filipe Costa: É a xuxo-comunada residente e saudosa dos velhos
tempos. Eduardo
Manuel Sá Gouveia > Maria Augusta: Srª. Dª. Maria Augusta, por favor, não use linguagem
ofensiva. O comunismo é uma ideologia maravilhosa, de defesa dos trabalhadores,
da igualdade, dos direitos das mulheres, dos emigrantes, da pequena Greta,
Mamadu Ba e comunidade LGBTTPQTPPCTPMRPP2+ enfim. Não é justo da sua parte. Publico Jornas: "Entenda a história sobre
a possível ligação de Joe Biden e de seu filho com a Ucrânia - O democrata Joe
Biden, ex-vice-presidente dos Estados Unidos e candidato à Presidência, teria
influenciado nas relações comerciais de seu filho Hunter Biden com o grupo
Burisma. A empresa é uma grande produtora de gás natural sediada na
Ucrânia." - letao jor: eu ainda sou do tempo do pacto de varsóvia e da queda
da urss e do muro ....a nato na altura achou por bem não aceitar nas suas
fileiras países satélites da antiga urss mas não é o que tem feito , pelo contrário
tem vindo a apertar o nó em volta da rússia que ao sentir-se estrangulada
começa a espernear ... mas o mafioso do putin é mais inteligente que o bidé da
américa ou os pigs do ocidente europeu .... o putin vai dar um baile ao
ocidente e à nato ...esperem para ver....ele tem a razão do lado dele .... não
consumam só jornalixo ocidental... ponham-se no lugar dele... Eduardo O Liberal:
José Milhazes é uma voz lúcida de oposição
aos vergonhosos adoradores do Ditador Vladimir Putin e das suas políticas de
constante agressão aos seus vizinhos, desde a Geórgia até à Ucrânia. Nuno Pestana: Ao invés de procurar trazer a
Rússia para o Ocidente, os EUA com a Europa a reboque, preferem manietar o que
consideram um rival de igual poderio (potencial). Da parte dos EUA entende-se.
Já a Europa persiste no suicídio em várias frentes! P.S. A Rússia de hoje nada tem a
ver com o Comunismo e Putin não é tecnicamente um ditador, foi eleito. Clarisse Seca > Nuno Pestana: Quantos ditadores já não foram eleitos, alguns até na
ponta da baioneta! Rosa
Cruz > Nuno Pestana: Sim, tecnicamente foi eleito... depois de prender os
opositores (isto quando estes não tiveram "problemas de saúde"
inesperados, muitas vezes fatais). E quando digo opositores, quero mesmo dizer
opositores - os candidatos fantoche, ali só para dar "seriedade" às
eleições (e com muita vontade de obedecer) obviamente não contam. João Ramos: Muito bem José Milhases!!! Nuno Fonseca: Excelente artigo. J Sm: Milhazes a milhas de distância
do bom senso e da imparcialidade. O curriculum também não o recomenda. Dizer
mal do Putin (sem esquecer Trump e Bolsonaro) é o maior lugar-comum do tempo
presente. Mas quando queremos saber quais são afinal os grandes políticos do
tempo presente ninguém nos diz, ninguém sabe! A não ser que estejam a pensar no
Costa do malabar, no Biden caquético, no Trudeau da censura, ou em última
análise no Macron Bonaparte da mulher dele! Não sendo isso temos que admitir
que Putin está a fazer o que qualquer Pedro o grande faria - proteger a Rússia. António Cézanne > J Sm: Proteger a Rússia de quê ou de quem? Algum país da europa que tenha
fronteira com a Rússia a ameaça com qualquer ataque? Claro que não! O contrário existe! Não estou a perceber essa
lógica. Será a lógica de ter medo que pertençam à Nato? A Nato está lá para
defender os seus membros e não para preparar ataques a qualquer país. Isso é
para os ditadores frustrados que querem ser grandes e não conseguem por mérito
próprio. J Sm > António Cézanne: Não posso acompanhar o seu
raciocínio. Esse tipo de lógica não percebe que a NATO pretende cercar a Rússia
rompendo aliás com as promessas aquando do desmantelamento da URSS. Sustentar
que a NATO é uma organização apenas defensiva ou que não é teleguiada pelos
Estados Unidos é uma narrativa perigosa e não corresponde à realidade. Colocar
no topo da geopolítica raciocínios democráticos simplistas é o primeiro passo
para novas cortinas de ferro e aí sim a primeira vítima seria o continente
europeu. E fica provado que a teoria das potências regionais defendida por
Trump é o caminho mais acertado para a paz. António Cézanne > J Sm:
Não. Não percebo! O que eu percebo e está aos
olhos de todos é que não são os países da Europa que constantemente andam com
ameaças, provocações e invasões de países soberanos vizinhos e sim a Rússia.
Como tal, o resto dos países
têm que estar preparados defensivamente para os travar. Não o fazendo,
arrisca-se a que a Rússia com a sua mania que é grande e com um saudosismo
alucinado do passado, entre facilmente pela Europa dentro e isso nunca poderá
ser admitido, seja de que forma for, custe o que custar e a quem custar. Essa
mania de invadir países soberanos para anexar todo ou parte do seu território é
ridícula nos dias de hoje. Seria o mesmo que Portugal agora resolvesse entrar
por Espanha dentro para anexar Olivença só porque um dia foi nossa. Os tempos
mudam e evoluem, quem não os acompanha e tem poder, tem forçosamente que ser
travado seja de que forma for. Publico
Jornas > António Cézanne: "Algum país da europa que
tenha fronteira com a Russia a ameaça com qualquer ataque? Claro que não!"
- Ó xpertinho, desde que tenham bases militares da NATO junto às fronteiras da
Rússia, desrespeitando o acordo verbal firmado com Gorbatshov, claro que sim!
Vejo que não fizeste a lição de casa que te mandei fazer... olha que levas
tau-tau! MANUEL
OLIVEIRA: Este artg é um
hino à LIBERDADE dos povos. Excelente.
Censurado CensuradoLuis Santos: Que invariavelmente é sempre o que acaba por
denunciar, para não dizer contaminar, qualquer ponto de vista do Milhazes.
Analisar o conflito da Ucrânia sob o ponto de vista do PCP, esse grande player
internacional, não lembrava ao diabo. Mas lembra ao Milhazes. Porque será? Será
alguma psicose que nunca lhe permite ver qq floresta além dessa árvore? Que
curiosamente é sempre a mesma. Pelo menos tem onde se encostar e como é sabido
a terra e as raízes processam qualquer matéria orgânica. Rui Mendes: Expressões/palavras chave a
repetir "ad aeternum" pelo Biden, pelo secretário-geral da NATO, e pela
liderança bicéfala da UE (com nuances diferentes qd é a colega alemã a falar ou
o colega belga, a memória do genocídio/ dos muitos milhões de mortos causados
na URSS pelo nazismo...)(de preferência repetir + de 1000 vezes...): 1) invasão
iminente (houve as variantes posteriores, mas rapidamente abandonadas por poder
afetar a eficácia da mensagem, "invasão provável" e "invasão
imediata"); 2) sanções maciças (mas com mt receio/ quase
"terror" das contra-sanções russas, por parte dos países da UE, não
dos USA 😉)(os planos de resiliência teriam de ser multiplicados por 10, a anunciada
recuperação das economias da UE ficaria para as "calendas gregas"); 3)
A união "cimentada" dos aliados da NATO (qq observador sabe q não é
de forma nenhuma verdade, mas repetindo, repetindo,...). Receita já antiga. Um
dos popularizadores mais referido é/foi o Joseph Goebbels (tb alemão). Já foi
utilizada em relação às armas de destruição maciça no Iraque, e ... O José
Milhazes é dos mais cumpridores a replicar e a reproduzir o "novo discurso
único sobre a cruzada das democracias contra as maquiavélicas
autocracias" 😂. Henrique Frazão: Os "Vira Casacas" têm sempre pouca credibilidade,
o autor foge à questão central deste impasse e ele sabe-o bem. Aquando do fim
da URSS o Ocidente acordou com o Sr Gorbatchev não alargar o espaço da NATO, na
primeira oportunidade e aproveitando a fraqueza dos russos a NATO cresceu para
vários países do Leste Europeu, mais tarde nos acordos de Minsk voltou
acordar-se a não entrada da Ucrânia na NATO, a própria Ucrânia na sua
constituição obriga-se a ser um país neutro, a Finlândia continua a ser um país
neutro. É necessário a existência de uma zona tampão entre o Ocidente e a
Rússia essa é a realidade que os americanos não querem aceitar. Maria Augusta > Henrique Frazão: Credibilidade tem os comunas
empedernidos como toda a gente sabe.
Jorge Freitas: Esta noção do "grande império russo" que
aparentemente tanta gente engole acriticamente é historicamente bastante
ridícula. De facto, se alguém tem direito a reclamar alguma coisa de parecido
com a herança imperial russa são os ucranianos, sendo obviamente Kiev a origem
da cultura russa (ela mesma uma amálgama escandinavo-eslava construída ao longo
de séculos de domínio Viking das bacias do Volga e do Dniepre). A Moscóvia era
uma terreola até Kiev ser arrasada pelos Mongóis, e se conseguiu refazer-se das
razias a que ela própria foi sujeita durante o esmagamento da Rússia de Kiev
pela família de Genghis Khan foi porque se vendeu ao conquistador enquanto colectora
do tributo de todos os vassalos russos. Infelizmente, dir-se-ia que os
herdeiros de escravos continuam a pensar como escravos. Talvez o facto de a
Rússia ter sido o único país europeu que não foi obrigado a abdicar do seu
império colonial seja o factor fundamental no seu atraso. Curiosamente os
Mongóis actuais são uma democracia representativa, um pequeno oásis de decência
entre duas tiranias. Censurado
Censurado > Jorge Freitas: Mais ridícula só a ideia que Putin ou a Rússia querem
reconstruir o Império russo como é tantas vezes badalado. Ou tão só que vai até
Kiev e acaba a anexar a Ucrânia. Vamos estar todos aqui para ver essa grande
produção de Hollywood. Eu pelo sim pelo não recomendava antes o Dom Quixote do
Terry Gilliam este fds. p
m: José Milhazes não
parece ter noção das consequências que as suas intervenções na TV -
nomeadamente na SIC - têm nas pessoas. Sendo um historiador-jornalista que
viveu 35 anos na URSS (cerca de 10 anos) e na Rússia (cerca de 25 anos, dos
quais 15 já na presidência de Vladimir Putin), estranha-se que aceite a tarefa
de anuir em confirmar a visão que a Direção da SIC tem sobre as relações
políticas/económicas/militares entre a UE/USA/NATO com a Rússia/União Económica
Eurasiática (UEE)/ Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC).
Estes assuntos são demasiado sérios para serem abordados de forma leviana em
programas tipo "talk show" de madrugada, ou em simples entrevistas de
5 minutos nos noticiários da tarde, onde não o deixam aprofundar os temas. Foi
confrangedor ouvi-lo a debitar sobre os Acordos de Minsk na SIC-Noticias, sem
explicar por que razão estes acordos podem ser violados por uma das partes, sem
que isso implique uma grave punição para esse estado - a Ucrânia. pedro dragone: Um regime de gangsters que
mantém um país de 40 milhões sob sequestro. Eu não sou russófono mas resisto a
tornar-me russófobo porque o povo Russo não tem culpa nenhuma da banditagem que
o dirige. Banditagem que só poderá ser eliminada por uma força exterior. E essa
força exterior é a atracção irresistível e irreversível que o bem-estar
económico e social das democracias ocidentais exerce sobre o povo Russo e
outros povos eslavos. Será esse força que, mais tarde ou mais cedo, e pela mão
das novas gerações (os Milleniards Russos), irá levar o regime ao colapso. Relativamente
ao pacote de sanções, eu não sei os detalhes do que está previsto, mas se fosse
eu a decidir incluiria na lista o bloqueio do canal de propaganda do regime RT
(Rússia Today) em todos os operadores Telco do mundo Ocidental, e o corte dos
serviços de manutenção e suporte a todas a tecnologias de ponta (incluindo para
exploração de gás e petróleo) que a Rússia importa do Ocidente. Só por si,
estas duas medidas seriam um duplo golpe fatal no coração do regime.. Quanto à
posição pró-Russa que algumas ex-altas patentes da nossa Forças Armadas têm
defendido em vários canais, são de facto vergonhosas e é algo que também já me
chamou atenção. Têm direito à sua opinião, mas dada a sua condição de inclusão
na reserva militar e o actual contexto de ostensiva hostilidade da Rússia aos
países da Nato, deviam ser mais cuidadosos, quiçá manterem-se no recato da sua
condição de reservistas da FAs... josé
maria: Putin é um tirano
desprezível, de pendor fascizante, líder de um partido conservador e
direitista, como o Rússia Unida,
e muito amigo dos líderes de extrema-direita, como Le Pen e Salvini.
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