Da avó e bisavó
Vão as fitas preenchidas
Do Nuno que vai entrar
Para a Escola Primária,
Acabada a Infantil
Que já exige
As fitas do seu findar
Sintoma do grande aumento
Das fitas de origens várias,
Logo a partir do começo,
Quando dantes só havia
As fitas universitárias
Nos finais de cada curso
Após o vário percurso.
Venham então os escritos
Das fitas orientadoras
Destas épocas sedutoras
A que vamos assistindo
Admirando e progredindo
Seguindo a evolução,
Quer desejemos ou não
Achando que é pieguice,
Se não apenas tolice
Destes tempos menineiros
Simplesmente mentireiros,
Por vezes bem contrários
Aos valores verdadeiros
Que inspiram os seus herdeiros
Se querem ser seguidores
Dos antecessores…
Aqui vai o
da Avó Paula,
Como
primeiro na escala:
«Mas que fita
tão catita
Vai por aí a abanar
É, das fitas,
a mais bonita
Que nos
podias tu dar.
Outras fitas
são escusadas
Nem nós as
queremos lembrar!
Todos os dias
serão dias,
P’ra nos
fazer espantar.
Que sigas por
um caminho
De balões e
arco-íris
Que aprendas
o que a vida
Dá no seu
jeito sui generis.
E para acabar
o discurso,
Que este novo
percurso
Transforme
esta cartolina
Em sonho de
purpurina.
Beijinhos
para ti assim
Dos avós
Paula e Quim.»
E aqui está o da bisavó
Que se assina no fim:
Agora com os teus seis anos
Tu, Nuno, já podes bem
Começar os teus estudos
Das palavras e das frases
E das contas que já fazes
Mas vais aprender melhor
Como se fazem
P’ra perceberes o que fazias
Antes de ires p’r’à primária,
- E que a todos nós deixava
Cheios de admiração
P’la rapidez das respostas
Em contas e em reflexão.
Por isso todos achamos
Que vais ser bom estudante
E igualmente desejamos
Que sejas amigo fixe
- Nos jogos e brincadeiras,
E nos estudos também -
Dos teus companheiros
E das tuas companheiras.
E aqui vai, nesta fitinha,
Um xi bem do coração,
Do teu amigo Vitorino
E da bisavó Berta amiguinha,
- Desta vez sem torradinha.
Junho de 2023
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