segunda-feira, 5 de junho de 2023

Manipulação absurda

 

Do ser humano, assim desumanizado. Um texto claro e lúcido de Rui Ramos sobre a inesgotável vaidade humana de ultrapassar todas as barreiras do bom senso, quando, afinal, tem sido movido, nas suas descobertas sucessivas ao longo dos tempos, por ideais generosos de ajuda humanitária, quer relativamente à saúde humana e animal, quer à superação dos esforços físicos, através dos mecanismos tão úteis ao comodismo humano. Mas esta da IA não lembra ao diabo.

Há um novo medo: a Inteligência Artificial

Mais do que a Inteligência Artificial e os seus riscos, devia-nos preocupar o que está por detrás do medo da Inteligência Artificial: a degradação do conceito do que é um ser humano.

RUI RAMOS Colunista do Observador

OBSERVADOR,02 jun. 2023, 00:2246

Ainda estão com medo das alterações climáticas? Continuam a recear uma guerra nuclear? A probabilidade de outra pandemia inquieta-vos? Desculpem, mas estão desactualizados. Tudo isso são terrores fora de moda. Chegou um novo pavor: chama-se Inteligência Artificial. Ainda não tem uma Greta, ainda não pôs miúdos a colarem-se às molduras nos museus, mas já faz circular cartas com muitas assinaturas de gente que se acha a si própria importante. Sim, esqueçam Godzilla e o “bug do ano 2000”: é a Inteligência Artificial que, afinal, vai exterminar a humanidade, arrasar o planeta, e fechar o café da esquina.

Que dizer deste novo susto? Primeiro, que continuamos apocalípticos. Em tudo vemos o fim do mundo. Segundo, que como na proverbial morte de Mark Twain, é provável que haja aqui algum exagero, o que não seria novidade nestes pânicos científicos (lembram-se da ovelha clonada?). Não, não estou a dizer que a Inteligência Artificial não é uma coisa notável. Também deve ter riscos, como tudo. Não vou discutir isso. Aliás, não vou sequer discutir a Inteligência Artificial, que deixo aos milhares de “especialistas” que todos os dias se esforçam por tornar o assunto um pouco mais desinteressante. O que gostaria de discutir é outra coisa: as razões que nos dão para tremermos e rangermos os dentes.

Essas razões resumem-se a uma palavra: substituição. Eis o que proclamam os púlpitos do terror: a Inteligência Artificial tornará os seres humanos dispensáveis, para finalmente os erradicar. Posto assim, é um medo antigo. Dois exemplos do cinema: em 2001: Odisseia no Espaço, de 1968, o computador tenta liquidar a tripulação da nave; em Blade Runner, de 1982, é preciso um teste complicado para reconhecer os androides, que até fazem poesia com “lágrimas na chuva”. Ou seja, há bastante tempo que andamos a ser amestrados para ter medo de um dia nos vermos substituídos por máquinas.

Podíamos ir até aos autómatos do século XVIII, mas fiquemos por aqui. Há muitas coisas para dizer, mas direi apenas duas. Primeiro, seria altamente civilizado adoptar o princípio de que ninguém deve perder um minuto da sua vida a fazer o que pode ser feito por uma máquina, seja trabalho físico ou intelectual. As máquinas vão deixar os seres humanos desempregados, agora que já fazem diagnósticos, resumos, e pastiches? Não, vão libertá-los para outras coisas, como libertaram muita gente das ceifas no campo ou das linhas de montagem nas fábricas, sempre no meio de pânicos como o actual acerca da redundância humana. O fim do mundo já aconteceu muitas vezes.

Segundo, que mais do que a Inteligência Artificial e os seus riscos, devia-nos preocupar o que está por detrás do medo da Inteligência Artificial: a degradação da ideia do que é um ser humano, causada pelo humanismo materialista. Ao rejeitar a ideia bíblica de que o ser humano foi criado por Deus à sua imagem e semelhança, o humanismo materialista eliminou o temor a Deus, mas também a ideia de que a humanidade é algo único e especial. Por um lado, diz-nos que o ser humano é tão poderoso que pode criar máquinas inteligentes; por outro lado, admite que o ser humano é tão pouca coisa, que uma máquina criada por ele o pode tornar supérfluo. No tempo em que os seres humanos supunham que Deus os concebera à sua imagem e semelhança, talvez não tivessem tanto receio de máquinas construídas por eles próprios, porque a origem divina valorizava a humanidade acima de qualquer artefacto. Adaptando a citação de Chesterton, digamos que quando o ser humano deixou de ter medo de Deus, passou a ter medo de tudo e mais alguma coisa.

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COMENTÁRIOS:

Maria Emília Santos Santos: O medo é a arma da moda, ou seja; da actualidade!  querem que nós tenhamos medo, muito medo, para poderem mais facilmente nos dominarem! Então se nos querem dominar, é porque são nossos inimigos, e, se são nossos inimigos, como podemos acreditar que eles usarão as novas tecnologias e particularmente a IA, para o bem da humanidade? Claro que não vão usar! Vão usá-la para nos controlar como na China, que já governa quase o mundo, e depois para nos liquidarem! O Harari diz isso com muita clareza no livro que o promoveu a primeiro conselheiro de Klaus Schwab, o fundador e autoproclamado director do FEM, cujo objectivo é tornarem-nos seus escravos! Só que eles, esses diabos todos que são sem fim, só vão até onde o Deus de que eles não gostam, os deixar! Deus, queiram eles ou não, ainda está no comando do Planeta e continuará para sempre!            António Agostinho Guedes: "quando o ser humano deixou de ter medo de Deus, passou a ter medo de tudo e mais alguma coisa" Aí está tudo numa frase simples. Obrigado, Rui Ramos.              Miranda: O Rui Ramos é um grande pensador que sabe tornar simples e compreensíveis os temas mais complexos.          Ângelo Almeida: Se na horta pico na terra para apanhar minhocas, o aparecimento de uma galinha representa uma ameaça para mim? Talvez seja sinal para procurar coisas mais importantes para fazer.             Ediberto Abreu: Tenho mais medo de o que o Costa faz, do que da IA.            Fernando CE Barria: A globalização, o BUG do ano 2000, a pandemia, a informática, agora é a IA. não será o último.               Francisco Almeida: Excelente artigo como já habitual. Um exemplo desse medo apocalíptico ocorreu com o advento do automóvel. Basta lembrar o enorme número de pessoas que dependiam do transporte animal, a grande maioria pertencente a níveis etários e culturais que impediam a sua adaptação a uma novidade tão radical.                  Joaquim Ribeiro: Os humanos sempre tiveram medo do desconhecido e do que não controlam. Uns por medo físico, outros por medo económico e outros por medo ideológico. Alguns até têm medo porque os outros têm ou incutem o medo. A IA não foge à regra. Eu sugeria que antes de terem medo, apreciem a obra que um punhado de humanos fez. Vão ao chatGPT, "falem" com a máquina, apreciem a conversa e, se puderem, imaginem o trabalho e a inteligência que está por trás de tal feito. Admirem-se e louvem a capacidade do ser humano. Antes de terem medo!            José Paulo C Castro: A IA não faz nada se não lhe puserem motores auto sustentáveis acoplados. A IA não pensa nada se não alimentarem a enorme base de dados a que precisa de se ligar. Como diz um amigo meu, não destruam os cortes manuais das centrais eléctricas e não há motivo para ter medo. Vida biológica é que é mistério poderoso. Continua a ser.             Maria Paula Silva: Muito bom, RR, concordo consigo. De todas as invenções feitas até hoje, e sem retirar o mérito a todas elas, para mim ponho no topo, e por razões meramente egoístas, a máquina de lavar roupa e o computador que veio substituir a velha máquina de escrever.:) Salvo erro em 2014 ou 2015 li muita coisa e vi muitos videos do Raymond Kurzweil (um dos pais do Transhumanismo) em que ele afirmava que a AI seria uma realidade dentro de 10 a 15 anos. Desde há várias décadas, RK tem acertado com eficácia nos desenvolvimentos tecnológicos com 10 anos de antecedência. Se não conhece o personagem, pesquise pois vale a pena, é mesmo muito interessante. António Reis: A inteligência artificial vai ter consequências desastrosas. Num mundo em constante progresso tecnológico com a esperança média de vida a aumentar todos os anos, a ideia de que os humanos que serão substituídos terão lugar noutras quaisquer actividades, parece-me algo fantasiosa pois haverá sempre perda líquida de emprego. A pergunta que se deverá pôr é: o que fará essa mole imensa de pessoas no seu dia a dia? Como ganharão o seu sustento? Segurança social?                    joao Pacheco > António Reis: Ainda por cima num país com tanta falta de inteligência natural!                 Paulo Neves > António Reis: Desde os Luditas, nas sucessivas vagas tecnológicas desde o início da revolução industrial sempre houve catastrofistas a anunciar o fim do mundo com desemprego generalizado. No entanto nada disso se compara à peste negra ou à Inquisição espanhola. E ainda cá estamos, melhor que nunca.           Coronavirus corona > Paulo Neves: À inquisição espanhola? Nada se compara à inquisição espanhola? Tem a noção de proporções ou é uma ideia que tem na cabeça?                       Ark Nabul: Máquinas que substituem músculos são uma coisa, máquinas que substituem tudo são outra. A IA consegue criar imagens e voz bastando-lhe um pequeno input. A partir daí, através do digital para o qual se tem de transitar obrigatoriamente, assim nos dizem dia e noite os especialistas de serviço, será muito fácil a propaganda manter a narrativa. E o humano, divorciado do analógico, obedecerá sem pestanejar aos novos Reis.                   bento guerra: Fala-se muito, em abstracto, como é próprio dos "especialistas". Pelo meio, falta de "inteligência natural”               Maria Clotilde Osório: Como já escrevi abaixo, não me parece que o medo nos dias de hoje, ou no passado, tenha algo a ver com a presença ou ausência do divino. O medo é uma característica antropológica da espécie humana que a tornou por isso capaz de tentar resolver situações e antecipar problemas. A crença (no meu caso, fé) em Deus permite confiar que o problema será resolvido. Mas o medo, esse, está lá. Medo e confiança são duas coisas distintas. Acho que o Rui Ramos aqui se baralhou              Hipo Tanso: E quem garante que a Bíblia tem uma relação próxima, ou mesmo distante, com Deus? Quem garante que a Bíblia É a palavra de Deus? Alguém daqui conheceu Deus? Andou com ele na escola? Alguém daqui verdadeiramente conhece Deus para falar dele com o mesmo à-vontade com que se refere a uma pessoa qualquer (ou mesmo a um profeta, desses tantos que a história regista)?              Coronavirus corona > Hipo Tanso: De acordo com o cristianismo houve muita gente a conhecer Deus. Todos os que conheceram Jesus Cristo conheceram Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado e não criado, consubstancial ao Pai. Ah mas eu não acredito que era Deus. OK. Mas o cronista não fez a avaliação da sua factualidade. Mas antes a mudança provocada pela descrença. Não deixou de haver medos. Os medos até se multiplicaram.            Jose Miguel Pereira: Podemos recuar mais, aos golem hebraicos.              José Rego: Mas que grande atrevimento, falar de Deus em público?! Isto é coisa de fundamentalista radical! Tenha cuidado caro Rui Ramos, qualquer dia é cancelado. Fora ironias e brincadeiras , excelente artigo.              Tristão: Gostei do artigo, bem escrito como sempre. Contudo, tendo a discordar da influência da laicização, sobretudo do ocidente alargado (como se diz agora, na existência destas teorias apocalípticas. Como sabe, mil vezes melhor que eu, essas teorias são, diria, milenares, é a própria Bíblia que trata do fim do mundo no capítulo Apocalipse, por sinal o último. Concluindo a minha opinião, diria que a existência de teorias do fim de mundo nada têm a ver com a perda da influência religiosa nas nossa sociedades (embora parecesse lógico) como pelo contrário, deixou um legado que as influencia até hoje.                 Maria Clotilde Osório > Tristão: O livro do Apocalipse não é uma descrição do "fim do mundo". É dos livros mais complicados da Bíblia e trata do "fim dos tempos" numa visão escatológica que ultrapassa em muito o mundo visível e material. Vem no seguimento da religião judaica que, mais tarde, também influenciou a religião islâmica. O seu sentido tem que ser lido no contexto da vida eterna e na ressurreição dos mortos, crença intimamente ligada à cidade de Jerusalém. O medo no ser humano é intrínseco a qualquer um em qualquer parte do mundo. Seja esquimó ou pertença a uma tribo do deserto. É esse medo que fez e faz com que a espécie esteja em constante aperfeiçoamento e na tentativa de resolver problemas que possam surgir. Não me parece que tenha nada a ver com religião. É uma questão antropológica.                Tristão > Maria Clotilde Osório: Sim, sei da complexidade do livro Apocalipse, com interpretações difíceis e várias. Contudo, a interpretação que vingou, a mais popular, digamos assim, foi associar o Apocalipse ao “fim dos mundos”. Toda a temática do juízo final, dos cavaleiros do apocalipse (fome, guerra, peste e fome), bem ou mal, conduziram a essa interpretação. A sua opinião parece-me até a mais acertada, só acrescentaria tratar-se de uma questão antropológica cultural 🙂  Deixe-me acrescentar, já agora, que sou um leigo na matéria.                     Coronavirus corona > Tristão: A "interpretação" da Maria é a que decorre da teologia. Se depois houve pessoas a fazer interpretações enviesadas isso não é culpa da igreja mas delas mesmas. A laicização é uma coisa. O afastamento da religiosidade da sociedade é outra. O laicismo pegou apenas no mundo católico. No protestante nem por isso               Lourenço de Almeida: Perfeito!               Carlos Fernandes: Não creio que o principal desafio da IA seja a substituição dos humanos por máquinas na execução de tarefas laborais. Quando se reduz a isto, é porque, em geral, não se percebe o que é a IA. O principal desafio é a eventual substitução dos humanos pela IA na tarefa de pensar e de agir com base nesse pensamento.       Maria Paula Silva > Carlos Fernandes: Recomendo a audição de um episódio da rubrica "Ciência Pop" aqui no Observador, sempre com o Prof. Carlos Fiolhais, sobre o assunto da IA: "A Inteligência Artificial vai dominar o mundo? 23 abr. 2023              Rosa Santos Graça: Exactamente.                      S Belo: Muito obrigada, Rui Ramos; um excelente artigo!                  Fernando Cascais: Ainda ontem comprei um livrinho sobre o futuro da inteligência artificial chamado "Inteligência Artificial 2041" escrito por dois chinocas. Vem isto a propósito da inteligência artificial numa fase mais evoluída não ser arregimentada a nenhum regime. Nessa altura, dentro de 100 anos, a inteligência artificial na China não será diferente da inteligência artificial na Alemanha. A inteligência artificial não obedecerá a ideologias políticas, a descriminações de raça ou de género ou a estatutos sociais. Uma questão interessante é saber se a evolução da inteligência artificial na nossa civilização terá o mesma sentido da evolução da inteligência artificial de outra civilização diferente mesmo alienígena, ou seja, a inteligência artificial na sua plenitude não ter variantes. Existem riscos para o Homem? Creio que sim. Não já, mas, com a infinitude de possibilidades da evolução da inteligência artificial sim, e o desemprego será o menor dos problemas na minha opinião.               Fernando Cascais > Fernando Cascais: ... e ainda, terá a inteligência artificial limites ao seu desenvolvimento? Poderá a inteligência artificial continuar a ser cada vez mais inteligente sem ter um fim? Creio que sim, e nesta perspectiva, Deus seria o produto da inteligência artificial na sua máxima plenitude, e seria esse Deus, produto da inteligência artificial que criaria o Homem para inventar e desenvolver a inteligência artificial, num universo, onde o tempo é totalmente relativo.            Maria Paula Silva > Fernando Cascais: Sem dúvida. Obrigada pela dica, vou ver se compro, pesquisei e deve ser mto interessante.              Fernando Cascais > Maria Paula Silva: Olá Maria Paula, a referência do livro foi apenas para abrir o caminho para dizer que a inteligência artificial quando estiver mais desenvolvida não terá diferenças da china autocrática para uma Alemanha democrática. Ainda não li o livro, está numa lista de espera de outros que fui comprando entretanto. Tenho a mania dos livros e uma bibliotecazinha com muitos deles à espera de serem lidos, mas, infelizmente também me viciei na HBO e afins, e, tenho lido cada vez menos... uma m... a provocar danos piores que os da inteligência artificial.            Maria Paula Silva > Fernando Cascais: ahahah... olhe, está como eu. Alguns em lista de espera, e até já deixei de comprar livros, mas este da IA em 2041 vou comprar de certeza. Num comentário acima deixei referência a Raymond Kurzweil, não sei se conhece, mas se não, vale a pena pesquisar. Ele é o único que tem adivinhado com 10 anos de antecedência todos os avanços tecnológicos e acerta sempre. Em 2015 vi uns videos em que ele afirma que a IA será uma realidade dentro de 10 a 15 anos. Também, como boa cinéfala inveterada, HBO, Netflix e uma plataforma portuguesa mas excelente, muito boa mesmo, recomendo, a FILMIN. E não é cara.               Fernando Cascais > Maria Paula Silva: Obrigado, vou pesquisar sobre Raymond Kurzweil. Se calhar até tenho alguma coisa dele em lista de espera... No momento actual creio que a HBO é a plataforma com as melhores séries. Succession é um bom exemplo, mas, tem outras muito boas como por exemplo The Last Of Us que acabei de ver há pouco tempo.             Maria Paula Silva > Fernando Cascais: Concordo. O último episódio da Succession é brutal. Tem muitas, muito boas. Billions tb gosto. E se não viu, há uma hilariante "Why Women kill" (são poucos episódios, já vi há tempos). E ninguém gosta, mas eu adoro... The Big Bang Theory :)                Ana Silva: A perspectiva de Rui Ramos é sempre refrescante. Baseada num conhecimento histórico muito amplo e, como tal, capaz de estabelecer comparações e ilações realistas a partir dos tempos passados. Apenas algumas notas: - Qualquer avanço tecnológico ou científico acarreta o risco do seu mau uso. A coisa em si que se inventa, se descobre, se desenvolve, é sempre neutra. - É para isso que serve a Ética e como resultado dela a moral, consubstanciada em tradições, instituições e leis, para conter as acções maliciosas dos seres humanos, que ponham em risco os mais fracos e frágeis de qualquer sociedade (para que fique claro, não estou de todo a falar das minorias seleccionadas com pinças e aproveitadas até ao escândalo pela ideologia woke para destruir o paradigma judaico-cristão das sociedades ocidentais). É por isso que existem as leis nas sociedades mais livres e para as quais interessa sobretudo o desenvolvimento dos seus cidadãos, começando pelo crescer saudável das suas crianças e jovens e das suas famílias, do trabalho digno, da qualidade de vida, da pacificação social, e muito mais.…. (e muito mais haveria a dizer, mas um comentário é sempre limitativo). A IA terá aplicações muito positivas, mas também será por certo tentativamente usada pelo egoísmo humano, assim como pelo erro e pela maldade, mas tenhamos esperança que os nossos governantes quer a nível nacional (não estes que lá estão, como é óbvio) quer no concerto das nações, saibam acautelar e defender as pessoas, pois é para o serviço do interesse da comunidade e não o próprio que os povos soberanos lhes entregam em eleições livres as rédeas dos três poderes, legislativo, executivo e judicial (esta nota final é só para recordar o que muitos esqueceram: que a soberania está nos povos e não nos seus governantes).            S Belo: Muito bem !                 Alexandre de Sousa – Ator:  Obrigado!             Rui Lima: E se Portugal fosse governado pela a inteligência artificial teria muito a perder? , Entre Antonio Costa e a IA qual seria a escolha dos portugueses? Eu voltarei a votar no dia em que a IA seja candidata.              Rui Pedro Matos: 2001 Odisseia no Espaço! O preâmbulo, cinematográfico, desta realidade que muitos desejam! Um enorme filme!  Maria Clotilde Osório: Muito bom                J SantosMaria > Clotilde Osório: Diria mesmo mais: muito bom!

 

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