Daqueles que a extrema sensibilidade dos
seus defensores de hoje, todavia, protege com unhas e dentes, segundo nos conta
Margarida Gomes Penedo, para que o
retrato gentil desses que desde sempre conhecemos como infiltrados sem fazerem
grandes ondas, mas vendendo por três escudos a gravata que inicialmente queriam
impingir por cem. Aconteceu comigo várias vezes, com outros exemplos vendíveis,
em que a minha anjice caía - não fora a discordância de quem me acompanhava na
altura do negócio. O da gravata foi em 53, em Coimbra. Desejei oferecer uma
gravata ao meu tio Belmiro, em cuja casa me acolitava nas férias, o qual me
acompanhara a Coimbra, para me instalar no Patronato. Um cigano estava ali, no
seu chão, a vender gravatas e eu aceitei de imediato uma pelo preço dos cem
escudos pedidos, quando o meu tio propôs apenas três. Fiquei boquiaberta quando o
cigano me estendeu imediatamente a gravata da minha ingenuidade lorpa, de resto
nunca ultrapassada nas questões de “negócios” com ciganos, designação esta, aliás,
tomada hoje como epíteto de outras “raças” de vendedores do mesmo calibre
batoteiro, entretanto multiplicadas, sem ser forçosamente na venda de gravatas
ou outros artefactos: de “ciganos” ou “ciganões" está o mundo cheio, embora, no
nosso país de gente sensível, a nossa Amália tenha imortalizado uma “Carmencita”cigana,
que destoou da sua raça, por ser bonita mas também de coração frágil, a pobre coitada.
O racismo mora à esquerda
Os representantes da esquerda
consideram que os ciganos são uma raça. É bom saber-se onde moram as piores
ideias, até para as podermos combater.
MARGARIDA BENTES
PENEDO Arquitecta e deputada municipal
OBSERVADOR, 15 jun. 2023, 00:1652
O grupo dos deputados “não inscritos” –
eleitos nas listas do PS em representação do radicalismo mais fanático – levou
a debate na Assembleia Municipal de Lisboa uma recomendação para “promover
a cultura e história da comunidade cigana”. Vinham
armados de ONU, bandeira cigana, hino cigano, e Dia Internacional da Pessoa
Cigana. O que não traziam era vestígio de conhecimento sobre
“cultura” ou “história cigana”; se trouxessem, sabiam que não existe uma
“cultura cigana”, existem várias. Basta
ver cinema. Emir Kusturia, quase todos; Guy Richie, com Snatch – Porcos e
Diamantes; Carlos Saura, com Flamenco; ou Etienne Comar com Django, de 2017,
sobre a vida e a música do extraordinário Django Reinhardt. Todos eles mostram
comunidades ciganas, diferentes umas das outras.
O
documento era racista. Postulava a seguinte lógica: quem não vê as coisas como
estes deputados, é “contra os ciganos”; obviamente, “fomenta preconceitos” e
comete o crime de “racismo” (sic). Sucede que o racismo é um
preconceito formado a partir de uma distinção de raça. Os digníssimos deputados
que assinaram aquele pedaço de acusação consideram que os ciganos são uma raça.
Ou seja, o racismo mora ali, nas cabeças dos autores do
documento. Mais um
motivo para defender a liberdade de expressão, verbal ou escrita: todas as
ideias devem ser expressas, sobretudo as piores, até para serem combatidas. É
bom saber-se onde elas estão. Nenhum partido da direita portuguesa aceita a
existência de raças. Mas elas existem na retórica, e portanto, nas cabeças, dos
representantes da esquerda.
Convinha que a direita compreendesse
bem este ponto: não somos obrigados a aceitar os pressupostos nem os termos da
esquerda. Todos os assuntos podem e devem ser discutidos, sim, mas nos nossos
próprios termos. Quem não sabe definir os termos de uma discussão, não sabe
pensar sobre aquele assunto e dificilmente discute seja que assunto for. No
momento em que a direita aceita os termos da esquerda, já perdeu o debate. É
uma regra sem excepção. Como se viu aqui, neste assunto dos ciganos, assente no
maniqueísmo: ou a direita concorda com a visão identitária da esquerda, ou é
liminarmente culpada de “racismo”. A esquerda já não se limita a impor os seus argumentos, também
precisa de criminalizar os adversários. De
resto, mostrou mais uma vez esta sua prepotência na reacção crapulosa aos
cartazes na manifestação dos professores. “Racismo” é tudo o que o PS decidir,
em cada momento, e de acordo com a conveniência do PS. No fundo, “racismo” é, a
partir de agora, toda a dissidência e toda a crítica ao comportamento do PS.
Por último, não se chegou a saber qual era a parte da “cultura
cigana” que estes deputados querem promover. No
papel que apresentaram não se deram ao trabalho de nos informar. Mas nós
sabemos que a esquerda gosta de promover estereótipos, basta olhar para as
marchas do “orgulho gay”. De maneira que podemos imaginar. É viverem nos
acampamentos, sem privacidade, sem protecção do frio ou calor, sem condições de
higiene? É casarem as miúdas, aos treze ou catorze anos, com os tios e os
primos adultos? É levantarem as crianças, às cinco horas da manhã, para vender
camisolas na feira? É abandonarem a escolaridade obrigatória?, como a miúda de
Avis, a quem um tribunal português dispensou de estudar para ir “realizar-se”
de acordo com “as tradições” e “a cultura do seu povo”, pelo expediente
libertador de “ajudar a mãe nas tarefas domésticas”?
Peço licença para discordar. Isto não é “cultura”, é miséria. Seria como apontar aquelas comunidades
operárias ou agrícolas do Portugal da década de 1950, de pessoas pobres,
descalças, magras e remendadas, sem escolaridade, onde as crianças trabalhavam
a partir dos 10 anos, e declarar: tenhamos “orgulho”, vamos “promover a cultura
portuguesa”. Sim, estamos no mesmo nível de abominação. Repito,
“cultura” é outra coisa, isto é pobreza e miséria. Não deve ser promovido, deve
ser combatido. Estas pessoas, os ciganos de agora, como os portugueses de 50,
dispensam a humilhante “promoção”; precisam é de ser ajudadas, trazidas para a
nossa sociedade, para os nossos valores, para a nossa cultura e para a nossa
maneira de viver.
LISBOA PAÍS RACISMO DISCRIMINAÇÃO SOCIEDADE POLÍTICA CULTURA
COMENTÁRIOS:
Pedro Calado: Muito bem! 👏👏👏 Pontifex Maximus: Ui há que tempos não lia uma coisa destas no
Observador! Maravilhosamente escrito, sim senhor, a ponto de começar a dar a
atenção devida à colunista, pois isto não vem de uma cabeça qualquer. Carminda Damiao: Gostei do artigo. Isabel Amorim:
Totalmente de acordo e não tenhamos
receio de discutir e discordar, era o que mais faltava o povo português
acobardar-se Alberto
Gonçalves: Fantástico artigo 👏👏👏 Pedro Alves: Totalmente de acordo! Mario Bastos: Quer a Biologia quer a Antropologia, seja a sua
variante Física seja a sua variante Cultural e Social, há muito que recusam a
existência de raças humanas. Não há raças humanas. A espécie homo sapiens só
tem uma única raça. O que há, sim, são grupos étnicos, grupos humanos com
valores culturais e sociais diferentes. Nem a cor da pele tem já qualquer
relevância para determinar a etnia de uma pessoa. Paulo Silva > Mario Bastos: Quem aventou a ideia de que as raças humanas não existem foi o sr. Claude
Lévi-Strauss, antropólogo marxista, a pedido da ONU após a exposição do
holocausto nazi, (os nazis diziam que os judeus constituíam uma raça
erradamente; os judeus nunca foram uma raça). Confundir ‘raça humana’ com
‘espécie humana’ não passa de ignorância, ou desonestidade intelectual. A
'etnia' é um conceito diferente de 'raça' porque se alicerça nos traços
culturais, e não nos traços morfológicos ou biológicos; fenótipos. Por isso foi
escolhida por Lévi-Strauss para substituir a 'raça' sob encomenda da ONU. António Fernandes: Parabéns pelo artigo. Todos os
"ismos" moram à esquerda...mas a maioria dos seus colegas jornalistas
são "fofinhos" com a esquerda e extrema-esquerda Rui Pereira: Muito bom artigo. Glorioso SLB: Ñ há raças!? Claro q há. Ñ deve
é haver discriminação positiva ou negativa pela questão da raça ou da religião.
A única regra que deve haver é a regra que nos deve regular a todos q é a lei.
Discutível em determinados termos (gays, abortos, etc). Quem ñ cumpre a lei,
amplamente aceite, cm por ex só se poderem casar na maioridade, ter de ter
autorização para ter arma de fogo, pagar impostos, tem de ser levado a cumprir!
Alfredo Vieira: Não gosto sempre do que escreve a autora. Mas desta feita, acertou em cheio! João Das Regras: Excelente texto como sempre e
já agora qual foi o resultado? Foi aprovado? jorge espinha: Uma cultura de miséria. Isso
mesmo. Ou uma cultura do atraso de vida. São maioritariamente xenófobos, homófobos e machistas.
Qualquer uma dessas características num "homem branco" são negativas.
Num cigano, o molhe completo é virtude! Não apostam na educação dos filhos e
cultivam a dependência do estado. O traço cultural que lhes reconheço é o
péssimo Português que falam, que é na maioria dos casos o único idioma que
dominam. Mas se os ciganos se mantiverem assim, apresentam uma fonte enorme de
empregos para a esquerdalha. Sociólogos,
assistentes sociais, animadores, mediadores e outros parasitas. o "Welfare
industrial complex" necessita ser alimentado. Sérgio: Soberbo. Esquerdalhos fanáticos e com tiques de autoritários e
de superioridade moral e donos únicos da verdade! Um grupelho escumalha parasita
e inaptos medíocres e iletrados sem uma única "ideia"....Apenas
propagandear idiotices e banalidades e futilidades e cretinices em busca de
protagonismo e em busca de tachos ou poleiros. Tipo a escumalha do ps radical
do pXp e do BErloque e do Podemos.... É urgente varrer esta escumalha
que não pode viver de comer da gamela do CONTRIBUINTE!!
Haja bimbos igualmente iletrados para os aceitar! Carlos Quartel:
Adenda ao comentário anterior
:
A questão cigana nada tem a ver com racismo, é
simplesmente comportamental. Têm muitos casos de miscigenação e há ciganos de
todos os tons, até loiros de olhos azuis. J. Lopes: O saco azul do PS e os do PCP e
BE pagam aos avençados aqui decerto como assinantes, são assessores dessa gente
que tem destruído o país quando contrariados e sem argumentos, insultam, afirmo
que quando escrevem querem resposta, há uma maneira, é deixar e passar por cima
basta ler as primeiras palavras para saber quem são, alíás nem sei como mudam o
nome nos comentários, mas quanto mais falam, mais se enterram. Já contribuí
para o Observador, apoiem com o pouco ou que podem, é um dos jornais que não
pode ser destruído. Carlos
Quartel: Sempre achei
curioso o horror que alguns sentem perante a constatada espécie humana não é
especial e que deve ser tratado como um ser vivo normal. Com as suas diferentes
espécies, com aspectos físicos diferentes e características comportamentais
diferentes. Chamar-lhe raça, tipo, espécie, etnia, são só assuntos de
gramática.
Desde o milho às baleias não hesitamos em
classificá-los, discutimos o seu aspecto, as suas características, sem
complexos. Chegamos ao homem, falar em raças é sacrilégio e dizer que os pretos
correm mais que os brancos, pecado mortal. Moral curiosa .... Quanto à crónica
sofre do paternalismo bem-intencionado de alguns. Os ciganos não querem integrar-se no nosso modo de
vida, consideram-nos uma presa a que há que explorar, o trabalho regular,
diário, das tantas às tantas, é ideia que abominam. Convivam com eles, que
ficam a saber ..... Alberto
Pereira: Excelente artigo. Bem haja! MF A: Brilhante! Hipo Tanso: 100% de acordo! José Vaz: Boa crónica mesmo. Meio Vazio: E se houver raças? Há algum problema nisso?
É indesejável pertencer a "uma raça"? Há raças impróprias?
"Não há
raças humanas", mais do que uma tese científica, é uma piedosa proposta
política, eivada de má-consciência (da raça branca, pois então): "Nós humanos somos,
afinal, uma única raça" (leia-se "Não há diferenças fenotípicas entre
nós" ou, gato escondido com rabo de fora, "A rigor, somos todos
brancos"). O maior preconceito racista esconde-se, precisamente, na pior
via para "combater o preconceito": iludir ou retorcer a realidade. Tristão > Meio Vazio: Muito, mas muito bem, e corajoso também 🙂. É uma evidência, há raças,
mas a má consciência de algumas raças, como as loucuras eugénicas e manias de
superioridade, determinaram a sua não existência. Só que a realidade não pode
ser escondida, há raças nos humanos como há raças nos animais irracionais,
afinal somos todos animais. Paulo
SilvaMeio Vazio: Parabéns pelo comentário. ‘Não
há raças humanas’ só é tese científica para engajados e alguns
ditos ‘cientistas sociais’. Useiros e vezeiros na confusão entre as noções de
‘raça’ e de ‘espécie’, e em definições ultrapassadas, para levaram a agenda
avante. As diferenças fenotípicas que os nossos olhos registam não são ilusões
de óptica. Estão lá. Nuno
Borges > Meio Vazio: Combater o preconceito é para os socialistas combater
a realidade, transformar o Homo sapiens num novo Homo sovieticus. Que aceite
sem pestanejar as diretivas do politburo do comité central. José Paulo C
Castro > Meio Vazio: Quando você perceber que os seus genes definem-no
menos que o ambiente em que você e os seus antepassados habitaram, vai perceber
porque não há raças. Dê algumas gerações a brancos em África e a pele começa a
escurecer. Faça o contrário e a melanina deixa de se expressar. Temos os genes
para nos adaptarmos a qualquer ambiente onde os nossos antepassados viveram,
até porque os mais remotos vieram de África e adaptaram-se a outros ambientes.
A adaptação é que demora gerações a surgir. Se por raça quiser identificar
subgrupos homogéneos que expressam as mesmas caraterísticas aparentes, pois aí
há muitas. E muito diferentes entre si. Mas a diferença é sempre menor que a do
ambiente cultural. E o choque a que chamamos de 'racismo' é essencialmente um
choque de culturas, com a desculpa da pele para as justificar. Meio Vazio > José Paulo C Castro: E então? Obrigado pela
redundância. MCMCA
A > José Paulo C Castro: Os boers, mistura de Huguenotes
franceses com holandeses estão no sul de África desde o séc. XVI mantêm um
cabelo bem louro e uma tez muito branca. A adaptação dos nossos antepassados
africanos a zonas com menos sol originou fenotipos mais claros porque eram
determinantes na sobrevivência da espécie: pele escura no norte da Europa leva
a hipocalcémia por deficiência na produção de vitamina D. E, com baixos níveis
de cálcio não se desenvolve um ser humano no útero materno. José Paulo C
Castro > MCMCA A: A adaptação ocorre na exacta medida da necessidade de
sobrevivência, da pressão seletiva que o ambiente exerce. Sem isso, a
variabilidade é medianamente igual. Se os boers tivessem de andar a percorrer
savanas todo o tempo para sobreviver (e não já agricultores), aposto que só
restariam os descendentes dos que desenvolvessem melanina suficiente. Assim, e
com roupinhas feitas dos trapos europeus que os colonizadores levaram para
África (trapos valorizados!) a pressão é nula. Paulo Silva > José Paulo C Castro: O que diz não demonstra a não
existência de raças. Não são as espécies igualmente fruto da adaptação?... Não
há uma teoria que diz que todas as espécies derivam da evolução adpatativa a
partir de um ancestral comum?... Nessa perspectiva, se, por exemplo, africanos e
europeus se tivessem confinado aos seus territórios durante o tempo suficiente,
acabariam em espécies humanas distintas, como já aconteceu no passado da
humanidade. A noção de ‘raça’ pode ser entendida como uma categoria de
‘subespécie’, um meio caminho interrompido pelo desenvolvimento da tecnologia
da mobilidade humana… mas como ‘raça’ não é o mesmo que ‘espécie’, embora
muitos distraídos as confundam, permite o fenómeno da miscigenação. Em relação
à sua resposta ao pertinente caso dos Boers aqui apresentado, pergunto: Os
afro-americanos descendentes dos escravos traficados de África para a América
do Norte, na mesma altura em que os Boers se instalaram na África austral,
continuam com melanina a mais do que a suficiente e a expressar-se. Qual a
razão?... As discriminações negativas, entre as quais se insere o racismo,
derivam das diferenças ou dos desvios de padrão, sejam esses fenotípicos,
culturais ou ambos. A
B: Que clareza de
exposição! Magnífica crónica. Não há uma ideia aqui escrita com a qual não concorde.
Para a esquerda vale tudo, um vazio de ideias, são tudo slogans vazios, o amor
pelos assuntos irrelevantes é total, posto que os assuntos que importam não são
o que fazer com eles esses incompetentes e oportunistas. TIM DO Á: Que confusão de artigo. Paulo Silva > TIM DO Á: É confuso apenas porque, embora a autora comece muito
bem por dizer que ‘o racismo é um
preconceito formado a partir de uma distinção de raça’, (tal como se
poderá dizer que a xenofobia é um preconceito formado a partir de uma distinção
identitária, como a 'etnia' ou a 'nacionalidade'), acaba por borrar a pintura
toda resvalando para o politicamente correcto ao afirmar taxativamente que
as raças não existem… Essa é precisamente a ideia dos anti-racistas
ideológicos. As raças não existem porque [só] existem na cabeça dos racistas;
equivalente na forma à afirmação de que o comunismo só existe na cabeça dos
comunistas, (ideia que corroboro neste caso, mas não no primeiro). João Amorim: Poucas pessoas têm a
clarividência e a assertividade desta mulher Pedra Nussapato: Esta sra não percebeu (pior,
acho que finge não perceber) que quando se usa socialmente o termo
"racista", este extravasa o conceito estritamente biológico de raça,
e inclui muitos outros elementos tais geográficos, religiosos e sócio culturais.
Na verdade, o conceito biológico de raça é no mínimo discutível que se aplique
à espécie humana.
S N > Pedra Nussapato: Então invente outro nome.
Racismo está para raça. Para mais nada. A
B > Pedra Nussapato: Esta senhora, pelo contrário,
falou de todos os aspectos não biológicos, parece que não leu. Nuno
BorgesA B: Um comunista só lê o que lhe convém, e a verdade de
hoje pode ser o oposto da de amanhã. Num dia apoiantes do nazismo, no dia
seguinte seus inimigos figadais. Paulo Silva > S N: Inventar até já inventaram a ‘ciganofobia’, numa clara
tentativa de empoderar essa etnia como mais uma soldadesca de assalto ao poder,
mas o termo mais correcto seria ‘xenofobia’; quando este se justifica por
discriminação com base em preconceito. O problema é que na realidade existe
um problema real, passe o pleonasmo, de auto-exclusão da comunidade cigana.
Alguns fazem um esforço para se integrarem, mas a maioria não o faz. A
comunidade judaica também tem um longo historial de perseguições, mas
integrou-se. Os ciganos, em geral, não. Não sei se por razões culturais, até se
misturam, mas não se integram... Ark Nabul > Pedra Nussapato: Já se sabe que para o
neomarxista, que rejeita agora a biologia e defende que qualquer pessoa pode
ser mulher, a raça é uma ideia, um espírito, uma entidade que possui o
distraído e inocente humano que se vê assim na condição de opressor ou de
oprimido para que a teoria do confronto possa ser usada. Desse ponto de vista, o racista
é todo aquele que defende a cultura ocidental. Se ele for branco o racismo é
mais do que evidente pois está a defender o seu privilégio. Se ele não for
branco então é racista porque interiorizou a supremacia branca que lhe oculta a
sua verdadeira identidade, o verdadeiro Eu e que deriva do seu tom de pele. Se
se desfizer a lavagem cerebral, ele verá a verdade da sua opressão, o que
deverá despoletar a ação transformadora e a luta pela Justiça Social que
somente poderá ser alcançada desconstruindo o Ocidente. Pobre Portugal: Caramba! Que maravilha de
crónica. Enquanto o PSD não defender claramente esta ideia não merece ser
governo. Nuno
Borges > Pobre Portugal: O PSD é de esquerda. Paulo Silva >
Nuno Borges: A social-democracia é uma corrente de esquerda, hoje
de centro-esquerda. Mas o nosso PSD não é de esquerda, é apenas uma grande
confusão motivada pelo momento da sua génese, e pelo pragmatismo dos seus
fundadores, em especial de Sá Carneiro. Quantos portugueses em 1974 sabiam o que era, e
de onde vinha a social-democracia?… A esmagadora maioria via e vê o PPD/PSD
como um partido de direita, à excepção de uns quantos dirigentes, e outros
tantos que só espalham a confusão. Paulo Silva: Cara colunista, coisas como
o racismo, real ou imaginário, são o oxigénio que a esquerda fanática respira.
Sem isso não sobrevive. É bem verdade o que diz quando alerta para os
perigos da aceitação de todas as regras do jogo impostas pelo adversário. O
que a esquerda faz com o ‘racismo’ faz com tantas outras coisas, como já fez no
passado com o ‘capitalismo’ ou o ‘fascismo’. Termos cujos conteúdos
foram despidos do sentido original e/ou totalmente adulterados transformados em
labéu para diabolizar adversários. Por exemplo, o anti-fascismo foi uma
criação bolchevique para atacar todos aqueles que discordavam das políticas de
Lenine. Nem socialistas nem sociais-democratas escaparam à ignomínia… Por
isso, voltando ao tema da raça, não posso de deixar de referir que os fenótipos
humanos são uma realidade e que terão certamente uma explicação científica, se
não a têm já, (parece que a maior quantidade de melanina de certos grupos
humanos está associada à maior exposição solar nos territórios habitados
durante milénios pelos ancestrais desses grupos). Por isso não tenho tanta
certeza de que as raças humanas não existam. Aliás, parece até que o género
humano já foi constituído por várias espécies: homo
sapiens, homo neanderthalensis, homo erectus, homo ergaster, etc… e essa
teoria não constitui qualquer escândalo. Se vamos caracterizar certos conjuntos
de diferenças fenotípicas como ‘raça’ ou ‘etnia’, não me parece o mais
importante, embora haja diferenças entre as duas noções. Não aceito é a
definição ultrapassada de ‘Raça’ de que a esquerda convenientemente se serve,
(a de que as raças se distinguem pela superioridade de umas relativamente a
outras), para encaixar à sua narrativa vitimista culpabilizadora do ‘homem
branco’. A esquerda ataca as teorias da superioridade racial sabendo que
estas estão em desuso, ao mesmo tempo que continua a assumir posturas de
arrogância e superioridade moral. Esta sim, é em boa verdade uma forma de
‘racismo’… ou de preconceito, se preferirem. Nuno
Borges > Paulo Silva: A esquerda pretende criar agora o Homo sovieticus,
raça humana sem coluna vertebral como lhes convém. Paulo Silva > Nuno Borges: A esquerda nunca conseguiu disfarçar a sua natureza
religiosa e escatológica. O objectivo foi sempre o de criar ‘homens-novos’,
seguindo a doutrina do apóstolo Paulo. Mas a primeira táctica que os
materialistas dialécticos usaram foi a da força bruta nos campos de re-educação
soviéticos. A segunda é a da lavagem cerebral nas madrassas da democracia, as
universidades... usando-se do prestigio da ciência para propagar mentiras e
falácias doutrinais. MCMCA
APaulo Silva: Raças distintas correspondem a fenótipos distintos de
um genótipo porque a leitura do genoma depende de múltiplos factores tais como
o ambiente em que se vive. Existem diferentes raças humanas assim como existem
várias raças de cães, gatos etc. o disparate é associar raças humanas a
diferentes capacidades cognitivas Paulo Silva > MCMCA A: Nem que se provasse que as
raças estão associadas a diferentes capacidades - cognitivas ou físicas - isso
justificaria os crimes contra a humanidade. Esse é que é o grande ‘disparate’.
Mas a esquerda que agita hipocritamente o espantalho do racismo já justificou
crimes hediondos contra a humanidade com base em critérios de distinção de
classe… O holodomor é tão condenável quanto o holocausto.
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