Bem se esforça Jaime Nogueira Pinto em contar
histórias maravilhosas de um povo que luta pelo que quer, a ver se nos
incentiva. Não somos assim tão inclinados a essas virtudes, amantes que somos da
doce vida, e das reivindicações da exclusividade eleitoral, mais rentáveis. Os partidos
que dizem amar a pátria não se unem para o provar, o próprio CDS agarrado à “vil
tristeza” não “austera e apagada”, mas puramente vazia e inerte. Mas… viva a
Espanha, que sabe o que quer.
Espanha: os dilemas pós-eleitorais
Depois da derrota de Domingo, 28 de
Maio, o grande objectivo de Pedro Sánchez é traçar linhas vermelhas entre as
duas direitas.
JAIME NOGUEIRA PINTO, Colunista do
Observador
OBSERVADOR, 03 jun. 2023, 00:1820
A vitória do Partido Popular e do Vox
nas eleições municipais e autonómicas em parte de Espanha vem na linha de uma
mudança política e ideológica mais geral que começou há cerca de vinte anos e
que se acentuou em sucessivas crises globais, regionais e nacionais.
Há um grande avanço da direita em Espanha – melhor, das direitas:
da direita conservadora e liberal do PP e da direita nacional-conservadora e
popular do Vox. Em Espanha
estão bem presentes estas duas direitas: uma mais antiga, ainda com
traços centristas, do tempo do reagrupamento anti-esquerda na transição
democrática dos anos 70; a outra, nascida do agudizar da questão nacional
espanhola, com a escalada do separatismo catalão e o que muitos eleitores terão
considerado a débil defesa da unidade de Espanha da liderança do PP.
Mas enquanto a Esquerda, pelo seu
internacionalismo, tende para uma certa uniformidade de princípios e causas, a Direita, precisamente pelo reconhecimento
do factor nacional e identitário, das raízes históricas e dos problemas
específicos de cada comunidade, tende a ser mais dispersa e diversa, embora
dentro de valores e princípios comuns.
Entretanto,
o facto de a Esquerda ter trocado a classe operária, os
danados da terra e o internacionalismo socialista pelas minorias étnicas
e sexuais, os danados do planeta e o globalismo hedonista, depois dos “anos de chumbo” que o fim da URSS e a
derrota na Guerra Fria trouxeram, mudou muito o terreno político
e partidário, a reacção à direita e as opções dos protagonistas.
O juízo do voto popular
Há,
no entanto, uma questão que parece arrumada – a aceitação do jogo e das regras
democráticas pelos partidos radicais, quer da Direita quer da Esquerda.
A Direita abandonou as formulações
reaccionárias que recuperavam os valores do Ancien Régime ou a percepção
negativa do voto que lhe vinha do fascismo e das soluções cesaristas
autoritárias e converteu-se ao
voto popular. Não deixa de
ser interessante esta aceitação do voto como juiz indiscutível da
legitimidade do poder por
movimentos da direita radical, teoricamente “anti-sistémicos, como os Fratelli
d’Italia, no poder em Roma, ou o Rassemblement
National, o maior partido político francês.
Também as esquerdas mais radicais e extremas parecem estar, nesta
matéria, convertidas: ver os tradicionais admiradores de Trotsky e de Mao
arvorados em mestres da democracia, a condenar o “iliberalismo” e os “excessos”
alheios e a acatar o voto e a competição eleitoral (outrora embustes inerentes
às democracias burguesas), chega a ser comovente, até para um velho pessimista
antropológico como eu.
Passando
ao concreto, em 28 de Maio
– uma data pesada para os republicanos
Democráticos locais de há 97 anos – vamos aos números das
eleições espanholas. Os tais
números que exprimem a vontade da maioria que veio substituir a vontade do
Altíssimo dos reis e das dinastias pela Graça de Deus; os mesmos números dos
“rituais eleitorais, controlados pela Burguesia” que vieram substituir o
poder conquistado pela revolução permanente e a acção das massas e do
internacionalismo proletário, ou o poder “no cano das espingardas”, dos
maoístas.
Tendo
o povo votado em Espanha para decidir o seu destino, deu-se que as duas
direitas, PP e Vox, tiveram, na comunidade de Madrid, 54% dos votos contra 37%
das esquerdas; na comunidade valenciana, 47% contra 46%; em Aragão 47%; em
Castilla la Mancha, 46,6%; nas Baleares 49%; nas Astúrias 45%…
A ascensão do Vox
Em
termos globais, a Espanha que sai do escrutínio de Domingo 28 de Maio de 2023 é
uma Espanha onde o PP é o
primeiro partido, com 31,5%, o PSOE, o segundo, com 28%, e o Vox o terceiro,
com 7,2%.
Note-se que o Vox não concorreu em
todas as autarquias e que o partido de Santiago Abascal consolidou nestas
eleições a sua condição de força incontornável para qualquer alternativa contra
a Esquerda.
Com
mais de milhão e meio de votos (o dobro dos que obteve nas eleições municipais
de 2019), o Vox passou de 9 a 13 lugares no parlamento valenciano, de 3
a 7 em Aragão, de 3 a 8 nas Baleares, de 1 a 9 em Múrcia e de 2 a 4 na
Cantábria, estando agora representado em todos os parlamentos regionais. No total, em número de autarcas, o partido cresceu de 530 para 1687. Os reveses foram em Madrid, onde
desceu de 13 para 10 lugares e em Ceuta, onde
esperava ser a primeira força política. Na
Catalunha, teve também uma progressão muito significativa. E se, em Madrid, o Partido Popular alcançou a maioria
absoluta, foi graças ao pendor pouco centrista e claramente direitista de
Isabel Ayuso, que levou algum eleitorado do Vox a votar PP.
O Vox tem ideias, tem quadros e
começa a ter uma estrutura. À
semelhança de outros partidos da direita nacional europeia, está perfeitamente
identificado e já não vai poder ser apagado ou posto em causa pelo voto útil.
Os partidos de protesto que partem de uma radicalidade
de estilo ou de chefia, mas aos quais falta uma identidade ideológica
doutrinária, tendem a regressar ao anonimato assim que, na sua área social e
política, surja uma liderança mais conservadora, mais popular, mais
carismática. Não é o caso do Vox, nem de Santiago Abascal.
A “coligação Frankenstein”
O
curioso é que, em Espanha, onde o partido centrista dos Ciudadanos
desapareceu, se
passe, à esquerda, um fenómeno em nada semelhante ao que se está a passar à
direita. Com efeito, depois da queda de Ciudadanos, um partido que tinha
mais de 2000 autarcas, a Nova Esquerda do Unidas Podemos sofreu sérios reveses
eleitorais, tanto em Madrid, como em Barcelona, onde a “alcaidesa”, Ada Colau,
promotora das agendas radicais, foi vencida por Xavier Trias, que liderou uma
coligação de socialistas catalães, com a lista Barcelona en Comú. Já no País
Vasco, os vencedores foram os independentistas radicais do EH-Bildu, que
progrediram muito na votação popular, ameaçando a hegemonia do Partido
Nacionalista Vasco.
A
coligação de Pedro Sánchez
foi constituída em Janeiro de 2020, depois de duas vitórias do PSOE em Abril e
Novembro de 2019, mas que ficou aquém da maioria absoluta. Foi após o segundo sucesso-insucesso do PSOE que
Sánchez decidiu formar uma coligação com a extrema-esquerda de Pablo Iglesias, a Unidas Podemos – uma geringonça à espanhola, a que chamou
“governo progressivo”. Nessa
altura, ultrapassando vários abismos entre os dois partidos, incluindo uma
profunda hostilidade pessoal, os dois líderes, Sánchez e
Iglesias, avançaram para um acordo. A passagem deste governo
de coligação, a que os seus inimigos chamaram “coligação Frankenstein”, ficou
também a dever-se à abstenção dos separatistas catalães.
Foi
ainda nessas eleições de Novembro de 2019 que o Vox de Abascal teve a
confirmação do seu sucesso; um sucesso baseado na “questão nacional”, isto é, nos riscos do separatismo catalão
para a unidade de Espanha. Entre a
eleição de Abril de 2019 e a de Novembro, o Vox dobrou o número deputados
para 52, nos 350 do parlamento de Madrid, passando a ser o terceiro partido de
Espanha, depois do PSOE e do PP.
O
fim do Centrão político, com um partido mais ao centro-centro e outro mais ao
centro-esquerda, modelo que imperou durante décadas, é um fenómeno comum à
maior parte dos países europeus. A incapacidade de os velhos
partidos sistémicos lidarem com toda uma outra conjuntura económica e,
sobretudo, política e cultural, levou ao aparecimento de novos partidos, às
vezes nascidos do nada. Na maioria dos
casos, o rastilho foi a imigração de populações com características religiosas
e culturais dificilmente integráveis nos países de acolhimento. É o que
acontece em França, com o crescimento do Rassemblement National, de Marine Le
Pen.
Sánchez e as duas direitas
No
dia seguinte a uma eleição em que perdera em toda a linha, ao anunciar a
dissolução do Parlamento de Madrid e a convocação de eleições legislativas
gerais para 23 de Julho, Pedro Sánchez jogava uma carta arriscada, mas que criava um novo
“facto político”, capaz de amenizar as especulações sobre a derrota e alguma
ressaca de culpabilização no próprio partido. Assim, dissolvendo a “coligação
Frankenstein”, explorava, a quente, a divisão dos seus inimigos.
O
PP precisa dos conselheiros e autarcas do Vox para fazer maioria na maioria das
autonomias e municípios e Sánchez conta desencorajar Feijoo de se coligar com o
Vox para governar, agitando o fantasma extremista. Conta também que Abascal,
reagindo às eventuais “linhas vermelhas” de Feijoo, não facilite governos
minoritários do PP.
É uma jogada arriscada, mas não a
fazer seria pior para Sánchez. Veremos como lhe respondem os seus inimigos das
duas direitas.
A SEXTA COLUNA ESPANHA
EUROPA MUNDO
COMENTÁRIOS (de 20):
Meio Vazio: Neste
homem, há apenas um mistério: como aceitou que nos "Radicais Livres"
da Antena 1, o seu "oponente" Rúben de Carvalho (elegante, sóbrio,
agradável) fosse substituído por um tal Pedro Tadeu que, numa voz flautada,
martelada, irritantemente nasalada e metálica, o impede de alinhavar uma
qualquer das suas sempre lúcidas intervenções? Joaquim Almeida > Meio Vazio: Talvez abnegado estoicismo, por um bem maior. João Floriano: Há, no entanto, uma questão que parece arrumada – a aceitação
do jogo e das regras democráticas pelos partidos radicais, quer da Direita quer
da Esquerda. Ora aí está como Jaime Nogueira Pinto toca no ponto. Se em
Espanha as coisas estão encaminhadas nesse sentido e o que o PSOE vai fazer
será contenção de danos e tentar que o partido saia o mais dignamente possível
do fracasso e sem lutas fratricidas, por cá a esquerda, com o PS à cabeça
não se vai conformar com a derrota que provavelmente terá nas próximas
eleições. A esquerda portuguesa não acredita em alternativas a não ser as que
são fornecidas por ela própria. Em Portugal não há
alternativas. Há a esquerda e ponto final. A
direita fofíssima é tolerada por uma questão de ilusão democrática e enquanto
não incomodar a virtuosa esquerda, mesmo que já esteja podre e o voto popular a
rejeitar. O voto
popular só interessa à esquerda portuguesa se servir para a manter no poder.
Caso contrário é tudo um bando de populistas e fascistas. Portanto, resumindo, a esquerda não se vai conformar com o que
aí vem e muito menos com a votação expressiva que a direita não fofa vai
obter. Daí a distinção que nos querem impingir à viva força entre
direita radical e direita democrática. São ambas democráticas porque que
eu saiba a tal direita abominada pela superior e nada populista esquerda,
entrou plenamente no jogo democrático, foi a a eleições e não entrou à força no
parlamento, ao contrário de um outro ……… Dos dez partidos eleitos à
Assembleia da República, é o único que nunca concorreu a eleições — sejam elas
legislativas ou autárquicas — sozinho, tendo também apoiado sempre os mesmos
candidatos presidenciais que o PCP. No entanto, Heloísa Apolónia, ex-líder
parlamentar d'Os Verdes, afirmou que o partido "não tem medo de ir a eleições sozinho". Nas eleições legislativas de 2022 o PEV não conseguiu
eleger nenhum deputado, deixando a Assembleia da República a partir da XV
Legislatura. Este trecho foi copiada da Wikipédia e não vale a pena dizer o
motivo da cópia. Havia forças políticas que entravam na assembleia sem passar
pelo escrutínio popular. No entanto tinham voz activa e eu dei por mim várias
vezes a retirar o som ao televisor quando a líder deste partido se esganiçava
estridentemente mesmo sem ter sido mandatada pelo voto popular. Mas não façamos
futurologia. Ao contrário dos eleitores espanhóis que parecem estar bem i1. O PS já deixou de ser um partido de gente moderada e do centro.
Cada vez deriva mais para a esquerda e para os seus liliputianos amigos que
apesar de irrelevantes e com fraca representatividade, determinam as políticas. 2. O PSD não é um partido de direita, nem o quer ser. O PSD quer chegar ao governo, mas sem se «conspurcar» com a
direita, a tal que terá nas próximas
eleições pelas minhas contas cerca de 600.000 votos e até poderão ser bastantes
mais por conta da tal maioria silenciosa que não está para se aborrecer com a
família e os colegas de trabalho, mas que põe a cruz no Ventura. É bom que se
pense nisso porque a esquerda fará tudo para anular uma possível vitória da
direita… mas tudo mesmo! Rui Lima: Caro Riaz , o meu obrigado pela forma amigável como responde é uma
qualidade que muito aprecio . Não devemos esconder uma realidade nas sociedades
ocidentais Deus já não faz parte do Menu estamos para além do divino para o mal
e para o bem , uma cultura que coloque Deus antes dos valores da República é um
problema muito grave , há uma separação total hoje a nível protocolar a fé não existe
. A chegada de um povo que aplica
a letra a sua religião vai criar 2 países no mesmo espaço por norma isto acaba
em guerra tem havido dinheiro para comprar a paz, hoje vivem de costas mas
amanhã estarão face a face e não haverá já dinheiro que chegue para os separar. Só pelo casamento se criam sociedades mistas, na Europa os
muçulmanos (as) não casam com europeus não sei de quem é a culpa mas os valores
são marginais, pior os muçulmanos homens da Europa também evitam as muçulmanas
europeias ( o negócio da reconstrução da virgindade factura milhões ) por isso
é mais seguro ir a terra dos pais e trazer mulher … e elas sem noivo são
obrigadas a fazer o mesmo , porque é necessário casar, o reagrupamento familiar
é causa número um do aumento de população , não é a emigração legal ou
clandestina. Hoje
1/3 da populações francesa tem origens fora da França o termo substituição não
é bem visto mas conheci a França nos anos 70 , está muito além da natural
evolução é outro país , por isso nas últimas eleições na 1.ª volta mais de 50%
do voto era para candidatos do extremo os de origem francesa votando no extremo
da direita os outros no extremo da esquerda.
bento guerra: "Previsões
só no fim do jogo". Ainda me lembro das doutorices que foram ditas sobre
as direitas italianas e mesmo as francesas. O Vox é um partido
"espanhol" de tradições e valores. Sanches vê mais viabilidade em
ganhar votos à esquerda, onde há umas governantes chiques, que merecem uma lição Rui Lima: A sua explicação sobre as direitas e as suas diferenças é
interessante mas junto mais uma evidência a direita liberal põe a economia, o
dinheiro. os negócios, à frente dos interesses nacionais a direita
nacional-conservadora não sacrifica o interesses do país ao dinheiro . Hoje são
apresentados como um perigo para a democracia os partidos de direita-nacional
VOX, Chega, FN …é uma estratégia de má fé , eu não acredito se um
partido de esquerda radical ganhar amanhã eu teria um regime estalinista (
ganhou na Grécia democracia continua) tal como se ganhar um dos partidos que
cito não teremos de volta o fascismo. Deixem o eleitor escolher livremente, o mundo ocidental precisa de
um ou mais partidos que nos liberte do pesadelo Woke. Riaz Carmali: Gostei do artigo, discordando apenas da seguinte frase do autor: "Na
maioria dos casos, o rastilho foi a imigração de populações com características
religiosas e culturais dificilmente integráveis nos países de acolhimento."
Falo por mim próprio. Sou neto de imigrantes indianos, Muçulmano Praticante e
Português Patriota, nunca tendo encontrado incompatibilidade alguma entre
pertencer a estas realidades, com a Graça de Deus. Os Muçulmanos Portugueses
são elogiados pelas mais altas esferas políticas e económicas da Nação,
contribuem para o seu desenvolvimento económico e geram centenas de empregos. No
Reino Unido, há milhões de Hindus e Muçulmanos, e centenas de milhares de Sikh.
Só que o modelo integrador britânico é parecido com o nosso. Uma pessoa pode
ser religiosa praticante e amante da sua Pátria. Daí, o Reino Unido ser o único
país europeu onde o Presidente da Câmara de Londres é um Britânico Muçulmano, e
o Primeiro-Ministro um Britânico Hindu. Aquele pertence ao labor enquanto
que este pertence ao Partido Conservador. O que eu gostaria que o JNP
percebesse é que os imigrantes de Religiões diferentes não são o problema!!
O problema é haver alguns criminosos entre essas populações (apesar do seu
número ser bem inferior ao dos criminosos locais caucasianos), e isso ser
aproveitado por populistas para julgarem povos e culturas inteiras por causa de
"meia dúzia" de criminosos. E são estes imigrantes de culturas
diferentes que fazem o trabalho que os locais não querem fazer!!! Outra
coisa inventada por populistas é a questão da substituição racial!! Ora, volto novamente à minha pessoa. Tenho 44
anos, sou português de gema, e nunca me passou sequer pela cabeça a tal
substituição racial inventada por radicais de Direita!! Nunca tive problemas em
crescer num país maioritariamente Católico e na minha família há pessoas que
amam o fado, incluindo eu próprio. Da mesma forma, não há, por parte de
nenhuma comunidade imigrante, em país algum europeu que eu conheça, uma que
tenha um plano de substituição racial no país de acolhimento. Portanto não
se deve confundir religião com criminalidade. Ainda hoje no Expresso li que
estamos a ser invadidos por membros da Máfia Brasileira, Sérvia e Síria. A
criminalidade é algo transversal a todas as culturas. Um criminoso, Cristão,
Muçulmano, Judeu, etc, deve ser tratado como aquilo que ele é: Um criminoso
apenas, sem fazer alusão à Fé dos seus antepassados. Com os melhores
cumprimentos a todos.
Rui Lima > Riaz Carmali: Eu acredito no senhor em Portugal e comunidade que veio na sua
maioria de Moçambique , são tão portugueses como os outros perfeitamente
integrados sentem Portugal ( recentemente em França falo com um jovem diz-me
que é tunisino pergunto: onde nasceste
em França o teu pai também em França da Tunísia era o seu Avô … Percebemos quando nas sondagem dizem que é mais importantes a
religião que a república . Hoje em França as cadeias estão a 140%
,diz alguém conhecedor se deixarem nas cadeias apenas os
“franceses” elas ficariam com pouca gente . Há um fenómeno MNA (menores?! não acompanhados)
, são as dezenas de milhares vem do Norte de África há quem fale que estão
na origem de mais de metade da criminalidade , mas hoje tudo é segredo de
estado com medo que o pobre francês vote em algum partido radical . Mas há um facto o factor
religião tem dificultado a integração , na verdade italianos, portugueses
, espanhóis …estão plenamente integrados ninguém da outra cultura está
plenamente integrado vivem separados . Riaz Carmali > Rui Lima: Obrigado Rui pelo seu comentário. No tocante à Religião,
independentemente da sua denominação, qualquer fiel coloca Deus acima de tudo.
Mike Pence e George Galloway afirmaram respetivamente serem Cristãos em
primeiro lugar e nacionais do seu país em segundo. No Reino Unido, cujo modelo de integração permite ao imigrante
manter a sua identidade e ser britânico ao mesmo tempo, os Muçulmanos, Hindus e
Sikhs (as principais minorias religiosas) estão na sua esmagadora maioria,
plenamente integrados e sentem-se britânicos. Digo isto porque tenho amigos e
familiares a viverem lá e eu próprio já lá estive várias vezes. Aqui em Portugal, os imigrantes "novos" da Índia,
Bangladesh e Nepal, vêm para cá criar raízes, aprendem o nosso Idioma e querem
cá ficar. Já
os paquistaneses, vêm para cá só para terem o passaporte para depois irem para
o RU. Não querem aprender o nosso Idioma. Já tive "turras" com alguns porque apesar de saber falar
Urdu, recuso-me a falar com eles nesse Idioma e falo Português com eles!!!! Já
França tem um problema completamente diferente. Muitos magrebinos não se querem
integrar e há magrebinos que se dedicam ao crime, havendo gangues de argelinos.
Mas como disse, isso nada tem a ver com a religião. Tem a ver com a mentalidade
daquelas pessoas. A
Marine Le Pen disse, salvo erro, em 2019, que o Islão é perfeitamente
compatível com os valores da República Francesa. O seu partido tem muitos eleitores
de ascendência marroquina, sendo esta comunidade bem mais pacífica que a
argelina. Desconheço
o Pensamento do Vox, mas sei que o Chega não é racista nem xenófobo. Nós em
Portugal já começamos a ter máfias do Brasil, da Sérvia e da Síria, tal como
vem no Expresso desta semana. Em Madrid há gangues de latino-americanos. Por isso é que eu disse e mantenho que um criminoso deve ser
tratado como tal, sem se fazer menção à sua religião. Um bem haja Ana SilvaRiaz Carmali: Eu também gostaria que o resto
do mundo tivesse os nossos brandos costumes, arreigados nos princípios cristãos
de acolhimento da pessoa estrangeira. Disse: ”Nunca tive problemas em crescer num país maioritariamente
Católico e na minha família há pessoas que amam o fado, incluindo eu próprio.” Exatamente,
mas se eu disser que sou católica e usar uma cruz ao peito ou de algum outro
modo mostrar a minha fé num país muçulmano, sou perseguida, presa e em muitos
casos morta. Já para não falar que sou considerada cidadã de segunda ou
terceira, obrigada a andar com o corpo todo tapado e em alguns países a parecer
uma almofada sem rosto com pernas. Fora outras preciosidades destes países de
sonho para as mulheres. Rui
Martins: Obrigado JNP. É uma questão de tempo para que as linha vermelhas
se virem contra os próprios "pintores"………………………………………………………………………………
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