segunda-feira, 26 de junho de 2023

Mais uma de retorno à vaca fria


Ou aos nossos carneiros, caso estivéssemos na leitura daquela peça francesa antiga, sobre vários vigaristas, em que o vendedor de panos acusa maître Pathelin ao juiz, de não lhe ter pago a fazenda mas simultaneamente denuncia o pastor que lhe matou uns carneiros, levando o juiz, baralhado, a repetir a expressão “revenons à nos moutons”, sempre que o fazendeiro insiste na história dos panos.

Afinal, o mais esperto foi o pastor, a quem o advogado Pathelin aconselhara a fazer “Mé” sempre que o interrogassem no tribunal sobre os carneiros, e que assim também respondeu - com “mé” – ao pedido do maître Pathelin para que lhe pagasse, como de direito, pelo seu trabalho de advogado defensor. Sim, não saímos dos “nossos carneiros”, que é como quem diz, da “vaca fria” dos nossos atropelos de constância, como na história seguinte bem se conta – por AAA e seus comentadores encartados, sobre o “Mé” dos que nos dirigem, espertos que são.

O todo-poderoso António Costa

É a capacidade de António Costa para não querer saber que lhe permite ser, numa democracia, mais poderoso e indolente que Oliveira Salazar aquando da implementação da ditadura.

ANDRÉ ABRANTES AMARAL Advogado e colunista do Observador

OBSERVADOR, 25 jun. 2023, 06:0356

Por estes dias ando a ler o primeiro volume da trilogia do embaixador Bernardo Futscher Pereira sobre a diplomacia de Salazar. No período em questão, a guerra civil espanhola, é interessante perceber a importância que Salazar dava à opinião pública na condução da política externa. Nos anos 30, os ânimos estavam exaltados na Europa e uma guerra aqui mesmo ao lado podia ter implicações catastróficas para Portugal mas, mesmo assim, Salazar não deixava de ter cuidado em ter a maioria da população do seu lado. Para isso, controlava a opinião publicada e criava a sua própria narrativa. O problema nesta estratégia pouco democrática é que temos de manter a versão dos acontecimentos, ou melhor, os actos políticos têm de condizer com o que se diz. As instruções que Salazar dava a Armindo Monteiro, embaixador em Londres, ou a Teotónio Pereira, quando colocado em Espanha, iam nesse sentido. O público não podia ser defraudado nas suas expectativas.

O curioso nesta constatação é que António Costa não tem o mesmo cuidado, apesar de vivermos numa democracia. Hoje não há censura, mas o fio condutor da narrativa que Costa nos conta desenrola-se de acordo com a sua conveniência. Actualmente, não temos lápis azul para cortar textos e imagens. A técnica, mais subtil embora não menos eficaz, é desviar as atenções.

A resposta do governo perante os casos como o da exoneração do director de Obstetrícia e Ginecologia do Centro Hospitalar Lisboa ou a cada vez menor disparidade salarial entre jovens com curso universitário e os que se ficam pelo secundário, é criar novos casos que votem estes ao esquecimento. Como é que isso se faz? Através da afronta. Do choque. Vai daí, António Costa é fotografado ao lado de Viktor Orbán, o líder europeu amigo de Putin que o primeiro-ministro descobriu ser menos racista que os professores em protesto. Possivelmente, Costa não contava que se soubesse do seu encontro com Orbán, mas aproveitou o facto para, acentuando a afronta, desviar o debate político para algo que domina e controla, ao contrário do que sucede com a deterioração do ensino ou com a lei da rolha na saúde.

Porque a verdade é que António Costa não quer saber. Não se interessa se, em Budapeste, sentar-se ao lado de Orbán representa o oposto do que diz em Portugal. Para Costa, o que se diz e o que não se diz deixa de ser dito assim que ele entender. Tal como o que se faz, se desfaz à primeira oportunidade. Costa não se sente na obrigação de dar explicações porque não lhe apetece. O que é, já foi e o que foi pode voltar a ser, de acordo com o possível, que pode nem ser certo. Não lhe interessa se as expectativas das pessoas saíram goradas, não perde um minuto que seja com o despacho das Finanças que cortou os apoios às rendas, apesar de ter prometido o contrário aos inquilinos. É esta capacidade do primeiro-ministro para não querer saber da consistência da sua própria narrativa, associada ao consentimento implícito da comunicação social e passividade da maioria da população, que permite que António Costa seja, numa democracia, mais poderoso, porque mais indolente, que Salazar no período da implementação da ditadura.

Neste aspecto António Costa conta com o fechar de olhos de Marcelo Rebelo de Sousa, que lembra os silêncios comprometidos de Óscar Carmona. Marcelo não teve o mínimo pejo em inventar desculpas que desvalorizassem a presença do primeiro-ministro num estádio de futebol ao lado de Orbán. Possivelmente, António Costa precisa do apoio do seu camarada húngaro para um cargo europeu. Ora, Marcelo sonha com a ida do primeiro-ministro para Bruxelas pois, quando tal acontecer, pode dissolver o Parlamento sem assumir a responsabilidade política do acto. Dissolve sim, mas porque Costa sai. Não porque o Presidente o quis. A esta nuance soma-se o fim da maioria socialista no Parlamento que permite a Marcelo tornar-se, finalmente, no presidente interventivo que deseja ser. Até lá nada fará em nome do regular funcionamento das instituições. Enquanto o primeiro-ministro quiser, também o presidente está nas mãos do todo-poderoso António Costa.

GOVERNO   POLÍTICA   ANTÓNIO COSTA

COMENTÁRIOS:

Maria Paula Silva: Apesar de serem duas pessoas, AOS e AC, completamente diferentes, percebe-se perfeitamente a razão da comparação que faz. Sublinha que um (Salazar), apesar de ditador, mas homem sério e trabalhador, endireitou o país que estava miserável quando "pegou" nele, lutava pelo país e preocupava-se minimamente com os portugueses. Levantou a economia, incrementou a agricultura, pescas, indústrias diversas, criou grémios e cooperativas, escolas primárias para combater o analfabetismo e mais umas coisas. Tinha um defeito: demasiado paternalista. Enquanto que o outro (Costa), com capa de democrático nas atitudes prepotentes ditatoriais, nada fez pelo país e portugueses revelando uma total falta de respeito pelo país e pelo povo. Fez mais Salazar pelo país e pelos portugueses do que o sô Costa com todas as suas lérias socialistas e trambiquices pseudo habilidosas. É sempre o mesmo modus operandi... o que já chateia. Só não tenho tanta certeza assim que, a atentar no comportamento da maioria da CS, não haja um lapinhos azul..... se calhar é cor de rosa!  p.s. - nunca fui salazarista, mas há que reconhecer tudo o que ele fez que foi mesmo muito. Estávamos "fechados" à Europa e com 50 anos de atraso? Hoje, apesar de toda a abertura e dependência da UE, continuamos com os mesmos anos de atraso, sobretudo em relação aos países frugais.              C. Soares: São politiqueiros como Costa, apenas envolvidos no seu interesses pessoais e partidários que levam muitas pessoas a admirar Salazar, que nem casa nem botas tinha. Costa é o chefe de claque do Chega! Continua Costa e não te queixes depois! O André vai lá ao largo dos ratos agradecer-te! Que me_RDA de governo!             Censurado sem razão: Costa faz o que faz porque tem a CS na mão, não passam de uns lambe botas . Tem um povo manso, vendido. Pode ser insultado na sua honra e dignidade desde que caiam mais dez euritos na conta ao final do mês. E, por fim, um presidente cobarde. Resta saber o que o PS sabe de Marcelo para o ter preso pelos tintins. O que será?             C. Soares > Censurado sem razão: Sabem o perfil psicológico dele! Sabem que é um grande banana, com um ego que o obriga a estar nas luzes da ribalta a debitar disparates, só isso! Sabem que não passará disso, e usam essa fraqueza para fazerem dele gato -sapato... Pobre país         João Floriano: E tudo o que aqui está escrito corresponde à mais completa verdade. António Costa perdeu todo o respeito e consideração pelos portugueses e em particular pelos tontinhos que lhe deram a mais imerecida e tresloucada maioria absoluta de que temos memória. Mas mesmo que um dia finalmente parta para voos europeus, AC deixa para trás um grupo forte de discípulos, de seguidores do grande mestre. AC deixa uma escola feita, uma fórmula de fazer e estar na política: a fórmula do desprezo separado em vários tubos de ensaio. Ao contrário da esquerda que se escandaliza com a proximidade de cadeiras com Orban, eu escandalizo-me com as mentiras daí resultantes, vindas igualmente do PR e que são verdadeiros insultos à sanidade mental dos portugueses mesmo que eleitores que deram uma maioria absoluta a AC possam ser questionados sobre a sua sanidade mental e capacidade de escrutínio. Esta fórmula criada e ensaiada por AC tem ainda um efeito de habituação catastrófico: vamo-nos habituando como arrogantemente o PM disse com todas as letras na famosa entrevista em dezembro (se a memória não me falha), a tal acompanhada pela foto das coxas roliças em frente ao reposteiro vermelho. Bem vistas as coisas essa foto é bem mais reveladora do que os cartazes da Régua e de gosto muito mais duvidoso. AC foi anestesiando o país. Pode não haver especialistas nos blocos operatórios mas não faltam especialistas na máquina do PS.             Jorge Tavares > João Floriano: especialistas, só no que não interessa.             Maria Paula Silva > João Floriano: Concordo plenamente que essa capa da Visão com coxas roliças e reposteiro vermelho e respectiva "entrevista" revelam muito mais sobre o sô Costa do que os pobres cartazes dos professores.             Luis Oliveira: Costa, insidiosamente, vem instalando um manto de desrespeito e impunidade no seu comportamento e do restante governo. Daqui até implementar uma ditadura é um passo. Se este verme rastejante não alcançar o seu tacho na UE, os portugueses que se preparem, vão levar com uma ditadura socialista do come e cala. O escroque tem as clientelas na mão e usa de chantagem a quem se insurja.  Veja-se o caso dos agricultores quando publicamente vieram dizer que não votam PS. E como vingança, o governo não lhes cedeu os apoios financeiros programados há muito tempo. Tenham medo, pois esta coisa em forma de gente não olha a meios para chegar onde quer.              Maria Cordes > Luis Oliveira: A distribuição das rendas está nas suas mãos, ou te calas e sabujas, ou não levas nada, isto num país de mão estendida, é uma enorme pressão.           João Ramos: Pobre país!!!                 Paulo Silva: No cantinho do estranho povo que não se governa nem se deixa governar parece que o crime compensa. Costa, depois de ter ido parar a S. Bento em 2015 da maneira como foi, de andar a agitar a bandeira do virar de página em simultâneo com as cativações, de dizer uma coisa aos portugueses e o seu contrário a Bruxelas, (coisa que Passos não soube fazer), levou de presente uma maioria absoluta. Mas agora os costistas andam desesperados com o caso do desvio do Falcon, e até já só falam em discutir ideias para desviar assunto, pois sabem que este caso mais facilmente deita abaixo o querido líder, que todos os mortos da péssima gestão dos incêndios trágicos de 2017, ou a degradação constante dos serviços públicos. Desde que muitos recebam umas migalhas e o prato das lentilhas… O autor do artigo acha que provavelmente não contava, e eu tenho a certeza que Costa não contava ser apanhado, nem foi a Budapeste à bola com o Orbán para desviar atenções. Estrategicamente chegou ao estádio uns minutos após os hinos, e saiu mal acabou o jogo sem esperar pela cerimónia da entrega das medalhas, nem para dar abraços ao Mourinho. Por isso não se conhecem outras imagens à excepção da foto do Observador. A presença ao lado de Orbán é particularmente sensível à esquerda porque desmonta o discurso pseudo-esquerdista do sr. Costa, que mais não é que uma táctica para enfraquecer a oposição de direita e se perpetuar no poder. A passagem de uma administradora da TAP para outra empresa pública com uma choruda indemnização levou a uma CPI. Para quando uma CPI a este caso de abuso de confiança para que os portugueses possam fazer o seu escrutínio, e que quem de direito seja obrigado a actuar em conformidade?...            Censurado sem razão > Paulo Silva: Passos Coelho foi honesto. Não há um esquerdista que saiba o significado dessa palavra. Passos coelho foi um estadista digno de um país sério, não desta estrumeira em que vivemos.                 Paulo Silva > Censurado sem razão: Passos era um político jovem que tinha o handicap da falta de experiência governativa a juntar ao momento crítico da aplicação do memorando da troika. Mas sabia o que queria e que o país tinha de mudar. Por isso foi corrido. Mas tinha razão.                   Maria Paula Silva > Censurado sem razão: Pedro Passos Coelho É honesto.              Francisco Almeida: No final, dou toda a razão a AAA. A falta de coragem de Marcelo é uma constante política. Foi assim quando em 1974 estava com gripe e foi o único irmão a não se despedir do pai que partia para o exílio; foi assim com Joana Marques Vidal e outros; foi assim quando depois de criticar Cravinho pela demissão do almirante Mendes Calado, aceitou que esse mesmo Cravinho, que praticamente acusara de deslealdade, fosse nomeado ministro dos Estrangeiros, o ministro que mais acompanha o presidente; foi assim quando depois de ter dito que Galamba devia sair do Governo, aceitou que Costa recusasse a demissão deste. E Costa, habilidoso e desprovido de ética, aproveitou-se e não hesitou em achincalhar o presidente: quando deixou que este soubesse da nomeação de Cravinho para ME pelos jornais; quando levou Galamba ao 10 de Junho. Enquanto Costa for primeiro-ministro - e só deixará de ser quando quiser ou no caso de algum acontecimento catastrófico que não se deseja - Marcelo é politicamente irrelevante, mesmo que mediaticamente exacerbado         Maria Paula Silva > Francisco Almeida: Completamente de acordo! Mas, ao longo do percurso de MRS, faltam aí muitas mais faltas de coragem e todas as traições que sempre fez mesmo àqueles de quem se dizia "amigo". Sempre foi assim, um egocêntrico vaidoso e oportunista, sempre de olho nos seus próprios objectivos. Catavento que vira para o lado que mais lhe interessa.              António Sennfel: Nações e povos têm os regimes e governos que merecem         F. Mendes: Bom artigo, que suscita esta reflexão: como é possível que passados mais de 80 anos sobre o início do Salazarismo, quase 50 de democracia, e a caminho dos 40 na CEE/UE, continue a haver tanta gente ceguinha, uma CS tão servil, um "pr" de opereta e ainda popular, um PM de uma boçalidade inaceitável mesmo num país do 3º Mundo, e uma sucessão de escândalos de que não há memória, aparentemente sem consequências? Confesso que não tenho resposta, embora me lembre da famosa frase de Salazar, quando afirmou, cito, "as pessoas mudam pouco, e os Portugueses, então, quase nada". É também isto, mas não é só isto. Até porque se fala do Costa para um altíssimo cargo Europeu. O mal é nosso, mas não somos os únicos. O que não deve descansar ninguém. Valha-nos Deus.               J. Lopes: Se Costa for para um cargo na UE como Presidente da Comissão será para ser pau mandado, o homem é só esperto, nada inteligente, é um cuco. Se tal acontecer confirma-se que a UE está a dar as últimas a começar com o comportamento de van der Leyen uma corrupta., colocada lá pela pró-russa Merkel, o maior embuste da RFA e uma traição ao seu patrono o homem que reunificou a Alemanha, Helmut Kohl.       J. Lopes: Em vez de ler o que escreveu o embaixador Bernardo Futscher Pereira, numa qualquer trilogia, sobre a diplomacia de Salazar, deveria ler os vários livros escritos com um português de uma qualidade impecável e com a verdade quem esteve sempre perto de Salazar, são mais volumes que 3, difíceis de encontrar, da autoria do Embaixador Franco Nogueira que teve uma evolução de serviço a sério da sua Pátria até chegar a Embaixador, começou como Encarregado de Negócíos de Portugal no Japão em Tóquio, sob ocupação americana, também sobre esse período escreveu um livro de excelência. Franco Nogueira era um homem de visão e como pessoa sempre impecável até à morte, apesar desde regime de nepotistas e ladrões de Abril.                      Seknevasse: Só um detalhe: MRS tem a legitimidade própria de uma eleição directa que ganhou! Não está nas mãos de AC, que já tem um curriculum que permitia "dispensá-lo" e estou para ver o estado do PS se isso acontecer! O problema, quanto a mim, é a percepção que pode ter MRS da sua intervenção. Fosse ele um Cavaco Silva e já estava feito... Sampaio por exemplo não teve nenhuns escrúpulos em demitir Santana e a sua maioria de côr politica diferente, embora contasse com a ajuda da comunicação social para amplificação dos passos do 1º ministro. Mas admito que é um jogo de alto risco para o actual PR. Entretanto Portugal perde e fica cada vez pior e mais para trás.                   Maria Tubucci: Será mesmo, Sr. AAA? O todo-poderoso do AC só o é pelo demérito da oposição. Para AC cá dentro e direita não presta, lá fora a direita é boa, incoerência ou hipocrisia? Sempre encoberto pela poderosa máquina da manipulação que desvaloriza, existindo sempre 2 pesos e 2 medidas para avaliar as mesmas situações. Facto este que não é aproveitado pela oposição, para desmantelar a poderosa hipocrisia reinante, sendo conivente mesmo sabuja contribuindo para divisão da direita e contando com um jornalismo que tudo tolera ao PS. Tenho a convicção que não temos um PM ao serviço de Portugal, mas um Portugal ao serviço de um PM, que se prepara para outros voos e que os pode ter, mas não à minha custa.                   Carlos Almeida: Dois miseráveis políticos que já levaram este país à quase desgraça. Mas este povo (quase todo) merece-os.           klaus mulle: O problema que o país tem em estar a ser governado por A. Costa, não é apenas por ele ser um trafulha incompetente. Ele é também aquilo a que associamos a um mau carácter. Podia dar inúmeros exemplos desta minha afirmação, mas, para além de me repetir, não me apetece falar mais do homem, mete-me nojo. É triste, mas é o que temos.                 Maria José Varela: Pior que um ditador, um homem que de facto simplesmente não quer saber!! Estupendamente descrito!!              AL MA: Se isto é Democracia, Salazar era um Santo                 TIM DO Á > AL MA: Era mesmo.              TIM DO Á: António Costa, o ditador estalinista. Se fosse naquele tempo, seria um candidato a Estaline. Ao contrário, Salazar endireitou o país.          AL MA > TIM DO Á: Exacto, Salazar endireitou o Pais, destruído também por um Costa.             TIM DO Á > AL MA: Certo. Por vários Costas. Precisávamos de um Salazar agora.       Maria Clotilde Osório: Sem simpatia alguma por Salazar reconheço contudo que as comparações tentadas são uma impossibilidade. É como comparar maçãs a parafusos. Salazar desenvolveu uma politica e procurou conduzir a opinião pública para implementar uma ideia para o país e para a sociedade (o Estado Novo); conduziu o "rebanho" através do período mais conturbado e violento do séc XX (ler artigo do Jaime Nogueira Pinto) que se estendeu da Guerra Civil Espanhola à guerra da Coreia e à nossa guerra colonial. Costa conduz o "rebanho" com a ajuda da CS para implementar o PS e cimentar o seu poder. Sem qualquer ideia subjacente para o país ou para a sociedade. É o "vamos lá ver" no que dá.             Jorge Tavares > Maria Clotilde Osório: Sim. Salazar não era um democrata mas tinha uma ideia para Portugal. Tanto Costa e os seus governos como Marcelo são um deserto de ideias.             Maria Paula Silva > Jorge Tavares: eles ideias têm, mas é para aquilo que lhes convém. O problema não é falta de ideias, é estarem-se, literalmente, nas tintas para o país e para os portugueses.             António Lamas: Retrato perfeito do "Marajá Manhoso". Adorei a comparação de Marcelo com o Carmona, bem mais adequado que a comparação com Thomaz.          Cisca Impllit > António Lamas: Pois.. se MRS fosse um Craveiro Lopes! - mas não estamos em ano de fartura!!              Rosa Silvestre > António Lamas: Não concordo. Marcelo não se cala, Marcelo desculpa, justifica, é activamente  conivente.

 

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