quinta-feira, 15 de junho de 2023

É que o osso é duro de roer


Não só leva tempo como se fica mais bem visto aos olhos próprios e alheios nessa superioridade ossosa sempre de bom-tom resguardar, sobretudo quando faltam carnes de outra suculência e variedade especulativa  - como se tem visto. Mas o artigo de JOÃO PEDRO MARQUES é brilhante, e bem assim os de alguns comentadores sábios e conscientes da gravidade da questão social.

A extrema-esquerda não larga o osso (mas tem zero em aprendizagem)

Os militantes woke, obcecados com a questão da antiga escravatura, fazem agora render o peixe do Conde de Ferreira. A extrema-esquerda quando abocanha não larga.

JOÃO PEDRO MARQUES Historiador e romancista

OBSERVADOR, 12 jun. 2023, 00:1756

No último Expresso, José Soeiro, sociólogo, colunista desse jornal, militante do Bloco de Esquerda e ex-deputado por esse partido, repescou o assunto do Conde de Ferreira e da censura de uma exposição artística no Centro Hospitalar Conde de Ferreira, no Porto.

Esta repescagem não é de estranhar. Como já vimos no passado a respeito de Grada Kilomba cujo banalíssimo facto de não ter sido escolhida para representar Portugal na Bienal de Veneza levantou clamores de “racismo”, fez com que, durante meses, muitos radicais de esquerda escrevessem rios de tinta, rasgassem vestes e arrepelassem cabelos — os militantes woke, obcecados com a questão da antiga escravatura, fazem agora render o peixe do Conde de Ferreira. A extrema-esquerda quando abocanha não larga. Por isso José Soeiro recebe o testemunho de um companheiro de equipa e volta ao assunto, prosseguindo a corrida. Nada traz de novo a não ser um ataque ao PSD, por intermédio da sua vereadora na Câmara do Porto, mas, de caminho, diz algumas asneiras.

Não, José Soeiro, o Brasil não prolongou o tráfico transatlântico de escravos até 1888. Esse foi o ano em que o Brasil emancipou os escravos existentes no país. O tráfico de negros vindos de África já havia terminado mais de trinta anos antes, na sequência da pressão britânica e da lei Eusébio de Queirós, de 1850.

E sim, ex-deputado Soeiro, por muito que lhe custe a engolir ou a entender, em 1761 Portugal aboliu, de facto, a “escravatura” no seu território europeu, só que, como já se esclareceu dezenas de vezes, essa palavra tinha, nos séculos XVIII e XIX, um significado diferente daquele que actualmente, por norma, se lhe dá. Significava “tráfico de escravos” (ou “tráfico da escravatura”, como também se dizia) e o Marquês de Pombal proibiu efectivamente, ainda que de forma parcial e limitada, esse tráfico, isto é, interditou a entrada de novos escravos na metrópole portuguesa. Para a sujeição de pessoas ao trabalho coercivo, à perda de controlo sobre o seu corpo e o dos seus filhos e outras formas daquilo a que Orlando Patterson chamou “morte social”, usava-se a palavra “escravidão” ou, mais correctamente, a expressão “estado de escravidão”.

E de novo não, José Soeiro, não sugira que há silêncio acerca da escravatura ou do Conde de Ferreira e de outras pessoas que ganharam dinheiro com o tráfico de escravos. Já houve esse silêncio, de facto, mas acabou há muito. Eu próprio escrevi um livro, em 1999, cujo título é Os Sons do Silêncio, o meu colega José Capela publicou, em 2012, um estudo sobre negreiros específicos intitulado Conde de Ferreira & Cª. Traficantes de Escravos, Arlindo Manuel Caldeira escreveu, em 2013, Escravos e Traficantes no Império Português, e há muitas outras publicações sobre o assunto. Acresce que também há, desde Abril de 2017 — ou seja, há mais de seis anos —, um amplo debate público sobre a questão da escravatura, debate que tem gerado mais de uma centena de artigos, livros, e colóquios, entrevistas e muitas intervenções radiofónicas e televisivas.

José Soeiro parece ignorar tudo isso e fala na “necessidade de aprofundar o debate” sobre o tráfico de pessoas escravizadas. Porquê? Porque convém aos woke de extrema-esquerda fazer de conta que o debate não existe, ou que é débil, e que há um pesadíssimo e impenetrável silêncio a cobrir o envolvimento de Portugal na questão da escravatura. Precisam desse imaginário silêncio para justificar a continuação da sua campanha política de endoutrinação e lavagem aos cérebros. É falso, dupla e triplamente falso que assim seja, mas a extrema-esquerda tem uma relação muito particular com falsidade e verdade, e não será esse pequeno detalhe que a fará desistir ou mudar de rumo. O que importa é não largar o osso da escravatura, ainda que se continue teimosamente tão ignorante como em 2017, quando este debate público começou.

EXTREMA ESQUERDA   POLÍTICA   ESCRAVATURA   SOCIEDADE   CM PORTO   PORTO   PAÍS

COMENTÁRIOS (de 56)

Mario Areias: Parabéns pela forma educada e assertiva como chama ignorante a esse ex-deputado. Também dá para ver o baixo nível de alguns "deputados" que servem o país.            Nuno Borges: Agora é a esquerdalha que vai buscar escravos às costas da Líbia para os trazer para a Europa. E em muito mais quantidade que no tempo do tráfico triangular. Bem sei que é para ajudar a destruir a Europa, mas não deixam de ser escravos. E naquele tempo os escravos eram transportados de graça, coisa que agora têm de pagar.          Ark Nabul: A "esquerda" fornece a teoria. A verdade, porém, é que é toda a sociedade que a torna real. Aos poucos foi-se condicionando o pensamento ao ponto de milhares, ou mesmo milhões, a ocidente, acreditarem que existem mulheres do sexo masculino ao mesmo tempo que dedicam um mês a celebrar pessoas apenas porque a sua orientação sexual é incapaz de gerar vida, dedicando apenas um dia a quem se reproduziu e a quem nasceu há não mais que uma dúzia de anos. Quando uma sociedade se dedica a adorar o seu fim, ele torna-se inevitável.

Luis Gonçalves: Da mesma maneira que a esquerda radical não larga o osso, é muito importante que pessoas como o Sr JPM, autor desta rubrica, não desista de denunciar as mentiras e a propaganda. Continue, força, nunca desista.                 TIM DO Á: Mas não esquecer que é a extrema-esquerda manietada e subsidiada pelos liberais meta milionários Woke globalistas dos EUA. A esquerda apenas figura como idiotas úteis desses liberais que são os verdadeiros mentores da deriva totalitária mundial.        João Alves > TIM DO Á: Explique factualmente como.               TIM DO Á > João Alves: Bom, o plano ainda é um pouco dissimulado, mas começa a  mostrar-se. Vou dar pistas. Projecto económico bem sucedido que evolui para projecto de poder político mundial. Governo único mundial (perigo de ditadura global). Perda de soberania e destruição das nações. Dos seus valores, cultura, história, tradições, censura, delito de opinião em tudo o que vá contra a mistura de raças, imposição de ideologias e destruição da família. Transformar os grupos nacionais em grupos supranacionais através de novas divisões e conflitos: homem/mulher, branco/preto, heterossexual/homossexual, etc. Livre comércio mundial, livre circulação de pessoas mundial, migrantes, mistura de populações e de raças, agenda gay, e climática, eliminação das fronteiras, cancelamento dos resistentes ao mundo global. Amálgama mundial, confusão, perda de referências. Predomínio e poder das organizações mundiais não eleitas, dominadas por burocratas obscuros não sufragados e colocados pelo grupo de Bilderberg. Na ONU, UE, FMI, Banco Mundial, OMS, etc. O dinheiro dos meta milionários já não lhes basta. Segue-se o projecto de poder. Estamos da fase em que o dinheiro compra a preparação do plano. Empresas multinacionais, mercados, comunicação social mundial, universidades, cultura, cinema, etc. Falsos filantropos. Marginalização dos conservadores e nacionalistas, diabolizados. A revolução está em marcha a passo acelerado. As causas altruístas como instrumento de persuasão de massas, agenda globalista dos meta milionários poderosos, monopolistas, pseudo filantropos, imperialismo meta capitalista liberal. monopolista, fanatismo climático. Desaparecimento e escravização das classes médias. Elites astronómicas, quase deuses versus povo dependente que sobrevive. Movimentação clara dos grandes bilionários em ONGs e nas organizações mundiais. Aparentemente há sempre uma causa destinada ao bem estar mundial dos grandes filantropos. Infantilização das populações, paternalismo liberal. Altruísmo mundial para enfraquecer as soberanias nacionais. Direcção única para os destinos do mundo. Projecto imperialista meta capitalista. Revolução cultural ao encontro dos globocratas. Sabia que o movimento internacional violento de extrema-esquerda Anti-fa é financiado pelo meta milionário liberal globalista George Soros? Quem vencerá dentro do grupo de Bilderberg quando for implantada a nova ordem mundial? Irão depois substituir as democracias nacionais por um regime tecnocrata único de burocratas apátridas cosmopolitas na sombra dos metamilionários e suas fundações. Leia também Jaime Nogueira Pinto, nas entrelinhas. O que vem aí é perigoso e está imparável pelo poder económico mundial e poderá ser a maior ditadura de controlo de populações de todos os tempos. Já dominam o centro, a esquerda que tornaram caviar e a direita fofinha. Resta a resistência dos consey a quem diabolizam como direita radical. Mas o tempo o dirá se terão sucesso ou resistência. Para já esses liberais têm pouca oposição. Em Portugal, a IL e o partido Livre são os.partidos que mais representam os desideratos dos liberais globalistas.          João Alves > TIM DO Á: Diagonalmente delirante.    Nuno Borges > TIM DO Á: toda a esquerda é financiada directa ou indirectamente por Moscovo                   TIM DO Á > João Alves: Vá observando.             TIM DO Á > Nuno Borges: Olhe que não. Nem a propósito. Leia hoje o artigo sobre George Soros no Eco.             Nuno Borges > TIM DO Á:  Soros é um homem do KGB. Queixa-se mas já não precisa de receber financiamentos de Moscovo.            TIM DO Á > Nuno Borges: Dos democratas norte americanos. Há aí alguma confusão. São os EUA quem defende o mundo LGBT, a mistura de raças, entre outras modernidades liberais. Não é a Rússia. São os EUA os criadores do mundo Woke que Soros defende. Não os russos. Sérgio Esquerdalhos com tiques autoritários e mania de superioridade moral.... Escumalha de parasitas escroques.             Maria Augusta Martins: Deixe lá enquanto houver pretos escravos não faltarão. É assim há séculos e não está para acabar como se vê pelas queixas,                Luisa Falcão > Maria Augusta Martins: Não conhece aquele dito: não sirvas a quem serviu, não emprestes a quem pediu? Diga lá, nesta frase onde estão os pretos? Olhe que nem tudo o que parece é…!!!???               Maria Augusta Martins > Luisa Falcão: Por cá é mais -Não sirvas a quem serviu Nem peças a quem pediu Tanto faz ser a branco como a preto ou a chim e então se derem uns chutos na bola são vendidos por balúrdios, se correrem ou saltarem como gazelas também tem uma boa cotação. Haja euros que não faltam escravos.     João Eduardo Gata: Parece-me que de facto o Bloco de Esquerda se caracteriza sobretudo pelo seu Dogmatismo e Oportunismo, com que procura esconder a sua Ignorância e Superficialidade sobre tudo ou quase tudo de relevante em termos sociais, políticos, e económicos.             Pedro Reis: é como os caniches, só largam com um biqueiro...              Maria Cordes: Que maçada os Romanos, terem vindo ensinar os grunhos da Península Ibérica a construir estradas, aquedutos, termas, leis, latim, etc. Fizeram escravos, levaram metais preciosos, exploraram minas. O muito que nos deram e por cá deixaram, ainda está cá, como testemunhas mudas. O que seria do Brasil, se Pedro Álvares Cabral não tivesse desembarcado e a corte não se tivesse mudado. Penas na cabeça e tangas, sem marca.               Maria Melo > Maria Cordes: E de África? Aliás, infelizmente, ainda se vêem guerras tribais        Francisco H. da Silva: Um excelente artigo. Todavia, penso que não se deve zurzir só na extrema-esquerda woke, os hiper-liberais contribuem, aberta ou ocultamente, com a sua quota-parte de responsabilidade (aliás, o problema não é só nosso, mas com principal incidência e com uma dimensão muito mais significativa na chamada anglo-esfera. Veja-se o que, no lado norte-americano, dizem Alexandria Ocasio-Cortez, Bernie Sanders, Elizabeth Warren, Ilhan Omar, Tashida Tlaib, Ayanna Pressley,. Veja-se os partidos e movimentos europeus que apoiam o movimento Hiper Liberais;: Democratas 66 (Holanda) , Partido radical (Itália), Volt Europa (paneuropeu), Extrema esquerda: trabalhistas (RU), PS (França) , Bloco Esquerda (portugal) e Podemos (Espanha)  Liberais mas com manifestas simpatias pelo wokismo temos Justin Trudeau (Canadá), Jacinda Arden (Nova Zelândia) e Nichola Sturgeon (Escócia) e por aqui me fico. Os hiper-liberais não só aplaudem mas através dos media, da academia, de uma parte expressiva da classe política e até das grandes empresas (high tech e indústrias tradicionais - porque o wokismo está na moda e vende bem - leia-se Vivek Ramaswamy - “Woke, Inc.”) Os liberais que apoiam o movimento "woke" e a cultura do cancelamento geralmente acreditam numa justiça social e na igualdade., uma panaceia que vem resolver todos os males da sociedade actual. Com ou sem conhecimento fundamentado pugnam pelo reconhecimento e pela rectificação de injustiças históricas (ora, porque pretéritas são virtualmente irreparáveis e, como se sabe,  obedeciam a padrões mentais,  jurídicos e morais diferentes dos nossos) e aos desvios e discriminações actuais, máxime as que assentam na raça, no género, na orientação sexual e noutras identidades marginalizadas ou consideradas como tais. Os wokes e os hiper-liberais argumentam que é importante desafiar e desmantelar os sistemas de opressão e discriminação (muitos de definição vaga, imprecisa ou meramente fantasiosa) com o objectivo declarado de se  criar uma sociedade mais inclusiva, solidária e equitativa.Creio que reduzir-nos apenas à extrema esquerda e a movimentos multifacetados e amiúde centrífugos dentro desta é redutor. É de mais fácil rotularem, mas o movimento é bem mais complexo do que apresenta ser à primeira vista.                José Paulo C Castro > Francisco H. da Silva: Teoria interseccional. O que os une é o alvo comum. E, neste caso, é o conservador o alvo. Não necessariamente o de direita. O proletário de outros tempos também é inimigo. (O nome vem de prole, dos muitos filhos). Meteram na cabeça que há excesso de população quando há apenas população mais envelhecida, graças ao progresso na saúde. A base da pirâmide etária está igual, ou pouco maior... E é um excesso de população urbana, apenas. Mantém-se ou até diminuiu a densidade nas zonas rurais                   Mário Alves > José Paulo C Castro: Em 50 anos a população quadruplicou e não há excesso de população? Quanto precisa de aumentar para que haja excesso?    José Paulo C Castro > Mário Alves: A população na base da pirâmide não quadruplicou. A do topo da pirâmide é que aumentou muito mais, decuplicou ou ainda mais, transformando a pirâmide em cilindro (ou até cogumelo, em algumas locais). Só que isso só dura enquanto houver antibióticos eficientes. A base da pirâmide é que indica a projecção do futuro. Não alargou assim tanto. Muito menos nos países mais desenvolvidos. Será esse o nível excessivo ? Não me parece. Nesses 50 anos, nos adolescentes, 10-14 anos, você passou de 400 milhões para 650 milhões no mundo. Nem chega a duplicar. Se considerar zonas rurais apenas, você observa uma diminuição nessa faixa etária. A pressão humana em 80% do território mundial (o rural) está igual ou menor.      J. Lopes: Faz muito bem em escrever mesmo pra contrariar um ignorante, mas há algum woke que o não seja ou oportunista? Muito bem, até por haver portugueses no caso, que vão atrás destas cantilenas e destas novas interpretações da história, podem não largar o osso, mas Balsemão, no caso, vai "descamando", os dentes já caíram decerto, como os navios das ONGs no Mediterrâneo, apoiados e pagos por Soros e o grupo de Klaus, com a intenção de provocar caos social na Europa, o 1º dos Rothschild dizia: "Investe quando o sangue correr nas valetas, depois de financiar os 2 lados de uma qualquer guerra ou revolução", foi um dos que apoiou os bolcheviques e os "brancos", por fim só Lénine, o torcionário criador de outro monstro igual a ele Stalin.      Maria da Graça de Dias > J. Lopes: Comentário pertinente e bem oportuno.              MCMCA A > J. Lopes: A família Rodeschild é mestra desde há vários séculos em apoia ambos os lados de uma contenda. Ficou famoso um dos 5 filhos de nome Nathan e o seu golpe da bolsa de Londres. Nathan , que apoiava franceses e ingleses tinha espiões no cam+o de batalha de Waterloo e soube muito antes do parlamento britânico que aWellington tinha ganho a guerra. No dia 20 de Junho de 1815, proclamou, entre lágrimas, no parlamento britânico que a Inglaterra tinha perdido a guerra: a bolsa caiu e ele comprou tudo. É assim que funcionam os financeiros mentem, mentem,mentem para levar a sua avante               João Alves > MCMCA A: Não haverá por aí um fundindo de anti-semitismo?          Rui Pedro Matos: Muito bem! A esquerda é muito má e esquizofrénica!                    José Vaz: Eu conheço pessoalmente o Soeiro, melhor conheci no passado no início do bloco de esquerda, não passa de um radical de esquerda Leninista e com uma admiração mal disfarçada de Estaline o carniceiro. A nível intelectual o rapaz é completamente nulo mas um zero completo que unicamente debita a cartilha da esquerda radical doa dois ou 3 livros que leu. Nem sei como uma pessoa do seu nível intelectual perde tempo com tal personagem e digo o sinceramente.            antonio Coutinho: O Dr.João Pedro Marques insiste em discutir as coisas na base dos factos e razão. Ocasio Cortez disse lapidarmente que os factos não interessam mas apenas a moral, a sua "moral". Tudo isto é poder e nada mais que isso. A única forma de combater isto é como António Costa e Silva e Sergio Sousa Pinto já o mostraram: pelo ridículo. O que os wokes dizem é inútil e torna-nos a todos mais estúpidos... tal a palermice                   João Floriano: Por estes dias têm aparecido notícias sobre a possível indemnização por parte de cidades americanas a descendentes de pessoas em situação de escravidão no passado. Fala-se sobretudo de Nova York mas uma pesquisa muito rápida junta São Francisco a Nova York ( a Big Apple na costa Leste, a cidade do Flower Power na costa Oeste). Há já artigos desde 2014. A questão das presidenciais americanas pode estar a alimentar estas notícias. No fundo, bem no fundo, trata-se de dinheiro, muito dinheiro que as organizações woke que se dedicam ao assunto perseguem como cães pisteiros. Alguém comentou aqui ontem, creio eu, que as questões climáticas se transformaram num big business (isto a propósito da importância das abelhas na vida do planeta). As questões levantadas pela escravatura, quer seja pelo negócio em si como pelo sofrimento humano, não fogem igualmente ao «business». Em Portugal, não sendo um big business é no entanto um business e um modo de subsistência para muita gente em observatórios, lobbies e na CS. Depois há os idiotas úteis, também os podemos apelidar de oportunistas úteis, movidos pelos ventos e marés que correm, que aproveitam para aumentar a sua popularidade, pedindo desculpas para as quais não foram mandatados, deixando no ar sugestões e promessas que nos podem sair caras e fazendo muitas figuras tristes. A nossa extrema esquerda sabe que o tema rende votos e dinheiro. É um tema sensivel, dramático, um dos mais terríveis em termos de direitos humanos. Por isso não larga o osso até porque tem muitas ajudas. A aprendizagem é o que menos interessa. O que verdadeiramente interessa é a sua versão dos factos. Quem se atreve a contestar é alvo da sua ira. A extrema esquerda muito dificilmente largará o osso tanto neste assunto, como em muitos outros. a maior parte, são pessoas que nunca fizeram nada de útil na vida, não sabem fazer nada. Vão viver de quê? E estão habituados  a viver bem à custa de dizerem mal de quem lhes enche o prato com os seus impostos.              MCMCA A > João Floriano: Excelente comentário. Follow the money dizem os americanos                     Américo Silva: João Pedro Marques, vou contar-lhe uma história porque encontro em si valor: quando os bárbaros invadiram o império optaram por tributar e não escravizar, porque assim obtinham maior rendimento, do mesmo modo nas diferentes colonizações e nos diferentes tempos, a tributação concorreu com a escravatura pela extorsão aos submetidos, e a guerra civil nos USA substituiu a escravatura pela tributação pelas vantagens desta.                 José Paulo C Castro > Américo Silva: A escravatura seria, então, uma forma de tributação perpétua. Então, ao aboli-la, introduziu-se um prazo no tributo e um limite na forma do mesmo.              Américo SilvaAmérico Silva: Enquanto isso na civilização ocidental continua a separação entre senhores, seleccionados pelo tempo e acrescidos de quantidade considerável de judeus, e servos, e no processo de fazer a história são os senhores que apontam o dedo ao povo europeu submetido, lavando-se a si próprios, e o wokismo não é mais que instrumento de limpeza própria.    Américo Silva Américo Silva: A elite senhorial financia os wokes, fornece a comunicação social e as editoras, fornece barcos a gretas, entra nas bibliotecas e universidades, domina a justiça, coloca os WASP a dormir na rua enquanto lhes aponta mil e um pecados & all, é a vida.                 João Floriano > Américo Silva: Boa análise Américo. Vai no sentido do que escreve o Francisco H. da Silva. Muito mais complexo  do que aparenta e por isso mesmo muito mais assustador. Estamos a viver um período de mudança extrema que em muitos aspectos se assemelha com a Queda do Império Romano do Ocidente e a Ascensão do império a Oriente. O que daqui vai sair é algo completamente novo e não acredito que seja para melhor.                Américo Silva > João Floriano: Bom dia, muito obrigado, também concordo com o seu comentário acima.               MCMCA A > José Paulo C Castro: Depende do nível e extensão dos impostos/extorsão. Se for num nível muito elevado (extorsão) equivale a escravatura financeira porque ninguém possui nada somente quem detém o poder de emitir impostos seja ele suserano, senhor feudal, estado comunista, estado burocrático socialista, etc. Se se prolongar no tempo de vida de um ser humano poderá dizer que é perpétua para esse ser humano. Aboliu-se, teoricamente, a escravatura mas ela esteve e está presente de um modo intermitente ou não em muitas sociedades e toma muitas formas a mais flagrante é praticada pela ONGs financiadas pela ONU e peritas na angariação e transporte de hordas de migrantes que, lançados em sociedades envelhecidas, sem capacidade de os enquadrar irão semear ventos e tempestades futuras (bem evidente no que se passa na Suécia). O que se está a passar tem um objectivo que muitos dizem ser o controlo populacional, outros controlo demográfico outros ainda orgia de poder (Bill Gates será um destes casos porque pensa ser Deus e tudo controlar). Mas quem manda no mundo sabe o que anda a fazer e não será em nosso proveito mas no deles                   Maria Nunes: Dr. João Pedro Marques, obrigada por mais uma excelente lição de História.                Eduardo Cunha: o sr. Soeiro ser colunista do expresso diz muito sobre o dito pasquim.               Álvaro Venâncio: Excelente e esclarecedor artigo.  Alfredo Vieira: Essa gente nunca quis "debates"…               Carminda Damiao: Excelente artigo. Continue a desmascarar o Wokismo.                  Meio Vazio: Pobre sociologia.                 José Paulo C Castro: A verdadeira máxima woke é: "The issue is never the issue. The issue is always the revolution." (Jason Benham). Nunca vão largar o osso, nem interessa esclarecer o assunto. Só interessa atingir os alvos do assunto e juntar num mesmo bloco os opositores a esses alvos. Chama-se teoria interseccional.                 João Alves > José Paulo C Castro: … ou então uma prática hegemónica de inspiração gramsciana            klaus muller: O tal Sr. J. Soeiro faria melhor se analisasse o actual tráfico mediterrânico que os novos negreiros que as ONGs praticam à descarada.

 

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