quarta-feira, 5 de julho de 2023

As armas


“E os barões assinalados.” Destes, uns a favor daquelas, outros contra, pelo menos internamente. E as tentativas de auxílio e união em favor de um país corajoso, esmagado por um país que tem muitas armas e nenhuns escrúpulos em as pôr utilizáveis, contra esse tal país que não tem outro remédio senão rogar “Aux armes, citoyens!”

Obélix, que não precisava de armas para se defender, é quem tinha razão ao achar loucos “ces Romains”. Mas será que o riso sadio com que o líamos ontem, ainda é possível hoje, nas caras dos nossos filhos e netos?

I TEXTO-Primeiro-ministro israelita promete luta contra o "terrorismo palestiniano"

“Continuaremos o tempo que for necessário para erradicar o terrorismo. Não permitiremos que Jenin se torne uma cidade refúgio para o terrorismo. Vamos erradicar o terrorismo", prometeu Netanyahu.

AGÊNCIA LUSA Texto

OBSERVADOR, 04 jul. 2023, 19:10  

"Quem pensa que este ataque nos impedirá de continuar a nossa luta contra o terrorismo está enganado", disse Netanyahu RONEN ZVULUN / POOL/EPA

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, condenou o ataque de terça-feira por um palestiniano que atropelou e esfaqueou pessoas em Telavive, ferindo sete delas, e alertou que os incidentes fortalecem a sua “luta contra o terrorismo”.

Hoje houve um hediondo ataque terrorista em Telavive que foi interrompido graças à intervenção de um civil armado. Sem essa intervenção, este ataque terrorista poderia ter ceifado muitas vidas”, disse o chefe de Governo israelita, durante uma visita ao posto militar de Salem, perto do campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada.

“Quem pensa que este ataque nos impedirá de continuar a nossa luta contra o terrorismo está enganado”, disse Netanyahu.

Sete pessoas ficaram feridas, esta terça-feira, quando um palestiniano que conduzia um carro em Telavive atropelou intencionalmente vários pedestres e depois esfaqueou outros, antes de ter sido atingido por um tiro fatal disparado por um civil armado.

A agência de segurança israelita, Shin Bet, informou que o agressor – identificado como Abed al Wahab Jalaila, de 20 anos, morador na cidade de As Samu, na Cisjordânia – não tinha autorização de entrada em Israel.

O incidente ocorre quando o Exército israelita prossegue, pelo segundo dia consecutivo, uma operação no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, que já provocou confrontos com milícias em quem morreram 11 palestinianos e mais de 100 ficaram feridos.

Continuaremos o tempo que for necessário para erradicar o terrorismo. Não permitiremos que Jenin se torne uma cidade refúgio para o terrorismo. Vamos erradicar o terrorismo onde quer que o vejamos”, prometeu Netanyahu.

O movimento islâmico Hamas– que controla a Faixa de Gaza e é considerado um grupo terrorista por Israel e pelos Estados Unidos – ameaçou retaliar, tendo já elogiado o ataque de esta terça-feira, que classificou como uma “vingança heroica”.

A Cisjordânia vive o ano mais mortal em duas décadas, com 155 palestinianos mortos no contexto do conflito, a maioria dos quais milícias em confrontos armados com tropas israelitas.

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II TEXTO- Biden quer que fabricantes de armas sejam responsabilizados por violência armada

Presidente norte-americano considerou ser necessário "acabar com a imunidade de responsabilidade dos fabricantes de armas e decretar verificações universais de antecedentes".

AGÊNCIA LUSA; Texto

OBSERVADR, 04 jul. 2023, 19:14 1

Biden recordou a onda de tiroteios que abalou recentemente várias comunidades por todo o país  MICHAEL REYNOLDS / POOL/EPA

O Presidente norte-americano, Joe Biden, defendeu esta terça-feira a responsabilização dos fabricantes de armas pela violência armada que afecta o país e reiterou os apelos por reformas significativas no sector.

Está ao nosso alcance proibir mais uma vez armas semiautomáticas e carregadores de alta capacidade, exigir armazenamento seguro de armas, acabar com a imunidade de responsabilidade dos fabricantes de armas e decretar verificações universais de antecedentes”, disse Biden, citado num comunicado da Casa Branca.

O chefe de Estado instou os estados do país a continuarem a convocar os legisladores republicanos no Congresso, para que discutam reformas significativas e de bom senso, que o povo norte-americano apoia”.

Na declaração sobre a violência armada nos Estados Unidos da América (EUA), Biden recordou a onda de tiroteios que abalou recentemente várias comunidades por todo o país, desde Filadélfia até Fort Worth, de Baltimore a Lansing, de Wichita a Chicago.

 Hoje, Jill [primeira-dama dos EUA] e eu lamentamos por aqueles que perderam as suas vidas e, enquanto a nossa nação celebra o Dia da Independência, oremos pelo dia em que as nossas comunidades estarão livres da violência armada”, disse.

Há precisamente um ano, um atirador disparou contra uma multidão reunida para um desfile do Dia da Independência em Highland Park, no estado do Illinois, matando sete pessoas e ferindo dezenas. Em poucos momentos, este dia de orgulho patriótico tornou-se uma cena de dor e tragédia”, relembrou o líder norte-americano.

Desde então, as autoridades locais, juntamente com vários defensores e sobreviventes da violência armada, têm lutado por mudanças na lei de acesso a armas.

Em janeiro passado, conseguiram proibir armas semiautomáticas — como a usada no tiroteio de Highland Park.

Estas conquistas salvarão vidas. Mas não apagarão a sua dor. Não irão trazer de volta os sete norte-americanos mortos em Highland Park ou irão curar os ferimentos e traumas que dezenas de outros continuarão a carregar. E, como vimos nos últimos dias, muito mais deve ser feito em Illinois e em toda a América para enfrentar a epidemia de violência armada que está a destruir as nossas comunidades”, frisou.

Nos últimos dias, vários tiroteios voltaram a deixar os EUA em alerta, como o que aconteceu na noite de segunda-feira, quando um homem fortemente armado e com um colete à prova de balas abriu fogo nas ruas da Filadélfia, aparentemente disparando ao acaso, matando cinco pessoas e ferindo dois rapazes antes de se render.

Um dia antes, um tiroteio numa festa em Baltimore resultou em dois mortos e 28 feridos. Mais da metade das vítimas eram menores de idade, disseram as autoridades.

Também na noite de segunda-feira, mas no Texas, três pessoas foram mortas e oito ficaram feridas num tiroteio após um festival local. A polícia disse que os tiros foram disparados contra uma multidão de centenas de pessoas.

Os Estados Unidos, onde os homicídios em larga escala são frequentes, têm mais armas individuais do que pessoas. Desde o início do ano, o Gun Violence Archive contabilizou 339 tiroteios em massa nos Estados Unidos. Este é o registo mais elevado de sempre. Especialistas têm relacionado o aumento de homicídios e outros tipos de violência nos últimos anos com o predomínio de armas nos Estados Unidos. Segundo alguns observadores, é pouco provável que os apelos de Joe Biden resultem numa proibição de armas semiautomáticas no Congresso. Os republicanos, que controlam a Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso), opõem-se ferozmente a tal medida.

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III TEXTO-Stoltenberg e Zelensky falaram sobre cimeira e contra-ofensiva ucraniana

"Tive uma conversa muito boa com o Presidente Zelensky sobre os últimos desenvolvimentos na Ucrânia e sobre a preparação da Cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte", escreveu Stoltenberg.

AGÊNCIA LUSA: Texto

OBSERVADOR, 04 jul. 2023, 18:41  

Stoltenberg também anunciou ao final da manhã desta terça-feira que os aliados concordaram em prolongar o seu mandato por mais um ano, desfazendo um "tabu" de vários meses SERGEY DOLZHENKO/EPA

O secretário-geral da NATO e o Presidente da Ucrânia discutiram esta terça-feira os “últimos desenvolvimentos” na contraofensiva em território ucraniano e a cimeira da Aliança Atlântica, onde os aliados “decidirão sobre o apoio a longo prazo” a Kiev.

“Tive uma conversa muito boa com o Presidente Zelensky sobre os últimos desenvolvimentos na Ucrânia e sobre a preparação da Cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte [NATO]”, agendada para 11 e 12 de julho em Vilnius, escreveu Jens Stoltenberg na rede social Twitter.

Na cimeira na capital da Lituânia, acrescentou o secretário-geral da NATO, os 31 Estados-membros “decidirão como ir mais longe no apoio a longo prazo” à Ucrânia, assim como formas de “melhorar os laços e aproximá-la” da Aliança Atlântica.

Stoltenberg também anunciou ao final da manhã de esta terça-feira que os aliados concordaram em prolongar o seu mandato por mais um ano, desfazendo um “tabu” de vários meses.

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