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E dos quais me servirei
Para lembrar Luís Aleluia
Que parecia
Não se enquadrar
No “In memoriam”
sentido
Que Fernando
Guerra usou
Talvez a propósito daquele,
Ou talvez só no sentimento
Do absurdo da condição
Que gere tudo o que vive.
Versos de sentido amor,
De bem triste pensamento
Que me servem no espanto
Do inesperado dum gesto
De um sofrer desconhecido
Numa vida que de repente
Se apagou
Bem fora de todo o tempo.
Estupidamente,
Sem tom nem som.
Por Fernando
Guerra
In memoriam dos meus amigos
que partiram recentemente
Estamos tão perto da despedida
e nada podemos fazer.
Que doença ou doenças encerramos no corpo
que um dia se manifestem e nos matem
Ou nos façam sofrer
Ou que uma curva da estrada nos leve.
Entretanto
cada mês morria um da nossa idade.
Depois passou a um por semana.
Até ser um todos os dias
e o nosso espaço começa a ser curto,
apertado, incómodo.
Os dias passam a correr
e mesmo assim ainda temos de arranjar tempo para morrer.
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