terça-feira, 11 de junho de 2024

10 de Junho

 

Por cá, é claro, em feedback: Um dia de muito esforço executivo.

Em directo/ 10 de Junho. Montenegro evoca “garra lusitana” que inspira “a não desistir perante adversidades”

No Dia de Portugal, o primeiro-ministro sublinhou nas redes a “a garra lusitana” que inspira “a não desistir perante as adversidades”, defendendo que o Governo está a construir um país “com ambição".

INÊS CAPUCHO: Texto

TIAGO CAEIRO: Texto

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

Actualizações em directo

AGÊNCIA LUSA

OBSERVADOR, 10/6/24

 

1 -As vítimas:

10 Junho. Vítimas de racismo são lembradas numa manifestação em Lisboa

Organizações e colectivos pela igualdade foram convocados para uma manifestação em Lisboa contra o racismo e para relembrar todas as suas vítimas em Portugal a decorrer hoje, 10 de Junho, “um dia de luta contra o racismo”.

“Esta é uma chamada à ação de todos e todas, para que levantem as suas vozes pela luta antirracista e defendam os direitos daqueles que são marginalizados e oprimidos”, declara a Frente Anti-Racista, a primeira das cinco organizações promotoras da iniciativa, num comunicado.

Os organizadores, que incluem a Associação Desportiva e Recreativa “O Relâmpago”, o Conselho Português para a Paz e Cooperação, a União de Sindicatos de Lisboa e o movimento Vida Justa, adiantam que a manifestação se realiza, “como tem acontecido nos últimos anos”, no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, porque não esquecem “o lado sombrio e racista” que a data significa.

O 10 de junho foi assinalado durante a ditadura como “dia da raça”, promovendo “uma ideologia de supremacia branca e colonialista” e depois “como o dia das Forças Armadas, no contexto da Guerra Colonial, assim perpetuando uma narrativa de glorificação da violência militar e da opressão colonial”, salientam.

“É fundamental combater o racismo numa perspectiva anticolonial e anticapitalista”, defendem, exigindo “justiça para todas as vítimas de racismo directo e indirecto” e prometendo continuar “a trabalhar no espírito de solidariedade para construir um mundo onde a dignidade e a igualdade sejam garantidas para todos”.

A propósito, destacam que “muitas pessoas racializadas continuam a enfrentar violência directa e discriminação por parte de grupos racistas” no país, apontando como responsáveis “as forças políticas reaccionárias, os capitalistas que as financiam, os meios de comunicação social que as promovem, e que difundem discursos racistas e xenófobos que alimentam o ódio que se manifesta no nosso quotidiano”.

Alcindo Monteiro, “assassinado por um grupo neonazi e racista no Bairro Alto”, em Lisboa, em 1995, é umas das “vítimas da intolerância e da discriminação racial” cuja memória será honrada, assim como “Bruno Candé, Cláudia Simões, Musso, Elson Sanches “Kuku”, Nuno Manaças Rodrigues “Mc Snake”, Carlos Reis, Wilson Neto, Luís Giovani Rodrigues, Ihor Homeniuk, António Pereira (Xuati), Gurpreet Singh, Ademir Araújo Moreno, ou os seis da esquadra de Alfragide”.

O apelo para a manifestação foi subscrito por outras 35 organizações, entre as quais o SOS Racismo, a Associação Moinho da Juventude, Kilombo – Plataforma de Intervenção Anti-Racista, Techari – Associação Nacional e Internacional Cigana, a União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), o Colectivo MUMIA Abu-Jamal, a Voz do Operário e associações de estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova, e da Faculdade de Psicologia e do Instituto de Educação, da Universidade de Lisboa.

Os algozes:

(Subentendendo vítimas de outros calibres)

As comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em território nacional, realizam-se em três concelhos de Leiria afectados pelos incêndios de 2017 – Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera – e em Coimbra.

No âmbito do modelo de duplas comemorações deste dia, primeiro no país e depois junto de comunidades portuguesas no estrangeiro, utilizado desde 2016, o Presidente da República e o primeiro-ministro na terça-feira para a Suíça, tendo previstas passagens por Genebra, Berna e Zurique.

Há 1h09:03 AGÊNCIA LUSA

10 Junho: Montenegro evoca “garra lusitana” que inspira “a não desistir perante adversidades”

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, evocou esta segunda-feira no Dia de Portugal “a garra lusitana” que inspira “a não desistir perante as adversidades”, defendendo que o Governo está a construir um país “com ambição e esperança humanista e progressista”.

Numa mensagem divulgada nas suas redes sociais, o primeiro-ministro assinala o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que se assinala esta segunda-feira.

“Evocamos a garra lusitana que nos inspira a não desistir perante as adversidades e a lutar por um amanhã melhor. A alma portuguesa que junta a história e o futuro, que junta a ambição e a esperança”, afirmou.

Montenegro defendeu que o país que o executivo PSD/CDS-PP está a construir – tomou posse em 02 de abril – assenta numa “ambição e esperança humanista e progressista”.

O país que estamos a construir é isso tudo, é dignidade, é mérito, é justiça, é educação, é conhecimento, é saúde, é habitação, e é imigração regulada”, afirmou.

E acrescentou: “É economia, é elevador social, é classe média e melhores salários. E é solidariedade intergeracional, mais oportunidades para os jovens, valorização de quem trabalha e gratidão aos reformados”.

O primeiro-ministro salientou que tal está a ser feito “em democracia, com tolerância e diversidade”.

Montenegro defendeu que a celebração do Dia de “Portugal junta todos os portugueses “de norte a sul, no continente, nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, e de uma forma muito especial,” toda a comunidade portuguesa que se encontra no estrangeiro espalhada pelos quatro cantos do mundo”.

Celebramos a nossa identidade, a nossa língua e o nosso poeta maior, Luís de Camões (…) Viva Portugal viva a portugalidade, viva este privilégio que é ser português”, conclui o primeiro-ministro, que se juntará a partir de hoje às comemorações oficiais do 10 de junho.

Neste ano, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decidiu assinalar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em três concelhos do distrito de Leiria afectados pelos incêndios de 2017: Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera.

As comemorações oficiais do 10 de Junho, que se iniciaram no domingo, dia de eleições para o Parlamento Europeu, irão passar ainda pela Universidade de Coimbra, onde terá hoje lugar a cerimónia inaugural das celebrações dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões.

Depois, entre terça e quarta-feira, irão estender-se à Suíça, com a participação também do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

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