Por cá, é claro, em feedback: Um dia de
muito esforço executivo.
Em directo/ 10 de Junho. Montenegro
evoca “garra lusitana” que inspira “a não desistir perante adversidades”
No Dia de Portugal, o primeiro-ministro
sublinhou nas redes a “a garra lusitana” que inspira “a não desistir perante as
adversidades”, defendendo que o Governo está a construir um país “com
ambição".
DIOGO VENTURA/OBSERVADOR
Actualizações em directo
OBSERVADOR, 10/6/24
1 -As vítimas:
10 Junho. Vítimas de racismo são
lembradas numa manifestação em Lisboa
Organizações e colectivos pela igualdade
foram convocados para uma manifestação em Lisboa contra o racismo e para
relembrar todas as suas vítimas em Portugal a decorrer hoje, 10 de Junho, “um dia de luta contra o racismo”.
“Esta
é uma chamada à ação de todos e todas, para que levantem as suas vozes pela
luta antirracista e defendam os direitos daqueles que são marginalizados e
oprimidos”, declara a Frente Anti-Racista, a primeira
das cinco organizações promotoras da iniciativa, num comunicado.
Os
organizadores, que incluem a Associação Desportiva e Recreativa “O
Relâmpago”, o Conselho Português para a Paz e Cooperação, a União de Sindicatos
de Lisboa e o movimento Vida Justa,
adiantam que a manifestação se realiza, “como tem acontecido nos últimos
anos”, no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, porque não
esquecem “o lado sombrio e racista” que a data significa.
O 10 de junho foi assinalado durante a ditadura como “dia da raça”,
promovendo “uma ideologia de supremacia branca e colonialista” e depois “como o
dia das Forças Armadas, no contexto da Guerra Colonial, assim perpetuando uma
narrativa de glorificação da violência militar e da opressão colonial”,
salientam.
“É fundamental combater o
racismo numa perspectiva anticolonial e anticapitalista”, defendem, exigindo
“justiça para todas as vítimas de racismo directo e indirecto” e prometendo
continuar “a trabalhar no espírito de solidariedade para construir um mundo
onde a dignidade e a igualdade sejam garantidas para todos”.
A
propósito, destacam que “muitas pessoas racializadas continuam a enfrentar
violência directa e discriminação por parte de grupos racistas” no país,
apontando como responsáveis “as forças políticas reaccionárias, os capitalistas
que as financiam, os meios de comunicação social que as promovem, e que
difundem discursos racistas e xenófobos que alimentam o ódio que se manifesta
no nosso quotidiano”.
Alcindo Monteiro, “assassinado por um grupo neonazi e racista no
Bairro Alto”, em Lisboa, em 1995, é umas das “vítimas da intolerância e da
discriminação racial” cuja memória será honrada, assim como “Bruno
Candé, Cláudia Simões, Musso, Elson Sanches “Kuku”, Nuno Manaças Rodrigues “Mc
Snake”, Carlos Reis, Wilson Neto, Luís Giovani Rodrigues, Ihor Homeniuk,
António Pereira (Xuati), Gurpreet Singh, Ademir Araújo Moreno, ou os seis da
esquadra de Alfragide”.
O
apelo para a manifestação foi subscrito por outras 35 organizações, entre as quais o SOS Racismo, a Associação Moinho
da Juventude, Kilombo – Plataforma de Intervenção Anti-Racista, Techari –
Associação Nacional e Internacional Cigana, a União de Resistentes
Antifascistas Portugueses (URAP), o Colectivo MUMIA Abu-Jamal, a Voz do
Operário e associações de estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas, da Universidade Nova, e da Faculdade de Psicologia e do Instituto de
Educação, da Universidade de Lisboa.
Os algozes:
(Subentendendo vítimas de
outros calibres)
As comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das
Comunidades Portuguesas, em território nacional, realizam-se em três
concelhos de Leiria afectados pelos incêndios de 2017 – Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera – e em
Coimbra.
No
âmbito do modelo de duplas comemorações deste dia, primeiro no país e depois junto
de comunidades portuguesas no estrangeiro, utilizado desde 2016, o
Presidente da República e o primeiro-ministro na terça-feira para a Suíça,
tendo previstas passagens por Genebra, Berna e Zurique.
Há 1h09:03 AGÊNCIA LUSA
10 Junho: Montenegro evoca “garra
lusitana” que inspira “a não desistir perante adversidades”
O primeiro-ministro, Luís Montenegro,
evocou esta segunda-feira no Dia de Portugal “a garra lusitana” que inspira “a não
desistir perante as adversidades”, defendendo que o Governo está a construir um país “com
ambição e esperança humanista e progressista”.
Numa mensagem divulgada nas suas redes sociais, o primeiro-ministro assinala o Dia de
Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que se assinala esta segunda-feira.
“Evocamos
a garra lusitana que nos inspira a não desistir perante as adversidades e a
lutar por um amanhã melhor. A alma portuguesa que junta a história e o futuro,
que junta a ambição e a esperança”, afirmou.
Montenegro
defendeu que o país que o executivo PSD/CDS-PP está a construir – tomou posse
em 02 de abril – assenta numa “ambição e esperança humanista
e progressista”.
“O país que estamos a construir é isso tudo, é dignidade, é mérito, é
justiça, é educação, é conhecimento, é saúde, é habitação, e é imigração
regulada”, afirmou.
E acrescentou: “É economia, é elevador social, é classe
média e melhores salários. E é solidariedade intergeracional, mais
oportunidades para os jovens, valorização de quem trabalha e gratidão aos
reformados”.
O primeiro-ministro salientou que tal
está a ser feito “em democracia, com
tolerância e diversidade”.
Montenegro defendeu que a celebração do
Dia de “Portugal junta todos os portugueses “de norte a sul, no continente,
nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, e de uma forma muito especial,”
toda a comunidade portuguesa que se encontra no estrangeiro espalhada pelos
quatro cantos do mundo”.
“Celebramos
a nossa identidade, a nossa língua e o nosso poeta maior, Luís de Camões (…)
Viva Portugal viva a portugalidade, viva este privilégio que é ser português”,
conclui o primeiro-ministro, que se juntará a partir de hoje às comemorações
oficiais do 10 de junho.
Neste ano, o Presidente da República,
Marcelo Rebelo de Sousa, decidiu assinalar o Dia de Portugal, de Camões e das
Comunidades Portuguesas em três concelhos do distrito de Leiria afectados pelos
incêndios de 2017: Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera.
As comemorações oficiais do 10 de Junho,
que se iniciaram no domingo, dia de eleições para o Parlamento Europeu, irão passar ainda pela Universidade de
Coimbra, onde terá hoje lugar a cerimónia inaugural das celebrações dos 500
anos do nascimento de Luís de Camões.
Depois, entre terça e quarta-feira, irão estender-se à Suíça, com a participação
também do primeiro-ministro, Luís Montenegro.
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