segunda-feira, 10 de junho de 2019

Foi há 30 anos


4/6/1989: Uma data a fixar. O “massacre de Tiananmen”, em diferentes versões acusadoras, maneira de recordar o que por nós passou, em grande escândalo nessa altura, agora burilado em ilações de maior sabedoria ainda, de natural condenação, sem ralação chinesa, todavia, que vai avançando impassível e segura, pelo resto do mundo, suavemente se impondo. No capítulo económico, por enquanto.
I - O homem e o tanque
Deng, que dera a ordem para reprimir os manifestantes de Tiananmen, anunciou que isso queria dizer o contrário do que muitos chegaram a admitir: que as reformas económicas continuariam.
TERESA DE SOUSA
PÚBLICO, 4 de Junho de 2019
1 - No final do dia 3 de Junho de 1989, o fotógrafo da AP Jeff Widener pedalava o mais depressa que podia ao longo da ampla Avenida Changan em direcção ao centro dos acontecimentos. Tinha-lhe cabido em sorte fazer o “turno da noite” na Praça Tiananmen. Na sede da agência, em Pequim, sabia-se que alguma coisa estava para acontecer. A cidade estava cercada por forças militares. Os rumores espalhavam-se como o vento. Pouco depois da meia-noite, Widener vislumbrou um carro de combate a avançar pela mesma avenida a toda a velocidade. Um outro aproximou-se envolto em chamas. Começou a ouvir fortes explosões e o som de rajadas de balas cortando o ar. O caos instalou-se rapidamente, enquanto os manifestantes resistiam. Continuou. Aproximou-se. Disparou, disparou, disparou, sem sequer prestar muita atenção, toda esta concentrada na luz vermelha intermitente da máquina fotográfica que dava o pior dos sinais: bateria fraca. Continuou a disparar. Uma explosão derrubou-o e atirou a máquina para longe. Estava quase desfeita. Regressou à agência já de manhã, sem saber se o rolo estaria a salvo. Os contornos da fotografia que haveria de percorrer o mundo desenhavam-se nítidos no líquido da revelação. Um homem de camisa branca e um saco numa das mãos ergue-se, minúsculo e, ao mesmo tempo, um gigante, diante do primeiro de uma longa fila de blindados. Já era dia nesse fatídico 4 de Junho de 1989. O embaixador britânico enviou para Londres um telegrama a dizer que calculava dez mil mortos. Até hoje, ninguém sabe quantos morreram. Deng Xiaoping punha um fim brutal à contestação ao regime comunista.

As manifestações tinham começado em finais de Abril na gigantesca praça de Pequim, mobilizando os estudantes das universidades da capital chinesa, para se estenderem rapidamente à população e contagiar o país inteiro. À data do massacre, havia protestos em 400 cidades chinesas.

2. Poucas semanas antes do massacre, Mikhaïl Gorbatchov​ visitara Pequim para restabelecer as relações entre a União Soviética e a China, congeladas desde o cisma sino-soviético de 1960. O Presidente soviético já começara a descongelar o mundo. Em 1989, as praças de Praga, Budapeste, Leipzig ou Varsóvia já estavam repletas de gente, reivindicando dia e noite a democracia e a liberdade. Faltavam apenas cinco meses para a queda do Muro de Berlim.

Deng viu-se obrigado a cancelar a cerimónia prevista para o centro da Praça Tiananmen, onde Gorbatchov deveria depositar uma coroa de flores — no mesmo sítio era visível uma imitação da Estátua da Liberdade. Os estudantes olhavam para o líder soviético como uma referência. A universidade de Pequim convidou-o para uma palestra sobre a Perestroika e a Glasnost, que não aceitou. A visita do líder soviético a Pequim foi uma verdadeira dor de cabeça para as autoridades chinesas: mudanças de itinerários ou cancelamentos de última hora, tudo o que fosse preciso para que o líder soviético nunca se cruzasse com os protestos.

Em 1979, Deng dera início às profundas reformas que haveriam de libertar as forças económicas da China. “É glorioso enriquecer.” Não disse que era glorioso ser livre. O Partido Comunista nunca correria o risco de pôr em causa o seu controlo férreo sobre a sociedade chinesa. Era, aliás, a primeira das lições que retirava das reformas que Gorbatchov lançara em 1986. O Presidente russo evitou qualquer referência directa aos protestos. Estava lá para apertar a mão a Deng e pôr fim ao diferendo sino-soviético. No banquete oficial deixou uma mensagem nas entrelinhas, apelando a um “novo equilíbrio entre gerações — a energia da gente nova capaz de falar alto contra o conservadorismo e a sabedoria das gerações mais velhas”.

Gorbatchov viu “uma revolução a acontecer”, como confidenciou ao seu braço direito, mas também lhe disse que não queria ver nada de semelhante na Praça Vermelha. Durante o golpe Agosto de 1991, a derradeira tentativa da ala dura do Partido Comunista e das forças de elites soviéticas para depor Gorbatchov​, Pequim apoiou os golpistas. Nessa altura, a tremenda luta entre reformadores e conservadores já estava resolvida dentro do comité central do Partido Comunista Chinês. Deng, que dera a ordem para reprimir os manifestantes de Tiananmen, anunciou que isso queria dizer o contrário do que muitos chegaram a admitir: que as reformas económicas continuariam. A China continuou a enriquecer. A contestação foi reprimida. Trinta anos depois, é o extraordinário sucesso das reformas de Deng que permite à China ambicionar o estatuto de única potência capaz de rivalizar com os Estados Unidos no mundo. Os chineses contentam-se com o seu próprio enriquecimento. Enquanto durar, pouca atenção prestarão à democracia e à liberdade. Tiananmen? O que foi?

Resta a memória dos que conseguiram fugir e hoje vivem, amargurados e impotentes, em Paris ou em Washington num exílio só aparentemente feliz. A cada ano que passa sobre o massacre, a imprensa americana e europeia volta a dar-lhes atenção. A China soma e segue. A Praça Tiananmen voltou a receber os visitantes ilustres, muitos deles líderes ocidentais. Eles já nada têm a acrescentar.

COMENTÁRIO:
cisteina, Porto 04.06.2019 : É verdade o que aconteceu, há mártires a quem devemos muito, estes jovens fazem parte dos muitos milhares que, ao longo dos séculos tombaram pelas suas ideias que, lá no fundo, eram as nossas, mais liberdade, melhor distribuição da riqueza. É assim na Europa, na China, nos países árabes, são os revolucionários, fundamentalistas, leninistas, os proletários de todo o mundo lutando por uma vida melhor. Mas recuemos a Tiananmen, a 1989, quando o muro de Berlim também ruiu e reflictamos (já tivemos tempo): se Deng Xiaoping não mandasse avançar os tanques para a praça e sufocasse a revolta, num país de muitos milhões, o que aconteceria? E o que aconteceria à Europa e ao mundo todo? Uma nova guerra, a III. Como assim, ainda esperamos por ela. Se é bom ou mau, logo saberemos, mas julgo que não é.

II - CHINA: Três décadas depois, Tiananmen é um “não-acontecimento” para os jovens chineses
O massacre dos manifestantes em Pequim, em 1989, é objecto de uma censura fortíssima por parte do Estado chinês. Mas o cinismo das gerações que viveram os anos do crescimento económico também ajuda a esquecer.

JOÃO RUELA RIBEIRO       PÚBLICO, 4 de Junho de 2019
Todos os anos, no início de Junho, o Estado chinês mobiliza policias e recursos do seu vasto aparelho de segurança para vigiar de perto Ding Zilin, uma professora aposentada que quase não sai da sua casa em Pequim. Este ano, os cuidados são redobrados. Mas que ameaça pode suscitar uma octogenária solitária para o poderoso regime chinês?

Há 30 anos, Ding viu o filho de 17 anos, Jiang Jielian, e o marido, Jiang Pekun, serem mortos no mesmo dia durante a repressão do Exército aos manifestantes na Praça de Tiananmen, em Pequim. Decidiu fundar a organização Mães de Tiananmen para juntar familiares de manifestantes mortos durante os protestos, tornando-se num empecilho para o Partido Comunista Chinês (PCC) na sua missão de apagar qualquer réstia da memória dos acontecimentos de 4 de Junho de 1989.

Há três anos, o New York Times dizia que a linha telefónica da casa de Ding tinha sido cortada durante o aniversário dos protestos e que o Gabinete de Segurança Pública lhe tinha fornecido um telemóvel com três números apenas, incluindo o de emergência médica nacional.

Não há menção que passe despercebida ao aparelho de segurança. Este ano, um homem foi detido na província de Sichuan depois de ter publicado no Twitter uma fotografia de uma garrafa de vinho com a inscrição “Em memória de 1989”, em referência à data do massacre em Tiananmen. De acordo com o site China Change, que compila notícias sobre violações de direitos humanos no país, outras quatro pessoas foram presas durante três anos pelo mesmo motivo.

O aparelho repressivo do regime chinês intensifica a sua actuação todos os anos à medida que se aproxima o aniversário dos protestos de Tiananmen. Qualquer comemoração é proibida e mesmo comentários nas redes sociais são vigiados ao milímetro pelos censores. Há muitos assuntos que os chineses estão impedidos de discutir – as estimativas apontam para o bloqueio de 26 mil termos de pesquisa no Google e de 880 páginas na Wikipédia –, mas os acontecimentos de Junho de 1989 estão especialmente vedados.

“As autoridades chinesas têm receio de acções colectivas contra o Governo”, explicou à Al-Jazira o autor do livro The Great Firewall of China: How to Build and Control na Alternate Version of the Internet, James Griffith.

Primavera em Pequim

No final dos anos 1980, a China atravessava um período acelerado de reformas modernizadoras, promovidas por Deng Xiaoping. A era de Mao Tsetung tinha sido oficialmente enterrada, e Deng conseguiu finalmente espaço de manobra para abrir a China às reformas, aproximando-a das economias de mercado. Foi nesta altura que foram inauguradas as primeiras zonas económicas especiais – que hoje são as grandes metrópoles no litoral do país.

Ao mesmo tempo, havia uma grande expectativa de que, tal como estava a acontecer na União Soviética com Mikhaïl Gorbatchev​, o regime de partido único estivesse na disposição de promover reformas política internas – uma espécie de “perestroika” chinesa. A 15 de Abril, a morte do ex-secretário geral do PCC, Hu Yaobang, considerado um reformista, serviu de pretexto para que milhares de estudantes se concentrassem em Tiananmen para pedir maior abertura política, mas também denunciando as práticas corruptas da elite partidária.

“Em 1989, a pobreza asfixiava o país de cima a baixo, e nas zonas rurais, onde a maioria das pessoas ainda vivia, a mera subsistência era a norma”, recorda a analista Bonnie Girard, que na altura vivia em Pequim, num artigo na revista The Diplomat. “A China estava na iminência de qualquer coisa mais do que apenas uma explosão económica, algo cuja magnitude poucos previam, mas que todos aguardavam calmamente.”

Ao longo das semanas, mais gente se juntava aos estudantes em Tiananmen, e os protestos alastravam a outras cidades. Um mês depois do início dos protestos, a China recebia Gorbatchov numa visita de Estado, com o objectivo não declarado de mostrar ao líder soviético a unidade e estabilidade do regime. O timing não podia ser pior. A cerimónia de boas-vindas foi cancelada e a agenda da visita sofreu várias alterações, embaraçando o PCC.

A liderança chinesa que até aí se encontrava dividida, entre os que mostravam disponibilidade para negociar o fim dos protestos e aqueles que defendiam uma resposta dura, decidiu declarar a lei marcial, abrindo caminho a uma intervenção do Exército do Povo. Após semanas de impasse, na noite de 3 para 4 de Junho, os militares abriram fogo sobre os manifestantes, e os tanques ocuparam Tiananmen. O número de mortos causados pela repressão continua a ser, 30 anos depois, objecto de discussão. O Governo recusa divulgar qualquer informação sobre os acontecimentos, e as estimativas variam entre poucas centenas e dez mil vítimas, segundo um antigo embaixador britânico.

Memória apagada A China continuou o seu caminho de reformas económicas, tornando-se na potência mundial que é hoje. Mas o massacre de Tiananmen permanece na sombra para a maioria dos chineses. As gerações mais novas pouco ou nada sabem sobre o que se passou a 4 de Junho.

Para o regime, recordar que houve um movimento que contestou a hegemonia do PCC é um anátema. “A principal lição que a liderança partidária aprendeu foi a de que não iria tolerar divisões, sobretudo publicamente, uma vez que isso iria permitir levantamentos populares e o caos”, observa o analista do Instituto Brookings, Jeffrey Bader, que no final dos anos 1980 pertencia ao Departamento de Estado dos EUA.

O jornal de Hong Kong South China Morning Post recordava recentemente uma história que demonstra a lacuna na memória da população chinesa sobre o 4 de Junho. Em 2007, um jornal de Chengdu publicou um anúncio que prestava homenagem às mães que perderam filhos durante os protestos. A recepcionista responsável pela aprovação da publicidade nunca tinha ouvido falar de Tiananmen, e julgava tratar-se de um acidente numa mina.

A censura promovida contra qualquer comemoração ou discussão sobre o massacre de Tiananmen é frequentemente apontada como a razão para que os mais jovens pouco ou nada saibam sobre o episódio. Mas há quem note igualmente a mudança geracional ocorrida na China, onde as gerações que nasceram no período do crescimento económico, aliado à estabilidade fornecida pela consolidação do poder do PCC, dão hoje prioridade a questões materiais.

“Os chineses podem ser muito influenciados pelo Estado, mas esta propaganda funciona em conjugação com a realidade empírica do enorme crescimento de ganhos materiais, dos quais toda a população (urbana e rural) beneficiou directamente”, nota o professor do Colégio de Defesa Nacional dos Emirados Árabes Unidos, Christopher Colley, num artigo no The Diplomat. “O Ocidente precisa de perceber que as realidades sociais e económicas na China fazem deste aniversário um não-acontecimento para a maioria dos chineses.”

III- O massacre de Tiananmen está a ganhar à queda do Muro

Neste ano de 2019 é possível fazer diferente. Se não do outro lado do mundo, na China, pelo menos do lado de cá, na Europa. É preciso voltar a dar prioridade à política.
RUI TAVARES        PÚBLICO; 5 de Junho de 2019
É impossível ter-se estado desperto para as coisas que acontecem à nossa volta na minha geração e não se ter sido marcado pelo duplo ato do massacre da Praça Tiananmen, naquela primavera-quase-verão de há 30 anos, e da queda do Muro de Berlim nesse mesmo ano, num outono-quase-inverno. A queda do muro substituiu na nossa consciência política o massacre de Tiananmen, porque na nossa geração democrática — formada em Portugal pela Revolução do 25 de Abril, no Brasil pelas Diretas Já!, e por aí adiante — queríamos acreditar que era possível ao povo vencer, se possível sem sangue, e substituir uma ditadura por uma democracia. Isso era, acima de tudo, política — no que a política tem de maior que nós mesmos.

Mas havia, em paralelo, outra “teoria da história”. Essa era económica mais do que política, e rezava assim: o mais importante, na ordem de precedências, é que uma sociedade chegue à economia de mercado. Depois de chegar à economia de mercado, essa sociedade tornar-se-á naturalmente pluralista e o povo acabará por evoluir para a democracia sem precisar de revoluções políticas. No seu mecanicismo, esta teoria da história — em geral associada à doutrina económica do neoliberalismo — era muito parecida com a doutrina marxista ortodoxa à qual pretendia opor-se radicalmente: ambas as doutrinas punham a evolução económica à frente da consciencialização política como “motor da história”. Havia muitas razões para não acreditar em nenhum dos determinismos económicos — do lado marxista, pelo falhanço das previsões sobre a evolução dos países do “socialismo real”; do lado neoliberal, pela existência de regimes autoritários alicerçados em economias de mercado radicalmente privatizadas, como o Chile de Pinochet — mas os espíritos doutrinários têm dificuldade em abandonar este tipo de grelhas de explicação em que o mais simples (supostamente, a economia) é usado para mascarar a nossa dificuldade em reduzir o mais complicado (a política e a cultura).

Havia outra boa razão para a balança do poder pender nessa época para a “teoria da história” economicista: dava lucro, ao mesmo tempo que permitia não encarar a tragédia política que se desenrolava à frente dos nossos olhos. E assim muita gente em lugares de poder optou por menorizar o que tinha acontecido em Tiananmen, de consciências aquietadas pela crença de que se a China se tornasse uma economia de mercado, enriquecesse e acedesse à globalização através da Organização Mundial do Comércio, de alguma maneira a democracia acabaria por ali aparecer “naturalmente”. Ora bem, não só a democracia não apareceu ali “naturalmente”, como os últimos desenvolvimentos não espantarão ninguém que tenha olhado com desconfiança para a teoria da história neoliberal: quanto mais capitalista se torna a China, mais autoritário é o seu regime. E a ironia da história é que o regime chinês se tornou agora autoritário numa clave hipertecnológica, hipereficiente e, portanto, hiperexportável. Ao invés do capitalismo chinês ter importado consigo a democracia, está a ser o autoritarismo chinês que se está a exportar com a globalização.

Poderia ter sido de outra forma? Não sei. Mas poderiam ao menos as democracias não ter sido tão institucionalmente ingénuas — se é que de ingenuidade se trata, mas enfim — em relação à forma como as coisas se passaram. Entretanto, do outro lado da massa continental eurasiática, o mesmo economicismo mandava fazer transições radicais para o capitalismo e privatizações generalizadas que serviram acima de tudo para criar Estados-máfia e enriquecer oligarquias predatórias que impedem o Estado de direito de ganhar raízes nos países pós-soviéticos e da Europa de Leste e, nos casos nos quais ganharam algumas raízes, permitiram também as essas oligarquias dominar a máquina do Estado para as arrancar. Menosprezar o poder da política em favor do poder da economia acaba sempre por dar uma política dominada pela oligarquias.

O resultado é que, 30 anos depois, o massacre de Tiananmen está na prática, a ganhar à queda do Muro. O autoritarismo oligárquico e o capitalismo de Estado estão a ganhar às democracias constitucionais e às sociedades civis pluralistas.

Mas mesmo neste ano de 2019 é possível fazer diferente. Se não do outro lado do mundo, na China, pelo menos do lado de cá, na Europa. É preciso voltar a dar prioridade à política: à democracia, ao Estado de direito e aos direitos fundamentais. E é preciso fazê-lo à escala continental, através da União Europeia e do Conselho da Europa. Não é tarde para reforçar a independência dos sistemas judiciários na Europa, apoiar o pluralismo nos media e na sociedade, dar aos cidadãos mais capacidade de recurso internacional para defender os seus direitos fundamentais. Se não o fizermos, o destino do duplo autoritarismo chinês — capitalismo desregrado e autoritarismo de hipervigilância tecnológica — poderá, um dia, ser o de muitos europeus.
Historiador; fundador do Livre
COMENTÁRIOS
OldVic, Música do dia: "Man Like You" (Lashing Dogs) Liberdade para a Venezuela! 05.06.2019: O Chile de Pinochet de que fala não é exemplo de capitalismo autoritário que se perpetua, já que fez uma transição exemplar para a democracia. O problema chinês não é o capitalismo, é a tradição cultural autoritária que desvaloriza o indivíduo em favor do colectivo. Essa fraqueza civilizacional esteve presente em todos os regimes chineses que conheço, e continua a ser a base do contrato social chinês.

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