quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Demolições


Lusíadas, Canto sétimo: Para erguer um pouco a alma, mas igualmente para homenagear Rui Ramos, um continuador da velha raça. Camões, a próxima estátua a ser demolida:

1

Já se viam chegados junto à terra
Que desejada já de tantos fora,
Que entre as correntes Índicas se encerra
E o Ganges, que no Céu terreno mora.
Ora sus, gente forte, que na guerra
Quereis levar a palma vencedora:
Já sois chegados, já tendes diante
A terra de riquezas abundante!

2

A vós, ó geração de Luso, digo,
Que tão pequena parte sois no mundo,
Não digo inda no mundo, mas no amigo
Curral de Quem governa o Céu rotundo;
Vós, a quem não somente algum perigo
Estorva conquistar o povo imundo,
Mas nem cobiça ou pouca obediência
Da Madre que nos Céus está em essência;

3
Vós, Portugueses, poucos quanto fortes,
Que o fraco poder vosso não pesais;
Vós, que, à custa de vossas várias mortes,
A lei da vida eterna dilatais:
Assi do Céu deitadas são as sortes
Que vós, por muito poucos que sejais,
Muito façais na santa Cristandade.
Que tanto, ó Cristo, exaltas a humildade!

4
Vede'los Alemães, soberbo gado,
Que por tão largos campos se apacenta;
Do sucessor de Pedro rebelado,
Novo pastor e nova seita inventa;
Vede'lo em feias guerras ocupado,
Que inda co cego error se não contenta,
Não contra o superbíssimo Otomano,
Mas por sair do jugo soberano.

5
Vede'lo duro Inglês, que se nomeia
Rei da velha e santíssima Cidade,
Que o torpe Ismaelita senhoreia
(Quem viu honra tão longe da verdade?),
Entre as Boreais neves se recreia,
Nova maneira faz de Cristandade:
Pera os de Cristo tem a espada nua,
Não por tomar a terra que era sua.

6
Guarda-lhe, por entanto, um falso Rei
A cidade Hierosólima terreste,
Enquanto ele não guarda a santa Lei
Da cidade Hierosólima celeste.
Pois de ti, Galo indino, que direi?
Que o nome «Cristianíssimo» quiseste,
Não pera defendê-lo nem guardá-lo,
Mas pera ser contra ele e derribá-lo!

7
Achas que tens direito em senhorios
De Cristãos, sendo o teu tão largo e tanto,
E não contra o Cinífio e Nilo rios,
Inimigos do antigo nome santo?
Ali se hão-de provar da espada os fios
Em quem quer reprovar da Igreja o canto.
De Carlos, de Luís, o nome e a terra
Herdaste, e as causas não da justa guerra?

8
Pois que direi daqueles que em delícias,
Que o vil ócio no mundo traz consigo,
Gastam as vidas, logram as divícias,
Esquecidos do seu valor antigo?
Nascem da tirania inimicícias,
Que o povo forte tem, de si inimigo.
Contigo, Itália, falo, já sumersa
Em vícios mil, e de ti mesma adversa.

9
Ó míseros Cristãos, pola ventura
Sois os dentes, de Cadmo desparzidos,
Que uns aos outros se dão à morte dura,
Sendo todos de um ventre produzidos?
Não vedes a divina Sepultura
Possuída de Cães, que, sempre unidos,
Vos vêm tomar a vossa antiga terra,
Fazendo-se famosos pela guerra?

10
Vedes que têm por uso e por decreto,
Do qual são tão inteiros observantes,
Ajuntarem o exército inquieto
Contra os povos que são de Cristo amantes;
Entre vós nunca deixa a fera Aleto
De samear cizânias repugnantes.
Olhai se estais seguros de perigos,
Que eles, e vós, sois vossos inimigos.

11
Se cobiça de grandes senhorios
Vos faz ir conquistar terras alheias,
Não vedes que Pactolo e Hermo rios
Ambos volvem auríferas areias?
Em Lídia, Assíria, lavram de ouro os fios;
África esconde em si luzentes veias;
Mova-vos já, sequer, riqueza tanta,
Pois mover-vos não pode a Casa Santa……………

 

A guerra cultural servida à moda socialista /premium

O caso dos Brasões do Império mostra como a guerra do esquerdismo à americana para eliminar símbolos históricos tomou em Portugal a forma manhosa da negligência e da dissimulação.

RUI RAMOS

OBSERVADOR, 12 fev 2021

Houve um tempo em que as esquerdas podiam ser tudo, menos americanas. Em Portugal, por exemplo, eram francesas, russas, ou até mesmo chinesas: isto quer dizer que a maioria copiava as modas de Paris, uma parte (os comunistas) recebia ordens da União Soviética, e, a partir de certa altura, outra parte julgava-se inspirada pela China de Mao (de facto, o seu maoísmo não passava de uma contrafacção parisiense). Nos EUA, é que nada havia que se aproveitasse. A esquerda americana era até religiosa e anti-comunista, para grande perplexidade dos nossos progressistas. Os EUA representavam apenas o mal em todos os seus aspectos: a sociedade de consumo, a alienação dos trabalhadores, o imperialismo económico e militar.

Tudo isto mudou nos últimos trinta anos. O francês deixou de ser a língua do intelectual de esquerda, a União Soviética desapareceu, e a China é hoje mais uma face da “globalização neo-liberal. Sem alternativa, a esquerda tornou-se americana. E ao tornar-se americana, tornou-se também universitária, porque nos EUA é nas universidades que o esquerdismo é fabricado. Como antigamente, trata-se ainda de derrubar o “sistema”, isto é, o capitalismo e a democracia liberal, concebidos como fachadas de um poder opressor. Só que esse poder já não é definido pela classe social, mas pela raça e pelo sexo. E por isso, para o destruir, importa menos nacionalizar terras e fábricas, do que alterar memórias, destruir símbolos e refazer identidades, de modo a subverter a suposta hierarquia racial e sexual que é mantida por essas memórias, símbolos e identidades. Por vezes, tudo isto surge à face da consciência pública como uma excentricidade – a “loucura do politicamente correcto”. Mas engana-se quem toma este movimento de modo tão leve. Por detrás dessa suposta “loucura”, existe uma infra-estrutura repressiva, a “cancel culture”, organizada para intimidar, estigmatizar, excluir e silenciar — nas universidades, na imprensa, no mundo editorial, nas redes sociais e em muitos locais de trabalho.

Em vez da velha “luta de classes”, temos assim as esquerdas ocupadas agora na “guerra cultural”. Um dos seus aspectos é a criminalização do passado: em 1800 ou em 1500, os que então viviam não pensavam como um professor de esquerda norte-americano nem tinham os seus hábitos? A essa diferença, chamava-se antigamente “história”. Agora, chama-se “crime”. Sim, segundo estes combatentes da guerra cultural, é só por criminalidade que o passado não é igual ao presente. E por isso, tudo o que diz respeito a esse passado deve ser denunciado e demolido implacavelmente, até limparmos o nosso virtuoso presente das manchas dos nossos perversos antecessores. Os seus livros devem deixar de ser lidos, a sua música deve deixar de ser tocada, as suas imagens devem deixar de ser vistas, os monumentos que os lembram devem ser destruídos, etc. Só assim poderá uma nova humanidade, pura e justa, igualitária e sem preconceitos, emergir da depravação do passado.

Da “luta de classes” dizia-se que nunca ia de férias. Da “guerra cultural” ficámos a saber, o ano passado, que não faz confinamento. Foi assim que, por entre as estatísticas da pandemia, vimos a esquerda radical americana muito ocupada a derrubar estátuas, a vandalizar monumentos e a apagar nomes. Geralmente, associados à escravatura ou à Confederação de 1861-1865. Como seria de esperar, as esquerdas de outros países seguiram a moda. Em Inglaterra, também se apearam e acometeram estátuas, incluindo a de Winston Churchill. O caso de Churchill dá ideia do que, se esta iconoclastia tivesse carta branca, lhe poderia sobreviver: obviamente nada, porque é sempre possível, para condenar um homem nascido há quase 150 anos, encontrar-lhe um  acto ou uma opinião hoje heterodoxas, mesmo que tenha sido esse o homem que liderou a resistência contra o nazismo.

Por cá, este esquerdismo de importação americana começou pela estátua do Padre António Vieira, no Largo Trindade Coelho, em Lisboa, o que fez muita gente reparar mais na sua ignorância do que propriamente na sua ideologia. Mas é um erro subestimar esse movimento. Nos anos 1980 e 1990, a história das antigas “descobertas e conquistas” ainda foi ressuscitada oficialmente como uma história de contactos entre povos, de “encontro com o outro”, de “intercâmbio de culturas”. Foi essa a filosofia da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos e da Exposição Internacional de Lisboa de 1998. Na última década, porém, a americanização da universidade portuguesa arrastou a mesma geração que nos anos 90 se entusiasmava com o “intercâmbio de culturas” a reconceber o “império” como uma espécie de Auschwitz intercontinental, onde só terá havido escravização e genocídio. Não é de facto difícil fazer de todo o passado português uma coisa desmesuradamente monstruosa: basta esquecer que, nesse mundo, toda a gente — do rei cristão ao sultão muçulmano, ou do inca americano ao soba africano — invadia, conquistava, convertia, capturava ou escravizava, sempre que tinha oportunidade. Mas é assim que essa história começa a ser ensinada: os portugueses do século XVI teriam sido nazis entre povos que, pelo contrário, estariam já todos na fase de convívio pacífico de uma conferência da Unesco. É o que parece acreditar a coordenadora do Bloco de Esquerda, por exemplo.

Foi por isso legítimo suspeitar que houvesse uma vontade de depuração na escolha da Câmara Municipal de Lisboa, controlada por uma maioria de esquerda, de eliminar os arranjos vegetais que nos relvados da Praça do Império, desde 1961, representam as cruzes de Cristo e de Avis e os brasões de armas dos distritos de Portugal e das oito províncias do então Ultramar português. Em 2016, na Assembleia Municipal de Lisboa, os promotores de uma petição contra o saneamento dos brasões, da associação Nova Portugalidade, puderam constatar os “propósitos de cancel culture” e “a quase obsessão pela ideologia por parte de alguns deputados municipais”. O mesmo detectou justamente o historiador João Pedro Marques no comentário do então vice-presidente socialista da câmara de que os brasões “estão datados e podem ser ofensivos”. Há dias, António Barreto perguntou se planeavam, por um princípio de coerência, demolir também o Mosteiro dos Jerónimos.

Seria talvez a grande oportunidade para os esquerdistas fazerem ouvir os seus tambores e gritos de guerra, e demonstrarem que sim, os brasões da Praça do Império têm de ser removidos, tal como as cruzes gamadas na Alemanha do pós-guerra. Mas em Portugal, a esquerda radical está, desde 2015, submetida ao poder socialista. Adaptando o famoso dito do general de Gaulle: só faz o que o PS lhe consente, e consente tudo o que o PS lhe faz. Os radicais foram assim aparentemente mandados calar-se, e os oligarcas socialistas trataram do assunto. Como? Da maneira mais típica do poder socialista: é claro que não querem eliminar os brasões. Quem diz isso, segundo o socialismo lisboeta, mente ou é ignorante. Porquê? Porque os brasões, simplesmente, não existem. Sim, isso mesmo: não existem. Não existiam no projecto original de Cottinelli Telmo, dos anos 1940, e já também não existirão hoje, porque os jardineiros da câmara há muito que deixaram de cuidar dos arranjos florais criados em 1961, e até dos arbustos que os substituíram por volta de 1970. Logo, se os brasões não existem, é óbvio que ninguém os vai remover. Mais: o verdadeiro objectivo da municipalidade de esquerda anti-fascista é restabelecer a configuração da praça respeitando a vontade do Dr. Salazar e dos seus colaboradores da década de 40. De que “guerra cultural” se queixam?

Nada disto é surpreendente, nem a desonestidade, nem o descaramento. Os oligarcas socialistas sabem que têm de servir vários senhores para se manterem num país onde, ao contrário do que se acredita em alguns estúdios e redacções de Lisboa, o esquerdismo não é a religião nacional. Convém-lhes, por um lado, provar aos radicais, de cujos votos dependem no parlamento e na Câmara Municipal de Lisboa, que podem confiar nos socialistas para algumas manobras de guerra cultural; mas convém-lhes também sugerir a quem estima a história nacional que, com os socialistas no poder, a guerra cultural será sempre uma guerra à Solnado, sem grandes excessos. Vimos a mesma ambiguidade no combate declarado contra os hospitais privados durante esta pandemia: primeiro, o poder socialista alinhou com a esquerda neo-comunista no boicote e difamação dos “privados”; depois, subitamente, houve ordem para recuar, e os “privados” foram readmitidos ao convívio humano e até louvados. A mesma história se passou com a proibição do ensino nos colégios privados, que primeiro existiu, e depois nunca existiu. O poder socialista elevou a duplicidade a uma arte.

Tudo isto faz da “guerra cultural” em Portugal uma coisa diferente do que se passa na América. É como se aqueles que derrubam estátuas de generais confederados nos EUA argumentassem que estão apenas a fazer um trabalho de urbanismo, de restituição dos espaços originais. Eis a confusão político-ideológica de que vive a hegemonia socialista. Está a par da confusão orçamental lamentada esta semana pelo Conselho das Finanças Públicas. Mas não nos deixemos enganar. A guerra cultural existe, tal como o endividamento público ou a hostilidade aos “privados” na saúde e na educação. Mas em vez de uma “guerra”, com frentes claras, temos outra coisa: uma degradação manhosa das referências históricas da comunidade, através da negligência e da dissimulação. E não, neste caso dos “brasões” não está em causa, como também foi dito, fixar a cidade num país determinada fase do seu passado, reduzindo-a a um museu. Está em causa outra coisa: a história que fez um. Essa história importa. Nunca houve democracias onde faltou às populações a coesão de um destino histórico comum, porque essa solidariedade é necessariamente a primeira condição de um regime de igualdade e de liberdade. Ora, essa solidariedade é inseparável de uma educação, de que os monumentos são uma das referências. Também nunca houve verdadeiro internacionalismo onde não há traços do cruzamento da história do país com a história de outros países, tenha esse cruzamento tido a forma de conflito ou de aliança, de império ou de federação. Degradar a memória desse destino comum e desse entrecruzamento com outros povos é mais uma maneira de empobrecer um país já abalado pelo mais longo período de estagnação e de divergência económica em relação ao resto do mundo desde a II Guerra Mundial.

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COMENTÁRIOS

Daniel Ramos: Parabéns pelo artigo. Transpôs aquilo que penso e tenho assistido nos Estados Unidos e um pouco por toda a Europa por palavras. Não deixa de ser triste toda esta situação, no entanto. Preocupa-me muito a direcção que Portugal está a seguir.          Monica Cardoso: Óptimo artigo.          Fernando Manuel Ferreira: Isto está a ficar bonito, está. Neste País não há nada que não sirva para alimentar cegamente a luta ideológica. Na Europa somos também nisto originais. Como é óbvio os nossos governantes independentemente da cor política esfregam as mãos de contentes. Sabem que podem fazer sempre a trampa que fizerem porque têm sempre muitos que cegamente aplaudem a trampa que fizeram. A revolução cultural neste país ficou por fazer. Temos uma enorme apetência pelo engano.         Paulo Silva: Sabotagem, contra-informação, desmoralização, propaganda, doutrinação, guerrilha, são tudo tácticas e estratégias para preparar o terreno evitando o confronto directo… até à sua inevitabilidade eventual. Caro RR, a diferença entre a nossa moda socialista, e a dos outros, é que a nossa está ligeiramente démodée (desfasada). Mas a tropa de choque ‘antifa’ já cá está, e as armas de destruição da ‘cancel culture’ estão a chegar…         Francisco Santos: Excelente artigo.          Paulo Guerra: Talvez o maior revisionista histórico hoje em Portugal a escrever sobre revisionismo histórico. Fantástico Melga! E tanta palha para chegar aos brasões na relva da Praça do Império que já desaparecerem há décadas?! E assim vai a direita saudosista em Portugal. Talvez a pensar em contratar o Eduardo Mãos de Tesoura para apanhar gambozinos em Belém. Enfim, cheia de ideias frescas, como se vê. Como aliás a direita democrática.         Gil Lourenço > Paulo Guerra: Você não consegue perceber pois não? Quer também deitar a baixo os Jerónimos ou a Torre de Belém? Mas depois vem falar de cultura quando lhe convém só para dar o ar da sua graça...        Luís Martins: Os seus livros devem deixar de ser lidos, a sua música deve deixar de ser tocada, as suas imagens devem deixar de ser vistas, os monumentos que os lembram devem ser destruídos, etc. Só assim poderá uma nova humanidade, pura e justa, igualitária e sem preconceitos, emergir da depravação do passado." Eis um dos comportamentos comuns ao comunismo e ao nazi-fascismo. A diferença é que hoje não existe nazi-fascismo! O segundo aspecto comum é o empobrecimento. No caso português é duplamente grave, porque subtraídos os fundos europeus, o poder socialista-comunista, em vinte anos reduziu Portugal ao nível da Albânia de 1975.         Fenix - renascida da censura: Concordo com quase tudo excepto quando diz "guerra cultural". Porque na realidade não há uma guerra, no sentido em que não há confronto, não há duas entidades ou dois lados em oposição. Não há guerra. Há uma via que faz o seu caminho, que é já hoje em dia hegemónica, que se impõe gradualmente sem resistência. Um exemplo bem representativo disto mesmo, para o exterior, bem recente está à vista de todos: a referência musical que Madonna colheu em Portugal e que de Portugal levou para o mundo foram as batucadeiras de cabo verde. Por cá, é ver, ou neste caso ouvir, quem são as "nossas" actuais estrelas da música e que géneros musicais interpretam. Tudo muito certo caro RR, mas guerra, não há.         TIM DO Ó >Fenix - renascida da censura: Se não há em Portugal, por causa da passividade da sociedade apática, há-de começar a haver mais tarde ou mais cedo. Começa pela escrita e segue no voto (veja-se a subida vertiginosa do CHEGA) e não se sabe como acabará. Mas a sociedade ocidental (também a portuguesa) está ser atacada violentamente pela esquerda radical aliada aos estrangeiros africanos e muçulmanos (e chineses por detrás?). Só não haverá guerra se os ocidentais cederem sem lutar. Se assim for, um dia ficarão sem terra, como os judeus até terem o seu canto em Israel, ou como actualmente os Curdos, perseguidos na Turquia. E isso é muito perigoso para as próximas gerações. É que depois reverter a coisa com o inimigo já cá dentro a mandar pode ser tarde demais e não ter solução. Veja-se o Mamadu-Bá: um estrangeiro a dizer em Portugal que é preciso matar brancos e que persegue os portugueses no nosso país sem que o governo e o PR reajam! I É um inimigo que já manda em Portugal. E isto pode ser só o começo do que virá por aí.           Fenix - renascida da censura > TIM DO Ó: Meu caro. Identifica bem o problema mas no demais está em negação. O declínio dos europeus é já irreversível. E isto não acontece apenas pela falta de reacção, pela passividade. É verdade que os jovens ocidentais interessam-se apenas por videojogos, apostas, festivais de música, pornografia, bola e bebedeiras, por esta ordem ou outra qualquer e no que resta estão desgraçadamente iludidos pelas histórias da carochinha do multiculturalismo, da diversidade e quejandos, e portanto alheados e completamente indefesos perante o que o futuro lhes reserva. Mas ainda que assim não fosse neste momento já não teriam capacidade para oferecer resistência a começar porque as nossas leis protegem os estrangeiros e nos proíbem qualquer atitude de auto-preservação, física, social e/ou cultural. Aos europeus resta encolherem-se em todas estas vertentes e dar espaço aos novos colonos. Quantos bairros, quantas cidades, quantos pedaços de Europa já não o são mais hoje? Amanhã mais ainda. Já existe autonomia, já têm lideranças próprias, representantes políticos nas mais altas instituições. Amanhã mais ainda. A civilização europeia judaico-cristã nascida no iluminismo foi uma coisa bonita mas está em marcha acelerada e irreversível para o seu fim. Nada é eterno.        TIM DO Ó > Fenix - renascida da censura: Não queria ser tão pessimista. Ainda acredito que possa haver uma reacção dos ocidentais para recuperar a independência. Infelizmente, concordo com o que diz relativamente a esta geração mais nova: são ingénuos, alienados completamente indefesos. Cumprem bem a aposta da China em destruir o ocidente para dominar livremente o mundo. Pode ser que a geração que venha a seguir aos jovens de hoje ainda vá a tempo de se defender da colonização do ocidente pelos africanos e pelos muçulmanos. Mas vai ser difícil. É verdade que as leis cada vez lhes dão mais poder pelo medo e cobardia dos ocidentais em que os imigrantes do 3.º mundo se revoltem. As leis até já proíbem a liberdade de expressão e incorporam o delito de opinião. O futuro não é risonho até porque os grandes milionários liberais da globalização e dos mercados para ganharem ainda mais dinheiro estão favoráveis à destruição dos países. Os liberais tornaram-se cúmplices da destruição do ocidente.           Paulo Silva > Fenix - renascida da censura: Um bom estratega político ou um bom militar se puderem evitar os confrontos evitam-nos o mais que puderem. Porque estes desgastam até os vencedores, e a principal lei económica que rege a humanidade é a ‘lei do menor esforço’. Existem mecanismos e estratégias para isso. A propaganda, a doutrinação, a contra-informação, a desmoralização do adversário, são armas políticas, e até militares, (tanto para Clausewitz como para Lenine não há grandes diferenças entre as duas). Até agora essas armas têm feito o seu trabalho e por isso é que há uma aceitação sem resistência por parte de uma sociedade civil amorfa. Uma Pax, (paz nos ‘nossos’ tempos), inoculada silenciosamente por via da educação das massas. Mas essa Pax vai ficar podre… de uma forma ou de outra. É a última esperança para esta triste terra que já foi uma grande nação.           antonyo antonyo: Óptimo artigo . Dum HISTORIADOR .         Ana Paiva: Entre outras, estas descrições são certeiras – mesmo, geniais: “[…] outra parte julgava-se inspirada pela China de Mao (de facto, o seu maoísmo não passava de uma contrafacção parisiense).” “Mas é assim que essa história começa a ser ensinada: os portugueses do século XVI teriam sido nazis entre povos que, pelo contrário, estariam já todos na fase de convívio pacífico de uma conferência da Unesco.”José Montargil > Ana Paiva: As pessoas gostam de acreditar em fábulas simplificadas. Nada melhor do que justificar as actuais posições politicamente correctas e acusar os europeus. O facto é que a escravatura é inerente a África muito antes da chegada dos europeus e na África subsariana em particular. Os europeus foram mais uns que a praticaram. Esquecem-se muitas vezes que os europeus foram escravizados em África por tribos muçulmanas e africanas. Espero que isto não seja novidade para a maioria.       Alguidar de Henares > José Montargil: O que eles se esquecem é que que quem acabou com a escravatura foram os brancos Europeus.  É só ver onde a escravatura ainda existe: isso mesmo, em África.         José Montargil > Alguidar de Henares: Tem toda a razão, é totalmente verdade foram alguns europeus que lançaram o fim da escravatura. Sobretudo e fundamentalmente os britânicos que tiveram de lutar para que o tráfico acabasse. Sem tráfico a escravatura diminuiu substancialmente. Portugal manteve a escravatura enquanto pôde passando depois para uma fase em que existia com outro nome. 

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