De Jaime Nogueira Pinto, que aponta Ronald Reagan como um
exemplo. Um gosto, sempre, na harmonia de escutar uma voz sã.
Retratos à Direita: Ronald Reagan, o conservador
liberal /premium
Reagan não era um intelectual, mas era
inteligente; não era um pensador, mas pensava. De resto, os intelectuais nem
sempre são inteligentes e muitos não chegam sequer a pensar.
JAIME NOGEIRA PINTO, Colunista do Observador
OBSERVADOR, 26 fev 2021
Quando
Ronald Reagan se tornou
Presidente dos Estados Unidos, em 20 de Janeiro de 1981, da esquerda ao
centro, dos comunistas radicais aos moderados bem-pensantes, todos
irromperam em indignados clamores: Reagan era um actor secundário de segunda,
um ignorante, um radical de direita que ia dar cabo do mundo. Clamores
semelhantes aos que receberia Donald Trump em 2017, também ele um mero actor e
produtor de reality shows, um ignorante, um radical de direita, pronto a dar
cabo do mundo. A História tende a repetir-se, ainda que sempre com
diferenças importantes.
Mas
como Bismarck ficou irremediavelmente ligado à unidade alemã e Churchill
à vitória aliada na Segunda Guerra Mundial, Reagan
foi o homem do fim da Guerra Fria e da derrota da União Soviética e do
Comunismo. Embora o
desfecho final – a queda do Muro de Berlim em 1989 e a dissolução
da URSS no Natal de 1991 – tivesse
acontecido já com George
H. Bush, a política e a estratégia que levaram à queda da
URSS foram de Reagan, da
Administração Reagan, da
revolução conservadora de Reagan.
Esta revolução conservadora foi um
movimento de ideias, um movimento de intelectuais e pensadores preocupados com
o progresso do comunismo no mundo e com os avanços da nova esquerda radical nos
Estados Unidos. Era preciso combater e vencer esses dois perigos.
Reagan
não era um intelectual, mas era inteligente; não era um pensador, mas pensava. De
resto, os intelectuais nem sempre são inteligentes; e muitos não chegam sequer
a pensar, atarefados que estão a seguir o guião de acesso ao subsídio ou à
sobrevivência mediática e académica. Há dias, vimos uma doutora
em Ciências Sociais provar
“cientificamente” a inocência do Sr. Mamadou Ba, enquanto esclarecia o povo,
também “cientificamente”, que só os brancos podiam ser racistas. Porquê?
Porque, ao que parece, “a Ciência” terá já cativado a palavra “racismo” e
bloqueado o conceito para seu uso exclusivo ou dos seus iniciados – a saber,
“todo um sistema económico, político e social branco e opressor”. Fora desta
lapidar definição, não serão, evidentemente, permitidos desvios.
Born in the USA
Mas
Reagan, não sendo
um intelectual, era inteligente e pensava. Vinha de uma família de
pequena classe média de Fulton, Illinois, onde nasceu, em 6 de Fevereiro de
1911. Pai católico com problemas de alcoolismo, mãe religiosa, dos Discípulos
de Cristo. O pai era um entusiasta do New Deal e o jovem Ronald nunca
esconderia a sua admiração por F. D. Roosevelt. O liberalismo do pai, lembraria depois o filho,
ia ao ponto de não os deixar ver o clássico de Grifitth, Birth of a Nation, por
pactuar com o racismo. A mãe era uma activista religiosa, dedicada a causas
sociais e visitadora de presos e enfermos.
Depois
de concluir estudos no Eureka College, Illinois, Reagan foi locutor e
comentador desportivo, começando aí a sua carreira de grande comunicador.
Em 1937 foi à Califórnia e a Warner Brothers contratou-o para um papel
secundário. E durante 20 anos foi actor.
Nos
seus anos de Hollywood, e como presidente da Screen Actors Guild, apanhou os
inquéritos às “actividades anti-americanas” da HUAC (House of Un-American
Activities Comitee), uma comissão criada sob outro nome em 1918 para investigar
actividades pró-alemãs e pró-bolcheviques. Em 1947, Reagan foi chamado a depor
como testemunha, afirmando-se então um “New Deal Liberal”.
Para
entender a acção da HUAC é bom tentar perceber o espírito desse tempo
(exercício que parece estar a cair em desuso).
O “RedScare” em Hollywood
A guerra contra Hitler tinha tornado
os Americanos aliados dos Soviéticos e F.D. Roosevelt, à vontade no seu
estatuto patrício, permitia-se achar uma certa graça ao “Uncle Joe Stalin”. Para
parte das elites intelectuais e artísticas de Hollywood, os comunistas eram os idealistas
dos romancistas do século XIX, russos, franceses e ingleses, e o comunismo uma
utopia generosa, uma espécie de “Sermão da Montanha” laicizado. Houve vários filmes simpáticos para com a URSS, como Mission
to Moscow, de Michael Curtiz, e Song of Russia. Não se sabia muito – ou não
se queria saber – dos crimes e massacres da revolução e do regime soviético; ou
então atribuíam-se à maldade de Estaline e dos seus sequazes, que teriam
corrompido um sonho que permanecia válido. Assim, o clima dominante no meio
progressista de Hollywood era ainda o “antifascismo” e a HUAC – e depois
McCarthy – eram vistos como para-fascistas.
Só com o golpe de Praga e as notícias do Gulag e das Purgas – e com
casos de espionagem, como o dos Rosenberg – a opinião pública começou a acordar
para a realidade do comunismo real, do terror policial e dos campos de
concentração. Mas, nessa altura, Mao-Tse-Tung ainda era apresentado ao público
americano por Edgar Snow como “um reformador agrário” que combatia os corruptos
senhores da guerra e da terra do Kuomintang.
Truman e o National Security
Act iam mudar as coisas. E
Hollywood, a “Máquina dos Sonhos”, não devia trabalhar para o inimigo – daí os
inquéritos. Mas mesmo considerando o carácter inquisitorial e até o oportunismo
e o mau carácter de alguns dos conselheiros de McCarthy (financiado e apoiado
publicamente pela família Kennedy), a quantidade de grandes talentos
perseguidos pela HUAC e a qualidade da perseguição não podiam comparar-se, nem
remotamente, à sorte dos não-comunistas na URSS.
Hollywood,
nos anos 50, tinha uma produção muito voltada para a apologia do Cristianismo e
dos valores judaico-cristãos, nas grandes produções bíblicas de Cecil B.
DeMille, e um forte cunho identitário americano nos westerns da dupla John
Ford-John Wayne. E entre
1948 e 1954 houve três ou quatro dezenas de filmes declaradamente
anticomunistas, desde uma reposição, em 1947, da fabulosa comédia da MGM
Ninotchka, de Ernst Lubitsch, com guião de Billy Wilder e Greta Garbo como
protagonista, até Peking Express e The Atomic City, da Paramount.
Assim,
na Guerra Fria, na primeira Guerra Fria,
a grande massa dos democratas e dos republicanos era anticomunista e não era grande a diferença ideológica entre os dois
partidos – ainda que depois da morte de Estaline e da revelação
pública dos seus crimes por um dos seus cúmplices, Kruschev, a Guerra
Fria tivesse arrefecido. É que sem
Estaline, o comunismo tornava-se quase benigno, passada que estaria a fase do
terror. Sintomaticamente, em 1960, Daniel Bell publicava The End of
Ideology: on the Exhaustion of Political Ideas in the Fifities.
Mas com os Kennedy, com os
Direitos Civis, com a Guerra do Vietname, a ideologia e a política voltavam à
América. E a radicalização à esquerda trouxe uma reacção patriótica e
conservadora à direita.
A conversão
A transição e migração
político-partidária de Reagan dá-se
durante os anos 50. Em 1962 é já
oficialmente republicano e em 1964 apoia Barry Goldwater, o candidato que teve
então uma das maiores derrotas da história eleitoral dos EUA, frente a Johnson. Mas com a derrota, Goldwater acabaria por trazer uma
novidade à direita americana – a necessidade de construir um
pensamento alternativo, para que, na luta política e cultural, se pudessem
combater ideias com ideias. Daqui nascia a revolução conservadora, nas suas três linhas e famílias – o
conservadorismo dos valores cristãos; o anticomunismo e o patriotismo
americano; e uma libertação da economia e da sociedade da burocracia federal.
Reagan fora eleito governador e governara a Califórnia com
sucesso. Em 1967, perante uma manifestação anti-Vietname, em que
manifestantes de gestos lânguidos e olhar alienado seguravam cartazes que
diziam “Make love not war”, o então governador terá comentado: “Those
guys look like they can’t make either of both”. É
este governador da Califórnia que virá a ser o instrumento, o porta-voz, da
“revolução conservadora”.
Mas
vale a pena ver as circunstâncias em que é eleito. No rescaldo da presidência
de Jimmy Carter, era geral a
convicção de que o Ocidente estava a perder a Guerra Fria. A derrota do Vietname levara toda a
Indochina, com excepção da Tailândia, a ser dominada pelo comunismo, com os
horrores dos Khmers Vermelhos no Camboja. A
descolonização portuguesa também significara um avanço do comunismo em África;
na América Central, os comunistas tinham tomado a Nicarágua e, na Ásia, o
Afeganistão. O Xá do Irão fora derrubado em 1979 e os revolucionários iranianos
tinham sequestrado o pessoal da embaixada americana em Teerão. A operação de
resgate falhara miseravelmente.
É a partir deste quadro que se
pode e deve entender a revolução conservadora de Reagan, que vai encontrar uns
Estados Unidos internacionalmente debilitados e a economia americana com uma
inflação de 13,5 % e sérios problemas de abastecimento energético; uma economia
em stagflation, isto é, combinando contracção e inflação.
Reaganomics: um liberalismo com limites
Reagan avançou no campo económico com uma política de corte
de impostos – de 70%
para 50% nos escalões mais elevados. Estes cortes foram aprovados pelo
Congresso em 1982 e a economia americana cresceu 4,5% em 1983, 7,2% em 1984 e
4,5% em 1985. O desemprego cresceu primeiro para cerca de 11% em 1982, mas
baixou para 7% em 1984. A chamada Reaganomics, baseada na supply-side, assentava na
ideia de que a perda de rendimento fiscal para o Estado na primeira fase do
corte de impostos seria compensada pelo crescimento da economia que alargava
consequentemente a massa colectável. Outras
medidas foram tomadas no sentido de aliviar a regulamentação do sector
bancário. Mas as áreas da saúde, da segurança e do meio ambiente continuaram
reguladas e houve um incremento proteccionista em relação às importações. A
inflação também foi combatida, passando de 13,5% em 1980 (último ano de
Carter), para 10,3% em 1981, 6,1% em 1982, e menos de 5% nos restantes anos da
Administração Reagan.
O
“liberalismo económico” de Reagan
estava claramente condicionado pela razão de Estado e pela Segurança Nacional e
longe de cortar despesas do Estado em matéria de Defesa, o Presidente subiu o
orçamento de Defesa em 35%.
Toda a sua política liberal na economia destinava-se a fortalecer os
Estados Unidos para resistir à União Soviética, financiando o rearmamento
militar e forçando a URSS a fazer o mesmo.
A revolução conservadora
Reagan
quis também repor na política interna americana uma ética conservadora baseada nos valores cristãos, patrióticos e
familiares. Desde os
estrategas da Heritage Foundation, aos militantes evangélicos da Moral
Majority, Reagan não desiludiu a direita americana. A sua iniciativa liberal não embarcava num
liberalismo desregulado ou regulado exclusivamente pelos “mercados” e muito
menos num liberalismo individualista quanto aos valores. Também por isso, foi
buscar o eleitorado moderado e muitos “blue collars” patriotas, desiludidos com
os democratas. E tal como Thatcher, encontrou e enfrentou sindicatos muito poderosos.
Foi memorável a sua batalha com o Sindicato dos Controladores
Aéreos.
Assim, no Reaganismo, o
liberalismo económico nunca foi um dogma ou um fim em si, mas antes um meio
para restabelecer a força e a vitalidade da sociedade americana, para melhorar
a condição dos Americanos e, acima de tudo, para combater a União Soviética e
tudo o que representava.
Num
país em que, nos anos oitenta, a convicção e a prática religiosa eram muito
superiores às da Europa, Reagan pegou nos temas da direita religiosa e
conservadora – foi pela oração nas escolas e contra o aborto e a
eutanásia. E a
mobilização dos cristãos seria crucial para a vitória esmagadora na reeleição
de 1984, em que ganhou em 49 dos 50 Estados.
O
programa da New Right que o
Presidente trouxe para Washington, quer através das nomeações para a
Administração, quer através da agenda política, trazia também já uma refundação
do Partido Republicano, misturando cristãos evangélicos, católicos, operários,
classe média, democratas desiludidos com a deriva radical no Partido Democrata,
empresários, intelectuais e jornalistas nacionais-conservadores. E Reagan passava as ideias da direita
patriota e conservadora de um modo agradável e tranquilo – nos antípodas do
modo polémico e agressivo de Donald Trump.
Vitória na Guerra Fria
A repercussão mais importante
da sua Presidência terá sido, sem dúvida, a surpreendente vitória na Guerra
Fria: a determinação americana de fazer uma corrida aos armamentos e de criar
dificuldades aos soviéticos nas suas “áreas de influência” – no Afeganistão, na
Nicarágua, em África – acabaria por trazer para o poder, em Moscovo, Gorbachev. Para enfrentar os Estados Unidos, Gorbachev precisava
de tornar a economia soviética mais competitiva mas, ao contrário do que fariam
os chineses, achou que, para isso, precisava de liberalizar o sistema político.
Ora o sistema, porque era baseado no medo, não aguentava brechas nem
liberalizações. A derrota no Afeganistão (o Vietname soviético) e a baixa dos rendimentos do petróleo (W.B. Casey,
director da CIA, convenceu os sauditas e
pôr mais petróleo nos mercados, afundando o preço da grandecommodity soviética)
desmantelaram a ideia da invencibilidade soviética e levaram à bancarrota as
finanças russas. Os
regimes políticos são um todo – dizia Montesquieu
– e quando se governa pelo terror e pelo medo, mexendo-se no medo e no terror,
o sistema desmorona-se.
No Reaganismo, os princípios
morais, os valores, não eram liberais. O patriotismo, o espírito de fronteira,
o anti-comunismo e o conservadorismo dos costumes foram essenciais. E se libertar a economia para a tornar mais eficaz
contou muito, também contou muito que fosse a mesma economia sempre posta ao
serviço de princípios e objectivos nacionais.
É nesse sentido que deve ser
considerada a acção de Ronald Reagan, assente no primado dos interesses
americanos, dos princípios éticos do cristianismo, do desenvolvimento nacional
e da prosperidade dos cidadãos.
ESTADOS
UNIDOS DA AMÉRICA AMÉRICA MUNDO LIBERALISMO ECONOMIA URSS GUERRA FRIA HISTÓRIACULTURA
COMENTÁRIOS:
Fidelino Ferreira: "e muitos não chegam sequer a pensar, atarefados que estão a seguir o
guião de acesso ao subsídio ou à sobrevivência mediática e académica."
Esta frase é
mortífera, de tão certeira.
José Pinto de Sá: Desta vez não partilho a visão de Jaime, concretamente no que respeita ao
liberalismo económico de Reagan. Reagan foi quem aprovou o "purple act", a
desregulamentação do sector energético depois copiada por todo o mundo, e quem
disse aos 3 de Detroit que pediam protecção contra os construtores de
automóveis japoneses que, se a América não sabia fazer carros, fizesse outras
coisas! Foi também quem cortou os financiamentos às Universidades e lhe recomendou
que buscassem compensá-los em projectos com a sociedade. E esse liberalismo económico
levou a uma profunda renovação económica dos EUA, dando-lhe novo alento
inovador por mais 20 anos, e nunca foram as Universidades americanas tão
produtivas e líderes mundiais como nesses 20 anos seguintes! Alberto Mendes: Obrigado Prof. J N. Pinto António Bernardino: Gostei. Imenso. Paulo Chambel: Genial "os intelectuais
nem sempre são inteligentes e muitos não chegam sequer a pensar". Esta
pérola resume muitos dos problemas dos nossos dias. A diferença entre alguém
que trabalha com problemas concretos (médico, eng., assistente social, etc.) e
um intelectual é que este último não sofre directamente na pele as
consequências das más ideias que professa. Graciete Madeira: Mais uma excelente lição de
história... Francisco
Tavares de Almeida: Este artigo consubstancia o melhor de JNP (que muito admiro desde "De
Goa ao Largo do Carmo". Enquadramento histórico esclarecedor, notas
biográficas sucintas mas reveladoras, arte de um bom contador de histórias,
tudo envolto numa universalidade cultural admirável e culminado numa síntese
conclusiva inquestionável.
Chevalier D'Arcy: O artigo é muito bom para se perceber as abissais diferenças políticas e de
personalidade entre um homem grande e eficaz como Reagan e um ser pequeno e
perigoso como Trump. Reagan era um gentleman conservador, com grande
determinação e um conjunto de ideias políticas simples, sólidas, corajosas e adequadas
ao seu tempo, que não temiam cortar com o passado. Mas como conservador,
respeitava naturalmente as instituições, a legalidade constitucional e os seus
processos. Certamente lhe eram repulsivas revoluções de rua, e o povo em armas.
Havia nele também um fundamental ancoramento ético e religioso genuíno. Trump é um "thug" revolucionário de direita. Um incendiário
auto-centrado que descobriu que um demagogo com falta de princípios pode ganhar
muitos votos; e que não hesita em incitar à violência popular contra
adversários e instituições. De ético-religioso tem as diversas fachadas
repugnantes que fartamente exibiu. Fonseca Ralhão > Chevalier D'Arcy: O problema dos EUA (e muito
menos do resto do mundo) não era o Trump, independentemente dos seus muitos
defeitos (que os tinha). Mas muito mais como "gestor político" e
muito menos como "ideário", de todo não concordo que não tivesse
ideias políticas e outras, muito pelo contrário. Francisco J Mello: Seria bom que este magnífico
artigo fosse lido pelos jovens pois eles não sabem bem quem foi Reagan, e o
pouco que sabem é-lhes transmitido pela media e pelos "patrulhadores"
de opinião que no tempo de Reagan estavam no lado oposto... Liberal Sempre em Pé: Reagan não precisava de pensar,
isso ficava a cargo de Margaret Thatcher. Já em show
business a Dama de Ferro não podia competir. advoga diabo: Reagan e Thatcher, no esforço
de acabar com o sonho de um mundo social nascido do pós guerra, foram o
"ovo da serpente" do liberalismo feroz que redundou, sucessivamente,
em Bin Laden, Bush Jr, crise sistémica global de 2008, Trump e os seus
sucedâneos mundo fora!
Liberal Sempre em Pé > advoga diabo: Note-se bem que o socialismo não é feroz! E produz
resultados comprovados, também. Portugal que o diga! Paulo Silva > advoga diabo: Um órfão de Moscovo no purgatório, a carpir as mágoas
com lágrimas de crocodilo…
Adelino Lopes: A 1ª metade do século XX foi (exclusivamente) dos EUA. Na 2ª metade começou
o declínio dos EUA. New York é um exemplo real. Nesta 2ª metade, Reagan foi,
sem margem para dúvidas, o presidente que conseguiu disfarçar o declínio.
Nessa época (2ª metade) os EUA viveram à custa da credibilidade que conseguiram
anteriormente. Por exemplo, recordam-se das cassetes VHS? Pois, o sistema beta
(alemão) era tecnicamente superior, mas perdeu a guerra. Claro que os filmes
pornográficos ajudaram, mas o beta era muito superior. Posteriormente, com o
blu-ray (dos japoneses) já não tiveram hipóteses. Hoje os americanos, mais
socialistas do que nunca, vivem de crédito e daquilo que conseguem “sacar ao
mundo”: pobreza à vista.
Liberal Sempre em Pé > Adelino Lopes: As notícias sobre o declínio do Império Americano
têm-se mostrado algo precipitadas!
Manuel Magalhães: Como sempre muito bom e
instrutivo, é sempre bom haver alguém que nos ajude entender os porquês das
coisas... obrigado Jaime!!! Lourenço
de Almeida: Bom artigo. Obrigado.
Francisco Figueiredo: Gostei imenso. Artigo interessantíssimo Manuel Vilhena > Francisco Figueiredo: Peço desculpa, isto não é um
artigo, isto é a aula de sexta-feira a que jamais falto. Luis
Teixeira-Pinto: A História e a sua contextualização estão magnificamente expostas. Passe o
carácter resumido os pontos essenciais estão muito bem apresentados. Falta, se
me permite, explanar o que terá de ser feito na actualidade com os actores
disponíveis e sobretudo com as necessidades que são evidentes. Que passos terão
de ser dados para enfrentar os desafios do presente? A esquerda está muito
mais radicalizada, a deriva intelectual atingiu níveis de demência, será que
ainda é possível inverter/reverter a situação sem ser pelos meios mais
convencionais (confronto, violência, guerra)? É que me parece, dada a apatia
geral da Direita, que essa será a infeliz e quase inevitável solução.
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