segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Há sempre alguém

 

Que nos alerta, para capítulos que eram tabu, numa existência de folhas “do vento suão queimadas”, como também o era a casa de Portalegre do José Régio, transplantado para ali, ele que era de Vila do Conde… Também nós, transplantados sempre, de surpresa em surpresa, cercados, tal como Portalegre, de um Alto Alentejo De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros na “casa velha” da nossa ignorância do mundo, de repente despertos para o que nele vai sucedendo. Ainda bem que existem as Teresas de Sousa e comentadores (alguns dos quais de opinião contrária), que se informam e nos informam. Vacinas é o tema geral, Von der Leyen e a sua repulsa por Boris Johnson, com a eficácia político-sanitária deste, nessa questão, que deixa a Europa mais às aranhas. Mas leiamos a história, com um Reino Unido metaforizado na sua arrogância relativamente à Invencível Armada filipina, uma vez mais mostrando que a poderia ter, essa arrogância, mas abarcando um maior espaço europeu…

ANÁLISE: Von der Leyen e a Invencível Armada

A presidente da Comissão, que fez da vacina a sua imagem de marca e que tinha trabalho para apresentar, delapidou desnecessariamente o crédito acumulado, ao não reconhecer os erros e ao responder às criticas com ataques a terceiros em todas as direcções.

TERESA DE SOUSA           PÚBLICO, 7 de Fevereiro de 2021

1-A União Europeia teve uma semana má. Navega à vista em algumas questões essenciais – das vacinas às relações com os outros grandes pólos de poder, dos EUA à China, passando pela Rússia. Reage quase sempre na defensiva ou de acordo com o interesse de curto prazo dos seus países maiores. Vê inimigos onde não devia ver e amigos onde só tem inimigos. Preocupa-se mais em disfarçar os erros em vez de corrigi-los, recorrendo a meias verdades e a uma espécie de “nacionalismo europeu”, que pode funcionar no imediato, mas que se pode revelar um desastre no futuro.

O caso mais evidente, do ponto de vista do seu impacte mediático, é o das vacinas, embora não seja o único. A Comissão cometeu alguns erros de avaliação no processo de aquisição conjunta das vacinas a várias farmacêuticas que as poderiam vir a produzir. Esses erros traduzem-se hoje na falta de abastecimento e na lentidão do processo de vacinação na maioria dos países europeus. Uma coisa boa – comprar as vacinas em conjunto, para utilizar o músculo financeiro e a dimensão da União – corre o risco de transformar-se num processo lento e deficiente, sobretudo quando comparado com o Reino Unido e com os Estados Unidos.

Já sabemos quais foram os erros da Comissão: querer comprar mais barato e fechar os contratos com as farmacêuticas mais tarde. Por mais que barafuste junto das empresas que as produzem e que ameace levá-las a tribunal, isso não resolve o problema. Em vez de encontrar formas de ultrapassá-lo, a Comissão e alguns dos governos europeus preferem apontar o dedo e as responsabilidades aos outros. O Reino Unido é o alvo ideal.

Se o “Brexit” foi uma coisa má, então nada de positivo pode vir do Reino Unido. A tentativa de bloquear as exportações das farmacêuticas com fábricas na Europa continental para o Reino Unido, EUA ou Canadá já deu maus resultados. Primeiro, quando resolveu impor uma fronteira entre as duas Irlandas, depois de ter passado três anos defender a sua inexistência, para salvar o acordo de paz. O erro só durou 48 horas. Depois, com os protestos veementes de países terceiros, afectados indirectamente por esta tentativa europeia de resolver o problema das suas vacinas na secretaria, levantando unilateralmente barreiras às exportações. Finalmente, com as próprias farmacêuticas a terem de explicar a complexidade das cadeias de abastecimento que lhes permitem fabricar o produto final, que vão das matérias-primas às embalagens e que chegam dos mais variados pontos do mundo.

Quanto ao Reino Unido, esta decisão arbitrária podia ter colocado em risco a segunda dose de milhões de vacinados, revelando a falta de discernimento das decisões tomadas em Bruxelas. A OMS juntou-se ao coro, apelando à Europa para não cair num “catastrófico” “nacionalismo das vacinas”, fechando as portas à vacinação dos outros, sobretudo daqueles que dispõem de muito menos meios. Até à data e apesar da COVAX, a União ainda não enviou uma única vacina para esses países. Fala agora em começar a exportar gratuitamente ou ao preço de custo no final deste ano. Entretanto, China, Rússia e a própria Índia fazem da vacina uma nova arma geopolítica, procurando ser os primeiros a chegar aos países que não possuem nem a tecnologia nem o dinheiro para adquiri-las.

2. A presidente da Comissão, que fez da vacina a sua imagem de marca e que tinha trabalho para apresentar, delapidou desnecessariamente o crédito acumulado, ao não reconhecer os erros e ao responder às criticas com ataques a terceiros em todas as direcções. Contou com o apoio dos principais líderes europeus, a começar por Merkel e Macron, que validaram totalmente a sua estratégia – antes e agora. Nos seus encontros com os jornalistas nos últimos dias, Von der Leyen lembrou que a Comissão reservou 2,3 mil milhões de doses junto de seis laboratórios (Moderna, Pfizer-BioNTech, AstraZeneca, Johnson&Johnson, CureVac e Sanofi). Voltou a felicitar-se por ter obtido melhores condições que o Reino Unido e Estados Unidos nos preços e na responsabilização dos laboratórios no caso de vir a haver problemas. Confirmou que o objectivo é ter 70% da população europeia vacinada no fim do Verão. Apenas admitiu um erro: a Comissão não teve em conta tanto quanto devia as eventuais dificuldades de produção, transmitindo aos europeus uma ideia de facilidade que não existia. Ou seja, para a Comissão o problema não é de estratégia, é de comunicação.

Mas a presidente da Comissão foi mais longe, chegando a pôr em causa a fiabilidade da agência britânica que valida os medicamentos, em comparação com o rigor da agência europeia. Quase em simultâneo com o último encontro da presidente da Comissão com os jornalistas, o seu vice-presidente e chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, dizia em Moscovo que a União esperava que a EMA validasse rapidamente a vacina russa. Este foi apenas um dos “pontos altos” do total desastre diplomático a que assistimos quase de boca aberta, protagonizado por Borrell em Moscovo, numa visita que coincidiu com a condenação de Alexei Navalny em tribunal e à repressão violenta sobre os seus milhões de apoiantes. No mesmo dia em que Borrell manifestava a sua boa vontade para dialogar com a Rússia ao lado de um nada diplomático Lavrov, Moscovo expulsava três diplomatas europeus (da Alemanha, Suécia e Polónia) por alegadamente estarem a interferir no caso Navalny.

Em que ficamos? Os britânicos desleixam a qualidade das vacinas que administram aos seus cidadãos, mas a União faz fé na qualidade da vacina russa Sputnik V, transformada em tábua de salvação para a escassez das vacinas?

3. A questão não é que a Rússia não possa ter a capacidade científica de produzir uma vacina. A questão é sobre a transparência do processo e a credibilidade de um regime político em que as instituições não têm autonomia própria, fazendo o que o Governo lhes manda. Entretanto, apesar de a EMA ter validado a vacina de Oxford sem limitações (tal como a agência britânica), vários governos europeus decidiram que não era adequada a pessoas com mais de 65 anos ou mesmo 55, alegando não ter havido testes suficientes nessa faixa etária. A questão até podia ser legítima, não fora a EMA aceitar a vacina sem ressalvas e os britânicos estarem a usá-la desde meados de Dezembro, até agora sem qualquer problema. Os últimos estudos feitos em Oxford demonstram que ela é efectiva para algumas das novas variantes, o que é uma excelente notícia. Tem ainda duas outras vantagens, do ponto de vista do mundo que não é rico: o seu preço é muito mais baixo do que o das outras que já estão no mercado e a sua armazenagem muito mais simples. Esta tentativa de Bruxelas de querer fazer do país da Europa com o maior desenvolvimento científico um país sem credibilidade só porque saiu da União é, no mínimo, ridícula. Oxford continua a ser Oxford, com ou sem “Brexit”, com ou sem Boris Johnson. E o resto também. Ontem, 90% dos britânicos maiores de 75 anos já estavam vacinados.

Na sua última entrevista a jornais europeus, Von der Leyen encontrou uma fórmula para explicar a maior rapidez britânica no processo de vacinação: a União é “um tanque”, os britânicos são “uma lancha rápida”. No fim, o tanque é a arma mais poderosa. Ainda é cedo para saber como vai acabar esta corrida pela vacinação. Mas, manifestamente, a presidente da Comissão desconhece o que aconteceu à Invencível Armada.

tp.ocilbup@asuos.ed.aseret

TÓPICOS

OPINIÃO  UNIÃO EUROPEIA  COMISSÃO EUROPEIA  URSULA VON DER LEYEN  VACINAS  COVID-19  REINO UNIDO 

COMENTÁRIOS:

DCM  EXPERIENTE: O que agora nos pode salvar é sermos levados a bom porto pelo actual comandante da armada das seringas. Ao contrário do que aconteceu com o fim trágico das nossas naus que eram um terço da totalidade da "invencível armada" comandada pelo incompetente duque de Medina Sidónia. Além de perderem o domínio dos mares, espanhóis e portugueses. precipitaram o nascimento de um novo império que , como acontece a todos, já prescreveu há muitos anos . Muitos outros cairão até ao final dos tempos.        Manuel Caetano MODERADOR: Apenas uma pequena nota (no texto anterior já expressei a minha concordância com TdeS nesta matéria): é por haver tanta "rata de sacristia" a confundir críticas às lideranças com ataques à União Europeia que os erros, as omissões e as incompetências se acumulam, apodrecem e causam tantos danos ao projecto de integração europeia. Que me desculpem a frontalidade mas é caso para dizer: com tais amigos para que precisa o projecto de integração europeia de inimigos?          PAULO CARVALHO FREIRE INICIANTE: De acordo. E' precisamente porque estou de a acordo com a ideia da União Europeia que sinto dificuldade a ver esta incompetência.          lgxd78 EXPERIENTE: TdS deveria era se preocupar com o lobby das farmacêuticas e a sua relutância em trocar lucros exorbitantes por medidas que poderiam aumentar a produção e distribuição de vacinas pelo mundo, ajudando realmente no controlo da pandemia, porque quanto mais rápido controlarmos a pandemia menos tempo para mutações do vírus, como a partilha dos dados e acabar com essa lei de patentes que tanto lhes serve...muito das sua descobertas é devido a apoios e investigações públicas - a tecnologia mRNA foi inventada por cientistas patrocinados por universidades, que depois foi aproveitada pelas farmacêuticas para a construção de algumas destas vacinas.         Rossi INICIANTE: Depois de ler o artigo cheguei a três reflexões. A primeira é que uma mulher - já que as mulheres são os melhores gestores desta era turbulenta - não deve ser tão crítica de outra mulher. O segundo pensamento é que Portugal está historicamente unido com o Reino Unido e tende a desculpá-lo para tudo. Por exemplo, o Brexit foi um erro monumental: os últimos números falam de um 67% menos de exportações para  a CEE. A terceira reflexão é que todos os aspectos desta pandemia (médicos, organizacionais, etc.) são difíceis de avaliar e variam continuamente: veja a história da Covid-19 em Portugal. Tendo dito isso, Von der Leyen é um dos melhores gerentes que a União já teve, tendo uma história profissional, cultural e familiar que a torna um exemplo para o qual as mulheres todas deve-se referir.      Jonas Almeida INFLUENTE: O registo profissional de Leyen é o da lealdade hierárquica, não o da competência e muito menos da popularidade. Para os factos sugiro que ouça os alemães - ver artigo no Deutsche Welle qdo se preparava sua nomeação "Most Germans don't want von der Leyen leading EU Commission". O desastre Leyen não é um acidente, é um sintoma.           PAULO CARVALHO FREIRE INICIANTE: Rossi, quando diz: ``A primeira é que uma mulher - já que as mulheres são os melhores gestores desta era turbulenta - não deve ser tão crítica de outra mulher. '', está a dizer absurdidades. A incompetência da sra. Von der L. deixou marcas na Alemanha, não é boa gestora de nada. Segundo, em relação ao tratamento dela pela TdeS, valha-me Deus... E se fosse um homem a criticá-la, já o poderia fazer à vontade, ou estaria esse a ser sexista? Ou há igualdade, ou não há. O facto de a média de competências entre homens e mulheres ser a mesma não tira em nada ao mérito de haver mulheres na poíitica. Elas estão lá porque têm o direito de participar na democracia como os homens, não porque sejam melhores. E tal como um homem, se for incompetente e corrupta deve ser removida do cargo.

Sergio Paradiz INICIANTE: Não há uma única frase neste artigo que não seja o retrato objectivo e independente da actuação desastrosa da Presidente da CE. Ficou claro um traço, já antes manifestado, da personalidade da Sra. Van der Leyen. Não é difícil imaginar Van der Leyen a afirmar que “ nunca tem dúvidas e raramente se engana”. É uma convicção que mais tarde ou mais cedo acarreta um preço. Preço que agora nos cabe pagar (com vidas e maior recessão /pobreza ) .          Jonas Almeida INFLUENTE: Subscrevo na íntegra ! Acrescento, a incompetência da ineleita Sra Leyen não é acidental - essa era a sua reputação na Alemanha onde fez carreira movida pela lealdade a hierarquias. A eurocracia, como outros autoritarismos burocráticos, selecciona apparatchiks. A criatividade e prosperidade a longo prazo depende da autodeterminação democrática, não da obediência a Leyens. A UE transformou-se em mais um "unificador continental" que nos deu impérios carolíngios, autocracias napoleónicas e fascismos nazis - agora pela via dos cozinhados financeiros sem alternativa. O Brexit, como nota este artigo, já está a criar a comparação que a múmia Barnier temia: entre uma democracia que se governa, inova e vacina, e uma burocracia que se estatela. Como das outras vezes.  Roberto34 MODERADOR: A diferença é que a solução não é a que o Jonas apresenta. Acabar com a UE não vai resolver os problemas que temos. O Brexit continua a ser um erro e se o RU fosse ainda membro, provavelmente a estratégia de vacinação teria corrido bem melhor. Além disso, a ideia da compra conjunta fez e faz todo o sentido, devia era ter sido feita de outra forma. A solução é melhorar a UE, reformá-la para a tornar mais flexível, funcional e mais inovadora, não acabar com ela. E não vale a pena o Jonas abrilhantar o país do Brexit, tirando a vacinação, a gestão do Boris tem sido um autêntico desastre com o maior número de mortes em toda a Europa. E como já foi referido acima, a economia Britânica está a sofrer bastante com o Brexit. carlosandrerc.866644 INICIANTE; Ah sim... cá faltavam os comentadores de bancada do burgo.    C OLiveira INICIANTE: A iniciativa da Comissão de compra conjunta das vacinas foi um passo na direção certa. A busca a todo custo do melhor preço foi bem intencionada mas algo ingénua - a UE está a pagar 1/3 do preço pago por Israel e bem menos que o RU ouros EUA. Além disso, e ao contrário do que é afirmado noutro artigo deste jornal os apoios da UE junto das farmacêuticas foram bem inferiores. Tudo isto se torna evidente hoje mas era bem mais difícil de decidir quando se iniciou o processo de compras. O que já demonstra uma chocante inépcia é a reação quase patética às notificações das farmacêuticas de que iriam atrasar os fornecimentos. Em vez de se concentrar numa alternativa a Comissão veio para a praça pública com ameaças vãs que só serviram para demonstrar a sua impotência. As recentes declarações da sra Van der Leyen não fizeram nada para melhorar a situação - em momento algum reconheceu que porventura não conseguiram antecipar a dinâmica da produção e distribuição das vacinas e concentrou o seu discurso em dizer “a culpa não foi nossa”, “fizemos tudo bem” o que obviamente é desmentido pela observação dos números.           Alexandre Pinto-Fernandes EXPERIENTE: Teresa de Sousa tem um problema, ou melhor um ponto fraco. Uma anglofilia exacerbada que lhe turva o raciocínio. O amor a tudo o que é inglês não lhe permite ver para além dos White Cliffs of Dover. Tudo no processo britânico correu mal; o número de mortes, o desgoverno, o disparate disfarçado de pseudo competência. A presidente da Comissão, ao contrário, tem sido assertiva e realista. A Europa no final deste pesadelo irá apresentar indicadores bem superiores aos britânicos. Então, sim, deverá ser feita uma análise séria do que correu bem e do que correu mal.           Leite70 EXPERIENTE: Concordo. Para esta senhora, tudo o que é britânica só pode ser maravilhoso. A referência ao "país europeu com o maior desenvolvimento científico" é para rir, certamente.           Alexandre Pinto-Fernandes EXPERIENTE: A liderança científica vê se pelo número valor de patentes. Teresa de Sousa deveria pensar duas vezes antes de escrever calinadas resultado da leitura doentia de jornais ingleses.           Luis Peres Ferreira.915717 INICIANTE: Concordo plenamente com o comentário do Alexandre Pinto-Fernandes. A gestão do Boris Johnson da crise do Covid-19 no seu país foi desde sempre escandalosamente desastrosa e contrapor essa gestão como forma de critica a ação da Comissão e da sua Presidente confirma o provérbio "o pior cego é aquele que não quer ver..."Os balanços são para se fazer nos rescaldos da guerra não no meio da batalha...           cidadania 123 EXPERIENTE: Obviamente que existe aqui algum ressentimento da Leyen pela celeridade do Reino Unido em comparação com a UE. Um país livre das amarrar burocráticas da UE será sempre mais ágil a reagir aos problemas, e a aprovação da vacina muito antes da EMA foi essencial ao lugar de destaque na vacinação. Mas um caso é um estado rico e poderoso como o Reino Unido, outro seria a luta de estados como Portugal para acederem às vacinas. A pertença à UE tem sido a nossa tábua de salvação em muitos casos. Fora da UE, Portugal provavelmente já se teria fragmentado, ou teriam ocorrido conflitos armados, ou teríamos ditaduras, falhas na democracia, corrupção generalizada, etc. Nesta história prefiro ser a tartaruga e não a lebre...        Roberto34 MODERADOR: Provavelmente se o RU fosse ainda membro da UE, teria contribuído para que a vacinação corresse mais rapidamente. Agora se vê como o Brexit foi claramente um erro, quer para o lado dos Europeus quer para o lado dos Britânicos. Em todo caso, não vale a pena abrilhantar a gestão da pandemia pelo RU, tirando a vacinação tem sido um autêntico desastre. Clara Semedo INFLUENTE: Teresa de Sousa é uma mentirosa. De acordo com os números oficiais, a vacinação na europa corre a bom ritmo.      JLMB INICIANTE: O jornalismo militante não é credível, a TS é como aqueles fanáticos do futebol, depois de assistirem a muitos jogos transformam-se em treinadores, os ditos treinadores de bancada com uma visão distorcida pela "clubite".        Sum Legend MODERADOR: O que não falta na maioria dos órgãos de comunicação social é jornalismo militante. Então aqui no Público nem se fala... O jornalismo independente, honesto, claro e informador sem olhar a ideologias é cada vez mais algo em extinção. É pena.     Roberto34 MODERADOR: Apesar de ser pró Europeu, tenho que reconhecer que TdS tem plena razão neste artigo. Foi um falhanço a forma como a Presidente da Comissão Europeia geriu os problemas normais decorrentes da produção de vacinas. Foram cometidos erros graves nestes ataques contra o RU e as empresas e claramente não esteve a altura do desafio. Reconhecer isto é o primeiro passo para corrigir e melhorar esta União Europeia.          Sum Legend MODERADOR: Desde Trump que a UE já percebeu que a melhor maneira de esconder os podres que tem é apontar o dedo aos podres dos outros. Quem consegue interpretar o que se tem passado sem obsessão ideológica pró-europeísta, tentando perceber o que se passa com alguma frieza e distância, já se apercebeu disso há muito tempo.      Jonas Almeida INFLUENTE: Este é um artigo certeiro e absolutamente lapidar sobre o "estado da união". Obrigado TdS por esta excelente peça, uma referência para a biblioteca. Agora prepare-se, que os acólitos vão entrar em apoplexia.          meloxso INICIANTE: Opinião completamente enviesada. A quem fala inglês aconselho vivamente o podcast do Guardian sobre a situação das vacinas na UE e no UK. Muito mais objectivo que esta peça da TS e explica exactamente quais os problemas da UE e a sorte do UK em todo este processo. TS compara batatas com cebolas (estado soberano com organização supranacional)         Pepe iLegal MODERADOR: Já há algum tempo que deu para perceber que Teresa de Sousa tem umas costelas pró britânicas.      AARR INICIANTE Como habitualmente, um artigo enviesado e com algumas inexactidões. Pese embora a actuação negativa da Sra Leyen, uma coisa deve ser dita quanto a nacionalismo de vacinas: ao contrário da narrativa dominante, o que se passa é que as vacinas fabricadas no Reino Unido ficam no Reino Unido, já as fabricadas em países da UE, pelo menos em parte, são enviadas para o Reino Unido! Se há nacionalismo de vacinas, é ao contrário. E sabe uma coisa? A Suíça ainda não aprovou a vacina de "Oxford", nem para maiores de 65 anos, nem para menores. O que escreve sobre as vacinas revela enviesamento ideológico e não análise neutra e objectiva. Oxalá a vacina de "Oxford" seja aplicada, mas tb a russa, e (se existirem) a da Cochinchina ou a dos esquimós ... desde que sejam efectivas e salvem vidas.

…………………….

Nenhum comentário: