Uma bela diversão esta de “escutar” as
competências comentadoras de tanta gente nossa, experiente e sábia, sobre as nossas
agruras de povo do “vamos indo”.
"Portugueses estão satisfeitos com uma economia que não cresce", diz António Horta Osório
António Horta Osório pergunta "porque é que Portugal cresce 1% ao ano
nos últimos 20 anos, enquanto a Irlanda cresce 5%?". "Temos um
problema claro de crescimento e ambição", diz o banqueiro.
EDGAR CAETANO, Texto
OBSERVADOR, 18/11/21
“Porque é que Portugal cresce 1% ao
ano nos últimos 20 anos, enquanto a Irlanda cresce 5%? E porque é que o salário
líquido médio em Portugal é 1.000 euros e na Irlanda é o dobro?” As perguntas são de António Horta Osório, presidente do Credit Suisse, que defendeu esta quinta-feira que em Portugal “temos um problema claro de
crescimento e ambição da sociedade portuguesa, estamos satisfeitos com o nível
de riqueza que temos e satisfeitos com um País que não cresce”.
No
encerramento de uma conferência organizada pelo Jornal de Negócios, para
debater o futuro da banca, o banqueiro
afirmou, no seu diagnóstico, que o baixo crescimento económico em
Portugal “tem causas profundas, em termos de concorrência, de inovação, mas
também em termos de população – que, se nada for feito, nos próximos 30 anos
vai descer em um milhão de pessoas”.
Referindo-se
a esse “problema de crescimento” que identifica em Portugal, Horta Osório diz
que os “sucessivos governos pensam em ciclos curtos mas a sociedade
portuguesa tem de pensar nisto, que é dramático”, ainda mais numa altura em que
“os países da Europa de leste estão a alcançar-nos rapidamente”.
Temos de reflectir sobre como é que o
dinheiro é alocado, o dinheiro público. Estamos a alocar o dinheiro que é
público nas prioridades certas? Estamos
a alocar o dinheiro para despesas correntes ou para investimentos que vão
proporcionar que no futuro crie mais riqueza? Acho que estamos mais na primeira”,
defende Horta Osório.
E
que medidas devem ser ponderadas para inverter este cenário, em que se inclui
uma “dívida demasiado elevada”: “Queremos
ser como a formiga ou como a cigarra?“, pergunta António Horta Osório, argumentando que “os governos – e bem – apoiaram a
sociedade na pandemia”, o que levou ao aumento da dívida para mais de 130% do
PIB.
“Devíamos ter
como prioridade reduzir essa dívida”, porque o “encargo com essa dívida irá
tornar-se incomportável quando as taxas em vez de serem zero passarem a
ser 2%”. E “mais tarde ou mais cedo estarão a 2%”, vaticinou.
O
banqueiro concordou que o Plano de
Recuperação e Resiliência (PRR) é
uma “oportunidade importante” para
expor a economia à concorrência e apoiar a inovação – “isso levaria a um crescimento maior no
futuro. Basta olhar para Irlanda ou para Singapura e para as medidas que
eles têm tomado“, atirou.
E as prioridades deviam passar pela
redução do papel do Estado na economia? “Pessoalmente, acho que o dinheiro é mais bem empregue
quando é empregue pelos seus donos, a iniciativa privada leva a ter melhores
resultados do que uma iniciativa de direção central”, afirmou Horta
Osório. “Isso é
claro pela História dos últimos 50 anos: a
iniciativa privada cria maior riqueza”,
embora seja preciso haver “redes de segurança”
para as pessoas e para assegurar segurança social, defendeu.
Numa
altura em que em Portugal se discute um aumento do salário mínimo, Horta Osório
comentou que “a questão do salário mínimo é importante, mas não é o salário mínimo que define um país, é o salário
médio que, no caso de Portugal, está muito perto do salário mínimo”. “Em Espanha o salário médio é 50% superior ao
português”, sublinhou o
responsável.
António
Horta Osório da energia), demonstrou,
ainda, estar menos preocupado com a pandemia do que com os riscos como o
aumento generalizado dos preços (incluindo as dificuldades nas cadeias de
abastecimento, políticas protecionistas e o aumento da inflação.
Sobre
o risco de inflação, Horta Osório diz que “os bancos centrais têm tido um
discurso… corajoso“, quando garantem que é apenas um fenómeno temporário, como
Mário Centeno fez poucas horas antes na mesma conferência. “O risco que os
bancos centrais correm é que se as taxas de juro subirem isso vai ter um
impacto nas economias mais débeis, as mais endividadas”, avisou Horta Osório.
COMENTÁRIOS:
Paulo Morisson: Vivemos pobres mas limpinhos. Esses povos ambiciosos são ricos mas
vivem naquele neo-liberalismo selvagem e só pensam no seu bem-estar e das suas
famílias, são uns selvagens. Nós é que somos progressistas e solidários e por
isso não nos afastamos muito da pobreza para estarmos todos juntinhos a
protestar contra o malhado capitalismo. N Antunes: O diagnóstico certo vem de
muitos lados. Gostemos ou não, a realidade é assim. O Socialismo levado a
sério como ideologia política é uma utopia, como diz Saramago. Agora,
somos um pouco sem educação económica e que vem de gerações de pobreza que nos
deixou o Estado Novo. O Zé Povinho honesto, quer trabalho e um ordenado
pouco mais do mínimo. Ter ambição é um primeiro passo para sair. Pedro Ferreira: Um dos grandes problemas deste
País é que as empresas quando vendem os seus produtos ou os seus serviços não
têm garantias nenhumas de que recebem o seu dinheiro devido a uma justiça que não funciona. Ou seja quem é mafioso
compra, não paga e as empresas ficam a arder, e não têm forma de dar a volta à
situação. Cada vez mais neste Pais só se safam os chico-espertos os outros
pagam a conta. Nuno
Fonseca > Pedro Ferreira: Uma justiça a sério é crucial,
tem toda a razão. Maria
da Graça de Dias > Pedro Ferreira: Concordo com o
comentário, mas se me permite acrescento que o país não sai desta "
pobreza" económica, social e cultural, porque as políticas têm sido
erráticas em todas as áreas, sem um projecto de futuro ou a longo prazo,
em que os protagonistas têm um défice de conhecimento e nenhum desígnio para o
país. Henrique
Pt: Já dizia o outro
cada um tem o que merece e os portugueses têm os políticos e governantes que
merecem. Nuno
Fonseca: Começar com uma
justiça a sério que acabe com os calotes de milhões que passam impunes. É preciso ter em conta o atraso
estrutural de Portugal fruto de décadas de isolamento e ditadura. Também era fixe que este Osório
patriota viesse para cá dar o exemplo... palavras leva-as o vento amigo
Osório Luis
Carlos Marques Pereira > Nuno Fonseca: Não culpe a ditadura não, culpe o socialismo. Nuno Fonseca > Luis Carlos Marques Pereira: O "socialismo" ou
social democracia é o que se pratica na Europa...não vejo que por cá seja
diferente. Barra
D'Aço > Nuno Fonseca: Não defendendo a ditadura mas aquilo que acaba de
dizer é a maior mentira. O muito do que somos, somos porque acreditamos
naqueles que se cansaram de nos convencer daquilo que disse. Em plena guerra do ultramar
Portugal tinha uma economia a crescer a 6%!!! Muita da base do país foi
construída e desenvolvida na ditadura basta ver as infraestruturas... Henrique Pt > Barra D'Aço: Nem mais. Em meia dúzia de anos já cá estava o FMI é
preciso não esquecer. 25 Abril só serviu os trafulhas e os meninos liberais. O
resto está a vista. Os políticos pós 25 Abril produziram uma sociedade
irresponsável que só pensa em copos e bola. Conta calada > Henrique Pt: "Os
políticos pós 25 Abril produziram uma sociedade irresponsável que só pensa em
copos e bola. " Não quer datar
esta verdade, com esta falsidade pois não? Nuno Fonseca > Barra D'Aço: Não fale assim: o SNS, a escola para
todos, a luta contra o analfabetismo, a rede eléctrica o acabar com os bairros
da lata, o diminuir brutalmente a mortalidade infantil..., etc, etc. Tudo isto
veio no pós 25 Abril... haja honestidade intelectual Conta calada: Era um banqueiro destes que fazia falta em Portugal,
mas para nossa infelicidade desde a nossa fundação esta gente é só bla, bla e
venha a nós. Conversa de
chacha. Barra
D'Aço: Lá está ele a dizer banalidades factuais
que só conseguem ser vistas por fascisolas... O problema está de quem vê o quê! Devido àqueles que vêem
um pais perfeito, estamos assim, pois se não fosse o tachinho, muitos deles
andavam aos caídos. Para que isso
continue a acontecer, o bendito tacho, o país não pode prosperar porque
necessariamente teria de haver uma mudança onde "esses" não tinham
lugar... João Ferreira: Temos
muitos Horta Osórios em Portugal. O que não falta é talento em várias áreas. O
difícil é pô-los a trabalhar para nós porque têm de passar pela triagem de
partidos políticos minados de interesses. Não falta ambição em Portugal, o que
falta é ter as pessoas competentes na gestão do país. Joaquim Moreira: Estas são afirmações de um banqueiro português, que
fala como estadista, para um povo e uma elite na maioria socialista! Mas
curiosamente, ou talvez não, a CS em geral, dá-lhe e bem uma atenção muito
especial. O que me leva a pôr a seguinte questão: porque não é dada a mesma
atenção ao líder da oposição? Não é certamente, por não defender tudo isto
que defende António Horta Osório, exactamente! E que, é o contrário do que diz,
e bem, Horta Osório, dos políticos em geral, que só estão preocupados com o
tempo eleitoral e não com o essencial! E que, pensa no futuro e no crescimento
de Portugal. Logo, o que diz, é quase igual ou mesmo exactamente, o que defende
o tal político que é muito diferente! Fernando E: Porque será que Horta Osório, como Cavaco Silva há um
mês, são da opinião que Portugal caminha (tristemente, digo eu), para um
progressivo empobrecimento? Que tal o António Costa dar alguma atenção a estes “maldosos
arautos da desgraça “( ironia)?
Pedro Ferreira: Horta Osório a primeiro ministro, para acabar com as ideias socialeiras em
Portugal ! Dr.
Feelgood: " Seu "
Ósôrio....................enquanto nós, os desgraçados pagadores, nos tivermos
que confrontar com o anátema que reza na CRP de que " estamos a construir
o caminho para o súcia-lismo ", não há retórica que nos valha, nem a sua
nem qualquer outra. Está na Suíça agora ? Coma chocolates que já não há bombons……………………… Ediberto Abreu: Pois esse é o principal
problema, mas basta ver a reacção de todos os Pings deste pais, para verificar
que o ideal mesmo é o caminho suicida para o socialismo...e viva os Costas,
Catarinas e outros mais deste desgraçado pais... José Miranda: Eu votava num partido que
convidasse( e ele aceitasse )Horta Osório para primeiro ministro. Pensamento Positivo > José Miranda: Fique sentado à espera. Infelizmente não vai
acontecer. E porquê? Leia o "Portugal hoje: O medo de existir" do Professor José Gil e verá as razões profundas da
constatação de Horta Osório muito para lá da economia... O livro é de meados da
década de 90, mas basta trocar os nomes dos líderes políticos de então pelos
actuais e temos uma fotocópia exacta do país que temos hoje, sem tirar nem
pôr... AL MA: Srs PM e PR,
aconselho a a ouvir ou ler as declarações de Horta Osório. Não é nada de novo,
contudo o autismo permanente do Estado/Governo e seus companheiros de estrada,
não permitem criar condições para reverter a situação. Falta de ambição, ou falta de vontade de perder os
dependentes crónicos da máquina do Estado, que se sentem confortáveis com a
situação. G. Silva:
Como conjugar o crescimento com a necessidade de
redução drástica da dívida pública? PENSADOR: Alguém que fale verdade! A
pobreza e a insegurança é terreno fértil para os malabarismos e ilusionismos de
alguns dos actuais protagonistas políticos mandantes... Winter Is Here > PENSADOR: "A
pobreza e a insegurança é terreno fértil para os malabarismos e ilusionismos de
alguns dos actuais protagonistas políticos mandantes..." Spot-on!! A pobreza e insegurança é adubo
para o medo e consequente tolhimento do potencial humano, tornando os sujeitos
atreitos ao desejo de serem tutelados. Esquerdalhada Verdadeira: Mas em compensação Portugal é o
terceiro na fuga de capitais para offshore. Pedro Ferreira > Esquerdalhada Verdadeira: Se os deixam cá estão sujeitos
a ficarem sem ele. Esquerdalhada
VerdadeiraPedro Ferreira: Então vamos cometer crimes em
legítima defesa FME:
Quanto mais pobres mais
socialistas leninistas somos! Horta Osório já deveria saber isso mesmo. O que
interessa a socialistas criarem empresários ou empreendedores, sabendo que à
primeira carga de impostos passam para a oposição. Joaquim Rodrigues: Porque não contratamos Horta
Osório para Primeiro Ministro? Porque será que o habilidoso Costa foi contratar o tal
de Costa e Silva para fazer a proposta de Bazuka, que só conhecia, diz ele, por
o ter visto numa entrevista de televisão, mas ignorou gente como Horta Osório
com provas dadas a nível internacional?
Luís Marques > Joaquim Rodrigues: O ordenado de PM é baixo... Vitor Batista > Joaquim Rodrigues: Acha que OH tem tempo para esta
espelunca desgovernada por xuxalistas/estalinistas? não, e faz ele muito bem,
já o centurião Romano dizia que isto era gente difícil de governar. Joao Mar > Joaquim Rodrigues: Quem tem valor, dificilmente se
mete num chiqueiro como a política portuguesa que atrai alguns dos piores
dejectos da sociedade.
Pedro Augusto Marques > Luís Marques: O
Socas não se queixa. Jorge
Silva > Joaquim Rodrigues: se repararem o Costa só se rodeia de incompetentes ou
"yes mans (ou girls)"... Rui Lima: Quando se
escolhe o socialismo como forma de vida não de pode esperar ordenados e
serviços elevados .
José Paulo > C Castro: Talvez
precise de perguntar se a Irlanda tem um modelo socialista... Alguém uma vez
perguntou como Portugal era assim quando tem uma história de aventureiros descobridores
e emigrantes em todo o lado do mundo. A resposta do interlocutor foi:
"Lembre-se que os residentes em Portugal descendem dos que cá ficaram. Não
desses." Velhos do Restelo, portanto... O problema está identificado há
séculos. Os irlandeses tiveram uma fome no século XIX que os ensinou a não
dependerem de benesses. Espanta
Pardais > José Paulo C Castro A fome que cá tivemos não nos ensinou nada, criou uma
geração carente de afectos que passou de geração em geração até aos dias de
hoje. Por isso os Marcelos, os Isaltinos, os Valentins vingam na politica, as
pessoas não sabem a diferença entre ser competente e ser bajulador José Paulo C Castro > Espanta Pardais: A fome que cá não tivemos era selectiva, só afectava
alguns. Não a compare com o que aconteceu na Irlanda. Mas sim: a maioria acha que a competência é sacar algum
dos outros que bajulam.
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