Dos mundos, em revisões do passado, em
perspectivas de alerta, servindo para minimizar, talvez, os problemas de cada
um, na consciência dessas astúcias do poder, na roda-viva da vida, cada vez
mais requintada nessas tais perspectivas, de diferentes interpretações, que
gostamos sempre de ler…
Uma
defesa da NATO
A Europa deve interiorizar que tem
hoje um papel secundário no sistema internacional. A NATO pode projetar-lhe o
poder se tiver a humildade de perceber que o centro do mundo passou a ser o
Pacífico.
DIANA SOLLER, Colunista do Observador
OBSERVADOR, 20 nov 2021
Que
o mundo mudou profundamente, já ninguém tem quaisquer dúvidas. Também ninguém
questiona o facto de o poder ter migrado para o Indo-Pacífico, com a
ascensão da China e a reorganização americana do seu papel de potência do
Pacífico, atestado por um conjunto de parceria mais ou menos informais, mas
cada vez mais sólidas, mais militarizadas e mais assertivas.
Já se conhecia, desde Obama, a vontade
política (e necessidade geopolítica) dos Estados Unidos apontarem baterias para
a Ásia. Mas os últimos anos têm deixado
comentadores, especialmente noutras partes do mundo, atónitos com a rapidez com
que se construíram ou reconstruíram alianças, pactos, parcerias informais. Em pouco
tempo investiu-se no reforço da relação com países como o Japão, a Coreia do
Sul ou o Vietname e na sedimentação do Diálogo Quadrilateral de Segurança entre
os EUA, a Índia, a Austrália e o Japão. Recentemente,
a administração Biden afastou bruscamente
a França de Camberra para criar o AUKUS (Pacto de
Defesa entre os Estados Unidos, Reino Unido e Austrália) suportado pelo Five Eyes, que pela sua
natureza é pouco referido. Trata-se de uma parceria de partilha de inteligência formada durante a II Guerra Mundial e mantida até hoje
entre cinco dos
principais países da Commonwealth,
que dá, literalmente, a volta ao mundo e abraça a região do Pacífico (inclui Canadá, Estados Unidos, Reino Unidos, Austrália e Nova
Zelândia). Concorde-se
ou não com a estratégia, a China parece cada vez mais cercada por aquilo que
Biden chama “like-minded states”, democracias “diferentes” mas com valores
similares, a contrair os músculos contra um inimigo comum.
Perante
este cenário é cada vez mais legítimo perguntar: e a Aliança Atlântica? O que é que
deve ser a NATO num contexto internacional que a torna solitária e periférica? A resposta não é fácil, mas é urgente, uma vez que
está em curso o processo de reformulação do Conceito Estratégico. Há decisões
difíceis de tomar, mas determinantes para o futuro da Aliança. Realço três.
A primeira é a natureza
ideológica da NATO. Joe Biden
fez juras continuadas relativamente ao Artigo
V, mas tornou-se claro que quer algo em troca: uma NATO anti-chinesa. Na visão da nova administração, o mundo
está dividido entre democracias e autocracias, e o
berço da comunidade das democracias tem de fazer parte integrante dessa ordem. Não parece que em Washington se espere que a Aliança
Atlântica esteja na primeira linha de defesa contra Pequim, mas é legítimo
esperar que esteja na retaguarda, a guardar um espaço regional que não deixou
de ser conflituoso.
Também é preciso um acompanhamento da
retórica americana e um distanciamento diplomático de Pequim por parte dos
países da NATO. A União Europeia pode
continuar a afirmar que quer ter autonomia na decisão, mas pertencer a uma Aliança assimétrica de defesa implica
influenciar mais do que decidir, especialmente quando a potência central entra em
confronto com um adversário que é cada vez mais visto pela diplomacia
norte-americana como uma ameaça vital.
A segunda, é a necessidade de concertar as relações entre o Reino
Unido e a França. O golpe
AUKUS e a arrogância britânica perante um presidente tendencialmente gaulista e
humilhado são tudo menos boas notícias.
Se, por um lado, parece que Biden percebeu isso – e que o Eliseu fará a Casa Branca pagar com juros o seu
deslize diplomático – por outro, a Grã-Bretanha, na sua nova estratégia global, insuflou-se
de um poder que não tem e põe em risco relações das quais precisa. Só há dois
países europeus que podem ter importância no Indo-Pacífico: a França
e o Reino Unido. É
preciso espaço para os dois, caso a NATO queira ter qualquer relevância militar
para os EUA.
O
que nos leva ao terceiro ponto, e
o mais complicado de resolver. A NATO é – ou deve ser – uma aliança
global ou regional? A Aliança
Atlântica tem problemas que cheguem na vizinhança próxima para se
sobre-estender. Veja-se o exemplo da “ameaça
híbrida” da imigração ilegal transportada pela Bielorrússia para as fronteiras
da Polónia. Ou – convém
nunca esquecer – a ameaça
permanente e cada vez mais difusa colocada pela Rússia. Em vez de
tentar ter todos os papéis ao mesmo tempo, não deveria a Aliança Atlântica
preocupar-se com desafios próximos e especializar-se em combater o tipo de
conflito difuso que lhe chega da vizinhança? Aliás, essa especialização em ameaças híbridas
globaliza-a, bem como a sua pertença a um todo mais vasto que é a uma comunidade
de democracias que agora corre os cinco continentes.
Termino
com dois elementos muito breves nos quais cabem muitos dos outros. A Europa tem de aprender a viver com o seu declínio. Tem de interiorizar que passou a ter um papel secundário no sistema internacional
e que, nesse aspeto particular, não vai haver mudanças significativas. A Aliança
Atlântica pode projectar-lhe o poder se houver a humildade de perceber que o
centro do mundo passou a ser o Pacífico. Neste
novo mundo somos periféricos. E sem aceitar
este facto, os países europeus, juntos ou separados, terão sempre muita
dificuldade em construir uma política externa equilibrada e adequada ao ser
poder no sistema internacional.
O que não isenta os Estados
Unidos de terem de trabalhar de forma mais séria na questão
da confiança entre as partes. Por muito
que Biden faça juras de amor à relação transatlântica, o mandato Trump e a
possibilidade de Trump ou alguém com os mesmos princípios ganhar as eleições
presidenciais já daqui a três anos obriga a administração a criar garantias
quase inquebráveis. E a mantê-las com a firmeza diplomática necessária para não
deixar dúvidas.
Os
próximos três anos são
cruciais porque há
duas décadas que não havia tanta atenção americana à relação transatlântica. O
que os aliados de um lado e de outro do oceano fizerem disso vai determinar a
história da Europa por muito tempo. Não do mundo. Da Europa.
UNIÃO
EUROPEIA EUROPA MUNDO NATO
COMENTÁRIOS:
Pontifex Maximus: A Europa só perderá a relevância se quiser. Se quiser manter a dependência
dos EUA não lhe resta mais nada que envelhecer e morrer, pois a política continua
com ou sem os europeus. Se quiser decidir por si, entender-se com a Rússia e
com a outra Ásia odiada pelos americanos (herança inglesa, que a propósito contam
para nada), com a Índia à cabeça, as coisas poderão ser diferentes. Francisco Tavares de Almeida:
Diana Soller terá
sido um pouco melhor do que o habitual mas o viés anti-Trump tolda-lhe o
raciocínio e desvirtua-lhe as conclusões. O Quad era uma associação entre os EUA, Japão, Índia e
Austrália que teve a finalidade de acorrer a consequências de um tsunami, e que
ficou dormente até que Trump o reactivou em 2017 dando-lhe um cariz militar bem
demonstrado com as manobras navais em 2019 que, obviamente, visavam a China. Biden fez uma video-conferência
no âmbito do Quad salvo erro já em 2021, para logo depois anunciar o AUKUS
(Austrália, Reino Unido e EUA). Deixo de fora o Japão que será "sui
generis" como na economia mas cuja marinha de guerra, a 4ª mundial em
tonelagem, será crucial no caso de um conflito por ou em Taiwan. Mas não
consigo imaginar que espécie de louco exclui a Índia num quadro de conflito com
a China. Por outro lado e para mim o muito mais importante, do Quad para o AUKUS saíram o
Japão e a Índia e entrou a Inglaterra. E o que mais parece é uma aliança de
brancos, cristãos e de língua inglesa contra... asiáticos. Se não for esta a mensagem
percepcionada por governos que ainda recordam a Inglaterra colonial, como a Birmânia
ou Singapura, será a imagem que as
respectivas oposições explorarão. Politicamente não consigo imaginar pior e
riscos e consequências podem ultrapassar de muito longe o arrufo francês que,
aliás, parece muito mais baseado nas diferentes língua e linguagem
política, do que no frustrado negócio dos submarinos. Rui Lima: Escrevi que os 20 000 soldados
da Polónia iriam ser derrotados pelo o inimigo do outro lado da fronteira , bastava
este ter paciência ou alterar a táctica , e os imbecis sem perceber as “Novas
formas de guerra “ “A Bielorrússia alterou a sua estratégia em relação à
crise dos migrantes, direcionando agora pequenos grupos para vários pontos da
fronteira oriental da União Europeia (UE), denunciou este sábado o ministro da
Defesa polaco. “Temos de nos preparar para a possibilidade deste problema durar
meses”, adiantou Mariusz Blaszczak à rádio RMF FM.“ João Floriano: Achei o artigo de Diana Soller
muito interessante e de agradável leitura. E é muito bom que tenha essa última
qualidade porque nem todos aqui somos especialistas no tema. Eu sou uma dessas
pessoas. Muito interessado mas pouco dotado a nível de real conhecimento.
Compreendo perfeitamente a importância da AUKUS e não considero que seja um
ultraje para a honra francesa não fazer parte da sigla. Estamos a falar de
países da Commonwealth e a França nunca fez parte de tal organização. A Europa
tem de aprender a viver com a perspectiva do declínio: verdade. Mas aqui há
que distinguir entre o que é historicamente previsível (todos os impérios
entram em decadência e são substituídos por outros mais influentes. Estou
neste momento a rever no canal História a queda do império romano e a ascensão das tribos
bárbaras que estão na origem das nações europeias. Muito parecido com o que temos
hoje.) e os movimentos que aceleram essa mesma decadência e aqui estou
sobretudo a pensar nos woke e na imigração descontrolada. Muitos inimigos estão cá
dentro. Voltando à NATO parece-me
óbvio que não é uma estrutura a nível mundial e que se puder ser influente e
poderosa a nível local já é muito bom. Antes pelo contrário: A NATO continua a fazer sentido
em caso de agressão, e por conseguinte deve ser mantida em "stand-by"
como qualquer outra força militar de um país democrático. Porém, a ideia de a usar fora
do seu âmbito territorial, para dirimir ou iniciar conflitos do outro lado do
planeta, como aconteceu com o Iraque, é extremamente perigosa, inaceitável do
ponto de vista político e humano, e muito pouco inteligente. Aliás, Donald Trump tinha percebido
isso muito bem. Não faz qualquer sentido, nem os EUA continuarem a defender a Europa, nem
usarem a NATO envolvendo a Europa. Nem faz sentido os EUA continuarem envolvidos em conflitos que não lhes
dizem directamente respeito, invocando "interesses nacionais" fora
das suas fronteiras... que se olharmos atenta e friamente, não andam muito distantes das
justificações de Adolfo Hitler para as múltiplas invasões em nome dos
interesses do III Reich, do "Lebensraum" da Alemanha, etc... João Ramos: Artigo interessante, a
Europa tem vivido em termos de segurança e do seu “prestígio” à custa da
proteção americana e tem tomado isso como um dado adquirido, por isso tem
politicamente se deixado enredar internamente em teorias idealistas que o que
têm feito foi aumentar a sua decadência e a sua importância em termos globais,
parece que aquilo que o conceito de “real politics” deixou de lhe interessar,e
os resultados começam a fazer-se sentir…
PortugueseMan: ...A
Europa tem de aprender a viver com o seu declínio... Os americanos também. ...A Aliança Atlântica pode projectar-lhe o poder... A Europa já tem problemas
suficientes no seu continente e a proposta é enfiar-se num buraco ainda maior? Alguns membros da NATO estão a
empurrar a Ucrânia para que dê início a uma guerra que não se sabe muito bem
para onde pode alastrar, e andamos a pensar em aventuras com uma China que se
apoia cada vez mais na Rússia em termos energéticos e militares? Ameaça híbrida com a
Bielorrússia...? Isso é apenas um "cheirinho" do que acontecerá, se a Ucrânia
seguir certos conselhos e tentar tomar pela força certas zonas rebeldes. Porque
a vaga de ucranianos a fugir para a Europa vai ser um bocadinho maior do que aqueles
que estão agora a bater à porta aos polacos. Se a Ucrânia quebrar
definitivamente o tratado de Minsk, atacando as regiões rebeldes, a resposta
russa não será semelhante ao que fizeram na Geórgia. Eles vão para Kiev. E se os Polacos meterem o pé
dentro da Ucrânia, vamos todos descobrir como é que realmente funciona o artigo
v. Neste momento, só
pelo facto de a Rússia não aumentar a exportações de gás para a Europa, já
temos problemas que cheguem com os custos da energia e com a quantidade
disponível da mesma para a Europa funcionar. E ainda nem se começou a andar á estalada. Os russos andam a disparar
armas hipersónicas de navios, submarinos e aviões. Estão a abater satélites a
uma altura superior á Estação Espacial Internacional. Falam de linhas vermelhas
ultrapassadas. Publicam textos diplomáticos, para toda a gente saber o que se andou a
falar entre europeus e russos. Estamos á beira de termos todos um Natal estragado, e
andamos a pensar em projectar para os lados da China? Isto é que são pensamentos de grandeza. João Floriano > PortugueseMan: Bom dia, PortugueseMan. Fiz questão de escrever o meu
comentário antes de ler o seu. Tive plena consciência de que poderia ter
escrito um monte de baboseiras mas mesmo assim arrisquei. Acertei o passo
consigo num ponto que me parece óbvio e que só quem anda muito distraído pode ignorar:
a NATO deve ficar por aqui e não dar passos maiores do que a perna. Já
temos muita sarna para nos coçarmos. A questão na fronteira polaca é
muito preocupante e embora o PortugueseMan já tenha referido que se trata de um
joguinho de poker, não sei o que poderá acontecer quando um louco como
Lukashenko receber luz verde do seu guru Putin para lançar contra a fronteira
polaca não alguns milhares mas muitos milhares de refugiados. O jogo que tem
sido feito com os desgraçados daquela gente, o leva e traz, só pode dar mau
resultado. Um dia destes os polacos vão substituir os canhões de água por
algo bem pior. Esperemos que a NATO saiba o que vai fazer nessa altura. PortugueseMan > João Floriano: Bom dia, ...Tive plena consciência de que poderia ter escrito
um monte de baboseiras mas mesmo assim arrisquei... E deve arriscar sempre. Este é
um lugar para as pessoas colocarem as suas opiniões, trocarem pontos de vista e
ver as dos outros. O importante, na minha opinião, é o civismo. Pode haver
opiniões diferentes, podemos não concordar, podemos argumentar, podemos
aprender, não podemos é cair em discussões desagradáveis. O respeito é
importante. ...A questão na fronteira polaca... Eu vejo a situação de uma
forma, digamos, mais fria. Do que se fala é de 2 a 3 mil refugiados que andam por ali. Mas por exemplo, na Turquia e na sua fronteira a realidade
é muito, mas muito diferente. É estimado 1 milhão de refugiados no país, onde cerca de 300.000
estão em tendas. Erdogan já ameaçou mais que uma vez, abrir as portas para que passem para a
Europa. Afinal os europeus participaram na confusão que se tornou a Síria, mas
são os países à volta que estão com os problemas dos refugiados. No caso do Mediterrâneo, o
nº de mortes no mar, já anda pelas dezenas de milhar, para tentar chegar ao
continente europeu. Nós europeus temos responsabilidades sobre toda esta catástrofe, mas com
guerras e sofrimento ao longe, todos nós podemos bem. A questão polaca em face a
todos estes números, e nem vou falar do Afeganistão, é uma gota no Oceano. A questão polaca é a meu ver,
apenas um aviso para algo mais grave que pode acontecer. Fernando Fernandes: Gostei do artigo mas, como
sempre, é superficial. O maior perigo para a América é neste momento, Biden. Chama assassino a Putin,
atira às fuças de Chi os crimes que comete, não liga peva ao Médio-Oriente, sai
de qualquer maneira do Afeganistão, deixa na dúvida todos os seus parceiros.
Não temos em Biden um estratega, mas um arruaceiro, pateta, com excesso de
poder, mas sem sabê-lo usar. Tem um enorme martelo na mão, mas nem tudo ao seu
redor, é prego... A Europa, não está contra a
China. A Europa depende da China. Quase tudo vem de lá, abdicou de produzir, para comprar onde,
aparentemente, é mais barato, ou seja, sacrificou o longo-prazo ao curto. A Europa não está contra a Rússia. Alimenta-a, sustenta-a, depende dela para aquecer os
pés e ter algum calor em casa. A Europa se quer ser potência, tem de investir, ora negou-o
durante décadas e quando o Trump a encostou à parede, berrou mas nada fez. A China não é um perigo para
os EUA, antes para todo o Pacífico, para toda a África e todo o Ocidente. Dum Estado que solicitava apoio para eliminar os seus pobres, resultou um
Estado cada vez mais arrogante, militarizado, sem qualquer respeito por seus
vizinhos e Mundo em geral. Mas a luta contra Beijin ou Moscovo, não se pode fazer com armas (a
menos que queiramos todos perder). A luta está exatamente onde a China e a
Rússia se tornaram poderosas: no comércio. Deixem de comprar-lhes tudo e recomecem com uma
estratégia de produção democrática, ou seja, vamos unicamente comprar a quem
tiver esse slogan, ou demonstre fazê-lo. Seria bom para o emprego, para o
bem-estar de todos e, por certo que eles repensariam o modo de agir. Sem uma
estratégia clara, teremos mais duas guerras-frias e, os povos perderão
sempre. João Floriano > Fernando Fernandes: Achei o seu comentário
excelente. Mas para fazer renascer uma Europa produtora seria preciso uma
mudança de política nos governos europeus. O único país produtor é a
Alemanha.
Fernando Fernandes > João Floriano: Floriano. Os países de leste, os do
centro, produzem. No entanto muitas empresas foram para a China na procura de
mão-de-obra escrava, abandonando os seus países. Foi uma aposta muito negativa.
A maioria deu com os burros na água, porque os chineses aprenderam e fazem
agora o que os outros faziam. Muitos fecharam portas, vieram de rabinho entre as
pernas, sem nada, ou quase nada. A mudança tem, como diz, de ser conduzida pelos
políticos. No entanto a maioria só se quer manter no poleiro. Mudanças, nem
pensar. Agora depende de nos, mudarmos dos ditos, pondo-os na
rua e escolhendo outros. Sem clubismos, com grandes exigências, com grande
sentido democrático. Rui
Lima: A NATO é uma
inutilidade no tempo presente apenas está preparada para guerras com
estratégias do passado. Hoje as guerras são diferentes, a Polónia tem 20 000
soldados numa fronteira para uma guerra híbrida; se o inimigo do outro lado
tiver paciência terá a vitória. Aconteceu o mesmo no passado, depois da 1ª
guerra um militar alertou que a guerra futura seria diferente, foi levado a
conselho de guerra, morre em 1936, depois durante a 2ª guerra teve todas as
honras, é até hoje o único piloto que teve um avião com o seu nome. Hoje alguns
alertas para a invasão do ocidente por outra força mais poderosa em número e em
fé, são apelidados de racistas-extremistas no caso dos países que defendem as
suas fronteiras, têm as elites contra e o Papa. Se os que alertam estiverem
certos vamos ter o caos perpétuo no mundo . Jose Reiasinho Carrilho > Rui Lima: Na verdade e na minha
perspetiva, sempre achei que a NATO, nunca iria servir a Europa de modo bem
positivo, e agora acho que nem para "meter medo"; não serve para nada. Fernando Fernandes > Jose Reiasinho Carrilho: A NATO impediu a Rússia de se
apossar do resto da Europa. Isso foi uma tremenda vitória. O problema agora reside no
facto de ditadores terem na mão armas que não se incomodam de usar. Isso sim,
será o fim da NATO e de todos nós.
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