Num discurso
claro, de pensamento honrado. Do Facebook
de Luís Soares de
Oliveira.
Deus lhe pague –
em saúde e muita vida - para continuar “malhando” - com sobriedade e bom gosto.
REVOLUCIONÁRIA
Luís Soares de
Oliveira
Nov. 21
Ainda nos anos 60s do século passado, ouvi no Carnegie Endowment for International Peace, em NY, um politólogo americano (não guardei o nome) perito em revoluções afirmar que, ao
longo da História, em qualquer lugar, as revoluções produziram sempre o mesmo
resultado: substituíram uma injustiça por outra injustiça. Este ensinamento foi-me
precioso quando se deu o 25 de Abril. Desde início, eu sabia que ia dar para
o torto; só mudava de lado. Era torto
para uma banda, torto ficaria para a outra. E assim foi.
Já a muito estimada Hannah Arendt - mais ponderada - disse-nos que se o
objectivo da revolução é a libertação, às vezes resulta ainda que demoradamente
e dá como exemplos a revolução judaica contra o Egipto e a revolução cristã
contra Roma. Porém, acrescenta, se o objectivo é acabar com
a desigualdade, a frustração é resultado garantido.
Dizem os entendidos que, na era moderna,
a questão social passou a legitimar as revoluções. A pobreza deixou de ser
considerada inerência da condição humana . O
1 de Maio de 1886, em Chicago, propagou-se e viria a provocar a revolução de
Outubro de 1917 na Rússia. Mas, cá estamos: o Outubro Vermelho acabou com os aristocratas
ricos mas não pôs fim à pobreza e muito menos à desigualdade.
Nada disto me baralha. Mantenho que os
"Presencistas" portugueses dos anos vinte - Branquinho da Fonseca à frente - continuam a ter razão. A melhor maneira de acabar com a desigualdade é educar
o povo. Assim pensava também Frederico VI, da Dinamarca,
que ali tornou obrigatória a
escolaridade universal, em 1808. O resto é … mera ambição de
poder.
A justiça
consiste em tornar aptos os inaptos.
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