domingo, 21 de novembro de 2021

Aval

 

Aval

Aos comentários (entre outros) de Vitor Batista e de Duarte Correia sobre a expressivamente lúcida crónica satírica de Alberto Gonçalves, que tantos comentários mereceu, nem só de afectos mas também de ironia e desprezo, contra a sua insistência negacionista” no tema covidiano:

Vitor Batista: AG provoca muita azia em pessoas politicamente correctas, seguidistas dos chefes das paróquias, e reféns do pensamento próprio.  O mundo segue um caminho perigoso, faz-me lembrar o dos Judeus no Holocausto, estavam a ser chacinados como animais e nunca esboçaram qualquer rebelião.          Duarte Correia: Pode não se gostar daquilo que escreve A.G. Democracia é isso mesmo. Mas, de facto, ele explora de maneira acutilante as contradições, as incongruências e as fragilidades desta máquina infernal, aspectos em que, por vezes, pouco se pensa. (Nota: corri apressado às três doses, a última das quais acompanhada da anti-gripal, muito deliberada e carneiramente). 

Tirou-me as palavras da boca

A histeria que está sempre na onda (glossário actualizado)

Os especialistas descobriram que as pessoas com 85 anos são mais propensas a adoecer e morrer do que as pessoas de 25. Em prol dos valores democráticos, lixa-se toda a gente.

ALBERTO GONÇALVES, Colunista do Observador

OBSERVADOR, 20 NOV 2021

Casos. Número que se debita ao início das tardes sem finalidade discernível excepto manter o pânico em cima, conforme os estudos académicos recomendam. Vem invariavelmente acompanhado do R(t) e da Incidência, a parelha circense que confere um ar “técnico” à rábula.

Certificado. Certifica que o proprietário possui um certificado e que os demais são criminosos. Só por si, o certificado não vale nada na ausência de teste, que só por si não vale nada na ausência de certificado. E nada vale nada na ausência de máscara.

Ciência. Antigamente, fazia-se ciência. Agora “segue-se” a ciência, que pelos vistos já está feita. Seguir a ciência não dá trabalho nenhum nem implica particular conhecimento: basta dizer que a seguimos, proeza que logo rebaixa o interlocutor ao nível civilizacional de uma catatua e nos eleva ao nível de um dr. Fauci (que garantia que a SIDA se propagava pelo ar) e de dois Carlos Antunes (que, coitado, garante o que os telejornais e o governo lhe pedem para garantir).

Curva. Uma coisa que temos de achatar. Não confundir com “pico”, que é uma coisa que temos de ultrapassar. Ambos os processos são relativamente rápidos: duas ou três semanas.

DGS. No fundo, é uma senhora que emite palpites, e a prova de que a precaridade no emprego é um boato infame. Em países exóticos, as autoridades de saúde lançam relatórios diários e detalhadíssimos acerca da doença. Aqui, a DGS lança “sound bytes” para os noticiários. E faz muito bem: a dra. Graça não é paga para informar a ralé, mas para a alarmar.

Distanciamento social. “Distância”, em português. Aquilo que, a pretexto da Covid, os políticos impõem às pessoas decentes é o que, em todas as circunstâncias, as pessoas decentes querem dos políticos.

Especialistas. Subclasse de eruditos desenterrados pela Covid. Desenvolvem a investigação nos estúdios de televisão ou a partir de casa, via Zoom. Não são influenciados pela história do relógio parado que acerta duas vezes por dia. São influenciados pelo dr. Costa e não acertam nem uma vez por ano.

Fetos. Em 2022, serão os maiores responsáveis pela propagação do vírus e os últimos a ser vacinados.   

Infarmed. Local de realização de debates científicos, lendários devido ao pormenor de todos os cientistas terem opiniões idênticas e, por assombrosa coincidência, estas serem iguaizinhas às do governo. Ainda bem.

Inverno. Acontece. Suspeita-se que seja mais fresco que o Verão.

Jovens e criançasNão padecem de Covid, mas são vacinados contra a Covid. A vacina garante-lhes uma vida normal, leia-se estar de máscara em toda a parte como ladrões. Queixem-se à ciência.

Máscara. A doutrina divide-se entre os que acham que devemos usar máscara quase sempre e os que acham que a devemos usar sempre. Um qualquer secretário de Estado da Saúde defende o uso permanente. Quem já viu a cara do moço compreende. Em geral, cara que tem máscara não tem vergonha.

Não-vacinados. O mesmo que assassinos. É simples: os não-vacinados transmitem o vírus aos vacinados, os quais, como a vacina não protege da infecção e sim da doença grave e da morte, correm o risco de adoecer gravemente e morrer. Para não matarem gente cuja morte a vacina impede, os não-vacinados deviam ser mortos. Na impossibilidade logística de fuzilamentos, urge afastá-los do convívio com criaturas cumpridoras e moralmente sãs.

Natal. Época do ano que se passa o ano a tentar salvar. Quando chega o Natal, verifica-se que não houve salvação possível e que não há Natal para ninguém.

“Negacionistas”. Indivíduos perigosos, que desobedecem a medidas ilegais e se recusam a fazer figuras ridículas em nome do bem comum, dos apetites eleitorais do PS e da popularidade do prof. Marcelo. Nos bons tempos, a PIDE tentava “monitorizar” delinquentes assim. Hoje, os Pides são inúmeros, o que facilita a tarefa. Chamar “negacionista” a alguém é sinal de prestígio e de sofisticação argumentativa.

Negacionistas. Os que, embora finjam o contrário, não acreditam nas vacinas e agem em conformidade.

Óbitos. Desde Março de 2020, morre-se sempre por Covid, salvo se se morrer atropelado por um camião – e isto se o respectivo motorista não estiver infectado, circunstância a demonstrar após dezoito testes e três autópsias.

Onda. Vamos na quinta. Após cada uma das anteriores, as medidas preveniram o surgimento da seguinte.

Restrições. O importante é entender que as restrições não falham por serem monumentalmente cretinas, mas por não serem suficientes. Se as actuais não chegarem, convém aperfeiçoar: além de proibir a venda de líquidos e punir comilões de sandes, há que agir preventivamente, ou seja, voltar a fechar o ar livre a cadeado de modo a empurrar pessoas para os supermercados e concentrá-las numa brecha horária estreitíssima. Aturdido com o excesso de oferta, o vírus amua e vai embora.

SNS. O melhor do mundo. Sem pessoal, aspirinas e papel higiénico, desmorona-se em cacos após umas dúzias de internamentos. A culpa é dos privados, do neoliberalismo e, evidentemente, de Pedro Passos Coelho, que manda nisto há 40 anos ininterruptos e não há maneira de deixar de mandar. Além do Natal, também temos de salvar o SNS.

Surtos. Flagelo que na imaginação do povo acontece em restaurantes, bares, discotecas e qualquer sítio que sirva para as pessoas se divertirem. É de bom tom propor pena de morte para “esses irresponsáveis que andam a espalhar a doença em restaurantes, bares e discotecas”. Não é de bom tom querer matar quem está em lares de idosos, hospitais e congressos de pneumologistas, os lugares onde começam os surtos reais.

Testes. Instrumento essencial no combate à pandemia. Os que contactam um infectado e testam positivo, entram em quarentena. Os que contactam um infectado e testam negativo, entram em quarentena. Importa testar mais.

Vacina. Protege contra o vírus, mas a seguir tende a proteger apenas contra a doença grave e passados dez minutos parece que nem isso. Dura uma quantidade de tempo indefinida, mas a seguir tende a durar seis meses e depois uns dois ou três. Basta uma ou duas doses, mas a seguir é essencial a terceira dose, que é aquela que antec_ede a quarta, a quinta e por aí fora até à décima oitava, que é aquela que nos concederá a imunidade de grupo. Desde que tomemos a décima nona, claro.

Vacinados. Pequena parcela de 95% da população adulta que se protegeu com a vacina e vive com justificados pavor e ódio da meia dúzia de cidadãos desprotegidos.

Variantes. Temos de manter comportamentos que nos defendam de eventuais novas variantes, que é o mesmo que evitar conduzir hoje porque um dia a estrada pode ser rasgada por um terramoto.

Vítimas. Os especialistas descobriram que as pessoas com 85 anos são mais propensas a adoecer e morrer do que as pessoas de 25. Em prol dos valores democráticos, lixa-se toda a gente.

CORONAVÍRUS   SAÚDE PÚBLICA   SAÚDE PANDEMIA

COMENTÁRIOS:

Snyder Cut: Já faltava os artigos imbecis do fã número 1 da covid-19. Sim, porque já se viu que não sabe dizer baboseiras sobre mais nada.         David Antunes: 5 estrelas! País de doidos, ignorantes e hipocondríacos. Manter a sanidade mental no meio disto começa a ser difícil!           josé maria: A grande medalha de Alberto Gonçalves é ser o maior elogiado dos ignorantes e negacionistas que abundam por aqui...           José Ramos: Um glossário divertido e que, infelizmente, "glossa" o "verdadeiro" significado dos termos neste admirável melhor-do-mundo novo. Gostei particularmente de "Óbitos. Desde Março de 2020, morre-se sempre por Covid, salvo se se morrer atropelado por um camião". É espantoso que o melhor-governo-do-mundo ainda não se tenha lembrado deste irrefutável axioma, passe a redundância, para ilibar a viatura onde seguia o ministro Cabrita!... Manuel Martins: Muito acutilante e cómica esta crónica.   AG no seu melhor.           João Afonso: A síntese com que descreve o "melhor" SNS de mundo é memorável. Aliás, um jornalista que saiu por detrás de um canteiro de azáleas, apanhou o PM Costa desprevenido e perguntou-lhe a razão do caos nos hospitais públicos. Muito naturalmente ele respondeu que desconhecia tal realidade, garantindo que se existirem quaisquer problemas, esses são consequência do neo-liberalismo, do grande capital e da feira de Borba.         Harry Dean Stanton: Mas não há só mais notícias. Já evoluiu no conceito de máscara que já deixou de ser um trapo qualquer mesmo sem sinais se continua a tratar a própria facis como fuças. Infelizmente além dos problemas todos associados à pandemia que não domina também ainda não conseguiu compreender que o mais básico de qualquer glossário é a escrita correcta dos termos. Tipo dicionário. Com especial cuidado com expressões estrangeiras, a evitar. Onde claro que não podia falhar aquela velha máxima dos nossos génios mais versados em línguas que na língua inglesa substituem sempre o i por um y. Que dá o famoso “sound byte”.    Mesmo que até a oralidade das duas letras seja para aí a sub-cave de qualquer curso rápido de inglês. Onde ainda antes de subirem para o rés-do-chão aprendem logo que o i se lê como ai e o y é que se lê como i. Que resulta em sound bite. Por mais estranho que possa parecer a um génio tão culto como o AG. Que basicamente devia deixar-se de glossários e pensar mas era num curso de inglês rápido durante a pandemia. Até lhe fazia bem aos nervos. E hoje já há cursos de bolso óptimos para os negacionistas mais grunhos não andarem a incomodar o mundo civilizado.        Ma Ria > Harry Dean Stanton: Meu Deus, tem tempo para escrever tanta palha? É k do seu coment. não se aproveita nada!          Joaquim Moreira: Este glossário actualizado, podendo parecer aqui ou ali até exagerado, obriga-nos a pensar mais um bocado! Na verdade, Alberto Gonçalves, com estas suas crónicas muito bem elaboradas, obriga a pensar e a reflectir sobre muitas instruções e ordens, muito mal dadas. E que, sem sombra de dúvida, tem permitido que péssimas políticas até saiam beneficiadas. Porque, parece ser e haver uma maioria que anda completamente assustada. Ao ponto de já ter ouvido uma cidadã, dizer em sua representação, que este "governo foi e continua a ser a nossa salvação". Perante esta afirmação, Alberto Gonçalves não só tem muita razão, como nos está a alertar para as doenças mentais que vão, em muito, aumentar! E que, eu próprio, posso confirmar, nos vários comentários, que, aqui mesmo no Observador, há muita gente a postar. Ao ponto de ser impossível dialogar. E a situação é tal, que só pode ser uma gravíssima doença mental!          Fulano de tal: Mais uma vez, nenhum dos comentadores que chama ignorante ao AG indica especificamente onde é que ele está errado nem o corrige em ponto nenhum. A coisa mais parecida com um contra-argumento que se encontra por aqui é "os outros também fizeram assim".          Pedra Nussapato > Fulano de tal: Quando o bom senso é zero e o objectivo é meramente ser polémico para gerar cliques não é possível estar-se certo em coisa nenhuma Elvis Wayne > Pedra Nussapato: Isso! foge com o "rabo à seringa". Qualquer coisa serve de desculpa para não teres que defender as banalidades que proferes regularmente.

mais um: Texto excelente. De zero a dez daria um onze!

Maria Tubucci: Certíssimo.

E digo mais, adaptando, o famoso poema de Bertold Brecht:

Primeiro levaram os não vacinados

Mas não me importei com isso

Eu era vacinado

Em seguida levaram alguns duplamente vacinados

Mas não me importei com isso

Eu também não era duplamente vacinado

Depois prenderam os tetramente vacinados

Mas não me importei com isso

Porque eu não sou tetramente vacinado

Sou hexamente vacinado

Também não me importei

Agora estão me levando

Mas já é tarde.

Como eu não me importei com ninguém

Ninguém se importa comigo.

Maria Melo: Desculpe, Alberto Gonçalves, mas existem mais problemas e casos sobre os quais poderia escrever. A sua análise do tema da COVID está esgotada. Ninguém investiga a sério é a origem da COVID-19 e o aparecimento de tantas variantes. E quais são as zonas realmente afectadas? A Europa. Porquê??? Eu gostava tanto de ler as suas antigas crónicas!           Liberal Assinante do Local > Maria Melo: Não, não está esgotada. Bem gostaria eu que estivesse esgotada. Os austríacos vão ser presos em casa e alguns deles "vacinados" à força. Nós aqui estamos à espera do que nos vai cair em cima, e já sabemos que vai cair. Leia a entrada no glossário para "Ciência", e tente negar o que lá está. Em rigor, tente negar alguma coisa do que Alberto Gonçalves coligiu e que não é para bons soldadinhos, obedientes e negacionistas, doentes mentais. Simplesmente Maria: Se me der licença, gostaria de acrescentar dois PP ao glossário. Pavor é o estado físico e psiquico que se manifesta entre a náusea e o vómito ao ouvir os infindáveis especialistas de TV sobre o tema Covid. Prazer é o estado fisico e psíquico entre a emoçáo e o riso quando se lê Alberto Gonçalves.          Amigo do Camolas: Quando o Brasil e os USA eram dos piores Países do mundo no combate à pandemia, a mídia e seus paineleiros sabiam todos que a culpa era dos genocidas Trump e Bolsonaro. E, constatando que, segundo a OCDE, o melhor SNS do mundo é afinal o segundo pior do mundo, a mesma mídia e seus paineleiros especialistas não conseguem encontrar o nome do PM português? Surpreendentemente, eles não podem. Mas todos sabem que eles estão a seguir a ciência. A ciência política.          Miguel Costa: Parabéns, Alberto Gonçalves! Genial! Cipião Numantino: Bom, bom, minha gente. Debater o glossário magistralmente  escrito pelo nosso estimado AG, digamos, é demasiada areia para a minha camioneta! É que nesta coisa do couvinhas, faltam-me certezas onde, confesso, me sobram um sem fim de dúvidas. Alinho pelas premissas de AG, mas não posso ignorar o que perpassa ante os meus olhos. Não obstante, quedo-me do lado de cá da "Força", quanto mais não seja porque na observância de actos e gestos, entre outros, da Drª. Graça Freitas, fico mais confundido do que um peru bêbado nas vésperas do Natal. E, pelo sim pelo não, oscilo entre ficar em casa a dar e a receber as compotas do Dr. Rui Portugal ou, então, a encher o peito de ar do juiz Fonseca, pensando que devo derrogar o conceito à base da bordoada e da porrada. Assim, como assim meus caros, mais uma vez tenho que dar de frosques para situações marginais, deixando estas temáticas para os "cientistas" que tanto me asseguram que o bicho é inofensivo como, logo a seguir, me fazem substabelecer a ideia que vai morrer tudo e que num golpe de mera sorte serei eu o único sobrevivente!!! Pessoal, prefiro centrar-me naquelas questiúnculas envolventes, à volta do dito bicho. E nada melhor do que perorar sobre a pulsão que todos os xuxualistas, d'aquém e d'além mar em África, têm pelo controlo das massas. Atenção que isto das massas interessa-lhes sobre as duas vertentes. Massas de mole humana e, massas, daquelas com que se compram os melões, está claro. Socialista que se preze gosta de controlo. Quanto mais não seja porque o remanso do redil se torna em absoluto propício à "pax socialista". Como tão bem explicou Pio Baroja "é muito mais difícil convencer um homem só do que uma inteira multidão". E a xuxalhada elevou este conceito a tais alturas que o controle de gentes e das situações constitui uma espécie de alfa e ómega de toda a sua permanente actuação. À laia de síntese, eu farto-me de rir quando quase toda a gente escreve que o socialismo é um fracasso. Puro engano, meus caros! Pelo contrário, o socialismo está absolutamente triunfante. Ora se não vejam: O Dr. Costa tem a vida dele mais do que garantida desde os jotinhas e nada mais fez do que mercadejar socialismo; O Dr. Ferroso Rodrigão com aquele seu ar bulldoguiano e de batráquio, idem aspas; o Dr. Nuno Santinhos vai pelo mesmo caminho tendo como preocupação extrema esconder o Maseratti; o Pinócrates 4 4 arrumou a vidinha de amigos, ex-mulher, filhos, cão, canário e periquito; o Gugu da O N U, foi chutado para cima e entre escovadelas e lambidelas, ganha mais num dia do que um comum mortal de nós ganhará em um ano; o Dr. Cem-Tino, mais um que de promoção em promoção foi parar aos píncaros e derrama grana mais do que a fontana de Trevi em Roma derrama água. Mas nem se pense que é só por cá. Lá pelas estranjas é mais do mesmo. Os familiares de Fidel vivem que nem nababos; o Kim coreano está mais gordo que um texugo; o filho do Lula, passou de varredor de có có de animais no zoo para um dos homens mais ricos do Brasil; finalmente, a filha de Maduro é a mulher mais rica de toda a América La trina. Donde, se conclui, que essa história de o socialismo ser um falhanço, só contaram mesmo para você! O socialismo resplandece para todo esse maralhal. O problema é que isto parece ser mesmo um jogo de soma zero. Enquanto uns vão tendo tudo, outros, vão tendo uma mão vazia e absolutamente cheia de nada! Não se trata de uma visão maniqueísta mas, esta gente, colocou-me a mim e a você, a trabalhar para eles. De permeio acenam com umas quantas migalhas aos ignaros que votam neles ou os suportam e a que eles chamam pomposamente de Justiça Social. Uma espécie avassaladora de imensos Judas que se vendem pelos sacrossantos 30 dinheiros ou por 10 euritos a mais na reforma. Meus caros, deixem-se de lirismos. O socialismo está bem vivo e recomenda-se. Nós, os que não pertencemos à trupe é que, pelo contrário, estamos todos, mas mesmo todos, phod i dos e mal pagos. Simples como isto!...           Jose Costa: A incongruência e histerismo no que respeita ao Covid bem descrita neste artigo.          advoga diabo: Portugal revelou-se um país esmagadoramente sensato se as circunstâncias verdadeiramente o exigem. Situação recorrente na sua História, desta vez consubstanciada no desempenho colectivo absolutamente notável perante a pandemia com resultados francamente positivos como se constata, essencialmente porque os portugueses sempre souberam remeter ao seu nicho gente nefasta como AG! Camarelli Trindade > advoga diabo: Um exercício de comédia que só lembra o diabo.          Hugo Lawrence > advoga diabo: " desempenho colectivo absolutamente notável perante a pandemia com resultados francamente positivos". Olhe que o diabo é humorista e eu não sabia? Eheh. Portugal só foi o pior país do mundo durante bastante tempo em janeiro do ano passado. Portugal só foi dos piores países do mundo meses mais tarde. Portugal só foi dos países mais restritivos e obteve resultados muito piores que a Suécia, que tem a mesma população e morreu muito menos gente. Portugal só teve uma mortalidade total absurda que nem a Covid justifica. Portugal só teve o mês de janeiro com menos pressão no SNS de há vários anos este janeiro (ou seja, janeiro de 2021 teve muito menos internamentos e urgências que anos anteriores) e mesmo assim foi o caos que foi. Portugal só se recusou a seguir a ciência e, em vez disso, seguiu um caminho totalitário que a evidência científica reconhece como errado, incluindo a própria OMS. Portugal só recusou centenas de médicos que se ofereceram para trabalhar de borla no SNS e nem lhes respondeu.  Podia estar aqui o dia todo, mas acho que a mensagem já passa.         Zapf Dingbats: Pois a mim não me espanta a docilidade submissa com que o povo português aceita a albarda das medidas desumanas impostas por este governo. Espanta-me, isso sim, a histeria que os nossos políticos conseguem actualmente incutir lá fora, junto de nações cultas. Por exemplo, na Alemanha dir-se-ia que andam a ouvir os boletins e recomendações do Infarmed. Na Holanda e Bélgica parece que seguem o Twitter de Marcelo e Costa. Na Áustria, onde segundo a Dra. Margarida Abreu pessoas aleatórias se abraçam e beijam nas ruas sem medo do bicho, adoptaram de forma radical os ensinamentos de Graça Freitas. Até na insuspeita Suécia, terra milagrosa onde o Covid não entra, parece que de repente se converteram todos à doutrina dos nossos especialistas da TV. Ora isto só pode ser um maquiavélico arqui-complô costista para tomada universal de poder. A outra alternativa – a de que pode haver um resquício de esboço de vestígio de fundamento de eficiência nas  medidas – é demasiado bizarra para sequer ser considerada.          José Paulo C Castro: Acho que já é evidente que o vírus fará sempre o seu caminho, mesmo com vacinação que apenas diminui os casos graves, pois irá continuando a infectar e variar.  Como qualquer vírus respiratório de consequências mais graves, iremos viver com ele. Basta que tirem as ilusões de controlo de um fenómeno antigo como o mundo e que sempre foi o que manteve a taxa de crescimento populacional baixa. O século XX, com os antibióticos, foi um pequeno intervalo nesse processo. Durou até a natureza se readaptar e usar menos as bactérias e mais outras formas de geração viral.          Pedro Fontes: Há cerca de um ano estavam os especialistas a ler as bulas das vacinas então criadas. Os fabricantes não recomendavam o seu uso a pessoas muito idosas. porquê? Porque as farmacêuticas não fizeram os testes clínicos das vacinas incluindo este grupo etário, eventualmente para não estragar os números da eficácia das vacinas. os especialistas portugueses fizeram então um draft do plano de vacinação que não dava prioridade aos idosos. Foram chamados de tolos/tontos pelo nosso Presidente. passado 1 ano , a economia destruída, valores democráticos espezinhados, e a população toda vacinada com vacinas experimentais das quais desconhecemos os e feitos a médio e longo prazo, estamos a concluir que estamos na estaca zero: os muito idosos ainda estão em risco e não é a vacina que vai fazer milagres. Bom Natal!                    Manuel Ferreira21: Excelente momento de leitura. Andamos às apalpadelas, mas há gente muito convencida que encontrou a verdade e a luz. Marcelo&Costa devem ser responsabilizados pela palhaçada pré-carnavalesca.             f Teixeira > João Guedes: Apesar de alguma razão em parte do que escreve AG (SNS e Dra Graça, por exemplo), a outra é puramente especulativa, exagerada e absurda. Não espantava que esta expressão fizesse parte do rol. Não é o caso. Obrigado pelo esclarecimento.           João Floriano: Excelente, irónico mordaz mas preocupante quando fala no ódio aos negacionistas que optam por não seguir o rebanho. E não brincamos quando países democráticos como Holanda e Alemanha adoptam medidas tão restritivas. Atenção que o glossário refere negacionistas duas vezes. Uns são os originais da pandemia e os outros são os "transgéneros" que se mudaram de crédulos das vacinas para negacionistas das mesmas, ao não acreditarem na sua eficácia, e por isso pedem agora a obrigatoriedade do uso das máscaras e mais confinamentos. Reparei no pormenor e percebi logo a intenção do AG.         Fernando Costa: Excelente artigo de opinião!!!.... subscrevo na íntegra! Eduardo L: Soberbo! E continuo a dizer: ainda há gente (e muita) que acredita e leva esta palhaçada a sério. FME: Glossário acutilante é muito bem atualizado.  Como são referidos dois tipos de negacionistas, talvez fosse importante também referir dois invernos; um ameno e outro rigoroso.  O Outono de 2020 foi o 2º outubro mais frio dos últimos 20 anos. O valor médio da temperatura do ar foi de 15.36 °C. Por comparação, em Outubro de 2021 o valor médio da temperatura do ar foi de 17.73 °C, o 2º mais quente nos últimos 20 anos, ou seja, em outubro de 2020 a sazonalidade foi muito mais propícia à infeção do que em 2021. Quanto a novembro de 2021 ainda não há dados, mas tudo indica que novembro de 2021 será muito mais quente do que foi em 2020. Vem isto a propósito da eficácia das vacinas, o grande trunfo que os especialistas + Marcelo + outros apresentam ao mundo, como justificação da nossa actual boa situação epidemiológica. O teste da eficácia das vacinas ao inverno ainda não se verificou (a sazonalidade na infeção existe: verão de 2020 foi melhor que o verão de 2021 em números da pandemia, apesar de ambos com infecções quase residuais). Quando chegar o frio perto dos zero graus e a chuva que encharca as paredes das casas menos protegidas e com zero tratamento térmico é que poderemos cantar de galo sobre a verdadeira eficácia das vacinas.  Eu espero que as vacinas nos protejam, mas estas ainda não foram colocadas à prova. No norte da Europa, onde o frio já se faz sentir, apesar de países menos vacinados que Portugal, alguns tem boas taxas de vacinação e estão com problemas graves. Será que a nossa taxa de quase 90% de vacinados nos irá salvar de um inverno rigoroso?            Hugo Lawrence > João Floriano: Ainda recentemente saiu um estudo que comprova exatamente isso, que este vírus é sazonal com grande incidência no Inverno, como qualquer vírus respiratório, e que as temperaturas baixas ajudam à sua propagação.               Vitor Batista: Só um cronista com uma verve demolidora como é Alberto Gonçalves, consegue gozar com esta mole imensa de políticos covideiros, e de especialistas de vão de escada que como ele diz e bem, se especializaram nos estúdios da TV, talvez a trocar compotas também.  José Henrique Cruz: Magistral!            Vitor Batista: AG provoca muita azia em pessoas politicamente correctas, seguidistas dos chefes das paróquias, e reféns do pensamento próprio.  O mundo segue um caminho perigoso, faz-me lembrar dos Judeus no Holocausto, estavam a ser chacinados como animais e nunca esboçaram qualquer rebelião.       Aw: Pode-se não gostar daquilo que escreve A.G. Democracia é isso mesmo. Mas, de facto, ele explora de maneira acutilante as contradições, as incongruências e as fragilidades desta máquina infernal, aspectos em que, por vezes, pouco se pensa. (Nota: corri apressado às três doses, a última das quais acompanhada da anti-gripal, muito deliberada e carneiramente). Excelente momento de leitura. Andamos às apalpadelas, mas há gente muito convencida que encontrou a verdade e a luz. Marcelo&Costa devem ser responsabilizados pela palhaçada pré-carnavalesca. Palerma: negacionista inteligente que tem a oportunidade de escrever em publicação reconhecida e que no meio de uma série de bons argumentos resolve defender algumas idiotices só para ser do contra, concretizando a ideia de que é negacionista e que abdica da sua inteligência só para ser do contra tornando-se tão seguidista como os que tanto crítica.

………………………..

Nenhum comentário: