domingo, 7 de julho de 2024

ARRANHÕES


Nas honras e nas susceptibilidades, uma constante, neste nosso mundo cão, a que as “escutas” telefónicas, hoje em discussão na imprensa, têm relevo, para efeitos de solução judicial. Alberto Gonçalves assim se e nos diverte, em exemplificação própria, ao seu jeito vivo, sem tréguas.

Melhores cumprimentos, Francisco

Na sacrossanta matéria do segredo de justiça, aliás sobrevalorizado em Portugal face à Europa, eu escolho a justiça. O Francisco e os que ele representa escolhem o segredo.

ALBERTO GONÇALVES Colunista do Observador

OBSERVADOR, 06 jul. 2024, 00:209

Há quinze dias, a propósito da “escuta” a um telefonema entre António Costa e João Galamba, critiquei aqui umas declarações do Francisco Mendes da Silva, que estava furioso com a transcrição e a divulgação da conversa, mas nada furioso quanto ao conteúdo. Uma semana depois, o Francisco respondeu-me no “Público”. A resposta é esquisita.

O Francisco começa por esclarecer que nos conhecemos. Confirmo. Na heróica época dos blogues, estivemos juntos em meia dúzia de repastos “colectivos”. Uma ocasião, após um desses almoços, o Francisco fez um desvio considerável para me dar boleia, favor que muito apreciei e agradeci. Vi-o pela última vez em Viseu, salvo o erro em 2016. Que me lembre, nunca falámos ao telefone. Nunca trocámos mensagens ou e-mails. Ou seja, não nos conhecemos o suficiente para que o Francisco saiba qualquer pormenor da minha vida privada. Isso não o impediu de inventar o esboço de uma, de modo a servir de “contexto” ao que escrevo e a encaixar (retribuo o verbo) numa “tese” que ele julgará demolidora.

Diz o Francisco que me “especializei” na “linhagem do eremita telúrico, misantropo, quase Maurrasiano, que flagela as oligarquias degeneradas da pátria a partir dos confins imaculados da dita”. No alvo, caramba. Como é que o Francisco obteve tanta informação sem acesso a “escutas”, jamais perceberei. E a preciosa alusão a Maurras, um patriota e um anti-semita, descreve-me na perfeição. Porém, o importante não é a plausibilidade. O importante é que, ao enfiar-me na tal “linhagem”, o Francisco amarrota-me o carácter, expõe-me as intenções e desvaloriza-me a opinião. Confesso-me derrotado.

E tudo porque não fui o primeiro a usar o argumento ad hominem. Se me tivesse ocorrido, teria comparado o Francisco a Artur Corvelo, o poeta romântico de Viseu, perdão, de Oliveira de Azeméis que “sobe” à capital, a literal e o romance do Eça. Sucede que nem Lisboa satisfaz o Francisco, que visivelmente preferia Londres. As “redes sociais” dele estão apinhadas de indícios: o Francisco venera agrupamentos pop britânicos, apoia a selecção inglesa da bola, refere os restaurantes do Soho com esmagadora familiaridade, estampa o nome de Evelyn Waugh em bonés, etc. O Francisco é o Artur Corvelo em escala para um voo indefinidamente adiado. Resta-lhe, para fins de integração, vaguear pelo terminal, desculpem, pelo Chiado, não na companhia dos Waugh, pai ou filho, de Jeffrey Bernard ou, vá lá, de Douglas Murray, mas na das figuras um bocadinho caipiras que, aqui na paróquia, habitam um airoso espaço comum ao “comentário” televisivo e ao poder político, com curiosa inclinação para o PS. E cuja amizade o Francisco – e muito bem – não esconde.

Ao perder a oportunidade do ad hominem, não posso responsabilizar as más companhias pelas convicções profundas do Francisco, por coincidência iguaizinhas às dos seus amigos. Assim, recorro novamente aos factos relatados na crónica inicial. As mencionadas “escutas” apanharam um telefonema em que o dr. Costa informa o dr. Galamba de que a ex-CEO da TAP seria enxotada para aliviar as chatices que se acumulavam em cima do governo. O Francisco acha que semelhantes intimidades não possuem “relevância criminal”, e que o mero interesse público não justifica a divulgação. Eu acho que a conversa demonstra as mentiras cometidas pelos governantes, incluindo na comissão parlamentar (o que constitui crime), para “explicar” o despedimento da senhora. Além disso, parece-me excessivo altruísmo considerar que uma possível indemnização de milhões apenas para salvar o PS não é assunto que diga respeito aos cidadãos.

Conversas à parte, o factor decisivo é o ardor com que o Francisco, imitando os inúmeros ortodoxos que saltam a cada ameaça de escrutínio, assume as dores dos políticos, e das personagens maiores e menores que gravitam em redor dos políticos, contra os “abusos” do sistema judicial. Um estrangeiro que o ouça, e não faltarão ingleses a fazê-lo, imaginará que a classe política, coitadita, vive perseguida por juízes despóticos, que vigiam esses mártires do bem-comum sem pudor nem regras. A realidade discorda. Os eventuais excessos do Ministério Público não equivalem à corrupção, ao compadrio e ao genérico à-vontade de outros ministérios. Por muito que o Francisco, os amigos do Francisco e demais sumidades aflitas finjam o oposto, a discutível impunidade da Justiça não se compara em gravidade e frequência à claríssima impunidade da política. E o escândalo que encenam a pretexto daquela visa assegurar a permanência desta.

A terminar, duas coisas. Primeira coisa: com a excitação, o Francisco chamou à transcrição e divulgação da célebre conversa “um sintoma de uma cultura insuportavelmente antidemocrática”, ficando a um passinho de repetir o bordão em voga e aludir à PIDE. O Francisco devia aprender que, para evitar cair no populismo, não basta subscrever manifestos anti-Trump e malhar no Chega. A segunda coisa é uma nota final: na sacrossanta matéria do segredo de justiça, aliás sobrevalorizado em Portugal face a boa parte do Ocidente, eu escolho a justiça. O Francisco e os que ele representa escolhem o segredo. Afinal, o Francisco está no país certo e eu não. Vai-se a ver e ele é que é o telúrico.

SEGREDO DE JUSTIÇA     JUSTIÇA     CORRUPÇÃO

COMENTÁRIOS (DE 9)

José B Dias > José Cordeiro: Não é, e infelizmente, apenas obra do PS ... o PSD(ois) e os demais minions muito têm feito no mesmo sentido. Não é um partido, não são os partidos ... é mesmo o Regime que já apodreceu por completo.              MCMCA A > José Paulo Castro: Nem mais, porque têm medo e vergonha de se afirmarem de direita                 Victor Goncalves > Carlos Chaves: Não há problema. Nessa altura mudam para a Direita.                MCMCA A > Maria Tubucci: Mas os meninos dos media clamarão "o verão mais quente de sempre"                Abilio Silva > Maria Tubucci: O tonecas da Onu ainda vai culpar o “el ninö” e “la ninä” les enfants terribles de todas estas mudanças.                João Angolano: O problema do Francisco é que já se vendeu. Aparecer nas tvs tem um custo. As tvs que já ninguém vê a não ser os próprios quando chegam a casa e põem para trás para ver a performance….mas quem é que tem interesse em assistir àquelas conversas ???                 J. D.L.: Nunca tinha ouvido falar do sujeito... O dr. Francisco ou é um excelente jurista e péssimo democrata, ou um péssimo jurista e péssimo democrata. E porque escreverá no Público se é contra que se torne pública a corrupção em que a nossa classe politica floresce?             Rui Lima: Pela minha experiência e contactos com amigos e conhecidos de esquerda só os incomoda as escutas a políticos de esquerda, a boa escuta é a de um político de direita.                José Cordeiro: A sua luta é a minha e a de muitos portugueses que não se revêem na podridão mansa e bafienta do regime criado pelo PS que metodicamente mente ao povinho e onde os Franciscos desta vida (esse não sei quem é pela relevância que tem),ancoraram as suas vidas! Bem haja pela sua frontalidade de não ter papas na língua, coisa rara neste país, onde quem tem coragem se sente marginalizado! É bom ser homem quando “os temos no sítio”! Parabéns    Eduardo Cunha: excelente. o azar é o país estar pejado de chicos, desculpem, franciscos.       Miguel Vilaverde > Pedra Nussapato: Pois, caladinho e bem comportado, era o ideal. "Quem se mete com o PS, leva!" Eu percebo.              Lily Lx: Pois… para salvar as mentiras da classe política e a sua ética de farsa, está cá o PS, o BE e a comunicação social toda, arrastando a parte sonante do PSD e da IL. Para salvar o país e os contribuintes… nada. Não há interesse público suficiente.                Tiago Marques: O Chico foi mais um dos que levou o CDS à ruína. É da tal ''direita'' que a esquerda adora.               Pertinaz: A maçonaria é uma chatice… cruzam-se todos por lá…              bento guerra: Ainda pensei que fosse o Francisco de Roma. Esse outro, o contratado da Sic, tem apelido de família, gosta de dizer coisas e até lhe pagam. Não justifica gastar cera com ele. É apenas um colega da Ana Gomes e do RAP              José Paulo Castro: O que mais há na direita mediática é disto: adeptos de princípios de esquerda a 'corrigir' os fundamentalistas da direita. Depois, preferem segredos a justiça, défices e dívidas a respeito pelos contribuintes, globalizações a nacionalismos, políticas sociais ao direito à propriedade, etc. Mas usam o rótulo de verdadeira direita, dizem eles...         Maria Tubucci: A bolha contra-ataca, Sr AG. O chico-esperto é sustentado pelas redes de poder logo tem de vir sabujamente servir o poder, que não gosta que lhe destapem a careca. Este capacho só serve para limpar os pés, a opinião dele é a opinião do dono. O dono considera que os fora da bolha são acéfalos e amorfos e que, o povo só tem de comer a palha que eles servem, para o seu bem. A gentinha da bolha só o desprezo merece, este telúrico nem isso. Agora vamos a coisas verdadeiramente sérias. Hoje acordei, 6:25, afastei o cortinado, contemplei o meu horizonte, estava carregado de nuvens, negras, grossas e espessas, que os pontos cardeais dizem vir do mar. O vento, nortada fria, há muito fustigava a portada antevendo este cenário. Também os meus vizinhos de cima, os pardais do telhado, estavam calados que nem ratos, hoje não andaram a mover a “mobília”. Por onde anda o Verão do antigamente? Será que agora também temos de aturar um verão trans? Género fluido, ½ verão e ½ outono. Não quero. Só quero um verão com 3 meses de calor, quente, seco e abafado, onde a cigarra rebentava de tanto cantar. Não quero um verão de 3 dias de calor e 6 dias de frio, chuva e casaco polar. Isto não é rabugem é mesmo cansaço. Quero um verão a sério...                 Isabel Amorim: Mais uma vez fartei-me de rir com o seu humor acutilante para começar um sábado. O tal de Francisco tão "inglesado" ( são de rir estes pós parolos) não passa de um banal Chico esperto, mas deve-se achar o máximo lá no mundinho pequeno dos likes e das selfies, e pior, também assalariado daquela coisa horrível que é a SIC que vomita programas de baixo nível para gente da mesma linha. (Ah e Londres era o máximo nos anos 80/90 depois perdeu metade da graça)           António Lamas: Ó Alberto, desde que o Papa Francisco chegou a Roma, todos, todos, querem ser "Franciscos" Não paga a pena perder o patim com gente que o Nuno Poças tão bem caracterizou no texto publicado aqui no Observador sobre a "Intelectualidade Lisboeta"             Gustavo Lopes: A chatice é que para responder ao “Chiquinho” o AG gastou uma crónica que eu preferia doutro teor!!! Temas não faltam… Ignore os Franciscos desta vida, e presenteie-nos com a sua prosa característica, caro AG!! Cumprimentos              Antonio Serrano: Toca a dar bordoada no Francisco e camaradas. Que não lhe falte o bordão e o engenho. Como hoje!                   Jose Augusto Mira >  Pires Borges: O princípio do tal Francisco é o mesmo da Máfia: Podes cometer crimes, não podes é ser apanhado! Nem escutado…              GateKeeper: Caro Alberto, confesso que tive que recorrer à "sapiência maniqueísta" da WikiP para perceber quem era e é o personagem, d'acordo com a versão "oficiel" do ex-cds. Algures na sua SacroSanta vidinha este rapaz alinhou no "vira-bicos" do Freitas e do Basí-lico, para o lado do rato (centrão vagamente esquerdalho ps+cd'p's2. E... Pelo que percebi, por lá ficou, no largo; ou seja mudou de "casa" do caldas prò rato e levou com ele a demo-chris de penduricalho. Assim, esta sua crónica tem tida a razão de ser, reforçada por, publicamente, tal como o personagem em estudo, lhe responder. Embora no meu caso " me dê para ignorar esta maltaria, gosto sempre de ler/ver/ouvir quem não as/os ignora e lhes aponta o tal espelhinho que insistem em não (se) verem. Esta tipologia de personagens-cinza que pululam pela "cs" avençada [neste caso no pasquim xuxú 'o público"] e pelos gabinetes de qualquer coisa e feitio, caracteriza-se por permanecer na ultima posição "de tacho". E defendem-na com muita lata e denodo. No seu caso gostei do que li.             João Floriano: Recentemente muitos comentadores desataram a enfrentar-se e a responder uns aos outros através dos jornais. Nada contra, apesar de reconhecer que concedem espaço uns aos outros. No caso de Francisco Mendes da Silva uma figura perfeitamente apagada, que aparece de tempos a tempos no comentário televisivo do costume, mas sem despertar qualquer interesse ou curiosidade, tem aqui o seu momento de fama através da mão de AG. Aconteceu o mesmo recentemente com a esquecida Dra. Joacine Katar Moreira por quem mais ninguém se tinha interessado até o Dr. João Pedro Marques lhe ter respondido. No caso presente a resposta de AG serviu para lembrar a todos nós que depressa esquecemos, que o caso da Dra. Ourmières-Widener, aquela ex gestora da TAP enrolada nas trapalhadas de PNS e o seu whatsapp e na indemnização da Dra Alexandra já nem me lembro o apelido, não parou, continua e que vamos ter de pagar a indemnização choruda devido à incompetência dos socialistas. Quanto ao Dr. Francisco Mendes da Silva, o que se pode dizer deste CDS? Apenas que é um fofo, tão fofo como o pão de ló que os ingleses chamam de sponge cake. É desta direita que a esquerda gosta. O sponge cake não dá trabalho nenhum a deglutir e nunca fica entalado no gasganete. É facilmente engolido e nunca ninguém ficou engasgado com um sponge cake. E ainda por cima sai barato.             Joaquim Almeida: A questão do despedimento da CEO daTAP é mais do que um assunto de interesse público. - é uma questão de administração pública - e como tal não é uma questão privada em conversa privada de dois ministros, protegida pelo direito à privacidade individual. Se não mentissem na CPI, não precisávamos da escuta para nada.             Cisca Impllit: E eu que tinha alguma simpatia por Francisco MS ..

Mas de algum tempo para cá - nem em honra ao que já foi, esfuma-se com um cigarro que caiu "beató" no calçada do Chiado                  Maria Emília Santos Santos: A democracia é um bem porque dá possibilidades a todos de se expressarem e poderem exercer o seu direito de voto, para a formação de um governo que a todos contemple! Ou devia ser! O problema é que quem tem o domínio do poder, depressa se torna antidemocrata, como é o caso do PS e do resto das esquerdas! Esses ditadores, que têm levado a Europa à maior de todas as catástrofes, não admitem que outros partidos possam diferir deles! Eles julgam-se donos da sabedoria e da democracia, e sentem-se no direito de excluir todos os outros, mesmo que o povo lhes tenha demonstrado que os preferem! Democracia para o tal Francisco de quem nunca ouvi falar, é igual a ditadura de esquerda radical! E quando não houver possibilidades de entendimento, arranja-se "justiça" que julgue a favor do segredo de justiça! Isto é que é um democrata!               Carlos Chaves: Também é por causa dos “Franciscos Mendes da Silva” que pululam na comunicação social que a esquerda tem a popularidade que ainda tem! Mas os tempos estão a mudar, olhemos para o que que se está a passar no resto da Europa, aqui demora mais um bocadinho a chegar mas... há-de chegar! E os “Franciscos Mendes da Silva” irão sentir o ridículo das suas pregações!              Manuel Filipe Correia de Araújo: Há muitos anos que o Francisco é um "Idiota Útil" chapado ao serviço do xuxalismo e como tal é remunerado na CS. Só não sei se também tem influências nefastas das Obediências Maçónicas, mas alguém saberá muito melhor do que eu!               Vitor Prata: O chico parece ser mais um espertalhão a querer protagonismo malhando (à maneira socialista) no MP para proteger outros espertalhões abafadores ds coisa publica.               António Sabbo: Excelente resposta. Há que acabar de vez com a censura ditatorial do “politicamente correcto“.                Jorge Barbosa: Excelente artigo pondo a nu o politicamente crápula que é o Francisco Mendes da Silva, um dos tais "direitistas" que para seguirem fácil carreira assumem-se como não socialistas mas sempre demarcando-se do cavaquismo e do passismo de molde a não perderem o palco que a agenda socialista lhes permite. Seguindo a escola do Freitas do Amaral e do Basilio, também este, vaticino eu, acabará no PS               Sérgio Coelho: Soberbo, como sempre!! Eu também prefiro a JUSTIÇA (com todos os seus defeitos) aos politiqueiros e comentadeiros e jornaleiros e jornalixos avençados e CORRUPTOS!                 João Ramos: Infelizmente ainda há Franciscos a mais por estas bandas, apenas sabem servir o seu dono mesmo quando o tal dono estraga tudo à sua volta como tem sido o caso…          maria santos: O segredo de justiça é uma figura jurídica de direito penal que tem como função acautelar o acesso ao conteúdo da documentação e dos despachos constantes do inquérito crime, por pessoas alheias ao titular da acção penal. Não tem uma função, ad hominem, de proteger a pessoa que está a ser investigada. Por isso está correcta e aplaudo a frase do Autor: "em matéria de segredo de justiça eu escolho a justiça e os que ele representa escolhem o segredo"                     Maria Cordes: O ambiente que rodeava Costa, era asfixiante, desde os Ferro Rodrigues, e Pedroso, que tresandavam aos segredos da Casa Pia, o César que meteu todos, todos em tachos, os Gamovs e Sirespes, a semanal noticia de mais um do Largo do Rato, apanhado em obras nas instalações da Defesa, que recebiam eletrodomésticos e outras prebendas, as ferrovias, sendo a cereja em cima do enorme bolo, as estantes do IKEA. O que se tem passado é inimaginável. Aquela gente da Óropa, deve ser ceguinha. Mas a culpa, é das escutas. Sim, autênticos chulos e parasitas... onde se inclui este jornal que nos pede apoios (eu burro já o fiz) para serem “independentes”... e depois tresandam a socialismo! É certo que nunca disseram que seriam imparciais, daí eu ser comedido nas minhas palavras!                  José Paulo Castro > MCMCA A: Porque algures no tempo ficou estabelecida a ideia errada de que os 'intelectuais' são de esquerda e, logo, os principios deles são superiores. A verdade é que os 'intelectuais' são de esquerda porque acabam todos a ser pagos pelo erário público e querem continuar assim: não há princípios de esquerda superiores, há dinheiro público para quem defenda princípios de esquerda. É esta a distorção. O que não há é mecenas privados que paguem a 'pensadores'. Isso acabou com o fim da aristocracia e só subsiste em algumas (poucas) universidades com mecenas privados. Foi a partir daqui que surgiu o fenómeno dos 'intelectuais' de esquerda que se apoiam e validam mutuamente. Daqui, conquistaram as redações dos media. Depois, as universidades públicas. Mas os princípios de esquerda não são certos ou superiores. Pagam melhor, por enquanto... Acabar com isto implica criar um mecenato privado a sério, orientado a objectivos, que substitua o financiamento público desta 'intelectualidade' e pretensa 'arte' que para aí vai. Infelizmente, os únicos que ainda fazem algo disto são as máfias, mas para lavar dinheiro... É necessário enquadrar isto melhor. Nos EUA, por exemplo, até 5% dos lucros investidos em ciência por privados eram isentos de impostos até há bem pouco tempo. Isso foi a base da superioridade cientifica dos EUA. As universidades financiavam-se com as empresas tecnológicas. O Estado apoiava depois os programas escolhidos a financiar.               Meio Vazio > Gustavo Lopes: Mas mesmo esta, sobretudo na forma - ao melhor estilo dos panfletos de finais do sec. XIX -, está soberba.

 

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