Como lição de todo o sempre.
Para sempre, também. Por isso, temos o fado, como canção imorredoira.
Os turistas um dia ficam fartos?
As populações locais começam a
revoltar-se contra o turismo. Se queremos ter turismo, o caminho mais racional
é gerir a procura, para ela não desaparecer.
HELENA GARRIDO Colunista
OBSERVADOR, 30
jul. 2024, 06:1663
O
ocidental entrou na barbearia e, nesse exacto momento, o dono obrigou o local,
que estava sentado a cortar o cabelo, a sair da cadeira. O cliente que acabava
de entrar prometia um preço mais alto e muito provavelmente uma boa gorjeta. É uma
história real que de forma quase caricatural nos dá uma imagem de detalhes do quotidiano que sofrem com o turismo.
Multipliquemos este efeito pelas
várias vertentes da vida, afectadas pelo número absurdamente elevado de
turistas em alguns locais. E assim percebemos porque é que o turismo de massas
começa a ser rejeitado, em alguns casos de forma violenta, em Barcelona, nas
ilhas Baleares, em Amesterdão, em Quioto ou até em Sintra.
No
domingo dia 21 de Julho, cerca de 50 mil pessoas, de acordo com a CNN,
manifestaram-se na ilha de Maiorca pedindo um modelo diferente de turismo. Em
Barcelona, os turistas são atingidos com pistolas de água. Amesterdão tem uma
campanha dirigida a quem tem entre 18 e 35 anos, nomeadamente ingleses,
avisando que se forem para a cidade criar conflitos serão multados e presos e,
por isso, avisam “stay away”. Sintra tem um movimento o QSintra
apelando a turismo de qualidade e
não em quantidade. Em Quioto, no Japão, há ruas no bairro das
gueixas com o acesso condicionado a turistas por sucessivos comportamentos que não respeitam as regras
básicas. Também no
Japão, a cidade de Fujikawaguchiko resolveu
colocar barreiras e uma
cortina para bloquear a vista para o monte Fuji, depois de ter tentado tudo
para moderar os turistas – e a iniciativa foi tomada apesar da dependência que
a localidade tem do turismo. E
na Suiça, o acesso ao lago Riffelsee, em Zermat, está agora condicionado para proteger a
flora local. São apenas alguns exemplos.
Além do turismo de massas, que tem o
seu efeito mais significativo através dos grandes barcos de cruzeiro, o mundo
enfrenta um novo turismo com efeitos igualmente nefastos, os “instagramers” em
busca da fotografia perfeita, sem olharem aos danos que podem causar. Somam-se
ainda, ao turismo, as políticas de atracção dos designados nómadas digitais,
jovens adultos bem pagos com impactos muito semelhantes nas comunidades locais,
designadamente no que diz respeito ao custo de vida e ao preço das casas.
As políticas públicas têm estado em
geral indiferentes às consequências do turismo em excesso na vida da população,
só começando agora a reagir em alguns países, mas não
em Portugal – onde este
Governo até recuou no Alojamento Local. E as consequências no país
são já bastante visíveis, não se limitando aos temas mais graves, como a
habitação, ou que provocam uma degradação da qualidade de vida em geral dos
locais, como acontece em Sintra onde quem lá vive se sente no meio de um parque
temático. Há outros efeitos menos visíveis, como nos transportes públicos.
Tente-se, por exemplo, apanhar um autocarro, pela manhã, do Cais do Sodré em
direcção a Belém para se perceber como o turismo, sem um ajustamento adequado
da oferta, tem impacto na vida de quem quer ir para o trabalho e anda de
transportes públicos.
A razão pela qual os governos têm
desvalorizado os efeitos do turismo na vida dos locais pode ser encontrada na necessidade que os políticos têm de obter
resultados no curto prazo, desvalorizando os efeitos negativos a médio e longo
prazo. Vale a pena ler Ricardo Pais Mamede no Público sobre os efeitos estruturais do
turismo e a razão pela qual os governos lhes fecham os olhos. A irracionalidade é tal, ou o poder do
sector, que das 60 medidas do programa Acelerar a Economia, 17 são dirigidas ao
Turismo quando manifestamente não precisa de ser dinamizado.
A reacção das populações, como
aquelas a que se começa a assistir em Espanha e mesmo por aqui em Sintra, é a
via para que os governos e os poderes locais comecem a levar mais a sério os
efeitos que o excesso de turismo está a ter. Vendo-se perante a possibilidade de
perder votos, na sequência de o excesso de turismo que, como têm dito os seus
críticos em Espanha, beneficia alguns e prejudica a maioria, tornando a vida
dos locais impossível, a classe política vai começar a reagir.
E o que se pode fazer? Há várias medidas que passam ou por actuar na
quantidade ou no preço. Ricardo Reis,
no Expresso, destaca fundamentalmente medidas do lado dos
preços. Na prática é internalizar, através de taxas, por exemplo, os custos
económicos que o turismo está a gerar. Ou seja, o preço que estão a pagar
para visitar, por exemplo, Sintra, é inferior ao custo total da sua presença.
Em alguns casos, no entanto, vale a pena pensar em limites quantitativos,
designadamente quando se trata de destinos como ilhas. Por exemplo, Fernando
Noronha, no Brasil, tem um limite de 132 mil pessoas por ano e 11 mil
pessoas por mês. Também a subida ao
Monte Fuji, no Japão, passou a ter limites mais apertados e
preços mais elevados.
Outras
medidas, como limitar a oferta de alojamento não podem igualmente ser colocadas
de parte. A quantidade de hotéis na baixa de Lisboa, além de descaracterizar a
cidade, tornando-a também por isso menos interessante para os turistas,
significa igualmente menos casas para os locais. O mesmo se passa com o
alojamento local, que tem de ter obviamente limites, levando aqui em
consideração o facto de se estar a actuar sobre micro-empresas – a intervenção
tem de ser planeada para não colocar em risco o rendimento de uma família.
Tem ainda de se actuar sobre o tipo
de turismo com maiores impactos negativos: os cruzeiros. Além do efeito ambiental, o retorno que
dão aos locais que visitam é muito baixo já que são em geral pacotes de tudo
pago dentro do navio. Neste caso a via mais eficaz é a do preço, elevando as
taxas de entrada nos portos.
Ninguém
quer obviamente acabar com o turismo, mas a dimensão que assumiu exige mais
regulação, adequando nomeadamente o preço ao seu custo económico e social. Um
turista gera receita nos restaurantes, nos hotéis e nos museus. Mas gera um
custo não contabilizado associado às infraestruturas do país que utiliza,
algumas das quais são indivisíveis – se eles as usam os locais não as podem
utilizar -, o que acontece nos transportes mas também na habitação.
Os governos, o português e todos aqueles
que enfrentam a pressão do turismo de massas, terão de lidar, mais cedo ou mais tarde, com este problema por via
da revolta das populações. A próxima fase pode prejudicar o próprio sector,
afastando os turistas. Vale mais gerir a procura do que de repente ficarmos sem
ela. Porque os turistas também podem ficar fartos de irem a sítios onde só há
turistas e onde começam a ser maltratados.
COMENTÁRIOS (de 63)
Tim do A: O turismo, a aposta do centrão, é errada como aposta
única. Pois o turismo é uma indústria de baixo valor acrescentado, de baixa
produtividade e de salários mínimos, transformado os portugueses numa população
ainda mais pobre e servil. A falta de estratégia dos nossos governantes da AD e
do PS é perdedora relativamente aos países de leste que nos ultrapassam. Assim
vamos mesmo ficar os mais pobres da Europa. Mas deve ser isso que serve os
interesses do lobbie da maçonaria. Rui Lima: Recentemente ouvi o Director
de pesquisa e estudos da Natixis e administrador da Total falar de Portugal ,
do país que desistiu de ir mais longe na produtividade, aposta no baixo
valor de tudo o que tem pouco valor acrescentado, turismo e agricultura que
nunca darão salários decentes, não é com estas actividades que irão pagar a
reforma e saúde nossa e dos imigrantes que também vão ficar velhos e doentes. Dizer que, importando estrangeiros para
actividades pouco produtivas, vão resolver o problema da segurança social é o
maior disparate e erro da história de Portugal. A Holanda recebe
estrangeiros hiper diplomados para trabalhar na empresa mais importante do
mundo e a mais valiosa da Europa a ASML, o que estamos a fazer vai agravar os equilíbrios da
segurança social daqui a um anos, mas os actuais políticos nunca pensam no
futuro. Lamento que ninguém faça contas a taxa de reposição é maior nos baixos
salários, baixos salários dão pouco Irs, 80% do custo da saúde é 24 meses antes
de morrer e o custa é o mesmo para quem descontou muito ou nada , ou seja um
estado social não é possível nestas condições.
Para dar uma ideia, a LVMH contribuiu mais para o PIB francês que toda a
Agricultura, e a França é um país agrícola, é esta empresa que paga a reforma e
a saúde dos franceses com os muitos milhares de milhões que paga, de impostos ,
nenhum país com turismo e agricultura paga o estado social.
João Floriano: Parece
que o Algarve está a voltar ao antigo hábito de servir preferencialmente o
turista estrangeiro e deixar a secar o turista nacional. Aconteceu-me em vários
restaurantes, ficar sentado à espera que o meu almoço ou jantar chegasse à
mesa, enquanto outros eram servidos primeiro porque eram estrangeiros. Depois
passou-se por um período de carência e o turista nacional passou a receber mais
atenção. Agora voltamos ao mesmo, com duas agravantes: a violência e o
turismo das mochilas. Os turistas das mochilas, também já fui um deles, não
vão a restaurantes mas sentam-se num banco de jardim a comer a sandes que
compararam no supermercado da esquina. Não pagam hotéis caros, mas hotéis onde
dormem em camaratas com beliches, correndo uma série de perigos porque não
se sabe se quem ressona na tarimba ao lado é um maluco com surtos psicóticos e
uma preferência por facas, muito em voga hoje em dia. Os nómadas digitais
não são melhores. Temos em mãos o caso misterioso da morte do jovem alemão da
carrinha carbonizada. Contudo tenho reservas quanto a classificar o AL como um
vilão. Na proposta apresentada por Marina Gonçalves, o AL era o mau da fita, um
dos grandes culpados da falta de casas para alugar. Felizmente Marina Gonçalves
é hoje uma simples deputada a bater palmas ao presente líder do PS e também à
futura líder, já que Alexandra Leitão está bem posicionada na calha da
sucessão. Para além do turismo dos pelintras há a bolha dos turistas com
capacidade económica. Encontramo-los nos campos de golfe do Algarve (muitos
reduzem Portugal apenas ao Algarve e nunca saíram da sua bolha de hotéis de
cinco estrelas.) São os que pagam 50 euros por uma eiro. Por garrafa de
Gatão ou Casal Garcia e acham barato. O outro local onde os podemos encontrar é
o Douro vinhat enquanto ainda não dá para ficarem fartos, mas sendo os destinos
turísticos uma questão de moda, lá chegará o dia em que Portugal deixará de
estar na moda, apesar de ser um destino barato. A articulista fala do
impacto dos cruzeiros e concordo que Lisboa devia estudar esse impacto e como
tirar proveito dos milhares de turistas que chegam de manhã ao terminal de
Santa Apolónia e partem às cinco da tarde. Tendo em consideração as
verdadeiras cidades flutuantes que cada vez são maiores e o facto de Lisboa ser
porta de entrada e saída para vários destinos de cruzeiros devido à sua posição
estratégica, é um tipo de turismo e turista que a CML e o governo deviam
estudar com muita atenção. Manuel
Pinheiro: Bom artigo que valoriza (não diaboliza ) o turismo mas o enquadra numa
necessidade de sustentabilidade social e económica. Sendo o turismo uma actividade
essencial ao país, deve ser tratado de forma positiva e responsável e não
como uma corrida de sprint nem como a fonte de todos os males. João Floriano > Rui
Lima: Caro Rui, de
estranho não tem absolutamente nada. Antes de março a freguesia de Santa Maria
Maior era um exemplo de inclusividade e multiculturalismo, onde todos se davam
bem. Agora que o governo é PSD, apareceram as queixas e ontem a PSP deteve
vários indivíduos, resta saber se não serão apenas arraia-miúda e se dentro de
semanas não estará tudo na mesma. Faz parte da estratégia de desculpabilização
e não reconhecimento das culpas próprias por parte do PS, que entre 2016 (vamos
esquecer os últimos meses de 2015) e 2024 destruiu Portugal coadjuvado pela
extrema esquerda. Tutto
Gama: E vai daí,
vamos construir um aeroporto para meter cá o dobro ou o triplo dos turistas que
já cá temos... Joaquim Rodrigues: Numa excelente entrevista dada
ao Observador, o professor de Economia em Nova Iorque, Luís Cabral, referiu não
perceber o interesse estratégico de o Estado manter a propriedade da TAP,
afirmando: “É um imposto pago pelo português médio que beneficia portugueses de
classes de rendimentos mais elevados”. O problema é que, atrás da TAP pública
subsidiada pelos contribuintes, vem um “megalómano-Hub” subsidiado pelos contribuintes,
atrás de um megalómano Hub vem Alcochete pago pelos contribuintes, atrás de
Alcochete vem uma terceira travessia do Tejo Chelas-Barreiro, paga pelos
contribuintes, atrás de uma terceira travessia do Tejo vem um TGV com uma
estação ferroviária a 60Kms de Lisboa para tramar os milhões de utilizadores
nacionais da ferrovia, e atrás de tudo isso vem o “turismo rasca” que vai
atrasar o desenvolvimento de Portugal por mais quatro décadas. Numa avaliação
sumária, que qualquer um de nós pode confirmar com meia dúzia de contas,
contabilizando apenas custos directos de investimento inicial e custos de
operação/exploração, a opção Alcochete (Canha) implicará, em relação à opção
(Portela+Alverca), um custo adicional para os utilizadores da ferrovia e aeroporto,
mas principalmente para os contribuintes, da ordem dos 2 mil milhões de euros,
por ano, durante os próximos 40 anos. Não contabilizamos aqui os custos
económicos da perda de competitividade da Cidade de Lisboa, a nível
internacional, “para o turismo de qualidade”, por causa da localização do seu
aeroporto a 60 Kms, ou da perda de competitividade da ferrovia, em relação à
rodovia, nas ligações Lisboa-Porto, Lisboa-Aveiro, Lisboa-Coimbra e
Lisboa-Leiria. Tal como não contabilizamos também os "custos ambientais"
de aumentar em cerca de 3 mil milhões de (passageiros x Km) por ano, os
trajectos ferroviários Lisboa-Porto e os trajectos rodo-ferroviários Aeroporto
(Canha)-Lisboa, bem como os custos Sociais, urbanísticos e no Ordenamento do
Território de deslocar uma comunidade de mais de 20 mil trabalhadores
aeroportuários para Canha. Tal como aconteceu em Barajas a solução é obvia e
entra pelos olhos dentro: construção de uma segunda pista do Aeroporto da
Portela em Alverca, distando, uma da outra, menos de 10 minutos, em veículo
próprio. A Terceira Travessia do Tejo em Alverca custa 5% do custo da
Chelas-Barreiro. O País pouparia “12 mil milhões de euros” de investimento
inicial e pouparia e cerca de (2 mil milhões/ano) se considerarmos os custos de
“investimento, operação e exploração” do aeroporto e da ferrovia, ao longo do
seu tempo de vida útil. Por cada “PPP” (Parceria Público Privada) que o Estado
contratualize na área das “Infraestruturas Públicas de Transportes”, a ser
seguido o modelo das SCUTs, é mais um “fardo” que o País (todos nós) carrega às
costas na corrida pela competitividade económica em tempos de “globalização”. Se
quanto às SCUTs já nada podemos fazer, quanto ao Aeroporto e à Ferrovia ainda
vamos a tempo de corrigir os “crimes económicos” que estão a ser cometidos, Sr.
Pinto Luz. Se, no caso das SCUTs, o maior “crime” consistiu no desperdício de
Fundos Comunitários, ao terem construído autoestradas no sítio onde o Plano
Rodoviário Nacional previa que se construíssem vias com “perfil tipo” de IP,
que custavam em média 10 vezes menos por Km, na ferrovia, o maior “crime” que
está a ser cometido é o desperdício de milhões de Fundos Comunitários, neste
caso, por não cumprirmos as “Orientações Técnicas” e o “Plano da Rede
Ferroviária Transeuropeia” aprovado por todos os Países da EU incluindo
Portugal, construindo as novas vias ferroviárias em "Bitola Tuga" em
vez de as construir em "Bitola Europeia". No caso do Aeroporto, “o
crime” não está no desperdício de Fundos Comunitários porque, por razões de
concorrência, a União Europeia não pode financiar Aeroportos. Neste caso o
“crime” está no incumprimento do contrato que o Estado Português celebrou com a
VINCI e, cuja quebra, implicará, para além de uma indemnização à empresa, a sua
desobrigação contratual de aumentar a capacidade aeroportuária a custo zero. Em
contrapartida a construção do Aeroporto em Alcochete implicará um custo
adicional para os contribuintes e utilizadores do aeroporto e ferrovia que se
estima da ordem dos “2mil milhões de euros/ano” para todo o sempre. Não tarda
nada teremos também a VINCI, a trabalhar na sombra, para que avance a
construção de Alcochete. O outro “crime económico” que tem sido cometido
está no “modelo de negócio” consagrado na generalidade dos contratos das PPPs
de “Infraestruturas de Transportes” em Portugal. As “Rendas” a pagar aos
“Consórcios Privados” das PPP, são calculadas, não em função do tráfego de
passageiros/veículos que efectivamente usam essas infraestruturas, mas em
função dos passageiros/veículos que as “podiam” utilizar, mesmo que ninguém as
use. É um convite aos “Elefantes Brancos”, (tipo SCUTs), adquiridos a
peso de ouro e sustentados, a pão de ló, pelos contribuintes. Os
“Consórcios Privados”, nessas parcerias, não correm qualquer risco. Os empréstimos
bancários que são obrigados a contrair (em complemento dos diminutos
financiamentos comunitários a que o Estado português consegue aceder) vão,
também eles, ser pagos pelos contribuintes, ao longo de décadas, com taxas de
juro bem generosas. E têm essas “rendas sempre garantidas pelos contribuintes”
mesmo que as ditas infraestruturas tenham uma “procura” diminuta ou, no limite,
não tenham “procura” nenhuma. Para além do desperdício inexplicável e
inaceitável dos Fundos Comunitários é aí que está a perversão das PPPs das
Infraestruturas de Transportes "à portuguesa". Já não há Engenheiros,
Ambientalistas, Economistas, Geógrafos e Urbanistas com “coluna” em Portugal?
Cara Helena Garrido: qualquer dia, metade do Orçamento de Estado está à partida
comprometido para as PPPs, (para a economia rentista) não deixando qualquer
margem para diferentes "Opções de Governação". Pedro
Lucas: 9% do PIB. É
a economia, est***** ? Esta semana
saiu uma noticia sobre a Universidade do Minho. Empresas do ramo (4% do PIB,
40K trabalhadores) juntaram-se para pagar propinas a alunos de Eng. de
Polímeros, oferecem estágios, pagam despesas, 100% empregabilidade, porque não
há mão de obra qualificada, importamos gente para guiar ubers, tuktuks e limpar
o r*** a turistas, o nosso conceito de desenvolvimento. Façam a fineza de ir
até à Sé de Lisboa ou ao Miradouro da Sra do Monte a ver se não se fartam de
turistas em 5 minutos. Infelizmente o povo é sereno. Cá, claro. António
Soares > Pedro
Pereira: Setúbal
foi um distrito onde estavam algumas das indústrias mais importantes do país,
(Lisnave, CUF, Setenave, Siderurgia Nacional, etc). Indústrias que o PREC
reduziu a escombros, com as nacionalizações. Pedro Pereira: Todos querem Sol na eira e chuva no nabal, mas
esquecem-se como eram os centros e as cidade 12 anos atrás, vazias e
degradadas! Nunca tivemos verdadeira Indústria, a não ser no Norte do País que
sempre foi maltratada. Preferia um País Industrializado com forte
desenvolvimento em TIs mas é o que temos, devido a estes políticos
Poucochinhos! José B
Dias: Verifiquei
que os custos fiscais, de compensações urbanísticas e da burocracia/compadrio
das aprovações de projectos têm pouca influência no custo das habitações em
Lisboa ... Constatei
também que os cruzeiros têm muito impacto ambiental - imagino que muito
superior aos dos aviões que seriam necessários para transportar o mesmo número
de pessoas - e que os turistas de cruzeiro quando visitam, por exemplo, Sintra
ou Cascais levam o farnel de bordo ... E dei nota de haver quem não recorde já
o deserto assustador de fachadas sujas e janelas entaipadas que a Baixa de
Lisboa era depois do pôr do Sol há uns anitos atrás ... Ana Maria Caldeira: «… »o país não é só Lisboa e o
turismo pode ser a salvação para muitas aldeias. Há que redireccionar os
recursos de marketing e apoios para os territórios de baixa densidade
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