quarta-feira, 31 de julho de 2024

Terrífico


Como lição de todo o sempre. Para sempre, também. Por isso, temos o fado, como canção imorredoira.

Os turistas um dia ficam fartos?

As populações locais começam a revoltar-se contra o turismo. Se queremos ter turismo, o caminho mais racional é gerir a procura, para ela não desaparecer.

HELENA GARRIDO Colunista

OBSERVADOR, 30 jul. 2024, 06:1663

O ocidental entrou na barbearia e, nesse exacto momento, o dono obrigou o local, que estava sentado a cortar o cabelo, a sair da cadeira. O cliente que acabava de entrar prometia um preço mais alto e muito provavelmente uma boa gorjeta. É uma história real que de forma quase caricatural nos dá uma imagem de detalhes do quotidiano que sofrem com o turismo. Multipliquemos este efeito pelas várias vertentes da vida, afectadas pelo número absurdamente elevado de turistas em alguns locais. E assim percebemos porque é que o turismo de massas começa a ser rejeitado, em alguns casos de forma violenta, em Barcelona, nas ilhas Baleares, em Amesterdão, em Quioto ou até em Sintra.

No domingo dia 21 de Julho, cerca de 50 mil pessoas, de acordo com a  CNN, manifestaram-se na ilha de Maiorca pedindo um modelo diferente de turismo. Em Barcelona, os turistas são atingidos com pistolas de água. Amesterdão tem uma campanha dirigida a quem tem entre 18 e 35 anos, nomeadamente ingleses, avisando que se forem para a cidade criar conflitos serão multados e presos e, por isso, avisam “stay away”. Sintra tem um movimento o QSintra apelando a turismo de qualidade e não em quantidade. Em Quioto, no Japão, há ruas no bairro das gueixas com o acesso condicionado a turistas por sucessivos comportamentos que não respeitam as regras básicas. Também no Japão, a cidade de Fujikawaguchiko resolveu colocar barreiras e uma cortina para bloquear a vista para o monte Fuji, depois de ter tentado tudo para moderar os turistas – e a iniciativa foi tomada apesar da dependência que a localidade tem do turismo. E na Suiça, o acesso ao lago Riffelsee, em Zermat, está agora condicionado para proteger a flora local. São apenas alguns exemplos.

Além do turismo de massas, que tem o seu efeito mais significativo através dos grandes barcos de cruzeiro, o mundo enfrenta um novo turismo com efeitos igualmente nefastos, os “instagramers” em busca da fotografia perfeita, sem olharem aos danos que podem causar. Somam-se ainda, ao turismo, as políticas de atracção dos designados nómadas digitais, jovens adultos bem pagos com impactos muito semelhantes nas comunidades locais, designadamente no que diz respeito ao custo de vida e ao preço das casas.

As políticas públicas têm estado em geral indiferentes às consequências do turismo em excesso na vida da população, só começando agora a reagir em alguns países, mas não em Portugal – onde este Governo até recuou no Alojamento Local. E as consequências no país são já bastante visíveis, não se limitando aos temas mais graves, como a habitação, ou que provocam uma degradação da qualidade de vida em geral dos locais, como acontece em Sintra onde quem lá vive se sente no meio de um parque temático. Há outros efeitos menos visíveis, como nos transportes públicos. Tente-se, por exemplo, apanhar um autocarro, pela manhã, do Cais do Sodré em direcção a Belém para se perceber como o turismo, sem um ajustamento adequado da oferta, tem impacto na vida de quem quer ir para o trabalho e anda de transportes públicos.

A razão pela qual os governos têm desvalorizado os efeitos do turismo na vida dos locais pode ser encontrada na necessidade que os políticos têm de obter resultados no curto prazo, desvalorizando os efeitos negativos a médio e longo prazo. Vale a pena ler Ricardo Pais Mamede no Público sobre os efeitos estruturais do turismo e a razão pela qual os governos lhes fecham os olhos. A irracionalidade é tal, ou o poder do sector, que das 60 medidas do programa Acelerar a Economia, 17 são dirigidas ao Turismo quando manifestamente não precisa de ser dinamizado.

A reacção das populações, como aquelas a que se começa a assistir em Espanha e mesmo por aqui em Sintra, é a via para que os governos e os poderes locais comecem a levar mais a sério os efeitos que o excesso de turismo está a ter. Vendo-se perante a possibilidade de perder votos, na sequência de o excesso de turismo que, como têm dito os seus críticos em Espanha, beneficia alguns e prejudica a maioria, tornando a vida dos locais impossível, a classe política vai começar a reagir.

E o que se pode fazer? Há várias medidas que passam ou por actuar na quantidade ou no preço. Ricardo Reis, no Expresso, destaca fundamentalmente medidas do lado dos preços. Na prática é internalizar, através de taxas, por exemplo, os custos económicos que o turismo está a gerar. Ou seja, o preço que estão a pagar para visitar, por exemplo, Sintra, é inferior ao custo total da sua presença. Em alguns casos, no entanto, vale a pena pensar em limites quantitativos, designadamente quando se trata de destinos como ilhas. Por exemplo, Fernando Noronha, no Brasil, tem um limite de 132 mil pessoas por ano e 11 mil pessoas por mês. Também a subida ao Monte Fuji, no Japão, passou a ter limites mais apertados e preços mais elevados.

Outras medidas, como limitar a oferta de alojamento não podem igualmente ser colocadas de parte. A quantidade de hotéis na baixa de Lisboa, além de descaracterizar a cidade, tornando-a também por isso menos interessante para os turistas, significa igualmente menos casas para os locais. O mesmo se passa com o alojamento local, que tem de ter obviamente limites, levando aqui em consideração o facto de se estar a actuar sobre micro-empresas – a intervenção tem de ser planeada para não colocar em risco o rendimento de uma família.

Tem ainda de se actuar sobre o tipo de turismo com maiores impactos negativos: os cruzeiros. Além do efeito ambiental, o retorno que dão aos locais que visitam é muito baixo já que são em geral pacotes de tudo pago dentro do navio. Neste caso a via mais eficaz é a do preço, elevando as taxas de entrada nos portos.

Ninguém quer obviamente acabar com o turismo, mas a dimensão que assumiu exige mais regulação, adequando nomeadamente o preço ao seu custo económico e social. Um turista gera receita nos restaurantes, nos hotéis e nos museus. Mas gera um custo não contabilizado associado às infraestruturas do país que utiliza, algumas das quais são indivisíveis – se eles as usam os locais não as podem utilizar -, o que acontece nos transportes mas também na habitação.

Os governos, o português e todos aqueles que enfrentam a pressão do turismo de massas, terão de lidar, mais cedo ou mais tarde, com este problema por via da revolta das populações. A próxima fase pode prejudicar o próprio sector, afastando os turistas. Vale mais gerir a procura do que de repente ficarmos sem ela. Porque os turistas também podem ficar fartos de irem a sítios onde só há turistas e onde começam a ser maltratados.

TURISMO       SOCIEDADE

COMENTÁRIOS (de 63)

Tim do A: O turismo, a aposta do centrão, é errada como aposta única. Pois o turismo é uma indústria de baixo valor acrescentado, de baixa produtividade e de salários mínimos, transformado os portugueses numa população ainda mais pobre e servil. A falta de estratégia dos nossos governantes da AD e do PS é perdedora relativamente aos países de leste que nos ultrapassam. Assim vamos mesmo ficar os mais pobres da Europa. Mas deve ser isso que serve os interesses do lobbie da maçonaria.                Rui Lima: Recentemente ouvi o Director de pesquisa e estudos da Natixis e administrador da Total falar de Portugal , do país que desistiu de ir mais longe na produtividade, aposta no baixo valor de tudo o que tem pouco valor acrescentado, turismo e agricultura que nunca darão salários decentes, não é com estas actividades que irão pagar a reforma e saúde nossa e dos imigrantes que também vão ficar velhos e doentes. Dizer que, importando estrangeiros para actividades pouco produtivas, vão resolver o problema da segurança social é o maior disparate e erro da história de Portugal. A Holanda recebe estrangeiros hiper diplomados para trabalhar na empresa mais importante do mundo e a mais valiosa da Europa a ASML, o que estamos a fazer vai agravar os equilíbrios da segurança social daqui a um anos, mas os actuais políticos nunca pensam no futuro. Lamento que ninguém faça contas a taxa de reposição é maior nos baixos salários, baixos salários dão pouco Irs, 80% do custo da saúde é 24 meses antes de morrer e o custa é o mesmo para quem descontou muito ou nada , ou seja um estado social não é possível nestas condições. Para dar uma ideia, a LVMH contribuiu mais para o PIB francês que toda a Agricultura, e a França é um país agrícola, é esta empresa que paga a reforma e a saúde dos franceses com os muitos milhares de milhões que paga, de impostos , nenhum país com turismo e agricultura paga o estado social.                     João Floriano: Parece que o Algarve está a voltar ao antigo hábito de servir preferencialmente o turista estrangeiro e deixar a secar o turista nacional. Aconteceu-me em vários restaurantes, ficar sentado à espera que o meu almoço ou jantar chegasse à mesa, enquanto outros eram servidos primeiro porque eram estrangeiros. Depois passou-se por um período de carência e o turista nacional passou a receber mais atenção. Agora voltamos ao mesmo, com duas agravantes: a violência e o turismo das mochilas. Os turistas das mochilas, também já fui um deles, não vão a restaurantes mas sentam-se num banco de jardim a comer a sandes que compararam no supermercado da esquina. Não pagam hotéis caros, mas hotéis onde dormem em camaratas com beliches, correndo uma série de perigos porque não se sabe se quem ressona na tarimba ao lado é um maluco com surtos psicóticos e uma preferência por facas, muito em voga hoje em dia. Os nómadas digitais não são melhores. Temos em mãos o caso misterioso da morte do jovem alemão da carrinha carbonizada. Contudo tenho reservas quanto a classificar o AL como um vilão. Na proposta apresentada por Marina Gonçalves, o AL era o mau da fita, um dos grandes culpados da falta de casas para alugar. Felizmente Marina Gonçalves é hoje uma simples deputada a bater palmas ao presente líder do PS e também à futura líder, já que Alexandra Leitão está bem posicionada na calha da sucessão. Para além do turismo dos pelintras há a bolha dos turistas com capacidade económica. Encontramo-los nos campos de golfe do Algarve (muitos reduzem Portugal apenas ao Algarve e nunca saíram da sua bolha de hotéis de cinco estrelas.) São os que pagam 50 euros por uma eiro. Por garrafa de Gatão ou Casal Garcia e acham barato. O outro local onde os podemos encontrar é o Douro vinhat enquanto ainda não dá para ficarem fartos, mas sendo os destinos turísticos uma questão de moda, lá chegará o dia em que Portugal deixará de estar na moda, apesar de ser um destino barato. A articulista fala do impacto dos cruzeiros e concordo que Lisboa devia estudar esse impacto e como tirar proveito dos milhares de turistas que chegam de manhã ao terminal de Santa Apolónia e partem às cinco da tarde. Tendo em consideração as verdadeiras cidades flutuantes que cada vez são maiores e o facto de Lisboa ser porta de entrada e saída para vários destinos de cruzeiros devido à sua posição estratégica, é um tipo de turismo e turista que a CML e o governo deviam estudar com muita atenção.          Manuel Pinheiro: Bom artigo que valoriza (não diaboliza ) o turismo mas o enquadra numa necessidade de sustentabilidade social e económica. Sendo o turismo uma actividade essencial ao país, deve ser tratado de forma positiva e responsável e não como uma corrida de sprint nem como a fonte de todos os males.              João Floriano > Rui Lima: Caro Rui, de estranho não tem absolutamente nada. Antes de março a freguesia de Santa Maria Maior era um exemplo de inclusividade e multiculturalismo, onde todos se davam bem. Agora que o governo é PSD, apareceram as queixas e ontem a PSP deteve vários indivíduos, resta saber se não serão apenas arraia-miúda e se dentro de semanas não estará tudo na mesma. Faz parte da estratégia de desculpabilização e não reconhecimento das culpas próprias por parte do PS, que entre 2016 (vamos esquecer os últimos meses de 2015) e 2024 destruiu Portugal coadjuvado pela extrema esquerda.                Tutto Gama: E vai daí, vamos construir um aeroporto para meter cá o dobro ou o triplo dos turistas que já cá temos...               Joaquim Rodrigues: Numa excelente entrevista dada ao Observador, o professor de Economia em Nova Iorque, Luís Cabral, referiu não perceber o interesse estratégico de o Estado manter a propriedade da TAP, afirmando: “É um imposto pago pelo português médio que beneficia portugueses de classes de rendimentos mais elevados”. O problema é que, atrás da TAP pública subsidiada pelos contribuintes, vem um “megalómano-Hub” subsidiado pelos contribuintes, atrás de um megalómano Hub vem Alcochete pago pelos contribuintes, atrás de Alcochete vem uma terceira travessia do Tejo Chelas-Barreiro, paga pelos contribuintes, atrás de uma terceira travessia do Tejo vem um TGV com uma estação ferroviária a 60Kms de Lisboa para tramar os milhões de utilizadores nacionais da ferrovia, e atrás de tudo isso vem o “turismo rasca” que vai atrasar o desenvolvimento de Portugal por mais quatro décadas. Numa avaliação sumária, que qualquer um de nós pode confirmar com meia dúzia de contas, contabilizando apenas custos directos de investimento inicial e custos de operação/exploração, a opção Alcochete (Canha) implicará, em relação à opção (Portela+Alverca), um custo adicional para os utilizadores da ferrovia e aeroporto, mas principalmente para os contribuintes, da ordem dos 2 mil milhões de euros, por ano, durante os próximos 40 anos. Não contabilizamos aqui os custos económicos da perda de competitividade da Cidade de Lisboa, a nível internacional, “para o turismo de qualidade”, por causa da localização do seu aeroporto a 60 Kms, ou da perda de competitividade da ferrovia, em relação à rodovia, nas ligações Lisboa-Porto, Lisboa-Aveiro, Lisboa-Coimbra e Lisboa-Leiria. Tal como não contabilizamos também os "custos ambientais" de aumentar em cerca de 3 mil milhões de (passageiros x Km) por ano, os trajectos ferroviários Lisboa-Porto e os trajectos rodo-ferroviários Aeroporto (Canha)-Lisboa, bem como os custos Sociais, urbanísticos e no Ordenamento do Território de deslocar uma comunidade de mais de 20 mil trabalhadores aeroportuários para Canha. Tal como aconteceu em Barajas a solução é obvia e entra pelos olhos dentro: construção de uma segunda pista do Aeroporto da Portela em Alverca, distando, uma da outra, menos de 10 minutos, em veículo próprio. A Terceira Travessia do Tejo em Alverca custa 5% do custo da Chelas-Barreiro. O País pouparia “12 mil milhões de euros” de investimento inicial e pouparia e cerca de (2 mil milhões/ano) se considerarmos os custos de “investimento, operação e exploração” do aeroporto e da ferrovia, ao longo do seu tempo de vida útil. Por cada “PPP” (Parceria Público Privada) que o Estado contratualize na área das “Infraestruturas Públicas de Transportes”, a ser seguido o modelo das SCUTs, é mais um “fardo” que o País (todos nós) carrega às costas na corrida pela competitividade económica em tempos de “globalização”. Se quanto às SCUTs já nada podemos fazer, quanto ao Aeroporto e à Ferrovia ainda vamos a tempo de corrigir os “crimes económicos” que estão a ser cometidos, Sr. Pinto Luz. Se, no caso das SCUTs, o maior “crime” consistiu no desperdício de Fundos Comunitários, ao terem construído autoestradas no sítio onde o Plano Rodoviário Nacional previa que se construíssem vias com “perfil tipo” de IP, que custavam em média 10 vezes menos por Km, na ferrovia, o maior “crime” que está a ser cometido é o desperdício de milhões de Fundos Comunitários, neste caso, por não cumprirmos as “Orientações Técnicas” e o “Plano da Rede Ferroviária Transeuropeia” aprovado por todos os Países da EU incluindo Portugal, construindo as novas vias ferroviárias em "Bitola Tuga" em vez de as construir em "Bitola Europeia". No caso do Aeroporto, “o crime” não está no desperdício de Fundos Comunitários porque, por razões de concorrência, a União Europeia não pode financiar Aeroportos. Neste caso o “crime” está no incumprimento do contrato que o Estado Português celebrou com a VINCI e, cuja quebra, implicará, para além de uma indemnização à empresa, a sua desobrigação contratual de aumentar a capacidade aeroportuária a custo zero. Em contrapartida a construção do Aeroporto em Alcochete implicará um custo adicional para os contribuintes e utilizadores do aeroporto e ferrovia que se estima da ordem dos “2mil milhões de euros/ano” para todo o sempre. Não tarda nada teremos também a VINCI, a trabalhar na sombra, para que avance a construção de Alcochete. O outro “crime económico” que tem sido cometido está no “modelo de negócio” consagrado na generalidade dos contratos das PPPs de “Infraestruturas de Transportes” em Portugal. As “Rendas” a pagar aos “Consórcios Privados” das PPP, são calculadas, não em função do tráfego de passageiros/veículos que efectivamente usam essas infraestruturas, mas em função dos passageiros/veículos que as “podiam” utilizar, mesmo que ninguém as use. É um convite aos “Elefantes Brancos”, (tipo SCUTs), adquiridos a peso de ouro e sustentados, a pão de ló, pelos contribuintes. Os “Consórcios Privados”, nessas parcerias, não correm qualquer risco. Os empréstimos bancários que são obrigados a contrair (em complemento dos diminutos financiamentos comunitários a que o Estado português consegue aceder) vão, também eles, ser pagos pelos contribuintes, ao longo de décadas, com taxas de juro bem generosas. E têm essas “rendas sempre garantidas pelos contribuintes” mesmo que as ditas infraestruturas tenham uma “procura” diminuta ou, no limite, não tenham “procura” nenhuma. Para além do desperdício inexplicável e inaceitável dos Fundos Comunitários é aí que está a perversão das PPPs das Infraestruturas de Transportes "à portuguesa". Já não há Engenheiros, Ambientalistas, Economistas, Geógrafos e Urbanistas com “coluna” em Portugal? Cara Helena Garrido: qualquer dia, metade do Orçamento de Estado está à partida comprometido para as PPPs, (para a economia rentista) não deixando qualquer margem para diferentes "Opções de Governação".                  Pedro Lucas: 9% do PIB. É a economia, est***** ?  Esta semana saiu uma noticia sobre a Universidade do Minho. Empresas do ramo (4% do PIB, 40K trabalhadores) juntaram-se para pagar propinas a alunos de Eng. de Polímeros, oferecem estágios, pagam despesas, 100% empregabilidade, porque não há mão de obra qualificada, importamos gente para guiar ubers, tuktuks e limpar o r*** a turistas, o nosso conceito de desenvolvimento. Façam a fineza de ir até à Sé de Lisboa ou ao Miradouro da Sra do Monte a ver se não se fartam de turistas em 5 minutos. Infelizmente o povo é sereno. Cá, claro.                    António Soares > Pedro Pereira: Setúbal foi um distrito onde estavam algumas das indústrias mais importantes do país, (Lisnave, CUF, Setenave, Siderurgia Nacional, etc). Indústrias que o PREC reduziu a escombros, com as nacionalizações.                 Pedro Pereira: Todos querem Sol na eira e chuva no nabal, mas esquecem-se como eram os centros e as cidade 12 anos atrás, vazias e degradadas! Nunca tivemos verdadeira Indústria, a não ser no Norte do País que sempre foi maltratada. Preferia um País Industrializado com forte desenvolvimento em TIs mas é o que temos, devido a estes políticos Poucochinhos!          José B Dias: Verifiquei que os custos fiscais, de compensações urbanísticas e da burocracia/compadrio das aprovações de projectos têm pouca influência no custo das habitações em Lisboa ... Constatei também que os cruzeiros têm muito impacto ambiental - imagino que muito superior aos dos aviões que seriam necessários para transportar o mesmo número de pessoas - e que os turistas de cruzeiro quando visitam, por exemplo, Sintra ou Cascais levam o farnel de bordo ... E dei nota de haver quem não recorde já o deserto assustador de fachadas sujas e janelas entaipadas que a Baixa de Lisboa era depois do pôr do Sol há uns anitos atrás ...          Ana Maria Caldeira: «… »o país não é só Lisboa e o turismo pode ser a salvação para muitas aldeias. Há que redireccionar os recursos de marketing e apoios para os territórios de baixa densidade

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