Afinal… Uma NOTÍCIA DO OBSERVADOR, de ontem,
domingo:
«Esquerda venceu em França, mas quem irá governar?»:
«Eleitores
responderam aos apelos para travar extrema-direita e o resultado foi uma
surpreendente vitória da Frente Popular. Mas irá esta entender-se com os
macronistas? E até entre as suas fileiras?»
Não, não
foi Marine Le Pen que venceu, neste domingo. Amanhã o que será?
Porque é que os extremos
afinal não são iguais?
Não são os “extremos” que inquietam
os centristas, mas a possibilidade de serem desalojados: por isso, só
discriminam o “extremo” que pode ganhar eleições.
RUI RAMOS Colunista
do Observador
OBSERVADOR, 05
jul. 2024, 00:2073
Continuemos em França. É onde parece
estar em cena o futuro da Europa. O presidente Macron atirou o país para
eleições com um princípio: “nem, nem”. Nem
a União Nacional de Marine Le Pen, nem a Frente Popular sujeita à França
Insubmissa de Jean-Luc Mélenchon. Macron
pretendia assim encarnar um “centro” assediado por dois “extremos”, um à
direita e outro à esquerda. Entretanto, a primeira volta pôs os candidatos de
Le Pen à frente em quase todas as circunscrições. Uma maioria nacionalista
parece possível. E eis o partido do presidente a despir o fato do “nem, nem”
para se enrolar na bandeira da “frente republicana”, o velho costume de todos
os partidos trocarem votos entre si para impedirem a eleição de nacionalistas. De
repente, Mélenchon, um dos extremos com que Macron aterrorizava a França,
tornou-se uma opção de “voto útil” para o “centrismo”.
Que tem Mélenchon de preferível? Mélenchon fundou um movimento
unindo a extrema-esquerda mais violentamente anti-liberal com um fundamentalismo
islâmico que, por enquanto, opta por avançar atrás do esquerdismo. É o que os
franceses chamam “islamo-gauchisme”. Devemos
suspeitar de Le Pen porque pediu dinheiro emprestado a bancos russos quando a
banca francesa, por razões políticas, boicotava o seu partido? Mas a Mélenchon,
Putin não suscita senão complacência, quando não simpatia. O
partido de Le Pen teve, entre os fundadores em 1972, colaboradores da Alemanha
nazi? Mas Le Pen, que expulsou o seu pai e mudou a filosofia do partido, esteve
na “Marcha pela República e contra o Anti-semitismo” em Paris, em Novembro de
2023. Mélenchon, engasgado de ódio contra Israel e preso aos islamistas,
recusou-se a ir. De que modo defende Mélenchon os “valores republicanos”, ao
ponto de um “centrista” poder votar nele tranquilamente?
Tudo
isto faz lembrar o “duplo critério” que, em Portugal, faz PS e PSD excluírem o
Chega, ao mesmo tempo que admitem na área do poder ou acham “institucionais” o
PCP e o BE, as únicas forças políticas que ameaçaram a democracia desde 1974;
ou que, em Espanha, permite ao PSOE fingir ter muito medo do que o Vox pode
fazer à democracia, enquanto pactua com os golpistas da Catalunha e os
terroristas bascos. Donde vem esta duplicidade? Está Macron
mesmo convencido de que Le Pen, no governo, irá abolir eleições? Em Outubro de
2022, quando Giorgia Meloni se tornou primeira-ministra de Itália, o fascismo
ia regressar. Dois anos depois, onde está a polícia política e a invasão da
Etiópia? Agora, o centrismo europeu namora Meloni. Dizem: Meloni está num grupo
diferente do de Le Pen no Parlamento Europeu. Mas em 2022, eram as duas
“fascistas”.
Não há aqui mistério. O que, aos
olhos dos centristas como Macron, separa Meloni de Le Pen é que Meloni já é
governo, e Le Pen não: portanto,
têm de aceitar Meloni, mas ainda não Le Pen. O que, por sua vez, os faz
distinguir entre Le Pen e Mélenchon é que Le Pen pode ser governo, e Mélenchon
não: portanto, podem votar em Mélenchon, que não lhes vai tirar lugares, mas
não em Le Pen. Em Portugal, a
história é igual: o que, para os centristas de cá, diferencia o Chega do PCP e
do BE, é que o PCP e o BE estão em declínio, não ameaçam o predomínio do PS ou
do PSD, mas o Chega cresce.
Vamos entender-nos: não são os
chamados “extremos” em si que inquietam os centristas como Macron, mas a
possibilidade de serem desalojados do poder: por isso, só discriminam, entre os
“extremos”, o que pode ganhar eleições. A perversão está no modo como, sem
escrúpulos, nos tentam convencer de que a democracia depende de eles manterem
lugares e mordomias. Para azar deles, cada vez mais eleitores europeus começam
a distinguir entre a democracia e esses lugares e mordomias.
FRANÇA EUROPA MUNDO DEMOCRACIA SOCIEDADE EXTREMA
DIREITA POLÍTICA EXTREMA
ESQUERDA EMMANUEL
MACRON MARINE LE PEN FRENTE
NACIONAL
COMENTÁRIOS (de 73)
Luis Freitas: Um excelente artigo, há muitos países na Europa em que
a extrema- esquerda se uniu à esquerda e ao centro direita para assassinar a
soberania, a independência e pôr na miséria os seus povos, cometeram crimes
monstruosos como deixaram deslocalizar as fábricas para a China ou seja,
assassinaram a indústria, praticamente destruíram os seus exércitos em nome do
pacifismo, asfixiaram as empresas e o povo com impostos para defender o clima,
deixaram invadir a Europa de imigrantes ilegais que vieram do Norte de África e
países asiáticos que não se integraram nas sociedades europeias devido à
religião e costumes culturais desses imigrantes. É normal
que os partidos tradicionais na Europa estejam a desaparecer e é a extrema-direita
que vai substituir esses partidos que não defendem a soberania e independência
dos seus países, basta ver o que passa em Paris aonde há bairros gigantes de
muçulmanos aonde nem a polícia entra tal é a insegurança e os atentados
terríveis de terrorismo islâmicos em França e outros países. Muita coisa vai mudar na Europa nos próximos anos,
infelizmente penso que não vai ser para melhor, pois só uma grande guerra irá limpar
a Europa de uma ideologia que assassinou as soberanias e independências dos
seus países. A União Europeia está a ser atacada a nível económico pela China,
Rússia, Irão e Coreia do Norte, a nível militar pela Rússia e se o Trump for
eleito presidente dos EUA a Europa perde o apoio militar e económico dos EUA
ficando sozinha para ajudar a Ucrânia e combater as ambições imperialistas da
Rússia. Por outro lado Taiwan fica em perigo de ser invadida pela China e
com isso provoca o colapso das empresas tecnológicas mais importantes dos EUA
como a Nvidia, Amd e Apple o que significa um grande recessão a nível mundial
similar à de 1929 . Só faço uma pergunta, porque é que não há imigração
ilegal para a Rússia ou China ou Coreia do Norte? E porque é que os
países ricos do golfo pérsico como a Arábia Saudita não recebe os refugiados
palestinos ou da Síria e esses refugiados entraram em massa ilegalmente na
União Europeia e não foram expulsos e depois ficam cá para toda a
eternidade? J. D.L.: Conclusão:
o Chega é radical à la Sá Carneiro, o PC e BE são
moderados à la Mao, Pol Pot ou Lenine para os nossos centristas... Jorge
Reis: E tudo isto
com a conivência da comunicação social. Porque também eles temem perder alguns
"benefícios" instalados.
José B Dias:
Análise clara com que claramente me
identifico. observador
censurado: Há muito tempo
que não via esta clareza: "Vamos entender-nos: não são os chamados “extremos” em si que
inquietam os centristas como Macron, mas a possibilidade de serem desalojados
do poder: por isso, só discriminam, entre os “extremos”, o que pode ganhar
eleições. A perversão está no modo como, sem escrúpulos, nos tentam convencer
de que a democracia depende de eles manterem lugares e mordomias." Substituindo
"Macron" por "Partido Socialista (PS) e Partido Socialista Dois
(PSD)" fica: "Vamos entender-nos: não são os chamados “extremos” em
si que inquietam o Partido Socialista (PS) e o Partido
Socialista Dois (PSD), mas a possibilidade de serem desalojados do
poder: por isso, só discriminam, entre os “extremos”, o que pode ganhar
eleições. A perversão está no modo como, sem escrúpulos, nos tentam convencer
de que a democracia depende de eles manterem lugares e mordomias." Substituindo
"Macron" por "comunicação social e, em particular, o
Observador" fica: "Vamos entender-nos: não são os chamados “extremos”
em si que inquietam a comunicação social
e, em particular, o Observador, mas a possibilidade de serem desalojados
do poder: por isso, só discriminam, entre os “extremos”, o que pode ganhar
eleições. A perversão está no modo como, sem escrúpulos, nos tentam convencer
de que a democracia depende de eles manterem lugares e mordomias." João Floriano: «..........fundamentalismo
islâmico que, por enquanto, opta por avançar atrás do esquerdismo.» Por enquanto mas não se sabe até quando. É
inevitável que perante o crescimento destes movimentos e associações islâmicas,
não venham a surgir partidos políticos islamitas que se aproveitem da
democracia para se apresentar a eleições. Este é um perigo muito real que leva
os franceses a votarem no RN. E tenho a certeza que não serão apenas eleitores
«fascistas» de direita que darão o seu voto a Le Pen no próximo domingo , mas
muitos moderados que sabem que o verdadeiro perigo para a França está não em Le
Pen mas na extrema esquerda de Mélenchon. Tal como Rui Ramos escreve e bem, a
Itália não foi submergida por camisas negras , nem Meloni é o novo Duce. A
Itália continua a ser um país democrático e por dois motivos principais: porque
a direita que agora se teima em denominar de extrema-direita, não é aquilo que
a esquerda, e neste caso o centro, pretendem fazer crer. E ainda porque há uma
coisa chamada realidade a que os partidos têm de se ajustar. A França não sairá
da NATO, a França não sairá da UE se a RN ganhar as eleições. Muitos dos votos
que receberá no próximo domingo serão precisamente devido à ameaça islamita em
França. Mesmo que Macron consiga ainda evitar o descalabro por mais uns tempos
fazendo um pacto aberrante com a extrema esquerda, não se vai aguentar. A
chamada coabitação será ainda mais difícil com extremistas de esquerda pró
islâmicos do que com Le Pen. Desejo muita sorte a Le Pen no próximo domingo, porque
a sorte do RN será também a sorte de França e da Europa. Rui Lima: As agressões durante a campanha
eleitoral em França a candidatos e apoiantes da direita passou a ser uma
normalidade os jornais do regime não lhe prestam atenção . Pensem por momentos que se essas agressões tinham
origem no “ Rassemblement National” teria feito todas as primeiras páginas. Quem
ameaça com uma 3.ª volta nas ruas é a esquerda em caso de vitoria do “
Rassemblement National” há apelos para não aceitar os resultados, por isso vai
haver mais abstenção muitos que pensavam votar no RN têm medo da violências da
extrema esquerda . Os jogadores da seleção francesa têm uma obrigação de
reserva , mas fazem apelos assim uma seleção nacional deixa de o ser . Nestas
eleições não tenho simpatia por uma outra parte mas vendo a perseguição ao
“Rassemblement National” que contraria todas as regras democráticas fico
chocado ao ver gente moderadas da esquerda alinharam com
extremistas algum considerandos terroristas com ficha S na polícia . João
Floriano b> GateKeeper: É preciso renovar o vocabulário
da esquerda porque começa a ficar tão desgastado que deixa de produzir efeito.
Termos que já não assustam como anteriormente são o «fascista», «reaccionário»,
«conservador». Agora aposta-se em «extrema-direita», «populismo», «demagogia»,
«retrógrado». Por sua vez a esquerda é sempre progressista, nem que repita a
mesma cassette desde há 50 anos como o Bloco e o PCP. Os temas woke são metidos
a martelo nos partidos mais ao centro porque têm medo da extrema esquerda que
domina a CS. Tirem-lhes o controle dos media e vão ver a extrema esquerda
desabar como um castelo de cartas sem os seus profetas a debitar aldrabice
ideológica e ao mesmo tempo os partidos ditos moderados a abandonar aliviados
as causas woke para as quais não estão vocacionados. Maria Emília Santos Santos: Perfeito! É isso mesmo! O PS está a tremer e George Soros que o promove
também! Então a estratégia tem de ser
enganadora para os eleitores, para que estes se afastem do CHEGA que é muito
mau! É fascista! Está a preparar-se para governar e impor uma polícia política!
Não luta como eles contra a desmotivação dos polícias, para acabar com eles e
com a sua autoridade! O CHEGA é tudo e mais alguma coisa, para que o povo o
odeie e eles consigam permanecer no poder! O Chega, às vezes é fascista, outras
é racista, outras homofóbico, outras xenofóbico, outras outras coisas, desde
que dê para manipular os cérebros dos portugueses! Mas agora têm os
paquistaneses para votarem neles, que até lhes vão construir uma mesquita onde
eles mais gostarem, só para os ter na mão e votarem nele PS para continuar a
corrupção do poder que há tanto tempo vêm fazendo! Filipe F: Sempre lúcido. Obrigado Rui Ramos. GateKeeper
> Joao Cadete: Pastilhas Rennie, Kompensan e, talvez, um qualquer "'médinho"
para lhe aliviar a ignorância... Pelo que tenho ouvido de outros
"residentes" do rato e da buenos aires, olhe qu'a coisa resulta! Bom
fim de semana. Rui
Lima Rui Lima: Números do ministro : “Gérald
Darmanin voltou às múltiplas agressões físicas contra candidatos a eleições
parlamentares e activistas. Ele anunciou que «51 candidatos, suplentes ou activistas
foram agredidos fisicamente» durante a campanha.” Isto não é próprio de um país
de um país ocidental , a França em bastas áreas do território é 3.º mundo . GateKeeper: Caro Rui, se a distância se
mede entre 2 pontos, A e B... É óbvio que A, como ponto de partida, será sempre
muito semelhante ao ponto de chegada B. Na minha perspectiva o problema, para
além da ignorância militante, estará também nas definições actuais dos
extremos. Se olharmos bem para a realidade, sem peias nem ameias,
constatamos que afinal, todos sem excepção são mais ou menos complexos
populistas, com bandeiras mediáticas de cores diferentes. Na Peninsula Ibérica,
temos uma "base politico-social gasosa" que circula entre as/os
esquerdalhos d'ontem e as/os esquerdalhos-woke-liberalecos; essa base, no seu
todo, é eminentemente populista, por razões que a razão desconhece. Meu
caro amigo, continue a oferecer "pérolas a porcos", pf. Não desista,
nunca. Lupus Maris: Claro, clarinho... Irene Rosa: Artigo muito bom, construido
com muita clareza. Joaquim
Rodrigues: O problema em Portugal é, apesar de tudo, um pouco diferente daquele que se
vive em França. Não podemos esquecer-nos que durante décadas vivemos num país que só tinha
dois lados: o fascismo e o comunismo. Em Portugal, durante décadas, fascistas e comunistas,
cada um à sua maneira, tudo fizeram para abafar qualquer voz “Livre” que se
manifestasse. A principal preocupação de “Fascistas e Comunistas” era esconder
que existiam regimes onde era possível a prática real do pluralismo, da
democracia, da igualdade de oportunidades e da liberdade, sem ditadura, sem
autoritarismo, sem militarismo, sem estatismo e sem centralismo. A grande
mentira da “Democracia em Portugal” aconteceu quando, no dia seguinte ao 25 de
Abril, o único partido organizado no País, o PCP de Cunhal, tomou de assalto o
Aparelho de Estado e fez o saneamento dos que não lhe prestassem vassalagem,
com o único objectivo de o usar em seu proveito. Ao tomar de assalto o
Aparelho de Estado, o PCP, teve como principal foco e objectivo o branqueamento
e legitimação do Estado Salazarista, da sua orgânica, das suas metodologias,
preservando os seus atributos Estatista e Centralista, na perspectiva de, após
tomar o poder, se poder servir deles. Por essa razão impediram que fosse
feita uma verdadeira “Reforma Democrática do Estado” quer quanto à estatização
da economia (Estatismo) quer quanto à hierarquização territorial dos níveis de
poder (Centralismo), quer quanto à sua orgânica, funções e competências. Foi
neste “caldo de cultura” que cresceu e se consolidou a promiscuidade e conluio
entre a “oligarquia” económico/financeira e aqueles que, dentro dos Partidos,
se foram deixando aliciar, como os seus “Gestores de Serviço”, acabando por
tomar conta, em maior ou menor grau, dos “aparelhos” partidários. Foi
também neste “caldo de cultura” que uma grande parte da Comunicação Social foi
capturada. Uns e outros foram percebendo e interiorizando as vantagens e
privilégios de que, em simbiose, podiam usufruir, ao usar o Estado criado pelo
salazar e branqueado, legitimado e retocado (no PREC) pelo cunhal. (O Sócrates
e também o Costa, foram o expoente paradigmático desta simbiose juntando, nessa
missão, desde gente do antigo regime até muitos ex-comunistas (caso do
Sócrates) e até os comunistas, eles próprios, no caso do Costa). A grande questão em Portugal está em que, uns e
outros, como é natural, fogem de “Reformas Estruturais” como o diabo da cruz. Preferem que tudo se
mantenha como está para se poderem ir revezando no usufruto das benesses do
“estatismo e do centralismo”. A falta de uma verdadeira “Reforma Democrática do
Estado”, com liberalização da economia e descentralização política, foi e é hoje
a “mãe” de todo o “compadrio e corrupção” à volta dos poderes de Estado, dos
negócios de Estado e do Orçamento de Estado. Os da “situação” “propagandeiam”
que não há um verdadeiro “Líder” da direita porque o que a “Oligarquia” quer é
um Líder que “pareça” de Direita, que faça parecer que há alternância entre
Esquerda e Direita, mas que lhe dê garantias de que, só haverá alternância, para que tudo fique na
mesma. Sá Carneiro e Lucas Pires
foram das raras e honrosas excepções que lutaram pela democratização e
liberalização do regime, afirmando, como suas Prioridades Políticas, a
“Libertação da Sociedade Civil”, a “Livre Iniciativa Privada”, o “Mercado e a
Concorrência”, a “Liberalização da Economia”, a “Descentralização Política do
Estado” e o “Desmame da Oligarquia da mama do OE”, das “Negociatas de Estado” e
das “Rendas Monopolistas outorgadas pelo Estado”. Em Portugal a grande
questão que se coloca não é entre "direita, centrismo e esquerda". Em
Portugal a grande questão que se coloca é entre Reformas Estruturais que
"Liberalizem a Economia, libertem o País e a sociedade civil" de um
“Estado sufocante, Estatista e Centralista" herdado de Salazar/Cunhal. julio
Almeida: Que comentário absolutamente certeiro. Ninguém quer perder as mordomias. É
isso que muitas pessoas já estão a ver. E cada vez mais. Por isso o voto vai
fugir ao centro, a menos que eles o percebam e não abusem. Basta olhar para a
pouca vergonha que se passou na Santa Casa. bento
guerra: Atacam -todos-os extremos que incomodam o "sistema". Os de
direita, porque os de esquerda já estão presentes ,dentro das aldrabices dos
próprios sistemas. A barreira montada em França à RN é anti-democrática João
Ramos: O centro foi exactamente o que permitiu o crescimento dos estremos e a
única culpa pertence exactamente ao centro, porque por um lado e por
incompetência se deixou em muitos casos influenciar pela extrema esquerda ao
ponto de deixar degradar os usos e costumes da Europa e por outro lado o centro
tentou por todos os meios denegrir aquilo a que chamou de extrema-direita, pois
foi aí exactamente onde o eleitorado se está a refugiar por perceber que mais
uma vez o estavam a tentar ludibriar e onde temos a prova real disso mesmo na
ascensão e no prestígio adquirido pela Sra. Meloni que assusta muito menos do
que o radicalismo da extrema esquerda!!!
Carlos Chaves: Obrigado Rui Ramos, finalmente trouxe-nos a explicação
do porquê se ataca descarada e violentamente a “direita” mais incisa, e se
deixa passear no parque a esquerda que põe em causa a nossa vida democrática!
Se fosse como alguns “jornalistas” e comentadores deste pasquim e da CS em
geral… pintava a cara de preto! Tim do A: Inteligente e certeiro. Americo
Magalhaes: Muito bem denunciado por Rui Ramos. Partilho da mesma visão e opinião. RR,
JMA, MBP, HM, DA, JPM dão dignidade ao Observador, mas os restantes.........Temos
infelizmente uma CS militantemente neo-marxista que vai minando toda a nossa
cultura, modo de vida e qualidade de vida. A decadência na Europa é bem
visível, sobretudo nos últimos 10 anos. Interrogo-me, para quê assinar um
jornal que não faz jornalismo isento, que desinforma, faz contorcionismo da
realidade dos factos, enfim que não pratica uma democracia saudável? Nuno Abreu: "PS e PSD excluem o Chega,
ao mesmo tempo que admitem na área do poder ou acham “institucionais” o PCP e o
BE, as únicas forças políticas que ameaçaram a democracia desde 1974" É
fundamentalmente isto que retira dignidade à politica portuguesa. Derrubaram os
muros à esquerda permitindo normalizar o bolchevismo estalinesco, enquanto
constroem novos muros a movimentos que denominam fascistas e nazistas, sem que
para o efeito juntem um facto concreto para o comprovar! Maria Rita Menezes: Muito bom, muito lúcido, tocou
"na ferida"! Parabéns e continue, muito obrigada! Cpts Carlos
Real: Um texto muito claro e demonstrativo de que os centrões são cada vez mais
os aldrabões do século 21. Todos sabemos que os comunistas e os revolucionários
esquerdistas têm sempre a ideologia à frente de tudo. Não interessa que a
realidade seja A ou B, a solução é sempre mais Estado e menos mercado.
Macron dizia que vinha aí a guerra civil. Agora o seu discípulo PM diz que o
que se precisa é ter calma, e não criar alarmismos. Em que ficamos? Eu que sou
um liberal, tenho votado no Chega sabendo que vários dos valores são muito diferentes
dos meus, seja na religião, na eutanásia ou mesmo na aceitação dos trans XWZ.
Para mim, mesmo as aberrações, podem existir desde que não me impeçam de ser
quem sou. O que detesto são discursos sonsos, paninhos quentes e criação de
medos fantasiosos. O fascismo só existe na cabeça destes pre-históricos. Será
que a Hungria de Orban e um Estado sem liberdade? Se os comunistas ganhassem em
Portugal seguramente o Observador seria fechado na hora. Mas o perigo está no
Chega. Não admira, com o ódio que Ana Gomes, Raquel Tavares, Ricardo A. Pereira
e tantos outros, eu sei onde está a ameaça. Contudo tenho a visão de que os
povos quando podem votar livremente têm o bom senso de escolher. Tanto podem
varrer os conservadores ingleses, como o bonapartista Macron, ou a múmia Biden.
Portugal é a excepção. Os tugas gostaram do pior PM da era democrática. Se
voltar para ser PR ainda podemos ter mais um bobo da corte. Já temos dois
(Marcelo e Martinez). Três é demais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário