segunda-feira, 8 de julho de 2024

Como descalçar a bota?

 

Afinal…  Uma NOTÍCIA DO OBSERVADOR, de ontem, domingo:

«Esquerda venceu em França, mas quem irá governar?»: «Eleitores responderam aos apelos para travar extrema-direita e o resultado foi uma surpreendente vitória da Frente Popular. Mas irá esta entender-se com os macronistas? E até entre as suas fileiras?»

Não, não foi Marine Le Pen que venceu, neste domingo. Amanhã o que será?

Porque é que os extremos afinal não são iguais?

Não são os “extremos” que inquietam os centristas, mas a possibilidade de serem desalojados: por isso, só discriminam o “extremo” que pode ganhar eleições.

RUI RAMOS Colunista do Observador

OBSERVADOR, 05 jul. 2024, 00:2073

Continuemos em França. É onde parece estar em cena o futuro da Europa. O presidente Macron atirou o país para eleições com um princípio: “nem, nem”. Nem a União Nacional de Marine Le Pen, nem a Frente Popular sujeita à França Insubmissa de Jean-Luc Mélenchon. Macron pretendia assim encarnar um “centro” assediado por dois “extremos”, um à direita e outro à esquerda. Entretanto, a primeira volta pôs os candidatos de Le Pen à frente em quase todas as circunscrições. Uma maioria nacionalista parece possível. E eis o partido do presidente a despir o fato do “nem, nem” para se enrolar na bandeira da “frente republicana”, o velho costume de todos os partidos trocarem votos entre si para impedirem a eleição de nacionalistas. De repente, Mélenchon, um dos extremos com que Macron aterrorizava a França, tornou-se uma opção de “voto útil” para o “centrismo”.

Que tem Mélenchon de preferível? Mélenchon fundou um movimento unindo a extrema-esquerda mais violentamente anti-liberal com um fundamentalismo islâmico que, por enquanto, opta por avançar atrás do esquerdismo. É o que os franceses chamam “islamo-gauchisme”. Devemos suspeitar de Le Pen porque pediu dinheiro emprestado a bancos russos quando a banca francesa, por razões políticas, boicotava o seu partido? Mas a Mélenchon, Putin não suscita senão complacência, quando não simpatia. O partido de Le Pen teve, entre os fundadores em 1972, colaboradores da Alemanha nazi? Mas Le Pen, que expulsou o seu pai e mudou a filosofia do partido, esteve na “Marcha pela República e contra o Anti-semitismo” em Paris, em Novembro de 2023. Mélenchon, engasgado de ódio contra Israel e preso aos islamistas, recusou-se a ir. De que modo defende Mélenchon os “valores republicanos”, ao ponto de um “centrista” poder votar nele tranquilamente?

Tudo isto faz lembrar o “duplo critério” que, em Portugal, faz PS e PSD excluírem o Chega, ao mesmo tempo que admitem na área do poder ou acham “institucionais” o PCP e o BE, as únicas forças políticas que ameaçaram a democracia desde 1974; ou que, em Espanha, permite ao PSOE fingir ter muito medo do que o Vox pode fazer à democracia, enquanto pactua com os golpistas da Catalunha e os terroristas bascos. Donde vem esta duplicidade? Está Macron mesmo convencido de que Le Pen, no governo, irá abolir eleições? Em Outubro de 2022, quando Giorgia Meloni se tornou primeira-ministra de Itália, o fascismo ia regressar. Dois anos depois, onde está a polícia política e a invasão da Etiópia? Agora, o centrismo europeu namora Meloni. Dizem: Meloni está num grupo diferente do de Le Pen no Parlamento Europeu. Mas em 2022, eram as duas “fascistas”.

Não há aqui mistério. O que, aos olhos dos centristas como Macron, separa Meloni de Le Pen é que Meloni já é governo, e Le Pen não: portanto, têm de aceitar Meloni, mas ainda não Le Pen. O que, por sua vez, os faz distinguir entre Le Pen e Mélenchon é que Le Pen pode ser governo, e Mélenchon não: portanto, podem votar em Mélenchon, que não lhes vai tirar lugares, mas não em Le Pen. Em Portugal, a história é igual: o que, para os centristas de cá, diferencia o Chega do PCP e do BE, é que o PCP e o BE estão em declínio, não ameaçam o predomínio do PS ou do PSD, mas o Chega cresce.

Vamos entender-nos: não são os chamados “extremos” em si que inquietam os centristas como Macron, mas a possibilidade de serem desalojados do poder: por isso, só discriminam, entre os “extremos”, o que pode ganhar eleições. A perversão está no modo como, sem escrúpulos, nos tentam convencer de que a democracia depende de eles manterem lugares e mordomias. Para azar deles, cada vez mais eleitores europeus começam a distinguir entre a democracia e esses lugares e mordomias.

FRANÇA     EUROPA     MUNDO     DEMOCRACIA     SOCIEDADE     EXTREMA DIREITA     POLÍTICA     EXTREMA ESQUERDA     EMMANUEL MACRON     MARINE LE PEN     FRENTE NACIONAL

COMENTÁRIOS (de 73)

Luis Freitas: Um excelente artigo, há muitos países na Europa em que a extrema- esquerda se uniu à esquerda e ao centro direita para assassinar a soberania, a independência e pôr na miséria os seus povos, cometeram crimes monstruosos como deixaram deslocalizar as fábricas para a China ou seja, assassinaram a indústria, praticamente destruíram os seus exércitos em nome do pacifismo, asfixiaram as empresas e o povo com impostos para defender o clima, deixaram invadir a Europa de imigrantes ilegais que vieram do Norte de África e países asiáticos que não se integraram nas sociedades europeias devido à religião e costumes culturais desses imigrantes. É normal que os partidos tradicionais na Europa estejam a desaparecer e é a extrema-direita que vai substituir esses partidos que não defendem a soberania e independência dos seus países, basta ver o que passa em Paris aonde há bairros gigantes de muçulmanos aonde nem a polícia entra tal é a insegurança e os atentados terríveis de terrorismo islâmicos em França e outros países. Muita coisa vai mudar na Europa nos próximos anos, infelizmente penso que não vai ser para melhor, pois só uma grande guerra irá limpar a Europa de uma ideologia que assassinou as soberanias e independências dos seus países. A União Europeia está a ser atacada a nível económico pela China, Rússia, Irão e Coreia do Norte, a nível militar pela Rússia e se o Trump for eleito presidente dos EUA a Europa perde o apoio militar e económico dos EUA ficando sozinha para ajudar a Ucrânia e combater as ambições imperialistas da Rússia. Por outro lado Taiwan fica em perigo de ser invadida pela China e com isso provoca o colapso das empresas tecnológicas mais importantes dos EUA como a Nvidia, Amd e Apple o que significa um grande recessão a nível mundial similar à de 1929 . Só faço uma pergunta, porque é que não há imigração ilegal para a Rússia ou China ou Coreia do Norte? E porque é que os países ricos do golfo pérsico como a Arábia Saudita não recebe os refugiados palestinos ou da Síria e esses refugiados entraram em massa ilegalmente na União Europeia e não foram expulsos e depois ficam cá para toda a eternidade?                  J. D.L.: Conclusão: o Chega é radical à la Sá Carneiro, o PC e BE são moderados à la Mao, Pol Pot ou Lenine para os nossos centristas...               Jorge Reis: E tudo isto com a conivência da comunicação social. Porque também eles temem perder alguns "benefícios" instalados.          José B Dias: Análise clara com que claramente me identifico.               observador censurado: Há muito tempo que não via esta clareza: "Vamos entender-nos: não são os chamados “extremos” em si que inquietam os centristas como Macron, mas a possibilidade de serem desalojados do poder: por isso, só discriminam, entre os “extremos”, o que pode ganhar eleições. A perversão está no modo como, sem escrúpulos, nos tentam convencer de que a democracia depende de eles manterem lugares e mordomias." Substituindo "Macron" por "Partido Socialista (PS) e Partido Socialista Dois (PSD)" fica: "Vamos entender-nos: não são os chamados “extremos” em si que inquietam o Partido Socialista (PS) e o Partido Socialista Dois (PSD), mas a possibilidade de serem desalojados do poder: por isso, só discriminam, entre os “extremos”, o que pode ganhar eleições. A perversão está no modo como, sem escrúpulos, nos tentam convencer de que a democracia depende de eles manterem lugares e mordomias." Substituindo "Macron" por "comunicação social e, em particular, o Observador" fica: "Vamos entender-nos: não são os chamados “extremos” em si que inquietam a comunicação social e, em particular, o Observador, mas a possibilidade de serem desalojados do poder: por isso, só discriminam, entre os “extremos”, o que pode ganhar eleições. A perversão está no modo como, sem escrúpulos, nos tentam convencer de que a democracia depende de eles manterem lugares e mordomias."           João Floriano: «..........fundamentalismo islâmico que, por enquanto, opta por avançar atrás do esquerdismo.» Por enquanto mas não se sabe até quando. É inevitável que perante o crescimento destes movimentos e associações islâmicas, não venham a surgir partidos políticos islamitas que se aproveitem da democracia para se apresentar a eleições. Este é um perigo muito real que leva os franceses a votarem no RN. E tenho a certeza que não serão apenas eleitores «fascistas» de direita que darão o seu voto a Le Pen no próximo domingo , mas muitos moderados que sabem que o verdadeiro perigo para a França está não em Le Pen mas na extrema esquerda de Mélenchon. Tal como Rui Ramos escreve e bem, a Itália não foi submergida por camisas negras , nem Meloni é o novo Duce. A Itália continua a ser um país democrático e por dois motivos principais: porque a direita que agora se teima em denominar de extrema-direita, não é aquilo que a esquerda, e neste caso o centro,  pretendem fazer crer. E ainda porque há uma coisa chamada realidade a que os partidos têm de se ajustar. A França não sairá da NATO, a França não sairá da UE se a RN ganhar as eleições. Muitos dos votos que receberá no próximo domingo serão precisamente devido à ameaça islamita em França. Mesmo que Macron consiga ainda evitar o descalabro por mais uns tempos fazendo um pacto aberrante com a extrema esquerda, não se vai aguentar. A chamada coabitação será ainda mais difícil com extremistas de esquerda pró islâmicos do que com Le Pen. Desejo muita sorte a Le Pen no próximo domingo, porque a sorte do RN será também a sorte de França e da Europa.         Rui Lima: As agressões durante a campanha eleitoral em França a candidatos e apoiantes da direita passou a ser uma normalidade os jornais do regime não lhe prestam atenção . Pensem  por momentos que se essas agressões tinham origem no “ Rassemblement National” teria feito todas as primeiras páginas. Quem ameaça com uma 3.ª volta nas ruas é a esquerda em caso de vitoria do “ Rassemblement National” há apelos para não aceitar os resultados, por isso vai haver mais abstenção muitos que pensavam votar no RN têm medo da violências da extrema esquerda . Os jogadores da seleção francesa têm uma obrigação de reserva , mas fazem apelos assim uma seleção nacional deixa de o ser . Nestas eleições não tenho simpatia por uma outra parte mas vendo a perseguição ao “Rassemblement National” que contraria todas as regras democráticas fico chocado ao ver  gente  moderadas da esquerda alinharam com extremistas algum considerandos terroristas com ficha S na polícia .                    João Floriano b> GateKeeper: É preciso renovar o vocabulário da esquerda porque começa a ficar tão desgastado que deixa de produzir efeito. Termos que já não assustam como anteriormente são o «fascista», «reaccionário», «conservador». Agora aposta-se em «extrema-direita», «populismo», «demagogia», «retrógrado». Por sua vez a esquerda é sempre progressista, nem que repita a mesma cassette desde há 50 anos como o Bloco e o PCP. Os temas woke são metidos a martelo nos partidos mais ao centro porque têm medo da extrema esquerda que domina a CS. Tirem-lhes o controle dos media e vão ver a extrema esquerda desabar como um castelo de cartas sem os seus profetas a debitar aldrabice ideológica e ao mesmo tempo os partidos ditos moderados a abandonar aliviados as causas woke para as quais não estão vocacionados.              Maria Emília Santos Santos: Perfeito! É isso mesmo! O PS está a tremer e George Soros que o promove também! Então a estratégia tem de ser enganadora para os eleitores, para que estes se afastem do CHEGA que é muito mau! É fascista! Está a preparar-se para governar e impor uma polícia política! Não luta como eles contra a desmotivação dos polícias, para acabar com eles e com a sua autoridade! O CHEGA é tudo e mais alguma coisa, para que o povo o odeie e eles consigam permanecer no poder! O Chega, às vezes é fascista, outras é racista, outras homofóbico, outras xenofóbico, outras outras coisas, desde que dê para manipular os cérebros dos portugueses! Mas agora têm os paquistaneses para votarem neles, que até lhes vão construir uma mesquita onde eles mais gostarem, só para os ter na mão e votarem nele PS para continuar a corrupção do poder que há tanto tempo vêm fazendo!                  Filipe F: Sempre lúcido. Obrigado Rui Ramos.               GateKeeper > Joao Cadete: Pastilhas Rennie, Kompensan e, talvez, um qualquer "'médinho" para lhe aliviar a ignorância... Pelo que tenho ouvido de outros "residentes" do rato e da buenos aires, olhe qu'a coisa resulta! Bom fim de semana.      Rui Lima Rui Lima: Números do ministro : “Gérald Darmanin voltou às múltiplas agressões físicas contra candidatos a eleições parlamentares e activistas. Ele anunciou que «51 candidatos, suplentes ou activistas foram agredidos fisicamente» durante a campanha.” Isto não é próprio de um país de um país ocidental , a França em bastas áreas do território é 3.º mundo .             GateKeeper: Caro Rui, se a distância se mede entre 2 pontos, A e B... É óbvio que A, como ponto de partida, será sempre muito semelhante ao ponto de chegada B. Na minha perspectiva o problema, para além da ignorância militante, estará também nas definições actuais dos extremos. Se olharmos bem para a realidade, sem peias nem ameias, constatamos que afinal, todos sem excepção são mais ou menos complexos populistas, com bandeiras mediáticas de cores diferentes. Na Peninsula Ibérica, temos uma "base politico-social gasosa" que circula entre as/os esquerdalhos d'ontem e as/os esquerdalhos-woke-liberalecos; essa base, no seu todo, é eminentemente populista, por razões que a razão desconhece. Meu caro amigo, continue a oferecer "pérolas a porcos", pf. Não desista, nunca.                   Lupus Maris: Claro, clarinho...             Irene Rosa: Artigo muito bom, construido com muita clareza.           Joaquim Rodrigues: O problema em Portugal é, apesar de tudo, um pouco diferente daquele que se vive em França. Não podemos esquecer-nos que durante décadas vivemos num país que só tinha dois lados: o fascismo e o comunismo. Em Portugal, durante décadas, fascistas e comunistas, cada um à sua maneira, tudo fizeram para abafar qualquer voz “Livre” que se manifestasse. A principal preocupação de “Fascistas e Comunistas” era esconder que existiam regimes onde era possível a prática real do pluralismo, da democracia, da igualdade de oportunidades e da liberdade, sem ditadura, sem autoritarismo, sem militarismo, sem estatismo e sem centralismo. A grande mentira da “Democracia em Portugal” aconteceu quando, no dia seguinte ao 25 de Abril, o único partido organizado no País, o PCP de Cunhal, tomou de assalto o Aparelho de Estado e fez o saneamento dos que não lhe prestassem vassalagem, com o único objectivo de o usar em seu proveito. Ao tomar de assalto o Aparelho de Estado, o PCP, teve como principal foco e objectivo o branqueamento e legitimação do Estado Salazarista, da sua orgânica, das suas metodologias, preservando os seus atributos Estatista e Centralista, na perspectiva de, após tomar o poder, se poder servir deles. Por essa razão impediram que fosse feita uma verdadeira “Reforma Democrática do Estado” quer quanto à estatização da economia (Estatismo) quer quanto à hierarquização territorial dos níveis de poder (Centralismo), quer quanto à sua orgânica, funções e competências. Foi neste “caldo de cultura” que cresceu e se consolidou a promiscuidade e conluio entre a “oligarquia” económico/financeira e aqueles que, dentro dos Partidos, se foram deixando aliciar, como os seus “Gestores de Serviço”, acabando por tomar conta, em maior ou menor grau, dos “aparelhospartidários. Foi também neste “caldo de cultura” que uma grande parte da Comunicação Social foi capturada. Uns e outros foram percebendo e interiorizando as vantagens e privilégios de que, em simbiose, podiam usufruir, ao usar o Estado criado pelo salazar e branqueado, legitimado e retocado (no PREC) pelo cunhal. (O Sócrates e também o Costa, foram o expoente paradigmático desta simbiose juntando, nessa missão, desde gente do antigo regime até muitos ex-comunistas (caso do Sócrates) e até os comunistas, eles próprios, no caso do Costa). A grande questão em Portugal está em que, uns e outros, como é natural, fogem de “Reformas Estruturais” como o diabo da cruz. Preferem que tudo se mantenha como está para se poderem ir revezando no usufruto das benesses do “estatismo e do centralismo”. A falta de uma verdadeira “Reforma Democrática do Estado”, com liberalização da economia e descentralização política, foi e é hoje a “mãe” de todo o “compadrio e corrupção” à volta dos poderes de Estado, dos negócios de Estado e do Orçamento de Estado. Os da “situação” “propagandeiam” que não há um verdadeiro “Líder” da direita porque o que a “Oligarquia” quer é um Líder que “pareça” de Direita, que faça parecer que há alternância entre Esquerda e Direita, mas que lhe dê garantias de que, só haverá alternância, para que tudo fique na mesma. Sá Carneiro e Lucas Pires foram das raras e honrosas excepções que lutaram pela democratização e liberalização do regime, afirmando, como suas Prioridades Políticas, a “Libertação da Sociedade Civil”, a “Livre Iniciativa Privada”, o “Mercado e a Concorrência”, a “Liberalização da Economia”, a “Descentralização Política do Estado” e o “Desmame da Oligarquia da mama do OE”, das “Negociatas de Estado” e das “Rendas Monopolistas outorgadas pelo Estado”. Em Portugal a grande questão que se coloca não é entre "direita, centrismo e esquerda". Em Portugal a grande questão que se coloca é entre Reformas Estruturais que "Liberalizem a Economia, libertem o País e a sociedade civil" de um “Estado sufocante, Estatista e Centralista" herdado de Salazar/Cunhal.                julio Almeida: Que comentário absolutamente certeiro. Ninguém quer perder as mordomias. É isso que muitas pessoas já estão a ver. E cada vez mais. Por isso o voto vai fugir ao centro, a menos que eles o percebam e não abusem. Basta olhar para a pouca vergonha que se passou na Santa Casa.             bento guerra: Atacam -todos-os extremos que incomodam o "sistema". Os de direita, porque os de esquerda já estão presentes ,dentro das aldrabices dos próprios sistemas. A barreira montada em França à RN é anti-democrática                João Ramos: O centro foi exactamente o que permitiu o crescimento dos estremos e a única culpa pertence exactamente ao centro, porque por um lado e por incompetência se deixou em muitos casos influenciar pela extrema esquerda ao ponto de deixar degradar os usos e costumes da Europa e por outro lado o centro tentou por todos os meios denegrir aquilo a que chamou de extrema-direita, pois foi aí exactamente onde o eleitorado se está a refugiar por perceber que mais uma vez o estavam a tentar ludibriar e onde temos a prova real disso mesmo na ascensão e no prestígio adquirido pela Sra. Meloni que assusta muito menos do que o radicalismo da extrema esquerda!!!      Carlos Chaves: Obrigado Rui Ramos, finalmente trouxe-nos a explicação do porquê se ataca descarada e violentamente a “direita” mais incisa, e se deixa passear no parque a esquerda que põe em causa a nossa vida democrática! Se fosse como alguns “jornalistas” e comentadores deste pasquim e da CS em geral… pintava a cara de preto!                  Tim do A: Inteligente e certeiro.                Americo Magalhaes: Muito bem denunciado por Rui Ramos. Partilho da mesma visão e opinião. RR, JMA, MBP, HM, DA, JPM dão dignidade ao Observador, mas os restantes.........Temos infelizmente uma CS militantemente neo-marxista que vai minando toda a nossa cultura, modo de vida e qualidade de vida. A decadência na Europa é bem visível, sobretudo nos últimos 10 anos. Interrogo-me, para quê assinar um jornal que não faz jornalismo isento, que desinforma, faz contorcionismo da realidade dos factos, enfim que não pratica uma democracia saudável?                 Nuno Abreu: "PS e PSD excluem o Chega, ao mesmo tempo que admitem na área do poder ou acham “institucionais” o PCP e o BE, as únicas forças políticas que ameaçaram a democracia desde 1974" É fundamentalmente isto que retira dignidade à politica portuguesa. Derrubaram os muros à esquerda permitindo normalizar o bolchevismo estalinesco, enquanto constroem novos muros a movimentos que denominam fascistas e nazistas, sem que para o efeito juntem um facto concreto para o comprovar!          Maria Rita Menezes: Muito bom, muito lúcido, tocou "na ferida"! Parabéns e continue, muito obrigada! Cpts              Carlos Real: Um texto muito claro e demonstrativo de que os centrões são cada vez mais os aldrabões do século 21. Todos sabemos que os comunistas e os revolucionários esquerdistas têm sempre a ideologia à frente de tudo. Não interessa que a realidade seja A ou B, a solução é sempre mais Estado e menos mercado. Macron dizia que vinha aí a guerra civil. Agora o seu discípulo PM diz que o que se precisa é ter calma, e não criar alarmismos. Em que ficamos? Eu que sou um liberal, tenho votado no Chega sabendo que vários dos valores são muito diferentes dos meus, seja na religião, na eutanásia ou mesmo na aceitação dos trans XWZ. Para mim, mesmo as aberrações, podem existir desde que não me impeçam de ser quem sou. O que detesto são discursos sonsos, paninhos quentes e criação de medos fantasiosos. O fascismo só existe na cabeça destes pre-históricos. Será que a Hungria de Orban e um Estado sem liberdade? Se os comunistas ganhassem em Portugal seguramente o Observador seria fechado na hora. Mas o perigo está no Chega. Não admira, com o ódio que Ana Gomes, Raquel Tavares, Ricardo A. Pereira e tantos outros, eu sei onde está a ameaça. Contudo tenho a visão de que os povos quando podem votar livremente têm o bom senso de escolher. Tanto podem varrer os conservadores ingleses, como o bonapartista Macron, ou a múmia Biden. Portugal é a excepção. Os tugas gostaram do pior PM da era democrática. Se voltar para ser PR ainda podemos ter mais um bobo da corte. Já temos dois (Marcelo e Martinez). Três é demais.

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