Excelente a crónica de Helena Ramos,
como os seus muitos comentadores não deixam de referir. De alguém que acreditou
piamente em mudança eficaz, relativamente ao conservadorismo burguês respeitador
dos valores de sempre, mudando-lhe os modelos e os moldes do cumprimento, mais
assentes estes, em liberdades e altruísmo aparente. O resultado, foi,
naturalmente, a decepção, que bem se nota na sagacidade do seu discurso, de uma
séria ironia, apoiada no risível de uma sociedade das mesmas espertezas
trafulhas de todo o sempre entre nós, quer sigam os valores sagrados do Deus
Pátria e Família, quer os do respeito pelos princípios de igualdade, fraternidade
e liberdade de uma democracia da tanga.
Verão: quando é que deixámos de acreditar que a vida
sorri? /premium
Quando ficámos sem palavras. Sem
vergonha. Sem memória. E sem juízo. A vida já não nos sorri. Parece é rir-se de
nós.
HELENA DE MATOS, Colunista do Observador
OBSERVADOR, 21 jun
2020, 07:16121
Deve
ter sido dos corantes e conservantes. Ou da falta deles. Só sei que
nos verões dos anos 80 a vida sorria. Sorria mesmo. Comêssemos ou não os
gelados que nos garantiam que ela, a vida, sorria. Da SIDA às
discriminações, tudo se ia resolver. De facto nós acreditávamos não só que
a vida ia ser melhor como que o seu desenho era o de uma curva ascendente a
caminho do bem-estar, da liberdade e do fim das injustiças. Havia caminhos
diferentes para atingir tudo isso mas era certo que lá chegaríamos. Agora,
em 2020, fomos para casa por causa de uma curva que tinha de achatar e achatou
mas agora, em algumas zonas está a deixar de achatar mas parece que isso já não
representa problema algum.
Nos
anos 80, vivíamos rodeados de estátuas que muitas vezes não despertavam em nós
grande interesse até porque tínhamos como objectivo não derrubá-las mas sim levantar
outras. Nesses tempos em que vivíamos rodeados dos nefandos males que agora
querem que exorcizemos, os censores nunca estavam do lado certo: quando
um programa de Herman José, na RTP, foi suspenso por causa da encenação de uma
entrevista histórica à Rainha Santa Isabel o humorista não pediu publicamente
desculpas e os seus amigos não o renegaram. Como então acontecia, logo outros
convites para outros trabalhos noutros meios surgiram. E sobretudo o país
riu-se do que viu como um despropósito. Querem comparar com o que acontece
actualmente? Com essas sessões de auto-punição pública nas redes sociais que
parecem decalcadas das sessões de autocrítica dos estalinistas e dos maoistas?
Deixámos
de acreditar que a vida sorri porque deixámos de nos indignar com o
autoritarismo e a mediocridade? Ou terá sido ao contrário? Não sei mas sei que
alguma coisa aconteceu para que aceitemos com resignação dias como os que
acabamos de viver. Dias de:
Socialismo, pimba e futebol. A cerimónia que teve lugar no palácio de Belém para celebrar o anúncio da UEFA de que Lisboa vai
receber a Final Eight da Champions é o momento que define o presente
regime: socialismo, pimba e futebol, uma sucessão de eventos, cada um deles
apresentado como mais extraordinário que o anterior.
Cada evento é um palco para a oligarquia. Mal um palco se desmancha outro se tem de erguer pois
o regime do socialismo, pimba e futebol não é compatível com a gestão do dia a
dia. A queda do regime acontecerá quando a realidade se impuser à capacidade
dos protagonistas de terem permanentemente um evento em cena, uma causa urgente
a acudir.
O regime do socialismo, pimba e
futebol faz de nós parvos na verdadeira acepção da palavra mas não só não tem
nada de parvo como é dotado da esperteza aguda de quem reduziu o pensamento ao
instinto da sobrevivência. Assim os oligarcas do socialismo, pimba e futebol
conduziram-nos ao seguinte dilema: temos de suportar o populismo presente pois
a alternativa, garantem-nos, são populismos ainda piores.
Semeando tempestades. A chegada
de embarcações de Marrocos aumenta a confusão em torno da imigração que agora
se chama migração e dos imigrantes que passaram a requerentes de asilo,
migrantes ou refugiados: o Algarve está ser a ser
testado como destino pelas redes de tráfico de pessoas. A demagogia
que rodeia as questões da imigração leva a que o assunto só seja abordado
quando um facto externo a tal obriga: por exemplo, a chegada de embarcações
provenientes de Marrocos ou os surtos de Covid num hostel lisboeta onde tinham
sido alojadas pessoas que inicialmente não se considerou importante detalhar
donde provinham nem qual o seu estatuto. Mas rapidamente o silêncio volta a
imperar. Contudo as razões para nos
preocuparmos crescem e não só por causa do que está a acontecer no Algarve. Por
exemplo, esta semana o Público revelou que “contra regras da ONU, SEF volta
a deter 77 crianças migrantes, algumas por mais de um mês. Em 2019 houve 25
menores não acompanhados e 52 acompanhados que ficaram detidos, revela
relatório europeu.” Quem
são estes menores não acompanhados? Donde vêm? Como é que aqui chegaram? Com
que documentação viajam esses menores?… A questão dos menores não acompanhados
tornou-se num dos maiores problemas da imigração em países como a França ou a Espanha. O
conglomerado das ONG’s, activistas e serviços públicos vêem neles um nicho de
mercado e político. O reverso é um sem
fim de questões legais e sociais inerentes à existência de adolescentes mais ou
menos tutelados que muito frequentemente acabam a
ser explorados por redes de prostituição e droga. Tal como acontece
com as embarcações que agora aqui aportam vindas de Marrocos ainda estamos a
tempo de estancar o problema. Mas para isso há que enfrentá-lo.
Visão selectiva.“Na “Zona Autónoma” de Seattle a polícia não manda, a comida é grátis e as
ideias fluem” — Não, não é o Avante nem o EsquerdaNet. É tão só o
Expressoa manter a velha linha das notícias-desejo sobre a URSS, Cuba, China de
Mao, o Cambodja, a Guiné-Bissau…Até Jonestown antes do massacre
ter revelado o óbvio foi vista como um espaço anti-racista e de
felicidade comunitária por muito boa gente na Europa e nos EUA!
Convém contudo lembrar que
sempre que um jornal, rádio ou televisão do mundo ocidental descrevem nestes
termos um local há duas certezas a ter em conta: a primeira é que quem assina a
prosa não vai ficar a viver naquele local. A segunda é que é tudo mentira. Ou seja a ausência de polícia traduz-se na
proliferação de abusos e violências que depois serão denunciadas mas pouco
noticiadas. O grátis está ser pago por alguém. E obviamente as ideias não fluem
porque têm um sentido único.
Há
mais de um século que convivemos com esta efabulação noticiosa sobre o mundo
como ele devia ser. A imprensa vive actualmente um momento marcado
pela militância a que chama activismo e pelo maniqueísmo: diariamente temos a notícia patetinha sobre os EUA —
do género
daquela sobre a conta milionária apresentada a um doente de Covid num hospital
dos EUA, conta que lá para o fim da notícia se explica estar coberta
por seguro — e a apresentação dos números dos mortos de pandemia de forma a
provar o sucesso dos “bons” versus os “maus”. Lendo as notícias torna-se
difícil acreditar que o Brasil tem o mesmo número de mortos por milhão de
habitantes que a Suíça ou o Canadá. Aliás temos de nos libertar rapidamente
desta grilheta ideológica para percebermos o porquê de ser na Europa que se atingiram
os valores mais altos: o facto de sermos um continente
envelhecido explica os desastres belga, italiano, espanhol e britânico?
O outro lado deste maniqueísmo
editorial passa pelo que não é noticiado. E
nesta semana temos aí o caso extraordinário de Dijon: centenas de homens vindos doutros locais de França e
também da Bélgica e da Alemanha confluíram para esta cidade francesa. Estavam
armados de paus, ferros, armas automáticas. Aí fizeram perseguições e
agressões. Incendiaram carros e partiram o que lhes apeteceu. A França
mobilizou homens e armas. Reportagens? Notícias? Entrevistas?… Há que procurar noutras bandas para
perceber o que aconteceu: um grupo de centenas de
chechenos resolveu vingar a agressão de que foi objecto um jovem
checheno por parte de magrebinos. Estamos por nossa conta, dizem uns e outros.
Estão de facto.
Teremos sempre Odiáxere. A CGTP
manifesta-se. O PCP organiza comícios e festas. Os ditos anti-racistas
desfilam. Mas em Odiáxere fazer festas é uma irresponsabilidade. A ministra da
Justiça quer que promotores de festa paguem indemnizações. Qual é a coerência
disto?
Uma cronologia que prova que um povo se habitua a tudo.
17 de Junho: Graça Freitas: “Não chega a
falsa sensação de se utilizar um termómetro”
6 de Março: Directora-Geral da Saúde Graça Freitas diz que, para já, não há necessidade de limitar as visitas a lares e
instituições, por causa do coronavírus.
29 de Fevereiro: Graça Freitas: “Não é
preciso ir a correr à procura de máscaras”
A
vida já não nos sorri. O que não quer dizer que não ria de nós.
COMENTÁRIOS
Lourenço de
Almeida: Sim...excepcional! Obrigado! Sergio Coelho: Excepcional.
Luís Mariano: «Nos anos 80,
vivíamos rodeados de estátuas que muitas vezes não despertavam em nós grande
interesse até porque tínhamos como objectivo não derrubá-las mas sim levantar
outras.» Vivemos uma total inversão de valores, com técnicas bem conhecidas do
marxismo e do islamismo. É um tempo de verdadeiro niilismo, escondido atrás de
"causas fracturantes" e falsos "novos valores". Um tempo de
destruição total. Realmente: socialismo, pimba, bola e praia são os valores
mais prezados, até o inevitável brutal despertar. Brutal para o povo adormecido
: os responsáveis sempre escapam às consequências dos seus actos, e até estarão
premiados com presidências, directorias e outros tachos nacionais e
internacionais!
Utilizador habitual: BANIDO: De
facto, como fomos enganados todos os que cresceram nuns anos 80 cheios de
esperança, mas já passou, agora estamos mais velhos e mais pobres, afinal
trabalhar bastante não compensa e a mobilidade tal como o mérito são tretas nas
quais acreditávamos mas que hoje já não têm importância nenhuma.
Ana Ferreira: Para o bem e para o mal, como provam os recentes
perigosos excessos cometidos pelos jovens, a esmagadora maioria continua rir
para a vida que lhe sorri, ao invés de gente retorcida para sempre infeliz!
Maria Augusta > Ana Ferreira Para ti a vida
deve sorrir e bem com o contrato que tens com o Largo da Rataria, não deve
faltar nada, contrariamente aos milhões de portugueses que sofrem este
socialismo serôdio.
Lourenço de Almeida > Ana Ferreira: Que excessos é
que os jovens cometeram? Se calhar, simplesmente não se importam de ser
contaminados por um vírus que lhes faz menos diferença do que uma gripe forte e
quem não quiser apanhá-la deles, que fique em casa! E já agora, porque é que
estes jovens cometem excessos mas as manifestações da CGTP ou do PCP não são
excessos? (quanto a mim, não são mesmo, tal como as festas dos ditos jovens) António Sennfelt: Cara Dra. Helena Matos;Permita-me que, ao seu (como
sempre) magnífico artigo, acrescente a informação de que ontem, 20 de Junho,
uns milhares de "migrantes" do Levante, do Mahgreb e da África
sub-sahariana, puseram Stuttgart, capital do segundo mais próspero Estado da
Alemanha, a ferro e fogo! Com os meus melhores cumprimentos! AS PS: também não encontro na nossa imprensa dita de
"referência" qualquer alusão a esta ocorrência...
João Porrete > António
Sennfelt : Isso é fake news, irão logo dizer os próceres do socialismo pimba
populista. De qualquer forma vou tentar confirmar em sites alemães porque percebo
o idioma.
Já fui confirmar. Mas por aqui é como se nada se passasse. Há
imagens verdadeiramente brutais. É bem feita. Agora amanhem-se com estes
primitivos. Claro que os alemães continuam alemães e num belo dia vai haver chacina.
Nós felizmente temos a bênção de sermos atrasados e por isso termos poucos
muçulmanos do Médio Oriente. Mas ainda vamos a tempo de importar uns milhares e
termos um problema que só se acabará por resolver com uma guerra, como das
vezes anteriores em que nos tentaram invadir.
josé maria: A direita continua a andar para trás e os
partidos de esquerda continuam preponderantes, com o PS à beira da maioria
absoluta. Resultado previsível: a azia instala-se nas hostes direitistas, o
Observador não consegue ser o peão de brega dos seus adeptos e nunca mais a
direita irá fazer parte do arco da governação no nosso país. Deve ser muito
triste ser adepto da direita em Portugal. Se o governo confina é porque devia
ter desconfinado. Se desconfina é porque não devia ter desconfinado. Se o
governo restringe a abertura da economia é porque não devia ter restringido. Se
procura alargar o desconfinamento é porque deveria restringir. Ridículos e
hipócritas. João
Porrete > josé maria: O
problema é quando o governo faz isso tudo e não apresenta uma justificação
cabal para o tratamento diferenciado que faz a uns e outros. E não me diga que
ainda acha que isto aqui correu bem? Se compararmos com Espanha ou Reino Unido,
sim; se compararmos com Grécia ou Áustria, correu pessimamente e o engraçado é
que se perguntar na rua às pessoas vão-lhe responder que isto aqui está o
melhor possível e que o Trump e o Bolsonaro andam a matar pessoas de propósito.
Isto está irrespirável.
josé maria > João Porrete: Não correu bem em Portugal, mas pessimamente está na
Suécia, nos EUA e no Brasil. Quanto ao Jair, já devia ter sido acusado de
genocídio contra o povo brasileiro.
É por isso que
não gosto NADA da importação de certos produtos
ideológicos estrangeiros... não se adaptam lá muito bem ao mercado nacional ! Ipsum Libertas: A vida não deixou de sorrir para todos. Enquanto os
portugueses se contentam com migalhas e futebol, a numerosa famiglia socialista
continua a ter bastas razões para sorrir.
luis Pacheco: Helena Matos,
cada vez gosto mais de ler as suas crónicas e seus artigos. Quem nos governa realmente está a rir-se de nós. André
Ventura: Muito bom senhora Professora Doutora Helena Matos. Muito
bom mesmo. Parabéns. Explique-nos apenas o que quer dizer com sessões de
autocrítica dos estalinistas e dos maoistas, pois como é uma distinta
especialista na matéria poderá iluminar-nos. Muito obrigado.
João Porrete> André Ventura: É precisamente por isso que ela sabe do que fala. Eu
por exemplo não lhe conseguiria explicar o que é porque felizmente nunca fiz
parte de agremiações que praticassem isso.
João Porrete: Eu sou um
pouco mais novo do que a Helena mas ainda apanhei esses tempos maravilhosos em
que se podia dizer anedotas sobre etnias e regiões (curiosamente aqui no
Alentejo as anedotas eram sobre beirões trocando os v's pelos b's); nos tempos
livres os rapazes iam para um lado e as raparigas iam para o outro;
durante as férias da Páscoa e do verão era vadiagem o tempo todo; à noite
fugíamos de casa às escondidas para ir aos pássaros de lanterna e pressão de ar
ou para ir montar redes ilegais nas ribeiras, tudo para fazer petiscadas; o
pessoal mais mariquinhas ia levando na cabeça até algum dia em que dava um par
de tabefes a algum e acabava tudo; todos aprendíamos a nadar nos pegos e
nas barragens, nus para não amarrotarmos a roupa e as mães não
desconfiarem; os avanços dos velhos pederastas eram recebidos a
murro, etc. Não sei para onde foi esse Portugal viril, corajoso e orgulhoso
porque os nossos filhos são melhor educados mas são tíbios e efeminados.
Preferia a versão anterior.
Luis Moreira > João Porrete: Ó
João, tenha dó dos seus filhos. Você representa o que há de pior de um
tempo ....! O mundo de que fala se serviu para si, ele não serve nem serviu,
para os outros. Quanto aos seus adjetivos, sem palavras....um delirio!!.... Não
nos diga que a Helena despoletou essas asneiras todas???
João Porrete > Luis Moreira: Represento
o que de pior há de um tempo o tanas. Só se for no sentido de termos criado uma
geração de cobardes. Mas fique lá com este seu mundo maravilhoso que eu vou ali
assar umas sardinhas. Carlinhos dos Rissóis: Dantes a esperança, pressupunha a espera por algo
melhor. De há uns tempos, a esperança, é por algo menos mau. Mas, a avaliar
pelas sondagens, Costa e o PS já alcançaram a maioria absoluta. Sinal que o
tuga na generalidade está (muito) satisfeito com o que tem. Esta
"governação" satisfaz plenamente a clientela do costume e que todos
nós já sabemos por quem é composta. Mas os problemas, não tardam, e também
afectarão - e de que maneira - os "optimistas irritantes".
Manuel
Palma >Carlinhos dos Rissóis: dito assim não é mau. Esperar por algo menos mau é o
que devemos esperar da política. O busílis é não rirmos porque não acreditamos
ser possível produzir, criar sem chatear terceiros. O busílis é termos um país
de histéricos que são óbvia massa de manobra para psicopatas com apetência de
poder. José Miranda: Helena,
a sua crónica é muito realista, mas muito pessimista no que diz respeito à mudança, que creio que se aproxima.
Um Gajo Espetaqular: O mundo é
feito por todos nós, e não só pelos decisores políticos/económicos/militares/etc.
Se alguém é azedo, o seu mundo tenderá a ser azedo. Talvez a falta da alegria
de que a helena fala esteja no sorriso que ela não esboça!
Joaquim Moreira: Infelizmente, tudo isto
existe, tudo isto é triste. E os populistas de esquerda ou socialistas, que
existem para evitar os populistas de direita ou fascistas, acabam a fazer
figuras de grandes propagandistas. Mas não posso deixar de dizer, em abono da
verdade, quem se opuser a esta triste realidade, terá o seu futuro
comprometido, se, entretanto, não for mesmo corrido. Lembro-me de dois casos de
políticos recentes, que foram completamente destruídos por estes populistas e
seus crentes. Aliás, a crendice é tal, que acreditam em tudo que acham ser por
bem, mesmo que seja por mal. Chegam até a acreditar que, dois ou três dias
depois de uma qualquer festa ou reunião não autorizada, toda aquela gente foi
infectada. Só porque, tendo sido, de imediato testada, de facto, já havia muita
gente infectada. Já nem sequer se interrogam que, de acordo com o tempo de
incubação, não foram infectados, já estavam antes da reunião. Mas volto ainda
aos populistas de que estamos a falar, para lembrar os dois políticos,
críticos, que acabaram por abandonar. Pedro Passos Coelho e Assunção Cristas,
que se atreveram a criticar esta forma de fazer política, de quem sabe muito
bem enganar. Para não dizer que mentem ou escondem a verdade, mas sempre
dizendo com propriedade, temos que levar até às últimas consequências a
descoberta da verdade. Será que algum dia Verão?!
Clarencio Silveira > Joaquim Moreira: os
portugueses gostam ser enganados. Há dois tipos de pessoas de quem eu nunca
gostei -«chicos espertos e pasmados». Para mim o nosso 1ºestá nessa categoria. Já
venho do tempo do 25 abril conheço bem essa gente. O país não quer gente séria
como o Passos.
Joaquim Moreira > Clarencio Silveira: Não fale nessas personalidades
porque eles destruíram este país. Esperava que a politica tivesse ética. Pelos
vistos não. Pelos visto Também concordo
que, o país não quer gente séria como o Pedro Passos Coelho, mas receio
sinceramente, que também não queira um "pasmado" aparente, que,
apesar de "não perceber nada disto", é tão sério ou mais do que é
percebido ou visto!
André
Macias: Como
sempre Helena, brilhante!
Ana Ferreira: Por
todo o mundo se vive o drama da escolha entre sobreviver com um mínimo de
segurança ou viver com o máximo risco. A via por que Portugal optou foi a do
equilíbrio, tentando manter o contágio controlado de forma a garantir socorro a
todos. Se inicialmente se impunha uma terapia de choque, nesta fase de
obrigatória recuperação económica, é suposto a população estar já
suficientemente consciencializada para se proteger. Às autoridades compete
controlar foco de infecção a foco de infecção, e fazer cumprir a lei para que o
contágio não volte a ser comunitário. Maria Carreira > Ana Ferreira A via que Portugal optou foi baseada nas sondagens.
Ponto. Tal como o guião do que lhe dizem para dizer por aqui. Isto é tudo gente
que não pensa o país nem o futuro, nem faz escolhas conscientes. Navegam ao
sabor de números, quer do INE, quer das agências de sondagens, obedecendo
sempre às dicas das empresas de RP que contratam. A
sra leu o artigo todo? Se leu, não o percebeu...ou não o quis perceber!
Maria Alva > Maria Carreira: A
Aninhas não está a ser paga pelo Rato para perceber os artigos. Está a ser paga
para combater os artigos incómodos para o Kosta com uma cortina de fumo de
mentiras e fake news
Zacarias Bidon: O Estado Novo deixou-nos por herança um
país cansado da guerra mas enérgico, soberano, pacífico, seguro, de gente rija,
trabalhadora, profundamente portuguesa, que nunca duvidou da sua identidade. O
regime abrileiro vai deixar às gerações vindouras um campo de ruínas onde
prolifera o crime, a desordem, a imoralidade e a fealdade. Os últimos
portugueses hão-de perecer em tormentos atrozes às patas do lixo étnico.
Jorge
Carvalho: Obrigado HM pela excelente e corajosa denúncia deste
presente absurdo que vai paralisando a restea de sensatez do Ocidente. Já só
mesmo uma Divisão Chinesa ou Russa poderá pôr fim a esta palhaçada. O que
poderá acontecer com a maior das facilidades numa sociedade disforme e
conformada com o futebol, amaricada, e em anomia total. Mário Brás: E nos anos 60 e 70 ?
Mario Areias: Cara Helena
Matos, subscrevo na íntegra o seu texto. A perseguição às festas de jovens, e
não só, vem mesmo a calhar para desviar a atenção do foco principal que é o
aumento de infectados (o que por si só não é mau) em Lisboa. Porque aí estão em
causa os transportes públicos, que não há em número suficiente e mais uma vez,
lá teríamos que falar do desinvestimento público do governo anterior. Ora num
governo milagreiro como o actual não devemos pôr nódoas com o governo anterior
que, por acaso, até era completamente diferente deste. O anterior, o XXI, tinha
61 membros o actual XXII tem 69 membros. Como se vê, nada a ver.
JB Dias: Em democracia os dirigentes acabam sempre
por ser o reflexo dos eleitores ... as reformas várias que transformaram as
Educação e Cultura nas tristes caricaturas de hoje claramente que deram o
resultado pretendido! Fernando
Ribeiro: Vivemos um final de ciclo
civilizacional. Não tenho a certeza se o que se segue é melhor do que tivemos
até aqui. Quando vejo o que por aí vai, sinto sim muitas dúvidas. Mas tem
razão. A vida deixou de sorrir. E os verões já não são o que eram. Perdemos o rumo e só nos dão chiclets
mentais.
Maria
Nunes: Como sempre HM escalpeliza a desgraçada situação em que
nos encontramos. E, o mais preocupante, é que não se vê uma luz ao fundo do
túnel. Que povo este! Não se apercebem que estamos a correr para o abismo.
Portugal está refém de gente que não serve o país, mas sim que se servem a eles
próprios.
António Marques Mendes: Deixámos de
acreditar que a vida sorri porque deixámos de nos indignar com o autoritarismo
e a mediocridade? Ou terá sido ao contrário? O contrário não me parece. Um dos
dramas em democracia é que uma vez instalada no poder a mediocridade, ela gera
uma oposição igualmente medíocre. Este fenómeno é particularmente visível nos
EUA com Trump/Republicanos e Democratas mas também em Portugal com Costa/PS e o
PSD. Pode demorar uma geração até quebrar o ciclo sem ter de passar por um por
processos revolucionários. Felizmente, nos EUA começa a vislumbrar-se alguma acção
com os Republicanos que apoiam Biden mas em Portugal não se vislumbra nada
dentro do PS.
Luís Mariano
>António Marques Mendes: Os
Republicanos que apoiam Biden são tão corruptos com ele e membros do "Deep
State" que perderam privilégios com o Trump.
Manuel Palma: Socialismo, pimba
e futebol. Resume bem a HM. A importância e dignidade com que antes de 74 se
(não) tratava o futebol contrasta com a qualidade debochada dada ao «evento»
nesta 3ª república. As imagens dos adeptos
antes de 74 e as actuais caravanas de bullies rodeadas pelo corpo de
intervenção, dizem tudo do antes e depois. Rui De Azevedo Teixeira: A
Helena Matos, que
é um talento natural para a crónica, está para o Observador como o Messi está
para o Barcelona ou como o Eusébio estava para o Benfica.
Carlos Quartel: Crónica de
tempos de chumbo. Nesta circunstância ponho mais a culpa no morcego do que em
Costa ou Marcelo. O vírus
desorientou tudo e todos, acentuou falhas, exigiu competências inexistentes e o
nosso pessoal do poder, normalmente habilidosos e desembaraçados, atingiram o
seu máximo nível de idiotia. A
cerimónia "de estado" para receber o futebol foi uma tentativa tosca
de impingir circo à populaça.No que contaram com as TV's, que , aliás
prosseguem nesse esforço de embrutecimento., com denodo, diga-se.
Quanto à senhora directora, é simples :
Não havia máscaras, não fazem falta.Para quê uma corrida a um artigo
inexistente ? Quanto ao
resto do mundo, a agenda anti-capitalista está sempre activa e o morcego só
veio ajudar. Racismo,
acosso, homos, refugiados, tudo bom terreno para escarafunchar. Talvez os
mortos à facada, em Inglaterra, façam ver que não se trata de folclore, bom
para aliviar tensão do confinamento .... Antonio Monteiro > Carlos Quartel: o morcego são o costa e o marcelo Luís Mariano > Carlos Quartel: O morcego trouxe uma magnífica
desculpa ao Centeno fujão e ao Costa para a catástrofe económica que vivemos,
sem ainda o sentirmos!
Carla Nunes: Excelente
crónica. Muito obrigada. Francisco Miguel Colaço: O remate do artigo foi certeiro. A frase diz muito de
nós. José
Afonso: Muito obrigado pelas suas crónicas. São
mesmo muito importantes e uma grande ajuda para conhecer a realidade. Continue
sempre.
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