Factos passados, factos presentes e uma Terra que vive em Revolução permanente – quer da Natureza inanimada quer da Natureza animada, com o Homem no topo da animação, ou seja, da Revolução permanente. Rui Ramos mostra o porquê disso, em termos de disputa pelo poder, ao longo dos tempos, e hoje, especialmente. Os comentadores bem artilhados nas suas análises – um prazer de leitura.
A quem serve a revolução cultural
em curso? /premium
A esquerda radical só conta porque há uma esquerda que
se diz “moderada”, mas que usa os radicais para cercar e intimidar os seus
adversários. É o que temos visto nas últimas manifestações no Ocidente
RUI RAMOS Colunista do Observador
OBSERVADOR, 19 jun
2020
De
um lado, é o padre Vieira, talvez
porque a sua estátua não esteja num pedestal e seja mais fácil de alcançar; do
outro lado, J. K. Rowling, “cancelada”
pela sua crença na mulher biológica. É muito fácil indignarmo-nos, e
achar que esta é a batalha final entre a civilização e a
“loucura”. Também é
muito fácil encolher os ombros e rir da ignorância dos activistas. Ou ser filosófico, e reflectir que não há
iconoclastia mais severa do que a do tempo que, como no poema, levará o dono da
Tabacaria, a tabuleta da loja, a rua, e a língua em que os versos estão
escritos. Sim, podemos indignar-nos, rir ou fazer filosofia. Mas seriam
apenas modos de ingenuidade. A revolução cultural em curso não é a
irrupção de uma qualquer lava subterrânea de subversão. É mais um dos jogos
apocalípticos através dos quais as oligarquias políticas ocidentais têm andado
a disputar o poder.
Há
uns meses, as manifestações eram por causa do “aquecimento global”. Há uns anos, eram contra o “capital financeiro”. Agora, são contra o “racismo”. Todas tiveram em comum duas coisas. Por um lado,
assentaram no mesmo activismo de rua e de rede social da velha
extrema-esquerda, como ficou agora à mostra na “zona autónoma” de Seattle (uma
“comuna” à maneira parisiense do século XIX). Por outro lado, só tiveram a dimensão que tiveram
porque foram apoiadas e ampliadas pelos media, pelas celebridades do
espectáculo, e por uma grande parte da oligarquia política e empresarial, a
começar por aqueles que gozam as suas reformas na ONU e em outras ONG. Os temas variaram, mas o método foi sempre o mesmo: denunciar a democracia, atacar a
economia de mercado e lamentar a influência ocidental no mundo, como se tudo –
democracia, mercado, influência ocidental – fossem simples mecanismos de
discriminação racial, destruição ecológica, ou desigualdade social.
Sim, estes movimentos arrastam por vezes preocupações genuínas e
propostas legítimas. A herança da segregação nos EUA, por exemplo, ainda
assombra muitas relações. Mas para os activistas, o “problema” — seja qual for
— interessa menos do que a sua utilidade para atacar o “capitalismo”. Reparem na total indiferença em relação a
negros mortos por outros negros, ou em relação a brancos mortos pela polícia,
como Tony Timpa, asfixiado em 2016 da
mesma maneira que George Floyd. A brutalidade policial ou a morte de
negros não os inquietam, tal como a poluição, se não puderem ser
instrumentalizadas para definir o “sistema” como “racista”. Nem um “negro” é, para eles, necessariamente um
“negro”. Para o secretário do BLM em Nova Iorque, Hawk Newsome, um negro que é
polícia já não é negro.
O candidato Democrata Joe Biden tem a mesma opinião: um negro que vota Trump também não é negro. Só quando
renunciam ao estatuto de indivíduos autónomos, para se diluírem numa massa sem
vontade própria de “vítimas” sob tutela dos activistas, é que os negros são
negros. Se isto não é racismo, o que é o racismo?
O objectivo da campanha não é, de modo algum, melhorar a condição da
população afro-americana. É explorar os sentimentos de culpa da maioria branca. É levá-la, como nas religiões em que é preciso
renegar “o mundo” para salvar a alma, a rejeitar a história, os valores, e as
instituições que são os alicerces da vida livre no Ocidente, a pretexto de que
tudo está contaminado por “racismo”. Para já, o resultado do movimento é o medo – o medo instalado nas universidades, nos
meios de comunicação social, nas grandes empresas, onde qualquer empregado vive
aterrorizado pela ideia de poder ser acusados de “racista”, e perder tudo. A
comparação com a revolução cultural maoísta de 1966 faz algum sentido, mas não
é só pelo vandalismo e pelas praxes violentas. É também pelo modo como a
agitação é cinicamente fomentada e usada pela oligarquia política. Em 1966, na China, Mao manipulou os “guardas
vermelhos” para destruir o governo e voltar ao poder.
Em 2020, na América, os Democratas tentam fazer o mesmo com a sua versão dos
“guarda vermelhos”.
Não,
a esquerda radical não vai tomar o poder, refazer a sociedade ou rever a
história. A esquerda radical falhou. Nos EUA, o candidato Democrata é Biden,
não é Sanders. Mas o ambiente que a esquerda radical criou nas
universidades, na indústria da cultura, nas redes sociais e nas ruas serve aos
jogos de poder da oligarquia. Nos EUA, é muito claro. O actual movimento, tal
como os anteriores, nunca teria atingido a actual dimensão sem a cobertura que
lhe deu a direcção do Partido Democrata, que até se fez fotografar de joelho em
terra no Capitólio. A esquerda radical só conta porque há uma esquerda que se
diz “moderada”, mas que a usa para cercar e intimidar os seus
adversários.
Por
vezes, alguém da oligarquia bem pensante, como J.K. Rowling, é salpicado. Dá então ideia de que a “loucura”
atinge todos. Não atinge. Veja-se o
caso do “MeToo”. Contra Brett
Kavanaugh, o juiz nomeado por Trump, valeu tudo. Mas eis que as alegações de
assédio sexual atingem Joe Biden,
o candidato Democrata. Nesse dia, o MeToo morreu.
Por mais justificados que até sejam, os protestos só têm oxigénio quando
podem servir à elite Democrata na sua guerra contra Trump. Inconformados
com os resultados eleitorais de 2016, os Democratas recorreram a tudo para
apear o presidente: investigações judiciais, processos legislativos. Agora, açulam os radicais na rua. É uma espécie de
chantagem: trata-se de fazer sentir aos americanos, através da polarização e do
confronto violento, que não haverá sossego nem civilização enquanto os
Democratas não regressarem ao poder. Basta ler o New York Times ou
ver a CNN, para perceber que, se for preciso deitar fogo à casa, eles deitam.
Não,
não estamos perante uma maré da história. Estamos perante uma especulação
política, de quem julga que, atingidos os objectivos, será fácil meter outra
vez o tigre na jaula. Há uns tempos, João Miguel Tavares pedia à direita:
olhem para Trump: valeu a pena votar nele só para deitar a língua de fora ao
politicamente correcto? É tempo de também perguntar à esquerda: olhem para o
antitrumpismo: valeu a pena destruir o espaço público das democracias, só para
tornar difícil a reeleição de Trump? Nem lhes ocorreu que isso poderia ajudar
Trump?
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COMENTÁRIOS
Maria Narciso: Livre
mercado - É difícil encontrar até hoje uma economia que não demande a
interferência do Governo, há sempre a mão invisível do Estado, pois o capital tem
sempre uma única resposta : Não está satisfeito com o seu salário, aprenda algo
novo e melhore a renda. Estamos
num modelo Socialista, a iniciativa pública tem de ser predominante. O
protagonismo não pode recair sobre o privado, sob pena de a competição se
tornar nociva.
aac 666: Rui Ramos um dos melhores a escrever no Observador
Contra Ponto > Euro de Eos: 1º Facto: A escravatura NÃO foi abolida pelo
cristianismo e continuou a ser uma prática corrente ao longo dos milénios. Os
actos falam mais alto do que discursos hipócritas como esse que cita de Paulo.
2º Facto: O que Paulo diz
nessa passagem refere-se ao além; no paraíso os escravos poderiam aspirar a uma
alegada igualdade. Na Terra, pelo contrário, os escravos tinham de baixar a
bolinha e manter a sua condição de escravos. E foi o mesmo Paulo que declarou
isso. 3º Facto: As
palavras de Paulo eram tão claras, tão claras que, imagine-se, os Papas, a
Igreja, os príncipes da Igreja, os representantes da Igreja, as ordens
religiosas e os cristãos, continuaram a ser donos de escravos e continuaram a
traficar escravos até ao fim da escravatura. 4º Facto: Quando foi decretada a abolição da
escravatura, a Igreja Católica só demorou dois anos, para além da data limite
imposta legalmente para a libertação dos escravos, a libertar aqueles que tinha
na sua posse. Dois anos para além do prazo! 5º Facto: Em pleno século XX, a Igreja usou e
abusou do trabalho escravo e de trabalhos forçados. Teve de chegar ao início do
século XXI para pagar umas irrisórias indemnizações aos cerca de 10% dos
escravos que ainda estavam vivos.
Aqui tem o que a bíblia diz sobre a escravatura:
a) Deus abençoou Abraão dando-lhe muitos escravos. [Gn
24:35]
b) Deus abençoou Isac (assim como seu pai Abraão)
com muitos escravos. [Gn 26:12-14]
c) Deus declara, no 10º mandamento, que não devemos
cobiçar a mulher do próximo, nem a casa, o jumento ou o boi do próximo, nem o
escravo ou a escrava do próximo; ou seja, é errado cobiçar os bens alheios mas,
entre os legítimos bens alheios, quem é que está? Os escravos!!! [Ex
20:17]
d) Deus dita as regras relativo a escravos
hebreus. Você pode comprar um, mas terá que deixá-lo livre no sétimo ano. Mas
se você lhe deu uma esposa e ele teve filhos, então você pode manter a esposa e
as crianças. Se ele se recusar em deixar a sua família depois dos sete anos,
então lhe furarão a orelha e ele o servirá para sempre. [Ex 21:2-6]
e) A escravidão é aprovada por Deus, e aqueles
que roubam escravos devem ser mortos. [Ex 21:16]
f) É correcto para Deus que você bata em seus
escravos. Afinal de contas, eles são seu dinheiro. [Ex 21:20-21]
g) Deus diz para os israelitas que façam escravos
os seus vizinhos. Os "pagãos" e "forasteiros" serão sempre
sua possessão. [Lv 25:44-46]
h) Deus amaldiçoa os gibeonitas a serem escravos
dos judeus para sempre. [Js 9:21-27]
i) Se você pedir para Deus, ele forçará os pagãos
a serem seus escravos. [Sl 2:8]
j) Jesus passa pela Terra numa época em que a
escravatura é o maior crime contra a humanidade e quantas vezes abre ele a boca
para criticar esse crime? Zero!
k) Jesus diz que Deus é como um senhor que castiga
seus escravos "com muitos açoites." [Lc 12:46-47]
l) Escravos não deveriam desejar a liberdade. [I
Co 7:21]
m) Paulo, que não vê nada de errado com a
escravidão, dá ordens para que obedeçam aos seus senhores "em tudo."
[Cl 3:22]
n) Paulo que aparentemente aprova a escravidão,
dá ordens aos servos para que obedeçam ao seu senhor, "como a
Cristo." [Ef 6:5]
o) Paulo não vê nada errado com a escravidão e previne
os escravos para que "estimem a seus senhores por dignos de toda a
honra." [I Tm 6:1]
p) Paulo diz para os escravos obedecerem seus
senhores e agradar-lhes em todas as coisas... "mostrando toda a lealdade."
[Tt 2:9-10]
q)Paulo devolve o escravo fugitivo, unésimo, para seu
"legítimo dono", Filemom. Esta era uma grande oportunidade para Paulo
(e Deus) condenar a escravidão, mas ele não faz nada, ao contrário, devolve o
escravo ao seu dono sem uma palavra sequer contra a escravidão. [Fm 1:12]
r) "Porém todo servo de qualquer, comprado
por dinheiro..." Uma vez mais, Deus mostra sua aprovação da escravidão.
[Ex 12:44]
s) Na parábola do servo irreconciliável, o rei
ameaça escravizar um homem e a família inteira dele para pagar uma dívida. Esta
prática que era na ocasião comum, parece não ter aborrecido muito a Jesus. [Mt
18:25]
t) Paulo que aparentemente aprova a escravidão,
dá ordens aos servos para que obedeçam ao seu senhor, "como a
Cristo." [Ef 6:5]
u) David mata dois terços dos moabitas e
escraviza o resto. [II Sm 8:2-4]
v) O salmista e os santos exaltam a Deus por
matarem e escravizarem "os pagãos." [Sl 149:5-8]
w) Bata à vontade nos seus escravos, como se eles
fossem suas crianças. [Pv 29:19]
x) Vós, escravos, sujeitai-vos com todo o temor
aos senhores, não somente aos bons e humanos, mas também aos maus. [1 Pedro:
2-18]
y) Ensine os escravos a submeterem-se em tudo a
seus senhores, a procurarem agradar-lhes, a não serem respondões e a não
roubá-los, mas a mostrarem que são inteiramente dignos de confiança, para que
assim tornem atraente, em tudo, o ensino de Deus, nosso Salvador. [Tito 2:9-10]
z) Paulo afirma que o escravo que se revolte será
castigado: "Sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque
a Cristo, o Senhor, servis. Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer;
pois não há acepção de pessoas." [Co 3:24-25]
Carlos Sena > Contra Ponto
A escravatura não foi abolida pela esquerda Marxista.
Foi a consequência do pensamento de homens e mulheres de pensamento
livre, muitos dos quais capitalistas e rendeiros. Quanto muito, as
esquerdas criaram uma nova escravatura, a escravatura ao estado centralizado e
centralizador.
Contra Ponto > Carlos Sena Não estou a discutir o marxismo. O assunto em debate é
outro: esclavagismo e cristianismo. Que tal não apresentar respostas
falaciosas?
Carlos Sena > Contra Ponto: Não estou a discutir o passado. Estou a discutir o
presente e o futuro. Se quer falar da Bíblia, um livro escrito a várias
mãos, durante décadas, há passagens para todos os gostos e todos temos
passagens preferidas. Sugiro a leitura dos Salmos, nomeadamente: Salmos
37:1-2.
Contra Ponto > Carlos Sena: Sugiro que não faça as selecções que lhe interessam e
que veja a coisa de forma alargada. Sugiro também que não se meta nas conversas
dos demais com tretas falaciosas que visam desviar o assunto em debate. Sugiro
igualmente que não apresente desculpas esfarrapadas para um livro que dizem ter
sido inspirado por Deus e onde o dito cujo declara explicitamente o seu apoio à
escravatura.
Sugiro ainda que aplique a deus e aos que agem em nome
dele o referido salmo.
Carlos Sena > Contra Ponto: A falácia começa quando não se reconhecem os
princípios básicos de uma realidade. E a realidade é que na bíblia há citações
para todos os gostos. O Deus bíblico é castigador e endoutrinante Cristo trouxe
um Deus compassivo e amoroso, já para não falar do Espírito Santo. Só quis
transmitir isso sem querer ser extensivo. Afinal, o objectivo primordial era
discutir a Escravatura, que vai muito além de um só livro. Fiz um desvio e
zangou-se. É o que acontece quando somos doutrinados sempre na mesma direcção.
Liberte-se dos arreios. Aprecie a vida com todas as suas nuances.
Carlos Sena > Contra Ponto: À semelhança das Revoluções Culturais protagonizadas
pela esquerda: Queimem-se as Bíblias; destruam-se as estátuas. Com isso,
enviem-me para um campo de reeducação ou para o Gulag. Sou ateu, mas reconheço
a bondade onde a leio, mesmo que seja na bíblia. As partes menos bondosas
tomo-as como cálices de realidade. Há de tudo para todos os gostos! Não seja
unidireccional, ou acaba numa realidade muito dolorosa. E, digo isto com todo o
respeito porque vejo a a Bondade que há em si, o Cristo Redentor, vejo também o
Deus irado e castigador do Velhíssimo testamento... liberte-se do passado.
Boa definição do que é ... a extrema
esquerda ! Dá-me muito gozo ver a estupefacção da esquerda, quando vê a direita
usar os seus métodos. Força
Maria Augusta!
Carlos Quartel: Assunto
complicado, com várias vertentes. Penso que tudo começa com uma revolução
de costumes, casamentos do mesmo sexo, louvor à homossexualidade, ensinada nas
escolas, passa depois pela novela do acesso sexual e agora veio cair no
racismo.
Saber
a razão de tanta raiva não é fácil. Para mim é, fundamentalmente, um feminismo
radical (uma professora espanhola diz mesmo que os rapazes deviam ser capados),
um grupo numeroso de gente traumatizada, que escolheu o caminho da destruição,
pelo destruição.
Cabe
aos pensadores puxarem dos galões e denunciarem a fraude, para essa gente nada
está bem, cada cedência exige outra.
A
leninista táctica do salame, em pleno funcionamento......
Jose
Miguel Pereira: Concordo com muito do que escreve Rui Ramos, mas se a Direita
civilizada não fosse tão frequentemente negacionista ou, no mínimo, negligente
quanto a causas como as alterações climáticas e outros problemas ambientais,
que entrega de mão beijada à Esquerda, estaria em muito melhor posição para
travar as suas tentativa de hegemonização cultural
Adelino Lopes: Eu
também abomino a revolução cultural em curso. E nunca entrarei nessas
manifestações como as recentes do anti-racismo porque sei qual é o propósito;
juntar carneiros à carneirada. Não é o anti-racismo. Querem um exemplo?
Recordam-se dos anti-muro do Trump? Muito antes do Trump ser presidente? A
questão fulcral (muro bom ou muro mau) não interessa. Os ignorantes (incluindo
os jornalistas da causa) nem se aperceberam que já existiam partes do muro. Uma
tristeza quando fugiram com a viola no saco. E será sempre assim em todas essas
manifestações dos anti-qualquer-coisa.
eduardo oliveira: Rui Ramos parece que ainda não percebeu
que Trump é uma ameaça para a democracia e o mundo ocidental. Como
sabemos é um narcisista mentiroso compulsivo - em média publica ou diz mais de
20 mentiras por dia - pelo que é imperioso que perca as eleições. Sou de
direita e não tenho medo de o afirmar neste país onde isso é confundido
propositadamente com fascismo. No entanto e apesar de não gostar do Joe Biden, se
fosse americano até votaria Rato Mickey para derrotar o Trump
………………………
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