Numa das aulas de francês, dos idos de
80, comparámos o discurso do Maréchal
Pétain aos Franceses - quando foi forçado a formar o Governo de Vichy - ao do General De Gaulle, aos microfones da BBC, tal como aquele, de 1940 - e ambos
colhidos num manual escolar da altura. A verdade é que me comoveu mais o de
Pétain, discurso de um homem derrotado e humilhado, mas ciente de que outra
coisa não poderia fazer para defender o seu povo, a não ser a submissão
colaboracionista a um poderoso facínora, liberto por então da alçada da
justiça, humana e divina. De Gaulle estava em
Londres, discursava aos microfones, convidava os refugiados franceses à
resistência, num discurso exaltado e interpelativo, talvez exibicionista nos
sentimentos sinceros, é claro, expressão natural do seu repúdio e cólera. Ele
estava longe, e de longe pôde falar claramente a um povo revoltado. Não assim o
pobre Pétain, herói de Verdun, agora velho, mas ciente da sua responsabilidade
perante o povo que era forçado a proteger, sabendo inútil a resistência. O
texto de Francisco Assis, sobre De Gaulle, fez-me lembrar essas aulas em que foi
abordado - e justificado – o discurso emocionado de Pétain, pese embora toda a acção de De Gaulle, o homem certo
no momento certo a que os comentadores de FA deram o relevo respectivo, em pujante diálogo inter-pares,
que não deixou também de ser bastante esclarecedor.
Discours
de Pétain (1940-1941) sources Cliotexe, Wikisource, manuels du secondaire Pétain,
17 juin 1940
Français ! À l’appel de Monsieur le Président
de la République, j’assume à partir d’aujourd’hui la direction du gouvernement
de la France. Sûr de l’affection de notre admirable armée qui lutte, avec un
héroïsme digne de ses longues traditions militaires, contre un ennemi supérieur
en nombre et en armes ; sûr que, par sa magnifique résistance, elle a rempli
ses devoirs vis-à-vis de nos alliés; sûr de l’appui des anciens combattants que
j’ai eu la fierté de commander, sûr de la confiance du peuple tout entier, je
fais à la France le don de ma personne pour atténuer son malheur. En ces heures
douloureuses, je pense aux malheureux réfugiés, qui dans un dénuement extrême
sillonnent nos routes. Je leur exprime ma compassion et ma sollicitude. C’est
le cœur serré que je vous dis aujourd’hui qu’il faut cesser le combat. Je me
suis adressé cette nuit à l’adversaire pour lui demander s’il est prêt à
rechercher avec moi, entre soldats, après la lutte et dans l’honneur, les
moyens de mettre un terme aux hostilités. Que tous les Français se groupent
autour du gouvernement que je préside pendant ces dures épreuves et fassent
taire leur angoisse pour n’obéir qu’à leur foi dans le destin de la patrie.
OPINIÃO: De Gaulle, oitenta anos depois
Toda a sua
trajectória política confirmou a sua grandeza intelectual, política e moral.
Foi, sem dúvida, a maior figura pública do século XX francês.
FRANCISCO
ASSIS PÚBLICO, 20 de Junho de 2020
1.Os
franceses comemoraram esta semana, com relativa discrição, o octogésimo
aniversário do apelo do 18 de Junho. Nessa data, no já longínquo Verão
de 1940, um general do Exército francês, à revelia do poder instituído, lançou
um repto aos seus compatriotas: não se rendam. Fê-lo a partir de Londres,
com o conhecimento do primeiro-ministro britânico Winston Churchill, através da rádio BBC. O que teria sido o
destino da França sem esse excepcional gesto de rebeldia praticado por um
general inconformado com a capitulação nacional perante o invasor alemão? De
Gaulle constitui uma das mais sugestivas
manifestações do papel do indivíduo na História e da importância da acção livre
no curso dos acontecimentos humanos. Hanna Arendt, depois de assistir ao julgamento de Adolf
Eichmann em Israel,
desenvolveu a ideia da banalidade do mal. O
homem que aceita ser uma peça acrítica num mecanismo institucional monstruoso
torna-se irremissivelmente um agente do mal. Não há inocência na
aceitação pacífica da perfídia. Eichmann, na sua pavorosa “normalidade”, representa o ser
humano burocratizado e reduzido a uma condição não moral. Foi por ter recusado qualquer compromisso acomodatício
com uma ordem politica imoral que o General de Gaulle restituiu à França uma
dignidade que o regime de Vichy, com excessiva facilidade, aceitou hipotecar.
Hoje
sabemos quão difícil foi o caminho trilhado por esse extraordinário militar e
político. Só uma vontade férrea fundada na certeza do carácter maior da
causa que prosseguia lhe permitiu superar incompreensões, resistências e
múltiplas hesitações. A voz grave e profunda que a 18 de Junho de 1940 se
dirigiu aos franceses, e ao que na humanidade pode existir de consciência
universal, era a voz de um homem que, no extremo de uma dolorosa solidão, se
percebia a si próprio como a última reserva de uma nação, de outro modo
condenada ao ultraje e à desonra. Houve
quem tivesse visto nisso uma desmesurada manifestação de auto-confiança e de
arrogância própria de um espírito convencido de uma certa predestinação
histórica. A
mediocridade olha sempre a partir de baixo para os gestos e os acontecimentos
raros que convocam o que mais elevado existe no ser humano.
Charles de Gaulle tinha plena noção dos riscos extraordinários em que
incorria, o que só realça o carácter heróico do seu comportamento nesses
instantes decisivos da história europeia contemporânea. Recordemos algumas
palavras por ele proferidas numa conversa tida à época com pessoas que lhe eram
próximas: “Vão tomar-me por um aventureiro e, contudo, nunca fui um
aventureiro… Dirão que sou um rebelde porque me recuso a obedecer a certas
ordens, mas os verdadeiros rebeldes são os que não obedecem ao dever mais
sagrado: defender o seu país até a derradeira possibilidade, ao lado do seu
último aliado… Vão talvez condenar-me à morte. Até aqui os generais condenavam
à morte os simples soldados que queriam abandonar o campo de batalha. Desta vez
vão condenar um general que se recusou a fugir desse mesmo campo de batalha.”
Nenhum perigo, nenhuma ameaça, podiam perturbar a obstinação ilimitada de
alguém que se sentia obrigado a levar até ao fim uma missão que valia muito
mais do que a sua frágil vida.
Toda a trajectória política ulterior
do General de Gaulle confirmou a sua grandeza
intelectual, política e moral. Foi,
sem dúvida, a maior figura pública do século XX francês. Teve um papel
decisivo no processo de descolonização da Argélia, participou activamente nas
grandes discussões europeias e contribuiu para uma melhor regulação de um
sistema internacional marcado pelo confronto político e ideológico entre as
duas superpotências dominantes durante o período da Guerra Fria. Já no
crepúsculo da sua vida política revelou ainda uma superior capacidade de
entendimento na forma como acabou por abordar os acontecimentos de Maio de 68. Olhando à distância percebe-se agora que o velho
General de Gaulle foi sensível a muitas das inquietações e das aspirações que
então perpassavam por largos sectores da sociedade francesa, com particular
destaque para os mais jovens.
Há
hoje em França um largo consenso em relação a esta figura histórica. Mesmo
aqueles que continuam a manifestar reservas ao modelo institucional que
caracteriza a V República por ele fundada reconhecem a importância do
seu magistral legado. Há mesmo uma certa nostalgia da sua peculiar forma de
encarar os assuntos políticos, da sua aversão às misérias de um mundo partidário
dominado pelo calculismo e pela intriga mesquinha, da maneira como falava de
“uma certa ideia da França”.
2. Não
consigo imaginar o General de Gaulle a fazer uma comunicação pública ao país
para informar os franceses de que Paris iria acolher a fase final de um torneio de futebol. Para
ele era muito claro que havia umas questões que eram do domínio da intendência
e que havia outras que eram do âmbito de acção de um homem de Estado.
Militante do PS
TÓPICOS
COMENTÁRIOS:
nelsonfari EXPERIENTE: O toque final da
crónica, o seu número 2, é oportuno e deve ser cruzado com aquilo que Pacheco
Pereira escreveu esta semana. "Questões de intendência" meteram
Costa e Marcelo em ridículo.
No essencial, De Gaulle esteve bem e
sabe-se o que foi Vichy (um livro breve de Olivier Baruch dá mérito ao gesto de
De Gaulle). Claro, a vida de um homem político deve ver-se em toda a sua
extensão e o caso da Argélia é bem lembrado. Apesar de tudo, creio que esta
crónica de Assis é útil, numa época de profundo revisionismo das ideias que
diferentes historiadores têm transmitido. Tenho a tradução francesa de
"The Life of Charles de Gaulle", de 2018, de Julian Jackson e vou
lendo aos poucos, num trabalho de grande fôlego. Não esquecer Vichy: a
"Revolução Nacional" da extrema-direita francesa, de colaboração com
a Alemanha nazi e na perspectiva errada que Berlim passaria a dominar doravante
a Europa. O tratamento dos judeus, o Estado miliciano, a figura grotesca de
Pétain e a hagiografia. Entrevista de Julian Jackson ao "Le Monde",
de 18 do corrente mês, acerca da biografia de De Gaulle aparecida em 2019.
"De Gaulle pensava sempre em termos de nação, nunca em termos de ideologia",
diz Jackson. 22.06.2020 Vieira MODERADOR: Massacre de Paris
(1961 – De Gaulle). A polícia de metralhadoras e matracas lançou-se sobre os
manifestantes. Um polícia, recordou mais tarde, “atirava-se sobre tudo o que
mexia”. Cadáveres lançados ao Sena Várias testemunhas viram uma grande pilha de
corpos sem vida, amontoados pela polícia diante do famoso Grand Rex (2º
bairro), enquanto que outros se aperceberam de longos pedaços de tecido sobre
pilhas irregulares ao longo dos passeios ensanguentados junto da praça da Ópera
(9º bairro). Os únicos objectos em movimento eram estes cadáveres que, deitados
do alto das pontes da cidade, flutuavam no Sena, assim como os autocarros da
polícia que lentamente transportavam os manifestantes presos para os enviar
para os centros de detenção provisória. 21.06.2020 rafael.guerra EXPERIENTE: Em 17-Out-1961, a
FLN, que multiplicava ataques terroristas na Argélia e em França, convidou o
seu povo a manifestar-se em Paris. Dias antes, tinham sido apresentados à
Assembleia os resultados da luta contra o terrorismo argelino em França: 47
policiais mortos em Paris em 3 anos e 19 nas províncias. Maurice Papon impôs o
recolher obrigatório aos argelinos. Por quê tais medidas? Porque a guerra da
Argélia se tinha propagado na metrópole, tanto do lado da FLN, que a
transformou numa base de recrutamento e financiamento, como dos apoiantes da
Argélia francesa. Uma guerra na Argélia que de Gaulle queria terminar, tendo
iniciado negociações com a FLN para esse fim. Em 17 de Outubro, houve 32 mortos
entre os manifestantes, número confirmado durante o governo socialista de Lionel
Jospin. 21.06.2020 Vieira MODERADOR: Obrigado por
continuar a confessar que é um defensor da repressão brutal, do assassínio de
manifestantes indefesos, homens, mulheres, velhos e crianças, da tortura
sistemática, do colonialismo segregacionista (desde que haja progresso...), mas
já tínhamos percebido. Como eu disse espero que aplique esses louváveis
princípios em todas as situações em que haja algum progresso (definido por si,
evidentemente) para os desgraçados que são vítimas da repressão. E' curioso que
o sr que é um defensor incansável da liberdade de expressão, não a defenda em
relação aos argelinos que não queriam viver (sabe-se lá porquê?) sob o domínio
francês à forca das armas... No fundo para si os argelinos são uma cambada de
mal agradecidos e terroristas. Acho que o Salazar também dizia umas coisas
assim... Para o sr Rafael, a democracia, o direito de voto, a cidadania, a
liberdade de expressão e manifestação, portanto, tudo o que nunca houve até à
expulsão dos colonialistas franceses da Argélia em 1962, é bom em todos os países...
menos nas colónias francesas.... 21.06.2020 rafael.guerra EXPERIENTE: (Os mesmos que
defendem a democracia censuram os comentários contraditórios). Na Argélia, a
única coisa que a independência conseguiu democratizar foi a corrupção e o
nepotismo. Os serviços argelinos, mestres na arte da manipulação, têm um
percurso pontuado por violência e assassinatos. Desde o de Ramdane Abbane
(1957) após lutas dentro da FLN, aos dos líderes históricos Mohammed Khider
(1967) e Belkacem Krim (1970), aos do presidente Mohamed Boudiaf (1990) e do
ex- chefe do governo Kasdi Merbah (1993). Mas também chacinas colectivas, como
a Noite Vermelha (1956), o massacre de Melouza (1957) ou os grandes massacres
de civis em 1997. Em termos de violação dos direitos humanos, Pinochet
responsável por 3000 desaparecidos foi um menino de coro ao lado dos +15000 na
Argélia independente. ana cristina MODERADOR: Oportuníssima
análise. Os partidos tornaram-se conglomerados de pequenos Eichmann. À triste
figura dos 3 do topo do estado a anunciar um torneio desportivo, batem palmas.
Num ambiente de pequenos seguidores acéfalos perde-se a noção do peso real das
acções, avaliadas apenas em função do que diz o chefe. 21.06.2020 Vieira MODERADOR: Onde há um
"democrata" repressor e brutal de que a dona Ana gosta, lá vem ela
bater palmas. The Paris massacre of 1961 occurred on 17 October 1961, during
the Algerian War (1954–62). Under orders from the head of the Parisian police,
Maurice Papon, the French National Police attacked a demonstration of some
30,000 pro-National Liberation Front (FLN) Algerians. After 37 years of denial
and censorship of the press, in 1998 the French government finally acknowledged
40 deaths, although there are estimates of 100 to 300 victims. 21.06.2020
rafael.guerra EXPERIENTE: Devemos lembrar a Vieira que o crime contra a
humanidade dos franceses na Argélia consistiu também na construção de
hospitais, estradas, escolas, plantações irrigadas em solo árido que até lá não
alimentavam correctamente a sua população. 21.06.2020 Vieira MODERADOR: Portanto o Macron
é um perigoso esquerdista que disse que Franca cometeu "crimes contra a
humanidade"... Mas o sr Rafael já nos explicou que não, que a Franca foi lá
introduzir o progresso à pedrada. 21.06.2020
ana cristina MODERADOR: o que Francisco
Assis trouxe aqui foi um aspecto da actuação política do De Gaulle: a coragem
de não ir com a maré e os efeitos que tem o seguidismo versus os efeitos de
tomar uma posição própria. não é o propósito de discutir a guerra da argélia ou
a vida politica inteira do De Gaulle, que tem aspectos muitos positivos e
outros muito negativos. os vieiras deste microcosmo só sabem repetir os
chavões que encontraram nalgum artigo do Avante. 21.06.2020 rafael.guerra EXPERIENTE: Para quem ataca
abaixo gratuitamente o monumento que foi Charles de Gaulle, aconselho vivamente
a leitura do artigo em francês sobre as mentiras de Sétif ("Les mensonges
de Sétif", François d'Orcival, 14-Oct-2010) que coloca os eventos no devido
contexto histórico. Um excerto: No meio de gritos da multidão "matem os
europeus", jardineiros, comerciantes, funcionários, colonos, um director
de escola, foram brutalmente atacados e mutilados de forma atroz. O prefeito
socialista da cidade foi morto; o chefe local do partido comunista teve os dois
pulsos cortados. À noite, havia 4 mortos entre os manifestantes, mas 28 entre
os europeus e 47 gravemente feridos. 20.06.2020
Vieira MODERADOR Ficamos agora a
saber e após um revisionismo da história que as potências coloniais ditas
democráticas governavam as colónias onde os colonizados na sua maioria
aceitavam um poder estrangeiro e os que não aceitavam eram criminosos. Depois
da guerra da independência e mais de 1 milhão de mortos de argelinos mortos as
mãos dos franceses (na maioria população civil) Macron veio em 2017 pedir
desculpas pela colonização e classifica a colonização como "crime contra a
humanidade". Nos meses que se seguiram às manifestações de Setif foram
assassinados pelos franceses 45000 argelinos homens mulheres e crianças. Temos
pois aqui um negacionista que cita negacionistas e pelos vistos não foi só na
Alemanha nazi que os negacionistas brotaram. 21.06.2020 rafael.guerra EXPERIENTE: Os massacres da
FNL não lhe interessam nem o contexto histórico, apenas a ideologia. Já que
insiste, peça desculpa também aos árabes, ou a todos os diferentes povos que
nos antecederam, pelo território onde vive hoje. E acuse de assassinos os
franceses, incluindo o pai de Afonso Henriques, que ajudaram a conquistar o
nosso pedaço de terra. 21.06.2020
Vieira MODERADOR: Isto realmente é
preciso ter muita lata. Uma das grandes vantagens dos regimes ocidentais é que
conseguiram encornichar nas cabeça de muita gente a ideia de uma pretensa liberdade
e respeito pelos direitos humanos. Comparar uma invasão de um pais que comecou
em 1830 e perdurou numa guerra durante 45 anos (entrando pela 3ª república
francesas 1870/1940) contra a população em geral onde se instaurou um regime de
segregação na Lei relativamente aos argelinos (só em 1947 os argelinos têm acesso
á cidadania francesa e na prática continua a politica de segregação) e com a
intensificação da repressão brutal sobre o povo argelino em 1950 que se
prolongou numa guerra ate 1962 (FLN inicia a luta armada em 1954). Depois de
1,5 milhões de mortos na maioria civis há quem consiga justificar o genocidio.
O sr Rafael não consegue ver a diferença
entre aquilo que se passou há seculos e aquilo que se passou no tempo das
nossas vidas onde o conceito dos direitos humanos já havia sido estabelecido e
profundamente reavivado apos a 2a Guerra Mundial, nomeadamente em Franca que
intensificou a repressão colonial na Argélia ao estilo nazi (tendo feito o
mesmo na Indochina) apesar de ter sofrido na pela dura e humilhante provação.
Brilhante! E sintomático... Temos aqui mais um negacionista estilo neo-nazi.
Errado está o Macron quando falou em crimes contra a humanidade... 21.06.2020 rafael.guerra EXPERIENTE: A Argélia era um
território miserável após séculos sob o império otomano. A França trouxe
progresso e desenvolvimento a esse país. Se começarmos a ter vergonha da
guerra, teremos que nos envergonhar de toda a História, de todos os países. Os
romanos massacraram os os povos que resistiram à sua expansão, mas o seu
domínio trouxe também paz, desenvolvimento e progresso. Hoje, os argelinos
vivem ainda do petróleo e do gás que os franceses descobriram. Como o general
de Gaulle constatava: a História foi feita com a espada. Negá-lo, é outra forma
de negacionismo. 21.06.2020 Vieira MODERADOR: O sr Rafael não
tem nitidamente a noção do que escreve.... Por essa ordem de ideias e partindo
do principio que isso (não) funciona assim, todos os massacres são justificáveis,
desde que haja algum progresso... seja lá o que isso for. Para si há povos
indigentes e os desenvolvidos mas um pouco brutos... para além dos povos
azarentos como o nosso que expulsaram os franceses em 1807 de Portugal (má
ideia pois que com certeza os franceses iriam trazer para cá o progresso...
mesmo contra a nossa vontade). Mas fica a sua confissão: o sr Rafael assume-se
como racista, colonialista e repressor brutal. Espero que essa sua faceta se
aplique a qualquer tipo de regime... não só às democracias colonialistas...
21.06.2020
10:58
phil.clh INICIANTE: Artigo excelente,
e com muita razão na parte 2. No entanto, não gostei de ver a mistura. Soou um pouco
forçado. Mas belo artigo. 20.06.2020 Joao Garrett
INICIANTE: Excelente artigo, próprio de um grande político. Só é pena que os
destinatários das mensagens (mais ou menos) implícitas não o entendam.
Vieira MODERADOR: Assis tem esta
característica de se rebaixar perante o poder. Nunca iremos esquecer algumas
facetas da sua personalidade ou falta dela associadas a certos acontecimentos.
O seu relacionamento submisso com Sócrates, personagem que Assis desprezava
profundamente por o considerar inculto, arrogante e provinciano; o momento em
que foi sovado pelos próprios camaradas do partido em Felgueiras (que ironia, o
Assis estar sempre a dar licões de democracia para depois ser sovado muito
democraticamente pela populaça do PS á frente das câmaras da RTP) e que dobrou
a espinha a bem da sua carreira politica ao não apresentar queixa ás
autoridades contra os agressores; e o aplauso embriagado de Assis ao cúmplice
de criminosos de guerra Barroso na sua despedida no Parlamento Europeu. No fundo
um sabujo. 20.06.2020 Gabriel Moreira INICIANTE: Vosmecê é um
moderador nada moderado. 20.06.2020 ana cristina MODERADOR : "ser sovado
democraticamente": assim se vê o que os vieiras deste microcosmo entendem
por democracia. justamente por isso o assis se insurgiu contra a geringonça,
aliança contranatura. e justamente por isso os vieiras vêm aqui "sovar
democraticamente" o que nem são capazes de ler, quanto mais comentar. 21.06.2020
Joao EXPERIENTE: Já que estamos em
época de derrube de estátuas, e depois dos ingleses lá protegerem a de
Churchill, aposto que os franceses não se atreverão a derrubar e incendiar os
bustos ou retratos do DeGaulle. Mas bem teriam razão para isso. A guerra da
Argélia é só um exemplo onde a tortura e o extermínio foram praticados de forma
global e sistemática, com o DeGaulle no comando. No fim, com a vitória militar
na mão mas por cima de montes e montes de cadáveres de torturados, fuzilados,
trucidados, eventualmente enojado com o que fez o De Gaulle dá a independência
e foge dali para fora. Não esquecer o Vietnam cuja guerra e chacinas apoiou de
corpo e alma, não sendo o presidente. 20.06.2020 Joao EXPERIENTE: E não esquecer o
seu conluio com o Churchill, sempre branqueando as chacinas dos ingleses sobre
os franceses. Por exemplo no ataque ignóbil aos navios franceses na Argélia,
com centenas ou milhares de franceses mortos à socapa, e justificando com
mentiras como ele sabia e que viriam a ser demonstradas mentiras pouco depois.
Ou por exemplo com o branqueamento dos franceses mortos aos milhares sob os
bombardeamentos ingleses, só por exemplo no dia D morreram tantos franceses
debaixo das bombas “aliadas” como, imagine-se bem, como militares aliados em
“ferozes” e “heróicos” combates contra as “poderosíssimas tropas nazis”. Por
exemplo, por aí fora. Bom, como todos, só chegou onde chegou subindo montes e
montanhas de cadáveres, quer indígenas quer franceses. Leclerc INICIANTE: Na invasão da Normandia
morreram 20.668 americanos, 15.995 ingleses, 5.021 canadianos, 16.714 aviadores
americanos e ingleses. Os civis franceses (estimativas) morreram 13.000 a
19.000 na invasão e 11.000 a 19.000 nos bombardeamentos que antecederam a
invasão. Também acho, os aliados não deviam ter invadido a Normandia, deveriam
ter deixado Russos e Alemães chacinarem-se mutuamente e no final varrer o que
sobrasse para o caixote de lixo da história. Assim libertámo-nos do
nacional-socialismo para acabar com metade da Europa sob ditadura comunista. 26.06.2020
joorge INICIANTE: Até ao final da
guerra poderia concordar, mas depois? Nem reconheço o autor do texto.
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