Acho que, como comentário a este artigo de
Helena Matos sobre políticas
de absurdo, angariador de votos, bem posso integrar o email que o Luís me enviou, sobre o traçado dessa
política de afectos e acolhimento. Eis o email:
«Até Maio, as nomeações do
Governo ultrapassaram as mil e o custo de salários aumentou cerca de 11
milhões.»
A trituradora /premium
Chegou a vez dos veterinários. A geringonça atira-se
aos técnicos com a firmeza de uma trituradora. O activismo faz xeque-mate à
competência. E, por agora, ganha.
HELENA
MATOS Colunista do Observador OBSERVADOR, 02 ago 2020
O
primeiro-ministro com uma indignação e uma assertividade que não se lhe viram
aquando dos incêndios de Pedrógão, declarou no parlamento a propósito do
incêndio de um canil em Santo Tirso, perante o menear assertivo de cabeça de
André Silva do PAN: “Vi aquilo que foi de facto o que disse e bem, o massacre chocante dos
animais em Santo Tirso. É absolutamente intolerável o que aconteceu. Quanto à
orgânica do Estado, não tenho dúvidas que a temos que repensar porque
obviamente a Direcção-Geral da Alimentação e Veterinária não está feita para
cuidar de animais de estimação e manifestamente não tem revelado capacidade ou
competência de se ajustar à nova realidade legislativa que temos”. Aquilo
que António Costa designa
como nova realidade legislativa é a submissão da competência técnica às
tácticas dos políticos: a nova realidade legislativa nesta matéria é um
absurdo. E para mais um absurdo que não se consegue cumprir.
Recordo que em 2016 o parlamento
aprovou por unanimidade legislação proibindo o abate de animais nos canis
municipais. Em 2020,
o resultado dessa legislação está aí na proliferação de “abrigos” infectos,
canis municipais superlotados e matilhas de “cães errantes”. Mas o país,
incapaz de pedir contas aos políticos pela aprovação de legislação por razões
absolutamente populistas (o PAN chegara ao parlamento em 2015 e
era grande o medo entre os demais partidos de perderem votos para os
auto-proclamados defensores dos animais) assiste
agora desinteressado a este ataque de António Costa a um serviço estatal que
manifestamente não podia cumprir uma legislação desadequada à realidade. Afinal
nunca como agora se falou tanto em Natureza, ambiente, campo… mas nunca o
desconhecimento e o desinteresse sobre tudo isso foi tão grande: os ataques de
“cães errantes” (versão politicamente correcta dos outrora vadios ou assilvestrados)
a rebanhos mal são notícia fora das colunas dos jornais locais. A versão Disney da vida rural não concebe que uma matilha desses cães mate
cabras e ovelhas ou que ataque as populações rurais.
A
criação de uma direcção-geral à medida dos interesses do PAN será provavelmente
o próximo passo pois o incêndio no canil de Santo Tirso tornou-se o pretexto
para satisfazer uma exigência do PAN:
a amputação da Direcção-Geral de Veterinária (DGAV) através da
criação de uma muito fofinha direcção-geral dita de “defesa da protecção e
bem-estar animal” versus a DGAV que segundo o PAN é “produtivista e de defesa
dos interesses dos agentes económicos”. Esta
concepção do PAN do bem-estar animal versus os interesses económicos é uma
falácia: os interesses económicos associados ao mundo “não produtivista” dos
animais de companhia são enormes. Não por
acaso encontramos fabricantes de rações e prestadores de serviços para animais
de companhia a patrocinarem as associações que dizem defender cães e gatos: este é um mercado que vale mais
de 750 milhões de euros por ano. O PAN não vê interesses económicos
nas teses de que temos de recolher, alimentar e tratar todos os animais
susceptíveis de serem definidos como de companhia?
Quanto
à transferência entretanto anunciada dos animais ditos de companhia para a
tutela do ministério do Ambiente é um absurdo: por
exemplo, o ministério do Ambiente vai aceitar a existência de matilhas de cães
errantes em zonas protegidas, como acontece na Arrábida? Ou na praia de São Jacinto?
E a destruição que estes provocam das espécies protegidas? E a degradação dos
ecossistemas?
Os
parceiros do PS no Governo têm mostrado um interesse voraz pelo controlo dos
serviços que nos habituámos a considerar técnicos: em 2017, a directora do Serviço de Estrangeiros e
Fronteiras (SEF), Luísa Maia Gonçalves,
foi afastada porque deu parecer negativo à nova Lei de Estrangeiros nascida de
um projecto do BE (quem se mete com o BE leva!). Já a Comissão de Recrutamento e Selecção para a
Administração Pública (CRESAP) foi colocada por António Costa numa espécie de
estado vegetativo quando não é desautorizada e enxovalhada pelo Governo como
aconteceu aquando da escolha do
Director-Geral da Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público em que o
Governo recusou todos os nomes indicados pela CRESAP com o argumento
expresso em despacho da secretária de Estado da Administração Pública de que
entre os não indicados pela CRESAP fora identificado “um candidato com um
perfil mais compatível com as orientações estratégicas definidas”.
E
aqui chegamos a um ponto incontornável do nosso presente e a uma condicionante
terrível do nosso futuro: a administração pública tem vindo a perder qualidade.
Traduzindo, as tristes figuras da Directora-Geral de Saúde não são uma excepção
nem uma anomalia, pelo contrário correspondem a um padrão crescente pois a
competência técnica tem vindo a ser desvalorizada face à subserviência mostrada
perante o poder político. Em sectores como a investigação criminal são já
evidentes os sinais de que dificilmente se aceitará que as investigações não
confirmem as teses dos activistas que funcionam como milícias mediáticas da
esquerda radical, veja-se como o homicídio de Bruno Candé foi logo definido
como racismo e, se por acaso a investigação não confirmar essa certeza
antecipada, já se sabe que alguém vai ter o seu nome escrito nos jornais.
A geringonça, imagem com o seu quê infantil de estrutura desajeitada, é na
verdade uma trituradora cada vez mais pesada das vontades e competências.
PS:
Num sinal da regressão dos tempos somos compulsivamente levados a tratar os
animais com termos humanos e os humanos como uma alínea do expediente
burocrático: adoptamos cães mas somos cuidadores informais dos nossos pais.
Recusar usar este dialecto dos tempos que correm é um exercício que não sei se
vale a pena mas garanto que é tão cansativo que deve queimar tantas calorias
quanto uma ida ao ginásio.
ANIMAIS NATUREZA AMBIENTE CIÊNCIA PAN POLÍTICA 107
COMENTÁRIOS
antonyo antonyo: 16.000 cães
abandonados todos os anos . Adoptados 4.000 . Abate veterinário proibido .
Aceitam-se sugestões . Clara
Évora: O ataque da ideologia ao conhecimento e
racionalidade técnica é um crime de gravidade extrema. Que só encontra paralelo
no ataque criminoso da esquerda terrorista à familia como estrutura básica e
indispensável à sobrevivência da sociedade. Para lá da total falta de
escrúpulos do golpista, que tudo e mais um par de botas faz e fará para alijar
as suas responsabilidades óbvias em toda e qualquer circunstância, a razão de
mais este ataque e assalto reside nestes factos : "56,75% dos militantes
do PS têm mais de 50 anos. O maior peso de militantes, na classificação por
profissões, é o de sectores maioritariamente na esfera da função pública. O total
de inscritos é de 72.744 pessoas, das quais 19.306 inscreveram-se desde
2015." Sem uma
administração pública e um Estado forte e independente do roubo partidário,
Portugal continuará pobre e sub-desenvolvido para sempre. Liberal Assinante Platónico > Clara Évora: Não
põe a questão de uma futura existência de Portugal. E, no entanto, até nós
civilizações sabemos agora que somos mortais. (Paul Valéry) Portugal,
877 anos de existência: uma
ideologia que existe para destruir a normalidade tem necessariamente que atacar
o senso comum e a racionalidade. A conquista do poder é o fim, os meios tudo o
que for útil. Rui
Rebelo: Isto só acontece
porque para a esquerda a razão ideológica (que protege o governo ideológico)
está acima da própria razão. Neste caso o desemprego que também afecta a
família do veterinário visado é considerado o "gulag". Ou seja, não
há um crime nem tão menos um julgamento (pois as entidades ainda são independentes)
para apurar responsabilidades. Vai directamente para o "gulag" por
"decreto" político!
Pedro Reis: O líder do PAN devia ser preso
por ser o responsável principal da reles vida de abandono e sofrimento que é o
dia a dia de muitos animais. Aguardam
tristemente a morte por sofrimento e solidão ou uma morte por atropelamento
numa estrada. Os restantes políticos são
uns insensíveis cobardes.
Liberal Assinante Platónico > Pedro Reis:
Votos, meu caro, votos! O problema
destas "causas para fracturar" é que fracturam mesmo! Qualquer
maluquinho que tenha o apoio de 5% ou menos do eleitorado pode passar a exigir
a Lua ao poder, que esse poder se verga aterrorizado com a ideia da perda de
votos. O melhor exemplo são os "ambientalistas" e a completa
desproporção entre aquilo que representam e o poder que os deixaram ter. António Silva: Helena, absolutamente de acordo acerca dessa raça execrável dos activistas,
uma gente sem carências que explora as carências alheias para chegar ao Poder.
Liberal Assinante Platónico > António Silva:
Penso que deu uma
interessante definição prática de "esquerda"! Tiago
Queirós: Tal como a
Liberdade, o Animalismo é um privilégio, um luxo civilizacional - e não um
direito antecipadamente garantido. Somente num contexto de estabilidade social e de
sustentabilidade sanitária é possível propor a atribuição do título de «pessoa
jurídica» a outros mamíferos. Desde logo, porque o comum cidadão das ditas
nações civilizadas não contacta de perto com hipopótamos ou leões, não vendo
por isso a sua existência ameaçada. Porque se o comum cidadão das ditas nações
civilizadas sentisse a sua existência ameaçada por conta de hipopótamos ou
leões, de pronto compreenderia que, em termos evolutivos, poucos são os demais
animais com os quais podemos colaborar ou interagir sem riscos consideráveis. Além
do mais, como elevar um cão à categoria de «pessoa jurídica», se um cão é
absolutamente incapaz de ser responsabilizado pelas suas acções? De acordo
com as teses animalistas, encontra-se-me vedada a possibilidade de,
arbitrariamente, lesar um cão; mas um cão, ou uma matilha de cães, poderá
lesar-me sem que tal comporte a imputação de responsabilidades. Sendo que, na
eventualidade de ousar defender-me, acabarei igualmente rotulado de
«criminoso». A ridicularia é, assim, de tão elevado grau, que suspeito somente
ser possível combater semelhantes fenómenos por meio da abdicação do visionamento
de conteúdos televisivos. Afinal de contas, trata-se de expressões
essencialmente alimentadas por via das audiências que conferem a determinados
meios de comunicação social; logo, optar pela consulta de conteúdos noticiosos
através de meios alternativos será um importante passo no sentido de desapossar
de influência tão equívocas fabricações.
O Pensador > Tiago Queirós: Somos governados pelos loucos do politicamente
correcto. Isto vai acabar muito, muito mal. Ping PongYang > Tiago Queirós: Há dramas AINDA piores: Será que a partir dagora tenho que me sentir como o Josef
Mengele ou o Reinhard Heydrich quando estou perante um pires de caracóis, duma
travessa de mexilhões de cebolada ou duma simples sande
de coiratos ? Rui Rebelo > Tiago Queirós: Muito bom. Esse é um excelente ponto de vista! José Ramos: Por vezes, pergunto-me quando começou realmente a ditadura dos imbecis.
Terá começado a instalar-se, talvez, na segunda metade dos anos 80 e, ao princípio,
foi devagar; como uma lagosta metida numa panela de água fria. Com o lume
ligado, embora brando, sabe-se o que acontece. Depois, da imbecilidade estar já
razoavelmente instalada criou-se a situação "roupa nova do Rei",
"invisível para os estúpidos" - diziam eles. Pessoas normais,
mas covardes, com medo de perder votos, de parecerem estúpidas,
"fora-de-moda", "contra-o-progresso" ou, muito pior,
"reaccionárias", começaram a aprovar idiotices de uma corja - ainda
minoria - de imbecis instalados em universidades, media e outros sítios que o
pudor me impede de enumerar. Algumas delas e cada vez mais, por unanimidade,
não fosse o dedo inquisitório, acusador e "bem-pensante" condená-las
ao opróbrio e à fogueira. Saiu o "acordo ortográfico", saíram muito
mais enormidades e saiu "a-lei-dos-animais". Costa, tão saloio ou
quase como o dito "Sócrates" e apoiado nos "activistas",
vocifera. Entretanto, a lagosta está pronta a ser servida. José
Ramos > Liberal Assinante Platónico: Este cozinhado não é só
nacional. Aliás, como tudo em Portugal desde as Descobertas, foi importado.
Sobretudo dos EUA e do Reino Unido. João Porrete > Liberal Assinante Platónico: O Guterres foi o primeiro
político a usar o termo politicamente correto "os portugueses e as
portuguesas". O Eanes estava-se nas tintas e, com aquela cara de pau,
dizia sempre "portugueses". Tenho saudades desse tempo em que o
pessoal usava as convenções da língua. Agora, depois de mil e uma mudanças,
estamos pior porque mais divididos. Por mim estou-me borrifando mas o ar hoje é
menos respirável e menos livre.
José Ramos > Cruzeiro O Verdadeiro: "Se farta de rir", porquê?
Sente-se orgulhoso por o país, pela segunda vez desde 1974, ter entrado em
pré-falência em 1983? Não precisa de ir tão longe para encontrar motivos para
essa hilaridade masoquista; pode recuar até 2011 ou mergulhar alegremente no
futuro próximo. Atrevo-me a pensar que o COVID19 foi a sorte grande que saiu a
Costa, o poucochinho, e suas esganiçadas amestradas. Mas é só um adiamento...
Liberal Assinante Platónico > Cruzeiro O Verdadeiro: Ajuda psiquiátrica seria uma
boa para os tugas que vivem em negação de que devem 25.000 euros cada ao
estrangeiro. Já para ti não há ajuda psiquiátrica que te possa valer. Liberal Assinante Platónico >
José Ramos: Politicamente não, politicamente, importamos tudo de
outras paragens, de França, e melhor fora que não fosse assim. Falando só
destes nossos tempos, veja o kamarada como o Tugal foi devorado pelo "Maio
de 68" e pelo "ami Mitterrand", passando ao lado do choque
thatcheriano que abalou o mundo anglo-saxónico e não só. Vai-me dizer que esse
choque chegou cá com as privatizações cavaquistas,
mas lembre-se que foi a França que, falida ao fim de dois anos de
"mitterrandismo", se rendeu e privatizou algumas das suas empresas
públicas. Não se tratou de qualquer convicção na economia de mercado, tratou-se
de mero pragmatismo ou instinto de sobrevivência! O tuga continua a ignorar
soberbamente o que é um mercado e a não aceitar submeter-se às suas regras, ele
acha-se acima dos "feirantes". É um fidalgo falido e esfarrapado, o
tuga. Apenas as suas peneiras são imorredouras.
Anarquista Inconformado > José Ramos: Oh Esparta,
que tal leres algo sobre essas tais pré falências? Mas opiniões de economistas sérios, não de funcionários
da oligarquia corrupta e cleptocrata, que usaram esses mitos para saquearem
mais o país. Não se esqueça de contabilizar, as 500 toneladas de ouro
derretidas para alimentar essa gente. André Macias: Bravo Helena! A colocar os pontos nos
"i" s
Alfaiate Tuga: Num país onde o
SNS é uma anedota, não vá ao centro de saúde, telefone ou envie e-mail, nas
urgências dos hospitais são horas de espera para ir para casa com ben-uron,
meios complementares de diagnóstico, não senhora pois são muito caros. Daqui a
uns meses para comprar o apoio do PAN o Costa vai andar a construir lares para
canídeo deixando os os tugas de duas patas à mercê de um SNS para COVID
positivos, os outros que se lixem que vão largar guito para o privado se o
tiverem, ou então vão morrer longe... Estes betos muito capazes, que de tão
capazes que são, só conseguem arranjar emprego no estado, onde não são
escrutinado por ninguém, vão levar o país para um estado onde a vida de um cão
vale mais que a de um humano.
José Santos: Começa a haver
um grande problema com os animais soltos e abandonados pelas ruas das
localidades. Isto representa um perigo para as pessoas, por vezes até como
problema de saúde pública. Inventam-se leis que depois não têm consequências,
onde estão os canis municipais que deveriam controlar este problema? Nada! E
quem apanha com estas consequências? Todos nós, a larga maioria da população.
Carlos Nicolau > José Santos: Não
há canis porque não há dinheiro. Na minha opinião, os amantes dos animais
deveriam associar-se e, como fazem muitas associações culturais e desportivas,
promover actividades para angariar verbas de forma a poderem ter os seus canis.
Mas isso dá muito trabalho sendo mais fácil exigir dos governantes que tomem
medidas. MC Santos: Mais uma vez uma crónica épica. Obrigado HM. Maria Alva: Excelente
"as usual". HM há já alguns anos que nos vem alertando para "a
mexicanização do país em curso", desde que o democrata Kosta trepou ao
poder. Espero que não nos venha a alertar para uma eventual
"bolivarização". Já nos chegou o Verão Quente de 1975! O Pereira: Não me canso de afirmar que concordo a 100% com esta
cronista. Nunca ninguém conseguiria vocalizar tão bem o que penso, como a
Helena Matos.
Ana Sofia Quintana: Parabéns! Mais uma vez oferece uma excelente análise do estado da
nação.
lopez turrillo: acompanho a cronista neste pensamento: temos um país
de frouxos!
Graciete Madeira: De acordo com este artigo. José
Paulo C Castro: Pois eu culpo a Disney e a sua
permanente antropomorfização dos animais. Aquilo faz mal à cabeça das crianças
urbanas e os pais não sabem... Os animalistas seguem as teses do filósofo Peter
Singer e actuam em função delas. São um erro, como os de Marx, pois assentam na
negação da cadeia alimentar como elemento chave de um ecossistema. No caso de
Marx, negam-se os mercados. No entanto, existe uma enorme atractibilidade por
estas ideias por parte da geração Disney. Tal como todas as utopias, fará o seu
dano. Os partidos desta onda associam-se naturalmente à esquerda por causa do
'modus operandi'. Um encontro de alienados e activismos que juntam os meios
para os seus fins diversos. Costa só conta os votos. Eu gosto sempre de lembrar que
Hitler era vegetariano e protector dos animais. A associação de um ditador
aquelas ideias explica muita coisa. A falta de humanismo latente também.
Dinis Silva: Excelente artigo ………………..
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