É, em fim de contas, o que me ocorre
dizer, depois deste rico banho instrutivo oferecido por Rui Matoso sobre o Homem que se fabrica hoje – pelo menos
no nosso país - essencialmente dependente da tecnologia e o que ela lhe reserva
de miséria espiritual, no desligar dos valores culturais que enriqueceram a
Humanidade, através dos séculos. Um texto que parece bastante rigoroso na
explicitação de uma nova cultura, numa nova linguagem de uma ciência que vem
progressivamente “desumanizando” o homem hoje, pela alienação a que imparavelmente
vai conduzindo toda uma sociedade deslumbrada e preguiçosa. Mas no que este
texto tecnicamente tão rico de Rui Matoso me surpreendeu, foi no banho de
linguagem demagógica que acabou por revelar, na questão do racismo na Europa,
aproveitando para sugerir a necessidade de mais abertura às ondas migratórias
que lhe vão vindo do resto do mundo:
«O
futuro próximo que a Europa tem obrigatoriamente de abraçar deve partir da
auto-crítica dos seus padrões culturais indigentes e rejeitar toda a
intolerância xenófoba da alteridade. Simbólico
do fechamento desta mentalidade europeia é o destino dos migrantes, refugiados
e requerentes de asilo que carregam o peso inaceitável do racismo na Europa
contemporânea»
OPINIÃO
Cultura e Neuropoder
A participação cultural activa
refere-se a uma situação na qual os indivíduos não se limitam a absorver
passivamente os estímulos culturais, mas sejam motivados a utilizar as suas
habilidades e talentos na produção das suas próprias formas culturais.
RUI MATOSO
PÚBLICO, 20 de
Agosto de 2020
"A
nossa época é caracterizada como uma tomada de controlo do simbólico pela
tecnologia industrial, onde a estética se tornou tanto a arma quanto o
teatro da guerra económica. O resultado é a miséria, onde o
condicionamento toma o lugar da experiência"(Bernard Stiegler)
O
pensamento e a discussão em torno das políticas
e das práticas culturais em Portugal é atavicamente ancorado em dois ou três assuntos
recorrentes e com maior notoriedade naquilo que se designa como política
das artes, e, em especial, acerca da exiguidade dos programas de financiamento
público à criação artística, circulação e programação cultural, bem como dos
efeitos nefastos na precariedade sistémica dos trabalhadores da cultura.
Sendo
a dialéctica democratização
vs. democracia cultural um assunto
historicamente relevante e essencial ao pensamento da transformação social, o
mesmo continua a ser insuficientemente debatido no espaço público e ainda são
poucos aqueles que reclamam da sua pertinência para a qualidade
da nossa democracia. Acerca da discussão
sobre descentralização vs. municipalização da cultura, parece que entramos em terreno
tabu dadas as evidências no exercício da dominação do poder local sobre a
cidadania cultural e o não aprofundamento da democracia participativa.
Outras
problemáticas caberiam aqui, mas, em qualquer caso, é mais ou menos evidente
que estamos ainda longe de estender a reflexão crítica aos
dilemas mais urgentes da cultura contemporânea. Urgentes no sentido em que é a
própria definição de humanidade e de cultura que são postas em causa, num
debate que aliás se tem desenvolvido nos estudos das humanidades digitais e do
pós-humano.
Uma
das ausências nos debates em Portugal acontece no campo da relação entre
política-produção-práticas culturais e o contexto do capitalismo cognitivo ou
semiótico em que estamos submersos como peixes num aquário de águas
cibernéticas. Nesta matéria,
aquilo que as investigações em torno da relação entre tecnologia e capitalismo
têm vindo a demonstrar é de facto perturbador: o poder tecno-capitalista tem
gerado distúrbios profundos nas três principais instâncias da vida
contemporânea: Cérebro, Cultura e Cidade.
Quando pensamos em “cultura” tendemos,
em grande medida, a referir-nos à cultura objectivada ou material (obras e
objectos artísticos) em detrimento da cultura subjectivada (experiência
estética, informação, cognição, etc.), menosprezando a análise dos modos como as
produções simbólicas afectam o cérebro e a sua neuroplasticidade. Esta neuroplasticidade deve ser entendida num quadro mais geral da crítica da
economia política, onde muitas das descrições de “plasticidade” são de facto
justificações para uma flexibilidade neoliberal sem limites, um sinal de que o
neoliberalismo é uma economia da plasticidade coadjuvada pelo conhecimento
neurocientífico.
No
contexto cibernético em que coexistimos com infra-estruturas tecnológicas que
fazem do cérebro a derradeira fonte de extracção de mais-valias,
torna-se manifesto que o actual regime de computação penetra todas as esferas
da vida social, biológica ou económica, alterando paradigmas de governação
política (governação algorítmica) e constituindo-se globalmente como uma hiper-realidade
computacional. O
filósofo coreano, Byung-Chul Han,
reitera que é através das emoções que se chega às profundezas do quantified self,
ou seja, a emoção representa um meio eficiente para estabelecer o controlo
psicopolítico dos indivíduos.
Através
da simulação computacional dos processos cerebrais, a cibernética incrementou o desenvolvimento
acelerado de psicotecnologias (mas também de psicopatologias), de próteses
neuronais (neurotecnologias) e de interfaces cérebro-máquina, cujos efeitos na
produção das subjectividades (processos de individuação pessoal e colectiva)
vêm abalando a nossa relação com a produção simbólica
em geral e com as práticas culturais “clássicas”. Na esteira de Marshal Mcluhan e da sua teoria dos
media é conhecido o fenómeno traumático das extensões tecnológicas da
mente humana. Por outro
lado, o desenvolvimento técnico das últimas décadas actualizou o conhecimento
acerca dos mecanismos de exploração do Intelecto Geral já delineada por Marx no
manuscrito Grundrisse para constatar o modo como a criação de capital fixo
(tecnologias usadas na produção) captura o conhecimento social e com isso a
vida social em si mesma, e os transforma em forças de produção capitalista.
Do computador aos interfaces
neuronais ou às nano-partículas, estas tecnologias acabam por gerar efeitos
perversos: perda de
capacidade de memorização, patologias cognitivas, aceleração e simultaneidade
de tarefas (multitasking), narcisismo, adição, etc. No regime inaugurado pelas indústrias da consciência dá-se
uma ruptura nos paradigmas do exercício do poder simbólico, em direcção àquilo
que Maurizio Lazzarato designa como noo-políticas: o foco do exercício do
poder, e das tecnologias à sua disposição, não é já direcionado à materialidade
do corpo, mas antes para a vida psíquica e muito particularmente para a modulação
da memória e da atenção.
Na
formulação de Toni Negri e Michael Hardt, o
“Império” exerce o poder mediante máquinas que organizam directamente os
cérebros e os corpos, com o objectivo de criar um estado de alienação
permanente e independente do sentido da vida. Neste âmbito, trata-se de entender a criação
de um novo “Império” instituído agora como Sociedade de Controlo. Num contexto de possibilidades ilimitadas de
comunicação (redes sociais, aplicações, etc.), a cibervigilância - e o potencial de
manipulação emocional gerador de medo e de pânico social - é convertida hoje
num mecanismo de vigilância total (panóptico digital), onde o controle activo e
as novas técnicas do poder neoliberal permitem intervir na psique e
condicioná-la a um nível pré-reflexivo.
É neste habitat distópico, repleto de crises políticas, ambientais,
sociais e económicas, que vamos sobrevivendo à beira do colapso mental e
civilizacional. O que é que a cultura, as artes e a
gestão democrática das cidades têm em comum com esta situação? Estaremos
conscientes das transformações radicais trazidas pela inteligência artificial?
Reconhecemos o facto de que a cultura das selfies e da representação narcísica
é fruto de uma narcose induzida pelos oligarcas de Silicon Valley e das suas
necessidades de acesso a enormes quantidades de rostos que por sua vez servem
para alimentar processos de machine learning usados para aperfeiçoar
a vigilância biométrica colocada ao serviço de ditaduras em vários pontos do
planeta? A China é só o caso mais gritante. Estaremos despertos para reconhecer a elevada
capacidade de manipulação emocional gerada no contexto das redes sociais? Que
processos de subjectivação individual e colectiva podem ocorrer no contexto do
capitalismo cognitivo?
Independentemente
da resposta cabal a estas perguntas, o que nos parece ser inevitável é a
tendência para o capitalismo se tornar um factor de descivilização e de
regressão tecnológica e intelectual, pois, ao explorar as energias
neuro-psíquicas influi negativamente nas formas de subjectivação colectiva e
individual.
A corporação multinacional detida por
Mark Zuckerberg tem vindo a desenvolver com sucesso tecnologias que permitem
ler e descodificar a actividade cerebral, traduzindo sinais eléctricos em
linguagem natural (humana). Um
laboratório situado na Califórnia, através do projecto Brain Viewer, conseguiu
transcrever imagens mentais (córtex visual) em imagens pictóricas (ecrã). Neste
preciso momento, a interioridade da mente e a suposta invisibilidade dos seus
processos neuronais e cognitivos faz já parte duma inaudita visualidade que
transforma o próprio carácter das imagens. As imagens deixaram de ser simples
elementos visuais (retinianos) para incorporarem funcionalidades operativas.
A coalescência entre cérebro, imagem,
algoritmos e inteligência artificial gerou um ambiente cibernético capaz de
alterar e inculcar comportamentos, ideias, ideologias e acções no mundo. Dito de outro modo, no actual regime escópico
potenciado pela ubiquidade computacional, a imagem deixou de ser apenas
representação da realidade e simulacro retiniano, tendo adquirido capacidades
performativas. Isto
significa que os comportamentos, os hábitos culturais, as identidades ou as
disposições humanas são agora condicionadas por um poder panóptico que funciona
como uma espécie de laboratório de dominação das subjectividades, o qual, em
virtude dos seus dispositivos de vigilância e agenciamento, ganha em eficácia e
capacidade de penetração nos hábitos humanos e, desse modo, um aumento de
supremacia vem implantar-se em todas as frentes deste novo neuropoder.
Pelo
menos desde 2001 (9/11),
até ao presente, múltiplos
projectos secretos foram sendo desenvolvidos pelo complexo militar-industrial,
e o dispositivo de vigilância planetária é cada vez mais intrusivo. Com o
uso massivo dos panópticos modernos, os sistemas de vigilância ficam ocultos ou
camuflados do ponto de vista dos vigiados. O olhar vigilante contemporâneo está
presente, mas é invisível, sendo caracterizado pela exibição mediática de uma
vigilância implícita e, simultaneamente, pelo espectáculo da transparência.
Neuropoder é uma forma de
conhecimento produzido pelo poder tecnológico em aliança com o poder político,
que actua por meio da modulação de processos mentais, funções e expressões,
dirigido a indivíduos e a agregados populacionais. Por meio de imagens cerebrais, tratamentos médicos
e farmacologia, extensões técnicas, redes digitais, regimes jurídicos e
paradigmas conceptuais orientadores, o neuropoder actua nas funções mentais que
antes eram invisíveis, ignoradas ou ingovernáveis. O neuropoder
é uma lógica capacitadora de uma governamentalidade que vê na regulação da
cognição, da sensação, da atenção, do humor e da aptidão mental, um novo e singular
território de influência e soberania.
O
problema biopolítico levantado por Michel
Foucault em 1987,
coloca-se hoje com muito maior pregnância. Afinal a produção social de “subjectividades
dóceis” ganhou nas últimas décadas uma dimensão holística à qual os corpos são
submetidos, utilizados e transformados, controlando corpos e almas,
modulando-os através do controlo dos fluxos da atenção consciente e dos
automatismos inconscientes. A afinidade
entre poder e saber, evidenciada por aquele autor, reclama a nossa atenção para
a conexão intima entre capitalismo e conhecimento. O poder produz
saberes, mas também fabrica ignorância.
Não havendo relação de poder sem a constituição de um campo de saber, nem saber
que não suponha e não constitua ao mesmo tempo relações de poder.
Se em maio de 1968 coabitávamos numa
sociedade do espectáculo integrado, em 2020 podemos dizer que, tal como Debord
previra, o espectáculo misturou-se a toda a realidade, irradiando-a em todos os
poros e neurónios da humanidade. O resultado é a difusão global da miséria simbólica (Bernard
Stiegler), libidinal e emocional: os indivíduos foram privados dos hábitos de
contemplação estética de singularidades artísticas, vendo as suas capacidades
de atenção e percepção serem absorvidas pelo dispositivo tecno-estético
planetário. Nesta
situação, avisa Stiegler, o abandono do pensamento político pelo mundo das
artes e da cultura, resultará numa catástrofe.
A nova gestão do visível, agora
apropriado pela cibernética, é a condição do modelo dominante da industrialização
do não-olhar (Paul Virilio) que funciona de acordo com as necessidades das
indústrias da informação, militares, médicas ou do entretenimento. Nas
circunstâncias actuais, e de um modo geral, é a capacidade
de atenção dos indivíduos que é capturada e vendida aos
anunciantes nas plataformas digitais.
Para que cada utilizador gere uma economia (da atenção) suficientemente
rentável o uso dessas plataformas é gratuito, sendo apenas necessário gerar
níveis óptimos de atenção, função garantida pelas investigações no campo do
neuromarketing. No contexto da Economia da Atenção e do Capitalismo
Cognitivo, cada um
dos nossos cérebros é concitado a mergulhar no aquário cibernético – ciberespaço
– colocando neurónios e processos
mentais ao dispor deste novo poder colonizador.
Se
o cérebro é o lugar de integração e tradução da experiência humana, agindo tal
como uma membrana que liga o exterior e o interior, permitindo-nos a
interpretação dos contextos em que nos situamos, e se a envolvente contextual
se encontra saturada por sistemas de computação inteligente, é na interacção entre o cérebro e os fluxos de
informação que emergem estados de consciência produzidos e simulados por redes
neurais artificiais (cujo funcionamento é inspirado no sistema nervoso central
humano). É portanto na interacção entre os cérebros e estas
extensões técnicas da psique que são produzidas alterações no campo unificado
da experiência, coagindo o cérebro a calibrar-se segundo as métricas do
ambiente virtual-digital. É neste trabalho de adaptação
coerciva da rede neuronal ao meio-ambiente electrónico (aquário cibernético) que reside o sucesso da operacionalidade do
neuropoder.
Quando
os regimes de poder atingem um determinado estádio de dominação avançado
corre-se o risco de todas as oposições e alternativas serem absorvidas e
anuladas. Neste ponto a racionalidade tecnológica revela-se como potência
política e veículo de dominação eficaz, criando um “universo verdadeiramente
totalitário no qual a sociedade e a natureza, o espírito e o corpo são mantidos
num estado de mobilização permanente em defesa desse universo” (Marcuse, O
Homem Unidimensional). A diferença
é que durante os tempos da propaganda ideológica, difundida através de suportes
visuais convencionais (cartaz, televisão, livro, etc.), a resistência simbólica e a teoria crítica foram
suficientes para desconstruir mecanismos de doutrinação e manipulação
emocional; enquanto que na nossa contemporaneidade cibernética convivemos
diariamente com tecnologias high tech que
permitem uma conexão mais intensa, intima e directa com o cérebro, somos
constantemente induzidos a alimentar os mecanismos de adição e recompensa
(neurofeedback) e é por aí que se entranham discursos, afecções, comportamentos
e acções moduladas e produzidas por instâncias de poder anti-democrático.
Num
planeta envolto por uma gigantesca malha de infra-estruturas tecnológicas
secretas e ultrapotentes, o potencial de resistência dependerá da nossa
capacidade para activar outros circuitos neuronais através de práticas culturais
emancipatórias propiciadas em todas as comunidades. Contudo, paralelamente ao
desenvolvimento da infra-estrutura técnica, as políticas de cidade avançam
alegremente em direcção ao modelo das smart cities, promovido
globalmente pela Google (Sidewalk Labs), pela IBM e outros colossos da
computação, incentivando um cada vez maior uso de sensores e sistemas de
vigilância no espaço público. Neste aspecto, e se o objectivo fundamental de
uma sociedade democrática é promover o bem-estar, os direitos, as liberdades e
a emancipação de cada um dos cidadãos, é fulcral que isso passe por uma
profunda reflexão acerca do desenvolvimento endógeno da vitalidade cultural das
cidades, bem como pela sua correlação com o vigor e a criatividade das mentes.
Centremo-nos então nos indivíduos e na
sua relação com o binómio cultura-cidade na época em que o cérebro - a mente e
a consciência - é a derradeira matéria-prima do neurocapitalismo. A plasticidade e a multiplicidade são duas constantes da nossa maquinaria cognitiva
concebida para a auto-transformação face aos ambientes socioculturais que nos
envolvem, daí a importância de se reclamar a importância de envolventes
culturais e tecnológicas amenas, catalisadoras de um desenvolvimento neuronal
liberto de coacções, com autonomia e liberdade crítica de agenciamento. Diante de um contexto civilizacional paranoico, onde a
vigilância activa (24/7) sobre os cidadãos se torna ubíqua e omnipresente, a
individuação psíquica e a transindividuação colectiva requerem novos espaços
onde a privacidade seja possível, designadamente espaços de resistência
face ao poder hegemónico dos Estados e das corporações.
A
constituição de uma neuropolítica cultural, enquanto antagonista do neuropoliciamento e do
neuropoder iliberal, tem de
considerar igualmente uma política da estética, uma economia política da imagem
e uma ecologia dos media, partindo, por exemplo, de Jacques Ranciére e da sua
noção de política como partilha e distribuição do sensível. O futuro
próximo que a Europa tem obrigatoriamente de abraçar deve partir da
auto-crítica dos seus padrões culturais indigentes e rejeitar toda a
intolerância xenófoba da alteridade. Simbólico
do fechamento desta mentalidade europeia é o destino dos migrantes, refugiados
e requerentes de asilo que carregam o peso inaceitável do racismo na Europa contemporânea. É necessário definir uma nova agenda que não se
fundamente na subjectividade racional, universal e eurocêntrica, mas antes numa
transformação radical dela, em ruptura com as tendências imperiais, fascistas e
antidemocráticas da Europa. Trata-se, portanto, de repensar uma outra figura do
humano e de imaginar uma subjectividade que expresse e incorpore um sentido
forte de colectividade, do relacional e da capacidade de construção de laços
comunitários localizados, mas também nomádicos.
Num
horizonte mais vasto da produção simbólica, e de acordo com Pier Luigi Sacco
(2011), é facilmente compreensível que a importância estratégica da
participação cultural activa - no contexto da noção de Cultura 3.0 – seja
intrínseca à expansão massiva do grupo de produtores culturais. A
participação cultural activa refere-se portanto a uma situação na qual os
indivíduos não se limitam a absorver passivamente os estímulos culturais, mas
sejam motivados a utilizar as suas habilidades e talentos na produção das suas
próprias formas culturais.
A construção de um projecto de
desenvolvimento humano (para a liberdade) carece de uma valorização da cultura
popular, assim como do incentivo à criatividade e à participação da população.
As políticas culturais aparecem, portanto, como importante meio para fomentar
tal envolvimento da sociedade com o desenvolvimento, e o desenvolvimento tem
necessariamente a ver com transformação, sobretudo com um processo de
elaboração, confronto e realização plural de projectos.
TÓPICOS
CULTURA
CÉREBRO INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NEUROCIÊNCIAS ARTES,
CULTURA E ENTRETENIMENTO CIDADE
OPINIÃO
COMENTÁRIOS:
antero.andrade.leite INICIANTE: Os agentes culturais devem atender sobretudo à actual
iliteracia em Arte e só apresentarem obras que tenham conteúdos formativos e
sem o intuito de provocar as sensibilidades. O Picasso iniciou-se pelo
«período azul e rosa» (1901-1906) dos «Saltimbancos» (1905), depois passou para
o Cubismo (1907-1917) com o «Arlequim» (1915) tema que depois repete em 1924
com «Paulo como Arlequim» em que o Cubismo está ausente, ausência que se mantém
entre 1918 e 1936 com os «Camponeses dormindo» (1919) ou «Mulheres correndo na
praia» (1922). Termina com Guernica (1937) e são dele as seguintes palavras: «O
que pensa o que é um artista? Um idiota que só tem olhos quando
pintor»....«Não, a pintura não foi inventada para decorar casas» Fonte:
WALTER- «Picasso» Ed.TAZCHEN/Público
Colete Amarelo EXPERIENTE: Espero que este artigo seja lido por muita gente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário