sábado, 15 de agosto de 2020

Uma crónica relevante


Um texto com sobrecarga de trocadilhos, é certo, sobretudo do foro químico que, naturalmente se devem a um sentimento de séria indignação, de um jovem com conhecimentos suficientes para os usar, pese embora a mediania de um estilo que assim se propõe irónico e se torna pesado e tosco, embora corajoso. Mas a chamada de atenção para o caso em questão - investimentos em hidrogénio como fonte de produção de energia, aparentemente mais rentável – exigindo 7 milhões de euros dos empréstimos europeus, num país de fraca produção como é o nosso, naturalmente que causou indignação geral nos comentadores, que hoje, graças à Internet, já podem melhor descobrir a careca dos que talvez, contudo, não se importem com isso. Vale a pena ler os comentários dos que sabem especificar as muitas negociatas engendradas à custa dos empréstimos, ao longo dos governos nacionais pós-revolucionários iniciados em 74.

O futuro não é o hidrogénio, é o Galambogénio /premium

Com Galamba, poderemos sempre contar com o elemento mais abundante do universo, que é a inesgotável prosápia, a renovável jactância, a eterna bazófia do secretário de Estado.

TIAGO DORES

OBSERVADOR, 12 ago 2020

Nos últimos dias, muito se tem falado do futuro da nossa energia passar por projectos de investimento para produção de hidrogénio, por este ser o elemento mais comum do universo. Parece que me cabe então, a mim, a tarefa de informar que é irrelevante se vamos apostar no hidrogénio, no manganês, no lantânio, ou em qualquer outro elemento da tabela periódica. Desde que à frente da secretaria de Estado da Energia tenhamos João Galamba, a fonte de energia que escolhermos é irrelevante. Com Galamba, poderemos sempre contar com o elemento mais abundante do universo, que é a inesgotável prosápia, a renovável jactância, a eterna bazófia do secretário de Estado. No fundo, poderemos sempre contar com o reconhecido Galambogénio.

Ainda que a minha confiança nos méritos do Galambogénio seja inabalável, reconheço que Portugal é das regiões europeias em que mais sentido faz investir em projectos com hidrogénio. É que o nosso país tem afinidades incríveis com este gás. Para começar, o hidrogénio é um gás que se evapora num instante, quase tão depressa como se evaporarão os 7 mil milhões de euros que o Governo pretende investir em projectos para a sua produção. Além disso, o hidrogénio é uma substância difícil de manter no estado líquido, quando, em Portugal, o Estado nunca tem qualquer espécie de liquidez. Eu avisei que eram incríveis, as semelhanças.

O que já todos percebemos é que, à semelhança de outras estupendas apostas em energias renováveis, como a eólica, também agora, com o hidrogénio, em menos de um fósforo, o que não faltará por aí são testas de ferro a tomarem flúor para ferrarem bem o dente nestes típicos negócios de ouro, que tresandam a enxofre e cujas rendas garantidas pagaremos em futuras contas da electricidade. Ficando os rentistas a rir como se tivessem ingerido hélio. E quem levantar cabelo contra estas clássicas práticas apanha chumbo, pois quem se mete com o Partido Socialista leva. E acho que não consigo introduzir mais nomes de elementos químicos neste parágrafo. Quer dizer, conseguir, consigo, mas tenho de usar de alguma liberdade poética. Para dizer, por exemplo, que os líderes deste país não cessam de nos tratar como se cada um de nós fosse um estrôncio, pois estes projectos megalómanos do PS são um verdadeiro escândio. E é melhor não insistir mais.

A propósito de mania das grandezas, na Rússia, Vladimir Putin acaba de anunciar a primeira vacina para a Covid-19, chamada Sputnik V. Mau nome, porque cientistas de todo o mundo garantem que não foram ainda feitos todos os testes necessários à vacina. Ou seja, o programa Sputnik original, que culminaria com o envio do primeiro homem ao espaço, Yuri Gagarin, ainda teve direito a testes prévios com animais, nomeadamente a famosa cadela Laika. Já esta nova vacina Sputnik, aparentemente, nem pelo lombo de um ratinho de laboratório passou. Toca mas é de inocular russos, que o senhor Putin não quer ficar atrás dos seus ilustre antepassados políticos. Se, nos anos 60 do século XX, estes últimos permitiram aos cosmonautas experimentar a ausência de gravidade, agora é a vez de Putin fazer potenciais experiências repletas de gravidade.

Já nos Estados Unidos, o Presidente Trump está a contas com uma polémica envolvendo a aplicação de telemóvel chinesa, TikTok. O Presidente acusa a aplicação de ceder dados dos utilizadores norte-americanos ao governo chinês e ameaça bani-la dos EUA, havendo quem garanta que isso abriria um precedente perigoso em termos de liberdade de expressão. A verdade é que as eleições nos EUA são daqui a pouco menos de 3 meses e este é mais um problema para Trump. Ainda assim, eu, se fosse norte-americano, entre um Presidente Trump com problemas com o TikTok e um candidato, Joe Biden, com problemas com o Tico e o Teco, optaria, sem hesitação, pelo primeiro.

ENERGIA  ECONOMIA  HUMOR  CULTURA  CRÓNICA  OBSERVADOR

Manuel: Mais uma negociata para os donos do regime.

Jose Alvarez: Só o título é elucidativo e por isso escrevo o seguinte:A megalomania que assiste este secretário de brinco na orelha (perdoem-me se já o deixou de usar à maricas) que segue a mesma linha de quem defendia o TGV, formado ao Domingo por fax, mais tarde mestre com dissertação encomendada e que acabaria por ser colado ao número 44, acabou por deixar o país falido e a partir daí muita gente sofreu. Resta saber se os 7 mM€ de investimento no projecto H2o que à escala americana e dos inchados são 7 Bi€, não trará tão ou mais elevados encargos para o país de quando faliu pela 3a vez, por uma tecnologia ainda imatura e cujo potencial de exploração e resultado se situa na casa do 20%...

Carlitos Sousa: Com Galamba, poderemos sempre contar com o elemento mais abundante do universo, que é a inesgotável prosápia, a renovável jactância, a eterna bazófia do secretário de Estado. Fotografia perfeita do pior elemento deste governo !

MaradonaMessi 2020: Quem alguma vez teve esperança que a geração de Galamba iria trazer um renovado ar ao PS, pode voltar à gruta ideológica. A incompetência ou a aldrabice continuam a ser a marca da água de quem tem poder no Rato, principalmente quando os fundos da CEE começaram a chover neste país irrelevante que o mundo só dá importância através de figuras do futebol… que jogam lá fora (cá dentro, também neste plano é a máfia que realmente "joga"-domina).

Joaquim Rodrigues: As SCUTs do GALAMBOSINO: A história repete-se, agora com "Hidrogénio". O caso do "Hidrogénio" é equivalente ao caso das SCUTS e a dimensão do crime económico então cometido ainda não foi compreendido pela maioria dos portugueses. Fizeram passar a ideia de que, apesar de se ter construído mais do que o necessário, ficamos, apesar de tudo, com as auto-estradas, que são uma mais-valia para o país. Nada mais enganoso. A maioria das auto-estradas construídas (cerca de 80% dos kms construídos) nem 20% têm (nem nunca vão ter) do tráfego mínimo necessário para justificar o perfil de auto-estrada.

Os cidadãos portugueses, nesses trajectos, tinham direito, por razões de serviço público, a ter rodovias gratuitas, de qualidade (perfil básico de 2.5 x3.5x3.5x2.5), cujo custo de construção por Km teria sido 10 vezes inferior ao das auto-estradas, teriam custos ambientais, sociais e de manutenção infinitamente inferiores e podiam ter sido financiadas a 85% com fundos comunitários.

As auto-estradas, a que chamaram SCUTS, para além de pagas pelos contribuintes (vamos pagar com os nossos impostos cerca de mil milhões de euros anuais durante 40 anos) passaram agora também a ser pagas pelos utilizadores e, à luz das regras da EU, (projectos geradores de receita) não puderam ter financiamento comunitário acima dos vinte e tal por cento.

E qual foi um dos efeitos colaterais mais gravosos decorrente da construção dessas auto-estradas desnecessárias?

Foi o de que o crédito bancário que deveria ter sido canalizado para as empresas, para a criação de emprego e de riqueza na produção de bens transaccionáveis, acabou por ser canalizado, durante cerca de dezena e meia de anos, através de consórcios de bancos com construtoras, (depois de destruírem a JAE), para a execução de auto-estradas desnecessárias, com juros obscenos, garantidos pelo Estado, durante 40 anos.

Esta foi a verdadeira razão por que, onde deviam ter sido construídas rodovias, de uso gratuito, com perfil tipo de Itinerário Principal (2.5x3.5x3.5x2.5), se construiu tanta auto-estrada desnecessária em Portugal: para garantir rendas de muitos milhões, durante 40 anos, à oligarquia no poder ao mesmo tempo que propagandeavam estar a fazer um enorme “esforço de investimento" para desenvolver o interior “esquecido”.

A bancarrota não aconteceu por acaso!

Novas "rendas" para os "compadres" estão a ser preparadas. A próxima "bancarrota" está a caminho.

Maria Augusta > Joaquim Rodrigues: Excelente comentário. Tem toda a razão.

Paulo Silva > Joaquim Rodrigues: Metade da via do infante no Algarve foi construída com fundos comunitários, ainda o Cavaco era primeiro ministro. O Sócrates facilitou um excelente negócio para a concessionária, pois só construiu metade e tem portagens em toda a sua extensão. Negócios à $ócrates, claro.

Carlitos Sousa > Joaquim Rodrigues: Bom comentário. No negócio do hidrogénio, é necessário rapidamente, que cientistas e estudiosos nesta área, desmontem o pseudo discurso "ambientalista", e falem aos portugueses nos custos associados, no processo envolvido (a já cara e subsidiada energia eólica a ser usada para produzir uma ainda mais cara energia com hidrogénio), e nas negociatas e corrupções que já se alinham. Quando as SCUTS foram moda, pouca gente explicou ao país, o que estava por detrás dessa negociata, quais as taxas de rentabilidade ainda hoje pagas aos investidores. Excepção, para confirmar a regra: o excelente aviso mas pouco ouvido do juiz jubilado do Tribunal de Contas (TC) Carlos Moreno no seu livro sobre este assunto.

João Pimentel Ferreira > Joaquim Rodrigues: Excelente comentário. Acrescento que Portugal é dos países do mundo que tem mais kms de autoestradas quer per capita, quer por quilómetro quadrado.

josé maria: O futuro poderia ter passado pelo contrato faraónico com que que Sousa Cintra foi bafejado pelo governo de Passos Coelho, a 10 dias das eleições, para exploração da quase totalidade do petróleo potencial do Algarve, atribuído a uma empresa que nem sequer reunia as condições legais para essa exploração. Mas, felizmente, para a grande maioria de todos nós, o contrato escondido acabou por ser descoberto a tempo de se denunciar a manobra.

Joaquim Rodrigues > josé maria: É ambientalmente muito mais gravosa a exploração do lítio do que a exploração do petróleo. Na Noruega, as receitas da exploração do petróleo pagam as actuais reformas dos reformados e vão pagar as reformas das duas próximas gerações. Portugal vai continuar a importar ramas de petróleo nos próximos 100 anos e esta vai continuar a ser a principal despesa nacional em importações com ou sem Galambusinos. O sr. Costa e o sr. Sousa (Marcelo Rebelo) vão ter que explicar muito bem ao povo português a razão por que mandaram cancelar a prospecção do petróleo na costa portuguesa e continuam a apoiar negócios obscuros para a exploração do lítio que, do ponto de vista do interesse nacional, levanta muitas dúvidas quanto à sua rentabilidade económica

maria perry 3 dhttps://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_GDP_(PPP)_per_capita Vejam aqui a nossa vergonha, ao lugar que os socialistas trouxeram Portugal com as suas políticas corruptas e irresponsáveis. No fim deste mandato, já a Roménia e Grécia nos terão ultrapassado. Entretanto os políticos socialistas estarão um pouco melhores, com todos os seus familiares e amigos bem instalados na vida política, mais luvas que foram recebendo.

Antonio Rodrigues > maria perry:  Há muito tempo que desafio os meus amigos a verem quais os países do mundo, sim do mundo, com menor crescimento do seu PIB per capita no sec XXI. Exercício esclarecedor.

maria perry: Prioridades dos políticos socialistas portugueses: 1) Encher o próprio bolso 1000000) O país. Isto explica que continuem a adoptar elefantes brancos como medidas de "investimento", que só prejudicam o país e conduziram Portugal a 3 lugares do fim da UE.

Carlos Quartel: Uma estrela em ascensão no universo PS. Dos mexericos com Daniel Oliveira e dos recados e intrigas com Sócrates, um salto a grande despoluidor, preocupado em descarbonizar a sociedade. Cada vez mais tudo parece uma paródia, uma farsa, uma comédia de Chaplin, falar em 7 mil milhões para uma brincadeira destas. Com milhões a viverem em pobres habitações, com um serviço de saúde com demoras de 3 anos para uma consulta de especialidade, é confrangedor ver este imbecil povo a votar nestes aventureiros. Uma tristeza ....

Rui Lima: Sendo verdade . «pois quem se mete com o Partido Socialista leva» Podemos dizer que quem está com o PS enche , os bolsos a carteira a conta bancária e nada melhor que o hidrogénio que dará muita liquidez aos clientes habituais , com uns milhões para a imprensa e uns tostões para o povo todos parecem felizes, já há poucos desalinhados porque quem discorda corre o rico de ficar a pão e água .

JB Dias: Com muita ironia se vão escrevendo grandes verdades ... obrigado!

Portugal, 877 anos de existência: Grande Tiago! sentido de humor e coragem.

maria perry: Quanto mais avultado o investimento, mais despercebidas e maiores serão as migalhas que cairão no próprio bolso. Não se esqueçam que Galamba é tão corrupto como Sócrates, foi ele que esteve por trás do blogue Câmara Corporativa, em que Luís Peixoto ("Miguel Abrantes") recebia 3500 euros/mês para defender Sócrates e atacar a oposição. Numa escuta telefónica, apanharam Galamba, que parecia estar com os copos, a falar com Luís Peixoto e depois a passar o telefone a Sócrates para estes falarem um com outro (parece que pela 1ª vez

 

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