… “A mudança”, no dizer de Camões. Já não muda dentro das normas, com
esta coisa do confinamento - mais ainda, talvez, do que no tempo dele, que,
todavia, tão sensível foi a um mundo bem adverso para ele. Mas, realmente,
jamais pensáramos nesta construção do mundo, de entrincheiramento caseiro
comandando os serviços públicos – na sua maioria, por imposição de um governo
que bem comanda do seu, mais visivelmente transgressor, e esquecido de que as
ordens se não aplicam a uma grande parte – dos que dão de comer e dos que tratam
da saúde, sobretudo. Mas há mais, e até mesmo os correios estão abertos, e
alguns serviços públicos. E as televisões e rádios de entretenimento e avisos. Mesmo
assim, parece sinistro e prejudicial, e logo surgem as almas boas a comandar a
interajuda, arranjando nomes insultuosos para os que trabalham de casa, à
distância, e através das ondas telecomandadas. Passaram a ser rotulados, esses,
como “burguesia do teletrabalho”, na opinião
acintosa de Susana Peralta, por
exemplo, citada por Fernando
Teixeira, e que, por esse motivo favorável e redutor de despesas, devem ser
taxados com imposto em favor dos que foram lesados, como é a restauração e o
comércio e a indústria, esta última, sobretudo, não podendo fabricar por
teletrabalho… O que vale é que há sempre almas generosas a espetar o dedo na
ferida, e a “mexer no nosso bolso”, não sei mesmo se como chamariz da atenção habitualmente
revolucionária, embora mais sossegada agora, por via do confinamento … E do
governo, é claro, mais à sua medida…
I -MEGAFONE: O telenormal não é normal
Haverá justiça social na digitalização
do mundo? Não, e é precisamente por isso que não podemos correr o risco de
considerar o telenormal como normal, porque não o é.
FERNANDO TEIXEIRA Advogado
estagiário, licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da ,Universidade de
Coimbra. Autor do livro “Ponto de Fuga”. Militante do PCP PÚBLICO,3 de Março de 2021
Já
passou praticamente um ano desde que uma realidade que nos é estranha tomou
conta do quotidiano mundial. Não pedimos, não ansiamos e, por certo, não
contávamos com a nossa vida tal como ela é no presente momento, ou seja, pausada
e entrincheirada numa sala em frente ao ecrã. Podemos falar de muitos ecrãs
que, neste contexto pandémico, se tornaram ainda mais familiares, seja a
televisão, o tablet, o telemóvel ou o computador. Fazem parte da nossa vida
há um par de anos e nunca nos cansamos de gabar as suas infinitas
possibilidades, um novo mundo que se desenhou através de luminosos pontos que
nos permitem ligar o mundo e entrelaçar a vida real com a digital. Não tão
certos, porém, de qual a realidade em que nos encontramos no panorama actual.
Fomos
habituados, desde a explosão digital, a olhar para o desenvolvimento
tecnológico, particularmente no que diz respeito à tecnologia doméstica e
social, como sendo as redes sociais, as diferentes formas de interacção por via
digital, sem qualquer desconfiança ou alarme. No que tange os alertas em
relação às tecnologias, a opinião generalizada centra-se nas críticas às redes
sociais, ao Facebook ou ao Instagram, tecendo considerações sobre os perigos da
sua utilização excessiva e os efeitos nefastos que esta utilização desenfreada
a que fomos acometidos poderão ter nas relações pessoais, em particular das
novas gerações. São críticas justas e com a pertinência necessária para uma
reflexão aprofundada acerca destes contextos sociais digitais.
Contudo,
com o prolongar da pandemia foram surgindo inúmeras soluções para que as
empresas não parassem, para que o trabalho pudesse continuar a ser prestado,
para que as universidades prosseguissem com as suas actividades, e por aí fora.
O recurso em massa ao teletrabalho,
por exemplo, não raras vezes imposto por decreto, promete deixar lastro e
perfilar-se como um recurso natural para a prestação laboral num contexto de
normalidade, ou seja, mesmo após a pandemia iremos ver, por certo, a
sedimentação de formas digitais de trabalho, mas também de aprendizagem. As reuniões por Zoom, as aulas em diferido, avaliações online nas universidades, o trabalho em casa e com menos regulação pode
ser, lamentavelmente o fado de muitos, da geração mais digitalmente competente.
Ficámos surpresos e estarrecidos
perante todas as soluções digitais que nos permitiram continuar a trabalhar
durante estes tempos conturbados, mas, porventura, pela urgência do momento,
perdemos pouco tempo a pensar se é realmente o que desejamos para a
generalidade, ou até mesmo a maioria, da nossa vida. Este telenormal não é normal porque retira das
empresas os seus trabalhadores, lançando-os para a sua casa-escritório que para
tudo serve, trabalhar, estudar, relaxar, brincar, fazer desporto ou dormir. A generalização do teletrabalho, por
exemplo, é deitar ao confinamento, mesmo não havendo pandemia, milhões de
pessoas, com as graves consequências que inevitavelmente terão lugar.
Tomemos
como exemplo os direitos colectivos dos trabalhadores e a necessidade da sua
interacção para que esses direitos possam ser uma realidade. Que
futuro haverá para a greve numa sociedade maioritariamente digitalizada? As relações pessoais nos locais de trabalho
são o motor para o desenvolvimento da consciência de que se é parte de um todo
e que esse todo se pode organizar-se e lutar por uma vida melhor. Será possível
considerar uma sociedade onde se recorre massivamente ao teletrabalho, arcando
os trabalhadores com os custos da electricidade e internet, com o seu tempo de
trabalho desregulado e com a sua vida precarizada cronicamente, uma sociedade
mais justa?Haverá justiça social na digitalização do mundo? Não, e é precisamente por isso que não
podemos correr o risco de considerar o telenormal como normal, porque não o é.
TÓPICOS: P3 TELETRABALHO TRABALHO PANDEMIA CONFINAMENTO
II -EDITORIAL CORONAVÍRUS:
Burguesia do teletrabalho
Numa sociedade que não queira ter
vergonha de se olhar ao espelho, é justo que os que foram sacrificados mereçam
o apoio de quem menos sofreu.
DAVID PONTES PÚBLICO, 1 de Março de 2021
Em
entrevista ao jornal i, a professora de Economia e colunista do PÚBLICO Susana Peralta
defendeu: “Houve uma parte substancial das pessoas em Portugal que não
perdeu rendimentos, toda a burguesia do teletrabalho, todas as pessoas do sector dos serviços que, aliás,
são as pessoas mais bem pagas, o que também me inclui a mim. Esta crise poupou
muito as pessoas que trabalham neste sector e que são as pessoas com mais
escolaridade. Podia-se perfeitamente ter lançado um imposto extraordinário
sobre essas pessoas para dividirmos os custos desta crise.”
A
expressão “burguesia do teletrabalho”, trazida para a primeira página do
jornal, causou incómodo, até porque não há muitos que se sintam especialmente
“burgueses” com o acumular de dias de confinamento forçado. “Burgueses” não
serão também os que trabalham a partir de casa com salário mínimo ou a recibo
verde. Até se poderá discutir, como o faz Susana
Peralta, que a expressão indica que o imposto extraordinário
não deveria ser sobre os rendimentos do trabalho, mas sobre os de capital. Mas a “burguesia” não nos deve desviar da discussão
que interessa, a de que há sectores da sociedade que não sofreram quebra de
rendimentos na sua actividade porque puderam continuar a trabalhar enquanto
outros, para o bem de todos, tiveram pura e simplesmente de parar, viram o seu
salário cortado, foram para o desemprego, e muitos outros poderão ainda
juntar-se a eles. Numa sociedade que não queira ter vergonha de se olhar ao
espelho, é justo que os que foram sacrificados mereçam o apoio de quem menos
sofreu.
Num
país onde ainda vigoram contribuições extraordinárias criadas pelo executivo de
Passos Coelho para
enfrentar a última grave crise, a possibilidade da criação de uma taxa
extraordinária, defendida também por nomes como Luís Aguiar-Conraria ou Poiares Maduro, deveria suscitar menos estranheza e mais discussão.
Porque este é ainda, em largos traços, o mesmo país dessa crise, com recursos
escassos e com necessidade de controlar – mesmo que desejavelmente muito menos
nesta altura – o seu défice. Para
auxiliar os muitos que precisam, o dinheiro tem de vir de algum lado, e contar
só com a “bazuca” ou a “vitamina” europeia é uma
solução, mas poderá ser muito tardia para os mais sacrificados pela pandemia,
que, inevitavelmente, pertencem aos sectores mais frágeis da sociedade. No mínimo, este debate serviria para ter bem
presentes as prioridades na altura de distribuir as verbas europeias e para
obrigar o Governo e o Presidente da República a olharem com sentido de urgência
para a crise económica que se avoluma quando, confinando, nos concentramos a
resolver a outra. tp.ocilbup@setnop.divad
TÓPICOS
OPINIÃO EDITORIAL COVID-19 CORONAVÍRUS PORTUGAL CONFINAMENTO TRABALHO
COMENTÁRIOS:
J Bernard INICIANTE: Começo a ficar na
dúvida se me querem taxar o rendimento que me sobra e com o qual consigo pagar
o Público do meu bolso. Espera lá, se tenho dinheiro para isso devo ser rico! A
ideia é... Impostos neles que não sabem que fazer ao dinheiro. Com franqueza...
o comunismo já acabou há décadas! Está tudo louco? Luis Rocha EXPERIENTE: Esta cena da
Burguesia é tão Boomer. Não há paciência para no século XXI estar a meter as
pessoas dentro dos 99% umas contra as outras quando a epidemia é o inimigo
comum e, fora disso, é contra o 1% que nos devemos unir. p12345678901011.1047603 INICIANTE: Tem razão. Só um
detalhe. Não diria que é Boomer. Diria que em Portugal há muita corrupção,
inclusive no jornalismo. Não sei se recorda dos elogios rasgados que o Ricardo
Salgado, Bava, etc tinham pela excelente gestão que faziam? E também se recorda
que o Público e o Expresso ficaram com o exclusivo do acesso á informação sobre
a lista de jornalistas que estavam na lista de pagamento do Bes? E já reparou
que essa lista continua nos cofres do Público e do Expresso e nunca foi
publicada? Esses jornalistas continuam por aí. Não sabemos quem são. Só sabemos
que são jornalistas com uma excelente reputação, que fazem serviço sujo e que
são pagos para isso. Antonio Correia INICIANTE: Isto de tributar
ainda mais quem trabalha é realmente uma ideia muito boa. Tributar ainda mais
os que também “para o bem de todos” continuaram a trabalhar é realmente uma
ideia excepcional e original forma de agradecimento começando pelos médicos,
enfermeiros, policias, bombeiros, etc ... Com ou sem imposto adicional o que o
sr jornalista e a Srª economista parece que não sabem é que quem vai pagar a
crise são sempre os mesmos, os que já pagam mais impostos ! p12345678901011.1047603 INICIANTE: Não tenho dúvidas
que eles sabem. Diria é que isso é o que eles querem. Sabem que é mais vantajoso
fazer títulos provocadores para as pessoas se engalfinharem e esquecerem a
corrupção que cresce em Portugal. com a conivência activa de muita gente que
escreve nos jornais. E que depois, por coincidência, é convidado para ser
consultor aqui, ou tem um emprego acolá, ou é convidado para dar uma formação
ou... JorgeQueirós INICIANTE: Ora aí está uma
razão para os funcionários públicos que auferem acima de um qualquer valor
poderem ser tributados extraordinariamente. Mas pelos vistos até foram
aumentados no ano passado (um valor ridículo, eu sei). Ou então, também podiam
cortar nos salários dos políticos burgueses. Tanto quanto sei, estas classes vivem
dos impostos. Querem partilhar os custos da crise? Comecem pelos políticos. mmcmpeixoto INICIANTE: Num país em que
não houvesse fuga aos impostos, eu até concordaria. Assim, é taxar ainda mais
quem não pode fugir. E são muitos... Na universidade, a minha filha continua a
ter colegas isentos de propinas que se deslocam em carro próprio. Já ela, filha
da "burguesia do teletrabalho", paga as propinas e vai a pé. A sério? INICIANTE: Gostava de
perceber a quem exactamente se refere o termo burguesia do teletrabalho..... Magritte EXPERIENTE: Deviam era taxar
quem faz dinheiro com a crise, mas ao invés criam-se antes classificações
novas, como chamar de burgueses a trabalhadores em teletrabalho porque, aqui
d'el Rei, não ficaram na penúria. Pobre pais este. João Andre INICIANTE: Bem visto, eis
porque tendo em vista uma futura contribuição vou deixar de ser assinante do
público. graça dias EXPERIENTE: Mas que culpa tem
o jornal Público? Um jornal plural e sem censura prévia aos conteúdos, não será
uma decisão precipitada? Talvez.
Nemo78 INICIANTE: Este senhor é um
camarada... Os ~50% de impostos que a "burguesia" paga para alimentar
o estado social não chegam? Não se preocupe que não vai tardar muito em serem
aumentados os impostos dos mesmos do costume para pagar a factura da pandemia. maivone.897019 INICIANTE: isto é tirar um
coelho velho e doente da cartola. Com menos rendimentos no final do mês serão
menos idas ao café, ao restaurante, ao cinemas, aos teatros e espectáculos. de
música, museus, menos fins de semana fora...... Porque uma t-shirt da Promark
qq um continuará a comprar. É tudo os que agora estão a sofrer mais
precisam!!!!!! Bem pensado para aprofundar o buraco onde estamos Jose MODERADOR: Burgueses são os donos dos meios de produção. O
conjunto dos donos dos meios de produção em Portugal e no mudo ganharam com a
crise do Subprime e estão a ganhar com a crise da pandemia SARS-CoV-2. Ganham
os accionistas da EDP, Galp, da REN, da Sonae, da MEO, da NOS, das TV's, do
Pingo Doce, Continente, Auchan, Lidl, Imobiliária, Seguros, Autoeuropa,
etc.,etc. O Estado endividou-se para socorrer os patrões das actividades que
perderam a procura. Já distribuiu a essa parte da economia cerca de 22 mil
milhões de euros. Essa parte da economia produziria 15 mil milhões de euros no
mesmo período se não tivesse ocorrido a pandemia. Quem vai pagar a dívida serão
os nossos filhos, netos e bisnetos e com língua de palmo. Porém há lacaios da
burguesia que abrem caminho à burguesia para cobrar mais! AA...Para a mentira ser segura ... tem que ter
qualquer coisa de verdade EXPERIENTE; Caro
José tenho reparado nas suas escritas anti-capital e anti-riqueza. O senhor
segue uma linha de pensamento muito simples: tributar o capital para distribuir
pelos deserdados, trabalhadores ou não. O seu pensamento não tem mais lugar no
século XXI. Os seu camaradas extinguiram-se todos e já não iludem mais ninguém
com os amanhãs que cantam. Tenha calma e tome um antiácido. Vai ver que a sua
cegueira ideológica não é mais exequível. Jose MODERADOR: Caro AA...Para a mentira ser segura ... tem que ter
qualquer coisa de verdade Pode ter reparado no que, por aqui, escrevo, mas ou
não tem lido ou não tem percebido. É preciso ser absolutamente estúpido para
ser "anti-capital e anti-riqueza". Só há um sistema económico e
financeiro no mundo. Esse sistema é o Capitalismo cujas duas pernas
indissociáveis são: O Trabalho e o Capital, a riqueza é o produto da interacção
do Trabalho e Capital. A variável única que muda o desempenho do Capitalismo é
a distribuição. A boa ou má distribuição exprimem-se em mais igualdade, menos
pobreza, ou mais desigualdade, mais pobreza. A melhor ou pior distribuição
depende de mais ou menos luta de classes. Quem abdicar de lutar empobrece
inexoravelmente. Os impostos são instrumentais. Não criam riqueza. AA...Para a mentira ser segura ... tem que ter
qualquer coisa de verdade EXPERIENTE:
Então acha que a luta de classes vai
disciplinar o capitalismo?!! Na sua análise, e no seu historial de escriba,
tenho notado que defende o papel do Estado na regulação do capitalismo. Como?!!
Hoje, o capital não tem rosto, viaja à distância de um click, de país para
país, onde a tributação é mais favorável. E são os próprios estados a fomentar
estas políticas, democráticos ou não. Quem tentar controlar o capital, afugentará
o mesmo para sítios onde a tributação será sempre mais favorável. Não nos
iludamos, o capitalismo faz parte da natureza humana e é por isso que, ao fim
deste tempo todo, é o único sistema que vingou. Magritte EXPERIENTE: Exactamente José. Mas ao que parece a solução agora é
equiparar trabalhadores em tele-trabalho à burguesia! Jose MODERADOR: São lacaios da Burguesia os que chamam burgueses aos
assalariados. Fazem-no por encomenda. Fazem-no para pôr portugueses contra
portugueses como fizeram com Sócrates e com Passos. Estão a criar uma guerra
civil social. Pôr todos contra um grupo profissional hoje e amanhã pôr todos
contra outro grupo profissional. Desse modo a Burguesia, os donos dos meios de
produção, ficam de fora, nas calmas a rir e beber champanhe. Jose MODERADOR: Caro AA...Para a mentira ser segura ... tem que ter
qualquer coisa de verdade A luta de classes é a digestão das contradições
internas e a evolução do Capitalismo. Não disciplina nada! Sem luta de classes
o Capitalismo morre e com a luta de classes, no limite, a Capitalismo
extingue-se por inútil. O Estado não tem nada a ver com o Capitalismo. O Estado
é o instrumento de repressão ao serviço da classe dominante. No presente os
Estados servem a Burguesia nas suas componentes económica e financeira. Servir
a classe dominante é cumprir as suas ordens, estar do lado do Capital contra o
lado do Trabalho. O Capital não tem fronteiras como a luta de classes. O
Capitalismo não é democrático! Os donos dos meios de produção e do Capital não
são eleitos. Os Estados servem o Capital, eleitos ou não! Jorge Manuel da Rocha Barreira INICIANTE: É
extraordinariamente infeliz a expressão, " a burguesia do
teletrabalho" e além do mais vinda de uma senhora licenciada em economia.
Este texto de David Pontes tenta atenuar a barbaridade dita pela senhora com a
deriva de que tal imposto, deveria ser sobre os rendimentos do capital. Pior a
emenda do que o soneto. Qual capital? O resultante dos bens amealhados com a
profissão da burguesia que faz teletrabalho e que por isso não perdeu
rendimentos? ou sobre transacções de capital ou sobre quê? Sabe a afirmação da
senhora que dará aulas de economia, teria óptimo acolhimento no consulado
passista, onde a competitividade se consegue pelo empobrecimento. É certo que houve, há muita gente que perdeu
rendimentos, e se calhar alguns dos "burgueses do teletrabalho" aí se
incluam. graça dias EXPERIENTE: Este texto vem na
repercussão de um outro - "A Burguesia do teletrabalho", onde Susana
Peralta propõe taxar-se quem trabalha, e assim criar-se mais um imposto, que
visa o cidadão comum sobrepor-se às responsabilidades do Estado Português.
Concordo em absoluto na indispensável ajuda a todos os que ficaram sem
rendimentos, mas enquanto isso não acontece, a autora da "Burguesia do
teletrabalho" poderá e devia prescindir no imediato de uma parte do seu
salário como professora universitária e das relevantes verbas que recebe da
comunicação social, ora através de textos escritos para diferentes jornais, ora
das várias entrevistas aos canais de televisão, e disponibilizar essas verbas
na ajuda a uma qualquer instituição de solidariedade social, o que se não
verifica. Parabéns. PSG MODERADOR: O problema do “jornalismo” de opinião e
dos jornalistas que o praticam, é que pode ser tão demagogo como os políticos,
e as políticas aos quais JoseMODERADOR: "Lançam
farpas" a uns e abrem caminho a outros. São paus mandados dos donos disto tudo.
Um embuste de jornalismo. AA...Para a mentira ser segura ... tem que ter
qualquer coisa de verdadeEXPERIENTE: E depois, como é
que o PS ganhava as eleições?! Isto está tudo estudado pelo Costa e seus
apaniguados. As clientelas são intocáveis, pois são votos garantidos. Um jovem
em idade de trabalhar, com boa formação e competências, vai embora deste país
num abrir e fechar de olhos. E é por isso que isto não temos futuro. PVL INICIANTE: Poderá
esse tributo incidir sobre o bónus aos profissionais de saúde, os salários do
pessoal da logística que abasteceu as nossas casas, dos varredores, dos
polícias e de todos que mantiveram um mínimo essencial a funcionar? Ou recairá
apenas sobre quem voluntária ou obrigatoriamente seguiu para teletrabalho, quer
como professor universitário quer, em piores condições, como operador de call
center? Num país de recursos limitados, como ponderar o reconhecimento
financeiro de quem deu tudo para salvar vidas e a promoção do apoio a quem foi
impedido de trabalhar? E não for através de tributos, contraímos dívida para as
gerações futuras ou deixamos cair quem tiver de cair? Convinha começar a
discutir estes temas. ainigriv INICIANTE: A ideia parece boa, mas não é tempo de brincar à
caridadezinha, e sendo obrigatória só para alguns. Creio que deverão ser
concretizadas medidas que evitem o desvio de milhões para offshores, que
fiscalizem a aplicação dos dinheiros públicos, que promovam a melhoria da
qualidade de vida e trabalho dos cidadãos. Como cidadã aposentada tenho apoiado
o meu filho, e outros que como ele perderam os seus rendimentos, e os
hipermercados, por exemplo, têm sido solidários?... Jose MODERADOR: Os portugueses
estão a morrer como todos, sem vacinas e sem remédio para a Covid-19, com
hospitais lotados e milhões de actos médicos em atraso. Isto que é catastrófico
não é prioritário para estes papagaios do divisionismo e da distracção das
pessoas do foco principal para provocações indigentes. Os principais
prejudicados pela pandemia são os mortos, milhões de mortos no mundo, são os que
não tendo morrido carregam sequelas físicas e mentais, são os que estão a ser
contaminados agora e amanhã e depois para entrarem na fila da morte ou das
sequelas. Este é o foco. Esta é a batalha, a luta prioritária. Os papagaios do
divisionismo são os mesmos ou réplicas dos que serviram Sócrates e Passos para
pôr portugueses contra portugueses. Papagaios divisionistas, escroques dos DdT,
os burgueses. AA...Para a mentira ser segura ... tem que ter
qualquer coisa de verdade EXPERIENTE Em Portugal os impostos extraordinários
passam sempre a definitivos. Não nos iludamos, com esta dívida que o país tem,
o futuro não será nada risonho. Tudo validado e legitimado com o voto do bom
povo, que é quem vai pagar a festa e a conta. Ou achavam que era o Pai Natal?!!
Pobre pátria.
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