quinta-feira, 4 de março de 2021

“Não se muda já como soía”


… “A mudança”, no dizer de Camões. Já não muda dentro das normas, com esta coisa do confinamento - mais ainda, talvez, do que no tempo dele, que, todavia, tão sensível foi a um mundo bem adverso para ele. Mas, realmente, jamais pensáramos nesta construção do mundo, de entrincheiramento caseiro comandando os serviços públicos – na sua maioria, por imposição de um governo que bem comanda do seu, mais visivelmente transgressor, e esquecido de que as ordens se não aplicam a uma grande parte – dos que dão de comer e dos que tratam da saúde, sobretudo. Mas há mais, e até mesmo os correios estão abertos, e alguns serviços públicos. E as televisões e rádios de entretenimento e avisos. Mesmo assim, parece sinistro e prejudicial, e logo surgem as almas boas a comandar a interajuda, arranjando nomes insultuosos para os que trabalham de casa, à distância, e através das ondas telecomandadas. Passaram a ser rotulados, esses, como “burguesia do teletrabalho”, na opinião acintosa de Susana Peralta, por exemplo, citada por Fernando Teixeira, e que, por esse motivo favorável e redutor de despesas, devem ser taxados com imposto em favor dos que foram lesados, como é a restauração e o comércio e a indústria, esta última, sobretudo, não podendo fabricar por teletrabalho… O que vale é que há sempre almas generosas a espetar o dedo na ferida, e a “mexer no nosso bolso”, não sei mesmo se como chamariz da atenção habitualmente revolucionária, embora mais sossegada agora, por via do confinamento … E do governo, é claro, mais à sua medida…

I -MEGAFONE:  O telenormal não é normal

Haverá justiça social na digitalização do mundo? Não, e é precisamente por isso que não podemos correr o risco de considerar o telenormal como normal, porque não o é.

FERNANDO TEIXEIRA Advogado estagiário, licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da ,Universidade de Coimbra. Autor do livro “Ponto de Fuga”. Militante do PCP           PÚBLICO,3 de Março de 2021

Já passou praticamente um ano desde que uma realidade que nos é estranha tomou conta do quotidiano mundial. Não pedimos, não ansiamos e, por certo, não contávamos com a nossa vida tal como ela é no presente momento, ou seja, pausada e entrincheirada numa sala em frente ao ecrã. Podemos falar de muitos ecrãs que, neste contexto pandémico, se tornaram ainda mais familiares, seja a televisão, o tablet, o telemóvel ou o computador. Fazem parte da nossa vida há um par de anos e nunca nos cansamos de gabar as suas infinitas possibilidades, um novo mundo que se desenhou através de luminosos pontos que nos permitem ligar o mundo e entrelaçar a vida real com a digital. Não tão certos, porém, de qual a realidade em que nos encontramos no panorama actual.

Fomos habituados, desde a explosão digital, a olhar para o desenvolvimento tecnológico, particularmente no que diz respeito à tecnologia doméstica e social, como sendo as redes sociais, as diferentes formas de interacção por via digital, sem qualquer desconfiança ou alarme. No que tange os alertas em relação às tecnologias, a opinião generalizada centra-se nas críticas às redes sociais, ao Facebook ou ao Instagram, tecendo considerações sobre os perigos da sua utilização excessiva e os efeitos nefastos que esta utilização desenfreada a que fomos acometidos poderão ter nas relações pessoais, em particular das novas gerações. São críticas justas e com a pertinência necessária para uma reflexão aprofundada acerca destes contextos sociais digitais.

Contudo, com o prolongar da pandemia foram surgindo inúmeras soluções para que as empresas não parassem, para que o trabalho pudesse continuar a ser prestado, para que as universidades prosseguissem com as suas actividades, e por aí fora. O recurso em massa ao teletrabalho, por exemplo, não raras vezes imposto por decreto, promete deixar lastro e perfilar-se como um recurso natural para a prestação laboral num contexto de normalidade, ou seja, mesmo após a pandemia iremos ver, por certo, a sedimentação de formas digitais de trabalho, mas também de aprendizagem. As reuniões por Zoom, as aulas em diferido, avaliações online nas universidades, o trabalho em casa e com menos regulação pode ser, lamentavelmente o fado de muitos, da geração mais digitalmente competente.

Ficámos surpresos e estarrecidos perante todas as soluções digitais que nos permitiram continuar a trabalhar durante estes tempos conturbados, mas, porventura, pela urgência do momento, perdemos pouco tempo a pensar se é realmente o que desejamos para a generalidade, ou até mesmo a maioria, da nossa vida. Este telenormal não é normal porque retira das empresas os seus trabalhadores, lançando-os para a sua casa-escritório que para tudo serve, trabalhar, estudar, relaxar, brincar, fazer desporto ou dormir. A generalização do teletrabalho, por exemplo, é deitar ao confinamento, mesmo não havendo pandemia, milhões de pessoas, com as graves consequências que inevitavelmente terão lugar.

Tomemos como exemplo os direitos colectivos dos trabalhadores e a necessidade da sua interacção para que esses direitos possam ser uma realidade. Que futuro haverá para a greve numa sociedade maioritariamente digitalizada? As relações pessoais nos locais de trabalho são o motor para o desenvolvimento da consciência de que se é parte de um todo e que esse todo se pode organizar-se e lutar por uma vida melhor. Será possível considerar uma sociedade onde se recorre massivamente ao teletrabalho, arcando os trabalhadores com os custos da electricidade e internet, com o seu tempo de trabalho desregulado e com a sua vida precarizada cronicamente, uma sociedade mais justa?Haverá justiça social na digitalização do mundo? Não, e é precisamente por isso que não podemos correr o risco de considerar o telenormal como normal, porque não o é.

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II -EDITORIAL CORONAVÍRUS: Burguesia do teletrabalho

Numa sociedade que não queira ter vergonha de se olhar ao espelho, é justo que os que foram sacrificados mereçam o apoio de quem menos sofreu.

DAVID PONTES             PÚBLICO, 1 de Março de 2021

Em entrevista ao jornal i, a professora de Economia e colunista do PÚBLICO Susana Peralta defendeu: “Houve uma parte substancial das pessoas em Portugal que não perdeu rendimentos, toda a burguesia do teletrabalho, todas as pessoas do sector dos serviços que, aliás, são as pessoas mais bem pagas, o que também me inclui a mim. Esta crise poupou muito as pessoas que trabalham neste sector e que são as pessoas com mais escolaridade. Podia-se perfeitamente ter lançado um imposto extraordinário sobre essas pessoas para dividirmos os custos desta crise.”

A expressão “burguesia do teletrabalho”, trazida para a primeira página do jornal, causou incómodo, até porque não há muitos que se sintam especialmente “burgueses” com o acumular de dias de confinamento forçado. “Burgueses” não serão também os que trabalham a partir de casa com salário mínimo ou a recibo verde. Até se poderá discutir, como o faz Susana Peralta, que a expressão indica que o imposto extraordinário não deveria ser sobre os rendimentos do trabalho, mas sobre os de capital. Mas a “burguesia” não nos deve desviar da discussão que interessa, a de que há sectores da sociedade que não sofreram quebra de rendimentos na sua actividade porque puderam continuar a trabalhar enquanto outros, para o bem de todos, tiveram pura e simplesmente de parar, viram o seu salário cortado, foram para o desemprego, e muitos outros poderão ainda juntar-se a eles. Numa sociedade que não queira ter vergonha de se olhar ao espelho, é justo que os que foram sacrificados mereçam o apoio de quem menos sofreu.

Num país onde ainda vigoram contribuições extraordinárias criadas pelo executivo de Passos Coelho para enfrentar a última grave crise, a possibilidade da criação de uma taxa extraordinária, defendida também por nomes como Luís Aguiar-Conraria ou Poiares Maduro, deveria suscitar menos estranheza e mais discussão. Porque este é ainda, em largos traços, o mesmo país dessa crise, com recursos escassos e com necessidade de controlar – mesmo que desejavelmente muito menos nesta altura – o seu défice. Para auxiliar os muitos que precisam, o dinheiro tem de vir de algum lado, e contar só com a “bazuca” ou a “vitamina” europeia é uma solução, mas poderá ser muito tardia para os mais sacrificados pela pandemia, que, inevitavelmente, pertencem aos sectores mais frágeis da sociedade. No mínimo, este debate serviria para ter bem presentes as prioridades na altura de distribuir as verbas europeias e para obrigar o Governo e o Presidente da República a olharem com sentido de urgência para a crise económica que se avoluma quando, confinando, nos concentramos a resolver a outra.        tp.ocilbup@setnop.divad

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COMENTÁRIOS:

J Bernard INICIANTE: Começo a ficar na dúvida se me querem taxar o rendimento que me sobra e com o qual consigo pagar o Público do meu bolso. Espera lá, se tenho dinheiro para isso devo ser rico! A ideia é... Impostos neles que não sabem que fazer ao dinheiro. Com franqueza... o comunismo já acabou há décadas! Está tudo louco?          Luis Rocha EXPERIENTE: Esta cena da Burguesia é tão Boomer. Não há paciência para no século XXI estar a meter as pessoas dentro dos 99% umas contra as outras quando a epidemia é o inimigo comum e, fora disso, é contra o 1% que nos devemos unir.            p12345678901011.1047603 INICIANTE: Tem razão. Só um detalhe. Não diria que é Boomer. Diria que em Portugal há muita corrupção, inclusive no jornalismo. Não sei se recorda dos elogios rasgados que o Ricardo Salgado, Bava, etc tinham pela excelente gestão que faziam? E também se recorda que o Público e o Expresso ficaram com o exclusivo do acesso á informação sobre a lista de jornalistas que estavam na lista de pagamento do Bes? E já reparou que essa lista continua nos cofres do Público e do Expresso e nunca foi publicada? Esses jornalistas continuam por aí. Não sabemos quem são. Só sabemos que são jornalistas com uma excelente reputação, que fazem serviço sujo e que são pagos para isso.          Antonio Correia INICIANTE: Isto de tributar ainda mais quem trabalha é realmente uma ideia muito boa. Tributar ainda mais os que também “para o bem de todos” continuaram a trabalhar é realmente uma ideia excepcional e original forma de agradecimento começando pelos médicos, enfermeiros, policias, bombeiros, etc ... Com ou sem imposto adicional o que o sr jornalista e a Srª economista parece que não sabem é que quem vai pagar a crise são sempre os mesmos, os que já pagam mais impostos !           p12345678901011.1047603 INICIANTE: Não tenho dúvidas que eles sabem. Diria é que isso é o que eles querem. Sabem que é mais vantajoso fazer títulos provocadores para as pessoas se engalfinharem e esquecerem a corrupção que cresce em Portugal. com a conivência activa de muita gente que escreve nos jornais. E que depois, por coincidência, é convidado para ser consultor aqui, ou tem um emprego acolá, ou é convidado para dar uma formação ou...           JorgeQueirós INICIANTE: Ora aí está uma razão para os funcionários públicos que auferem acima de um qualquer valor poderem ser tributados extraordinariamente. Mas pelos vistos até foram aumentados no ano passado (um valor ridículo, eu sei). Ou então, também podiam cortar nos salários dos políticos burgueses. Tanto quanto sei, estas classes vivem dos impostos. Querem partilhar os custos da crise? Comecem pelos políticos.        mmcmpeixoto INICIANTE: Num país em que não houvesse fuga aos impostos, eu até concordaria. Assim, é taxar ainda mais quem não pode fugir. E são muitos... Na universidade, a minha filha continua a ter colegas isentos de propinas que se deslocam em carro próprio. Já ela, filha da "burguesia do teletrabalho", paga as propinas e vai a pé.        A sério? INICIANTE: Gostava de perceber a quem exactamente se refere o termo burguesia do teletrabalho.....          Magritte EXPERIENTE: Deviam era taxar quem faz dinheiro com a crise, mas ao invés criam-se antes classificações novas, como chamar de burgueses a trabalhadores em teletrabalho porque, aqui d'el Rei, não ficaram na penúria. Pobre pais este.           João Andre INICIANTE: Bem visto, eis porque tendo em vista uma futura contribuição vou deixar de ser assinante do público.           graça dias EXPERIENTE: Mas que culpa tem o jornal Público? Um jornal plural e sem censura prévia aos conteúdos, não será uma decisão precipitada? Talvez.             Nemo78 INICIANTE: Este senhor é um camarada... Os ~50% de impostos que a "burguesia" paga para alimentar o estado social não chegam? Não se preocupe que não vai tardar muito em serem aumentados os impostos dos mesmos do costume para pagar a factura da pandemia.   maivone.897019 INICIANTE: isto é tirar um coelho velho e doente da cartola. Com menos rendimentos no final do mês serão menos idas ao café, ao restaurante, ao cinemas, aos teatros e espectáculos. de música, museus, menos fins de semana fora...... Porque uma t-shirt da Promark qq um continuará a comprar. É tudo os que agora estão a sofrer mais precisam!!!!!! Bem pensado para aprofundar o buraco onde estamos           Jose MODERADOR: Burgueses são os donos dos meios de produção. O conjunto dos donos dos meios de produção em Portugal e no mudo ganharam com a crise do Subprime e estão a ganhar com a crise da pandemia SARS-CoV-2. Ganham os accionistas da EDP, Galp, da REN, da Sonae, da MEO, da NOS, das TV's, do Pingo Doce, Continente, Auchan, Lidl, Imobiliária, Seguros, Autoeuropa, etc.,etc. O Estado endividou-se para socorrer os patrões das actividades que perderam a procura. Já distribuiu a essa parte da economia cerca de 22 mil milhões de euros. Essa parte da economia produziria 15 mil milhões de euros no mesmo período se não tivesse ocorrido a pandemia. Quem vai pagar a dívida serão os nossos filhos, netos e bisnetos e com língua de palmo. Porém há lacaios da burguesia que abrem caminho à burguesia para cobrar mais!           AA...Para a mentira ser segura ... tem que ter qualquer coisa de verdade EXPERIENTE; Caro José tenho reparado nas suas escritas anti-capital e anti-riqueza. O senhor segue uma linha de pensamento muito simples: tributar o capital para distribuir pelos deserdados, trabalhadores ou não. O seu pensamento não tem mais lugar no século XXI. Os seu camaradas extinguiram-se todos e já não iludem mais ninguém com os amanhãs que cantam. Tenha calma e tome um antiácido. Vai ver que a sua cegueira ideológica não é mais exequível.            Jose MODERADOR: Caro AA...Para a mentira ser segura ... tem que ter qualquer coisa de verdade Pode ter reparado no que, por aqui, escrevo, mas ou não tem lido ou não tem percebido. É preciso ser absolutamente estúpido para ser "anti-capital e anti-riqueza". Só há um sistema económico e financeiro no mundo. Esse sistema é o Capitalismo cujas duas pernas indissociáveis são: O Trabalho e o Capital, a riqueza é o produto da interacção do Trabalho e Capital. A variável única que muda o desempenho do Capitalismo é a distribuição. A boa ou má distribuição exprimem-se em mais igualdade, menos pobreza, ou mais desigualdade, mais pobreza. A melhor ou pior distribuição depende de mais ou menos luta de classes. Quem abdicar de lutar empobrece inexoravelmente. Os impostos são instrumentais. Não criam riqueza.           AA...Para a mentira ser segura ... tem que ter qualquer coisa de verdade EXPERIENTE: Então acha que a luta de classes vai disciplinar o capitalismo?!! Na sua análise, e no seu historial de escriba, tenho notado que defende o papel do Estado na regulação do capitalismo. Como?!! Hoje, o capital não tem rosto, viaja à distância de um click, de país para país, onde a tributação é mais favorável. E são os próprios estados a fomentar estas políticas, democráticos ou não. Quem tentar controlar o capital, afugentará o mesmo para sítios onde a tributação será sempre mais favorável. Não nos iludamos, o capitalismo faz parte da natureza humana e é por isso que, ao fim deste tempo todo, é o único sistema que vingou. Magritte EXPERIENTE: Exactamente José. Mas ao que parece a solução agora é equiparar trabalhadores em tele-trabalho à burguesia!          Jose MODERADOR: São lacaios da Burguesia os que chamam burgueses aos assalariados. Fazem-no por encomenda. Fazem-no para pôr portugueses contra portugueses como fizeram com Sócrates e com Passos. Estão a criar uma guerra civil social. Pôr todos contra um grupo profissional hoje e amanhã pôr todos contra outro grupo profissional. Desse modo a Burguesia, os donos dos meios de produção, ficam de fora, nas calmas a rir e beber champanhe.       Jose MODERADOR: Caro AA...Para a mentira ser segura ... tem que ter qualquer coisa de verdade A luta de classes é a digestão das contradições internas e a evolução do Capitalismo. Não disciplina nada! Sem luta de classes o Capitalismo morre e com a luta de classes, no limite, a Capitalismo extingue-se por inútil. O Estado não tem nada a ver com o Capitalismo. O Estado é o instrumento de repressão ao serviço da classe dominante. No presente os Estados servem a Burguesia nas suas componentes económica e financeira. Servir a classe dominante é cumprir as suas ordens, estar do lado do Capital contra o lado do Trabalho. O Capital não tem fronteiras como a luta de classes. O Capitalismo não é democrático! Os donos dos meios de produção e do Capital não são eleitos. Os Estados servem o Capital, eleitos ou não!              Jorge Manuel da Rocha Barreira INICIANTE: É extraordinariamente infeliz a expressão, " a burguesia do teletrabalho" e além do mais vinda de uma senhora licenciada em economia. Este texto de David Pontes tenta atenuar a barbaridade dita pela senhora com a deriva de que tal imposto, deveria ser sobre os rendimentos do capital. Pior a emenda do que o soneto. Qual capital? O resultante dos bens amealhados com a profissão da burguesia que faz teletrabalho e que por isso não perdeu rendimentos? ou sobre transacções de capital ou sobre quê? Sabe a afirmação da senhora que dará aulas de economia, teria óptimo acolhimento no consulado passista, onde a competitividade se consegue pelo empobrecimento.  É certo que houve, há muita gente que perdeu rendimentos, e se calhar alguns dos "burgueses do teletrabalho" aí se incluam.        graça dias EXPERIENTE: Este texto vem na repercussão de um outro - "A Burguesia do teletrabalho", onde Susana Peralta propõe taxar-se quem trabalha, e assim criar-se mais um imposto, que visa o cidadão comum sobrepor-se às responsabilidades do Estado Português. Concordo em absoluto na indispensável ajuda a todos os que ficaram sem rendimentos, mas enquanto isso não acontece, a autora da "Burguesia do teletrabalho" poderá e devia prescindir no imediato de uma parte do seu salário como professora universitária e das relevantes verbas que recebe da comunicação social, ora através de textos escritos para diferentes jornais, ora das várias entrevistas aos canais de televisão, e disponibilizar essas verbas na ajuda a uma qualquer instituição de solidariedade social, o que se não verifica. Parabéns.          PSG MODERADOR: O problema do “jornalismo” de opinião e dos jornalistas que o praticam, é que pode ser tão demagogo como os políticos, e as políticas aos quais            JoseMODERADOR: "Lançam farpas" a uns e abrem caminho a outros. São paus mandados dos donos disto tudo. Um embuste de jornalismo.              AA...Para a mentira ser segura ... tem que ter qualquer coisa de verdadeEXPERIENTE: E depois, como é que o PS ganhava as eleições?! Isto está tudo estudado pelo Costa e seus apaniguados. As clientelas são intocáveis, pois são votos garantidos. Um jovem em idade de trabalhar, com boa formação e competências, vai embora deste país num abrir e fechar de olhos. E é por isso que isto não temos futuro.          PVL INICIANTE: Poderá esse tributo incidir sobre o bónus aos profissionais de saúde, os salários do pessoal da logística que abasteceu as nossas casas, dos varredores, dos polícias e de todos que mantiveram um mínimo essencial a funcionar? Ou recairá apenas sobre quem voluntária ou obrigatoriamente seguiu para teletrabalho, quer como professor universitário quer, em piores condições, como operador de call center? Num país de recursos limitados, como ponderar o reconhecimento financeiro de quem deu tudo para salvar vidas e a promoção do apoio a quem foi impedido de trabalhar? E não for através de tributos, contraímos dívida para as gerações futuras ou deixamos cair quem tiver de cair? Convinha começar a discutir estes temas.        ainigriv INICIANTE: A ideia parece boa, mas não é tempo de brincar à caridadezinha, e sendo obrigatória só para alguns. Creio que deverão ser concretizadas medidas que evitem o desvio de milhões para offshores, que fiscalizem a aplicação dos dinheiros públicos, que promovam a melhoria da qualidade de vida e trabalho dos cidadãos. Como cidadã aposentada tenho apoiado o meu filho, e outros que como ele perderam os seus rendimentos, e os hipermercados, por exemplo, têm sido solidários?...                Jose MODERADOR: Os portugueses estão a morrer como todos, sem vacinas e sem remédio para a Covid-19, com hospitais lotados e milhões de actos médicos em atraso. Isto que é catastrófico não é prioritário para estes papagaios do divisionismo e da distracção das pessoas do foco principal para provocações indigentes. Os principais prejudicados pela pandemia são os mortos, milhões de mortos no mundo, são os que não tendo morrido carregam sequelas físicas e mentais, são os que estão a ser contaminados agora e amanhã e depois para entrarem na fila da morte ou das sequelas. Este é o foco. Esta é a batalha, a luta prioritária. Os papagaios do divisionismo são os mesmos ou réplicas dos que serviram Sócrates e Passos para pôr portugueses contra portugueses. Papagaios divisionistas, escroques dos DdT, os burgueses.            AA...Para a mentira ser segura ... tem que ter qualquer coisa de verdade EXPERIENTE           Em Portugal os impostos extraordinários passam sempre a definitivos. Não nos iludamos, com esta dívida que o país tem, o futuro não será nada risonho. Tudo validado e legitimado com o voto do bom povo, que é quem vai pagar a festa e a conta. Ou achavam que era o Pai Natal?!! Pobre pátria.

 

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