De Helena Matos, acutilante e sério, a merecer inúmeros comentários de
idêntica indignação, a par, é certo, de progressistas, que se consideram
inteligentes ao aceitarem toda a espécie de modernismos, sobretudo dos que pisam
fundo na sensibilidade das gentes, como essa de desprezar os termos
tradicionais para a nomenclatura familiar, entre outras baboseiras de um
aparente modernismo vistoso e chiante, a merecer profundo desprezo. Que nunca a
voz lhe doa, a Helena Matos, mais
precisamente, a sua escrita enérgica, fruto de um pensamento são e brilhante. Nem aos seus sensatos
comentadores, alguns dos quais com argumentação bem pertinente. Um prazer de
leitura.
Obviamente desincluída /premium
Recuso o dialecto dos novos bárbaros. Não sou
progenitora. Sou mãe. Não sou companheira. Sou mulher de. Não quero ler
"Os Maias" com avisos ao “ismo” do momento.
HELENA MATOs,
Colunista do Observador
OBSERVADOR, 14 mar
2021
A culpa foi da “companheira”. Estava eu a alinhar um texto sobre a ignorância
granítica subjacente às afirmações de uma professora de Português na Universidade de
Massachusetts Dartmouth a propósito do que designa como racismo em “Os
Maias” quando
me caem os olhos na notícia sobre o novo guião da Universidade de Manchester que impede os
funcionários e professores daquela universidade de usarem termos como mãe e
pai, idosos, pensionistas, jovens e mulher/marido por
companheira/companheiro. Desculpem-me mas companheiro e
companheira é que não!
É certo que no Guia de Comunicação Inclusiva da
UE já se tinha posto o casamento ao nível do jogo da bisca com a recomendação
de que se usasse “parceiro/parceira” em vez de “marido/mulher“. Mas
esta coisa folclórica dos companheiros e das companheiras é um outro nível
neste nosso caminho para a bruteza.
Já sei que vão argumentar os
leitores que proibir termos como mãe e pai é muito mais grave. Pois claro que é. Mas uma pessoa tem destas fraquezas:
o ridículo pode às vezes mais que a reflexão.
No meu caso essa terminologia dos companheiros e das companheiras produz-me uma
vontade irreprimível de dar àquele palavreado melífluo e beato da igualdade e
da inclusão o mesmo trato que Carlos da Maia proporcionou às angelicais vestes
do Eusebiozinho (os neo-inquisidores não querem também fazer um alerta sobre
o bullying em “Os Maias”?)
O recente livro de estilo da
Universidade de Manchester é apenas mais um entre os muitos
documentos que procuram condicionar ideologicamente a forma como referimos a
família, os outros e o mundo. Esse
condicionamento não é uma questão de mau gosto, excentricidade ou maluqueira
mas sim uma utilização da linguagem com um objectivo: impor através do controlo
da expressão verbal modelos de sociedade que rejeitamos.
Os
homens e mulheres que se tornavam maridos e mulheres saem destes guiões
de linguagem dita inclusiva
transfigurados em pessoas que ao relacionarem-se tornam-se parceiros/as,
companheiros/as ou cônjuges que podem ou não tornar-se progenitores. A
neutralidade da linguagem não inclui ninguém mas desumaniza-nos a todos!
Estes
guiões de linguagem apresentada como igualitária e inclusiva estão a
transformar as nossas vidas numa versão daqueles pesadelos em que gritamos
por ajuda mas não conseguimos articular qualquer som: eles proíbem-nos as
palavras que nomeavam o nosso mundo.
O
que estamos a viver é-nos invariavelmente apresentado como um item obrigatório
na nossa caminhada para um futuro libertador. Nada mais falso: não só não há nisto
libertação alguma como nos estamos a aproximar cada vez mais dos métodos do
despotismo revolucionário dos jacobinos no século XVIII. Estes, para libertarem a sociedade francesa de
então daquilo que consideravam o seu maior crime – o catolicismo –,
substituíram o calendário gregoriano por um excêntrico calendário
revolucionário: o ano começava a 22 de Setembro, cada dia tinha dez horas e
cada semana dez dias. Verificar se os franceses sobretudo os camponeses ainda
usavam o velho e reaccionário calendário para determinar a quantos estavam no
10 do Vindimário ou no 14 do Pluvioso tornou-se uma obsessão dos
fervorosos libertadores.
A linguagem inclusiva do século XXI é um sinal de despotismo da
mesma natureza que o calendário revolucionário do século XVIII: impõe-se uma
nova ordem através da substituição do que nos permite orientarmo-nos. A
desorientação, seja ela não se saber em que dia se está ou como nomear alguém,
não é casual. É propositada e instrumental.
Como e porquê políticos de centro direita e centro esquerda
pactuaram com isto, atraiçoando os seus eleitorados? Ou melhor dizendo porque
pactuaram com este processo de subversão quando ainda era possível fazer-lhe
frente sem que isso implicasse levar as nossas sociedades para clivagens
desgastantes?
Não
me parece normal que não o tenham feito em devido tempo e menos normal me
parece o fatalismo com que se aceita esta tirania. O que é afinal, se não um
claro sintoma dessa rendição, a forma como pressurosamente se desatou a
discutir a necessidade de contexto para “Os Maias” só porque uma
criatura que não distingue os manifestos políticos da literatura e da arte soltou a palavra racismo? (Já agora a alba escrita por dom
Dinis “Levantou-s’a velida,/levantou-s’alva,/e vai lavar camisas/ eno
alto, /vai-las lavar alva” cai no espectro da supremacia branca? Ou será que
estamos perante um caso de literatura trans pois à semelhança do que acontece
nas chamadas cantigas de amigo, o autor, homem, escreve como se fosse mulher?)
Para
usar a terminologia destes guias da inclusão, as sociedades do nosso tempo não
sofrem, vivem com. Dizem estes guias que não devemos usar expressões como
sofrer de cancro mas sim viver com o cancro. É
isso mesmo: nós sofremos o cancro do despotismo. Mas não o devemos referir. Nós
vivemos com ele e interiorizámo-lo de tal modo que lhe chamamos libertação.
Ps. É espantoso o silêncio em torno da violentíssima agressão ao
fotógrafo Christian Lantenois. Este repórter fotográfico
foi barbaramente agredido quando se deslocou ao que se convencionou chamar
“bairro sensível” de Reims, mais precisamente o bairro da Cruz Vermelha.
Christian Lantenois acompanhava uma colega jornalista que tinha ido fazer uma
reportagem sobre as rixas que estavam a acontecer naquele bairro. Sinal dos
tempos, não se aproximaram muito mas eis que Christian Lantenois foi
identificado: a máquina fotográfica não deixava dúvidas sobre a sua profissão. De
imediato foi cercado e agredido. Ficou entre a vida e a morte. Em França
fizeram-se as declarações indignadas do costume, repetiu-se “não temos
medo” (cada vez têm mais), pronuncia-se o termo asselvajamento para explicar o
que está a acontecer no país e pergunta-se como é possível que um dos agressores, argelino, tenha podido permanecer
em França apesar da documentação irregular e de acumular condenações nos
tribunais. Por cá
preferiu-se olhar para o lado.
PUB POLITICAMENTE
CORRETO SOCIEDADE LÍNGUA CULTURA
COMENTÁRIOS:
Antonio Monge: Excelente! Obrigado Helena Matos por falar por nós que não temos voz
audível nestas questões. A intolerânica destes ditadores encapuzados de paladinos de pretensos
direitos estapafúrdios que eles próprios inventaram começa ela própria a ser
intolerável.
Carlos Pamplona: Excelente! Isto está a ficar muito perigoso ⚠️ é muito parecido com o regime
dos Aiatolás
Maria Correia: Muito bem! Continue apesar de
estar praticamente sozinha.
Antonio Monge > Maria Correia: Não está sozinha e eu até diria que está com a
maioria, mas silenciosa. Neste como noutros casos, a minoria é bastante mais
ruidosa e barulhenta.
Ana Silva: Só queria
mesmo agradecer à Helena a honestidade e coragem pessoal e assinalar aos
portugueses a sorte que têm em ainda haver aí quem não tenha medo de dizer a
verdade. Sou luso-francesa e embora tenha também estudado em Portugal,
nasci, cresci e vivo em Paris. E posso testemunhar por experiência própria
vivida que de facto a França é um país destruído, sem lei nem ordem e a caminho
da selvajaria total. Foi o resultado final da importação sem regras ou limites
que vi acontecer de islamitas e africanos, imposta pela esquerda. Eles estão
aqui não para viverem melhor e respeitarem este país, as suas leis e gentes,
mas para o colonizarem e destruir.
Hoje os franceses são literalmente caçados no seu próprio país e, quem tem
dinheiro, foge para os poucos locais que ainda restam, livres de colonos,
percebidos como oferecendo alguma segurança. Isto significa que grandes
áreas do país já não podem de maneira nenhuma ser hoje consideradas França.
Nada lá é francês. A lei não existe e a polícia nem perto se aproxima. Pelas
notícias que vou vendo e pelo que também já vi quando aí vou, a esquerda está a
levar Portugal na exacta mesma direcção e não se vê ninguém que os
impeça. Só vos posso dizer que preparem não só para o terror mas perderem
efectivamente o vosso país, que também sinto como meu. Se ainda fossem vivos,
isto seria uma segunda morte para os meus pais. O Pereira > Ana Silva: Estou farto de alertar aqui neste fórum para os mesmos
temas que referiu acima. Tb tenho origens em França. Só quero evitar que
Portugal se torne na lixeira que a França se tornou devido à esquerda. Bon
courage como se costuma dizer por essa bandas. Antonio Monge > Ana Silva: Obrigado pelo seu testemunho. Tenho reflectido sobre
esta temática e confesso que já fui mais "liberal" por isso apoio a
decisão suíça de proibir o uso de burka. Manuel Dias: Sublime!!!! a Helena disse tudo e num curto texto. Os Jacobinos da nossa
época sabem por que vendem a inclusão. Eles querem a desorganização social,
consideram-se gente mas são gente rasca. CarlosMSantos: Já sou avô, mas não sei como é
que os meus netos me vão chamar. Liberales Semper Erexitque > CarlosMSantos: Amiguinho de cabelo branco? Luís MartinsCarlosMSantos: Na novilíngua da esquerda, não é aceitável qualquer
laço de sangue entre as pessoas. Portanto não se preocupe, simplesmente os seus
netos não o distinguirão do cidadão que mora ao lado. Julius Evola: Muito bem!
Maria Antonieta Barona: Estas novas ideias só querem destruir a família e impor estes novos modos
de ver o que é normal e transformarem-no em anormalidades. Uns tristes J Ferreira: Eis algumas das razões por que
o CHEGA cresce apesar da contra-informação proporcionada pela comunicação
social que é tendenciosamente de esquerda. Começam a ser muitos os Portugueses
que já estão fartos e finalmente dizem ( já CHEGA!)
Maria Narciso > J Ferreira: Diversidade é uma riqueza , nunca uma ameaça . O Chega
representa um ataque contra a tolerância, a inclusão, a diversidade e a
essência de nossas normas e princípios de direitos humanos. Manuel
Dia > Maria Narciso: E o partido Comunista? E o Bloco? E o novo PS? Respeitam
a diversidade? Onde? Não são os três defensores da verdade única? Verdade única
e diversidade são antagónicos. Quem num país socialista não respeita a verdade
única...Ocupa Gulags, é envenenado ...A D. Maria Narciso só escreve disparates.
Isole-se ou vá para a Venezuela ou Cuba para perceber o que é a tolerância e a
inclusão António
Geraldes > Maria Narciso: Estamos a viver a intolerância, a não inclusão, a não
diversidade e a perder a essência das nossas normas e princípios de direitos
humanos e o Chega nunca fez parte do círculo governativo. A culpa é nossa que
toleramos todas essas "maneiras de estar" assim como toleramos a
incompetência de quem se voluntariou para nos governar. Maria Narciso: Há que respeitar as diferenças
e não repudiar quem não se encaixa no padrão que nos habituaram erradamente a
considerar como único da normalidade. A sociedade deve ser mais inclusiva,
tendo como base a protecção da dignidade individual e o respeito pelo próximo.
Cabe a cada um de
nós contribuir para a construção de um mundo onde ninguém tenha de ter medo ou
vergonha de ser quem é.
Maria Augusta > Maria Narciso: Diz isso aos teus camaradas de partido. Liberdade de opinião e de
expressão e abaixo a cultura"woke" dos "snow flakes" e dos
"indignados profissionais" do marxismo cultural. Há que respeitar a diferença! Liberales Semper Erexitque > Maria Narciso: Há uma diferença entre respeitar as diferenças e
querer impor aquilo que é diferente. Sendo tudo uma questão de diferença, faz falta a muito boa gente aperceber-se disso! Antonio Monge > Maria Narciso: Palavras bonitas que na prática não têm, infelizmente,
resultado bem. Conhece algum país europeu onde essa inclusão coexista de uma
forma generalizada e saudável? Luisa Falcão: Já que tudo se funda em
contratos mercantilistas, escritos ou verbais, então vamos designar-nos por
partes. A minha parte é o meu marido e a outra parte sou eu. Por sua vez, os
filhos também fazem parte do contrato, mas não foram ouvidos sobre a questão da
existência num mundo aparentemente saturado de existência. Sobre esta matéria
os bem-pensantes não têm nada a dizer? Ahh! Gostam da aventura da existência,
para massacrarem os que vivem de acordo com a sua natureza. Parem de aborrecer
com o politicamente correcto! Porque não adoptamos o sábio conceito que esteve
tão em voga: é proibido proibir. Pedro Ferro: Um artigo que é um Tratado Sociológico dos nossos
tempos! Agradeço. Devia ser leitura obrigatória a partir do 10º ano.
Francisco
Tavares de Almeida: Obrigado por mais este excelente artigo. Destaco o parágrafo que
preferi;
Esse
condicionamento não é uma questão de mau gosto, excentricidade ou maluqueira
mas sim uma utilização da linguagem com um objectivo: impor através do controlo
da expressão verbal modelos de sociedade que rejeitamos. P.S. França é um caso especial. Imigração e demografia permitem a
possibilidade de um presidente muçulmano na próxima geração. Por outro lado, na
última sondagem credível a que tive acesso, Marine Le Pen estava nos 45%. Adorava
comprar uma frisa para assistir ao espectáculo mas infelizmente já passei o
prazo de validade e isso não vai ser possível. Carmo
Araujos: Parabéns.....
Melhor é impossível!!!!! Joaquim
Almeida: Servem-se da
linguagem corrente como instrumento poderoso de delimitação de fronteiras numa cruzada
ideológica pela desagregação da sociedade capitalista - nada de
inclusivo, evidentemente e mentirosamente, à boa maneira marxista, desses
universitários intérpretes de Gramsci, Marcuse, Foucault e "tutti
quanti" neo-marxistas. São mais do que descabelados e eventuais
cretinos... Joaquim Moreira: Confesso que não sei se este é
o maior problema desta sociedade, mas é bem revelador da forte tendência para a
dita igualdade! Que parece ter como objectivo, igualar, o modo da maioria da gente
pensar. Para ser mais fácil dominar. Até porque são ideias, muito confusas,
geradas em Universidades muito inclusivas ou inclusas. Portanto, o que me apraz
dizer, é que existe uma elite que, a partir destas ideias abstrusas,
aparentemente, o que está a querer fazer é tornar a sociedade dominável, muito
facilmente. E, assim, ser muito mais fácil “fazer a cabeça” de muita gente,
para facilitar, a sua forma de governar. Para que esta sociedade “amigável”
deixe de ter vontade de criticar. E, estas e outras ideias parvas aceitar! O Pereira: Não há maior extremista do que
um esquerdista. Sob a capa do progressismo e inclusão estão a tentar impor uma
ditadura à maioria dos cidadãos deste país, condicionando os seu pensamentos,
as suas escolhas alimentares, a sua linguagem e até o seu passado como nação!
Já censuram a nossa linguagem, os filmes e livros. Apelo a todos os portugueses
que lutem contra a ideologia destes neo-nazis. António
Alves: Como é bom, nos dias que
correm, ler algo escrito por uma mente sã. É como beber água depois de dias de
privação da mesma. Os snowflakes já dominam jornais, televisões, redes
sociais... O seu contributo é um oásis, um farol de esperança. Muito obrigado
Helena. bem haja!
Antes pelo contrário: Falar de racismo em relação a Os Maias ou a qualquer
outra obra ou autor do século XIX é prova de uma gigantesca ignorância, que só
por si desclassifica profissionalmente a tal "professora". O conceiro
de "racismo" tal como hoje o entendemos só surgiu na época
pós-colonial, a partir dos anos 60 do séc. XX. Na época de "Os
Maias", em 1888, o conceito pura e simplesmente não existia.
Convém lembrar que os movimentos anti-esclavagistas do
séc. XIX não tinham absolutamente nada a ver com racismo, mas sim e apenas com
a escravatura. Portugal foi
aliás pioneiro na abolição da escravatura com o decreto do Marquês de Pombal em
1761, embora este dissesse apenas respeito à metrópole. A escravatura continuou
a existir nas Colónias até 1851. A
França, só aboliu a escravatura na metrópole em 1794, mas ela continuou nas
colónias até 1848, e mesmo depois disso, pois ainda foram capturados navios
negreiros franceses 20 anos mais tarde, em 1868. Nos EUA, só foi abolida em 1865. Porém, nos EUA os massacres dos Índios que tinham
começado com os primeiros colonos europeus no séc. XVII, continuaram até 1911
sem que ninguém se tenha preocupado com questões de "racismo".
Qualquer aviso ou precaução em relação a Os Maias, seja
em relação ao que hoje possamos entender como "racismo" ou a qualquer
outro conceito na altura inexistente - terá de ser generalizado a todas as
outras obras e autores das outras épocas, e não deveria ser sequer necessário
pois deveria fazer parte da cultura geral de qualquer pessoa minimamente
instruída. Qualquer obra
deve ser colocada no seu próprio contexto cultural e na sua época para ser
entendida, e nunca devemos analisar uma obra do passado com os conceitos - e
muito menos com os preconceitos - do presente!!! Aliás, para entender e estudar uma obra do passado, é
essencial conhecer são os conceitos e preconceitos dessa mesma época!!!
Mais: para o trabalho ser científico, quem o faz deve
abster-se de fazer julgamentos ou emitir opiniões, e afastar estados de
espírito que possam condicionar a percepção e a análise dos dados!!!
Relevante e com pertinência histórica, é saber por
exemplo que o próprio Marquês de Pombal era mestiço, ou que se desde a mais
remota antiguidade existiu a escravatura, existia também a noção geralmente
aceite da sujeição dos povos aos povos que os conquistavam, que acabava
sistematicamente em assimilação num mesmo povo. Porém, o primeiro povo que historicamente e de forma
documentada se distingue dos outros pela ascendência, ou seja, pelo sangue,
pela raça, é o povo judaico, o dos descendentes de Abraão.
Até aí, as dinastias e casas reais assumiam as suas
origens - em geral míticas - e a sua ascendência, mas os povos eram colectivos
de "súbditos" de várias raças e origens, sujeitos a um poder que
constituía a sua identidade enquanto súbditos - e não a raça.
Todavia, as questões a que eufemisticamente chamamos
"étnicas" subsistem até aos nossos dias entre vários povos, como
sejam as dezenas de etnias existentes no Senegal - o que talvez explique os
problemas raciais do Sr. Mamadou Ba - ou por exemplo em Myanmar, onde existem 8
grandes grupos etnico-raciais, com religiões diferentes, incluindo a islâmica,
e várias línguas - o que é comum em quase todos os países onde não se cimentou
um Estado e uma nacionalidade há pelo menos alguns séculos, ou que foram
sujeitos a múltiplas guerras e deslocações de populações... ...a esse respeito,
também podemos dizer com toda a objectividade que nunca houve civilização
tão inclusiva quanto a civilização Romana. Todavia, entrou em decadência quando
se deixou subjugar pelos conceitos, preconceitos e crenças das minorias... Luis Teixeira-Pinto: O que merece ser referido é que no caso de casais do mesmo sexo, como ainda
ontem no homicídio de uma mulher por outra na sequência de um
"divórcio", tratam-se os envolvidos como cônjuges e como ex-mulher,
ou ainda quando se referem a um conhecido animador de televisão falam de G... e
o marido, evitando com eles os termos companheiro e companheira, que parecem
especificamente destinados às outras "situações". Parece óbvia a
tentativa de por essa via marcar como inteiramente válida uma situação e vá lá,
"aceitável" a outra, reduzida à condição de companhia. É a inversão
completa das coisas e da ordem que elas tinham/têm na sociedade.
O que poderia passar por um
delírio é claramente uma imposição fria, sujeita a penalização dura, que o caso
da universidade de "Idiot"chester (também me entendo no direito de
recusar o "Man" do nome) assume o despedimento puro e simples ou a
perseguição constante. Não sei como se sairá disto, quer-me parecer, como os
terrores do Brumário e do Vindimário, que passaram todos pela guilhotina (como
o próprio inventor, de resto) que não vai ser nada bonito. E poderia ser
evitado. Mas se semeiam ventos como evitar as tempestades? Jose Costa: Excelente artigo. Estamos num
tempo em que meia dúzia de radicais ideológicos dizem umas barbaridades com as
quais a maioria não concorda mas aceita para não ter chatices pois eles berram
mais alto. Alfaiate Tuga: Excelente artigo
mas infelizmente inócuo, a população em geral está pouco desperta para os
“progressismos” que uma ínfima minoria quer impor à larga maioria , claro que
quando a maioria acordar e a “modernidade” estiver instalada já vai ser tarde,
nessa altura vão ter saudades da sociedade que hoje temos. O caminho do
“progresso” está a ser feito em várias frentes. Um exemplo, desidentidade de
género, sim porque homem e mulheres ainda sei distinguir, agora LGBTQIA+
já é género a mais, por isso falo em desidentidade. Mas o problema é o
mediatismo e até incentivo que dão a estas “identidades” que leva a que nas
escolas se façam palestras aos jovens explicando que é normal homens praticarem
sexo com homens e mulheres com mulheres, ao ponto de se estar a tornar moda
miúdas de 16 anos assumirem-se como lésbicas, sim sim, se tem filhos no
secundário perguntem-lhes. No meu tempo as mais rebeldes vestiam-se de
preto e usavam Dr Martinez, agora andam aos beijos umas com as outras, é o
“progresso”, são os costumes que as escolas estão a incutir aos nossos jovens.
Das escolas passamos para as empresas, onde ser LGBT confere um estatuto
especial, pois esses não podem ser despedidos senão acusam a empresa de
discriminação, chegará o dia em que terão uma cota de postos de trabalho só
para eles. Conheço até uma empresa que teve de construir um balneário adicional
para um indivíduo que não se identificava como homem ou mulher, sim é verdade,
agora vejam quantos vão ter de construir e manter por cada letra da
sigla LGBTQIA+. Da desidentidade de género vamos para a raça, pelo andar
da coisa não faltará muito para que o estado comece a impor a si mesmo cotas
para não autóctones, será sinónimo de progressismo, pois o progresso é contratar
em função da desidentidade de género ou multiculturalismo. Nas empresa privadas
já existe uma grande pressão para contratar mulheres, principalmente em sectores
da actividade onde a maioria são homens, o currículo e mérito ficam para
segundo plano, chegará o dia em que as mulheres perderão prioridade para
os LGBTQIA+ e não autóctones. Nos costumes estamos a destruir referências para
instaurar novos normais a meu ver desestruturantes, não que devamos perseguir
gays, lésbicas, e por aí fora, agora não me vendam que educar uma criança num
lar com dois indivíduos LGBT e sabe-se lá mais o quê, é o mesmo que
educar a criança num lar com um homem pai e uma mulher mãe, as crianças
precisam de referências e esta gente está a tentar destruir as actuais para impor
uma mais ao seu jeito. Quanto ao multiculturalismo, transformou-se num ganha-pão
para alguns, permitindo que vivam à conta do erário público e em aumento de
impunidade para outros, os que protegidos pelos primeiros vão ocupando,
aculturando, cometendo crimes impunemente e amedrontando os autóctones. Se nada
for feito, chegará o dia em que como em França, haverá partes do território
ocupadas por diferentes etnias onde não nos será possível aceder sem ser por
eles convidado, mais, vamos-lhes pagar para não nos assaltarem (a alguns já
pagamos), e quantos mais forem, mais partidos vão ter a defendê-los na caça ao
voto, uma até conseguiu ser eleita deputada arranjando tacho para ela e mais
uns. Abram os olhos enquanto é tempo, Anarquista Coroado >
Alfaiate Tuga: Excelente.
Carminda Damiao: Helena, obrigada por este artigo. Pode ser loucura
alguém lembrar-se de dizer que os Maias são racistas, mas o que espanta, é as
pessoas irem atrás dessas patetices e tomá-las como verdades. Mas que dizer
então de substituir as palavras, mãe, pai, homem, mulher, sexo, marido, esposa,
etc., etc.? Eu acho que isto ultrapassa toda a loucura e já é tempo (ou já é
tarde), de haver uma rejeição firme a estas propostas e em vez de substituirmos
estas palavras, devemos escrevê-las com maiúsculas para mostrarmos que não
temos serradura na cabeça, como muita gente parece ter. Luis Eduardo Jardim: Muito bem, de novo! Essa malta
faz questão de estar sempre a tentar contrariar a natureza humana, para dar azo
aos fetiches minoritários e facciosos deles. Querem passar manias que não são
tema sequer a questões "fulcrais". A minha reacção é ignorá-los até
que impliquem comigo. Aí ouvem o que não querem e ofendem-se. Mas a Helena
Matos tem toda a razão quando questiona a necessidade de tomar iniciativas
políticas. Andam aí muitos com medo disso e quando alguns dizem alguma coisa
normal ficam logo carimbados. O que também é igual ao litro! Luis Martins: Casa em que não há pão... Não é
por acaso que isto se está a intensificar na altura em que boa parte das
economias ocidentais atravessa 1 período de estagnação económica e de recessão.
Nestes períodos os extremistas e radicais tendem sempre a ganhar maior
relevância e projecção. Como os extremistas de esquerda são mais aceites que os
de direita não só porque as minorias têm aumentado substancialmente face aos
ocidentais mas também porque pregar as doutrinas esquerdopatas nas escolas e
universidades é comum, acaba por ser natural que estejam a alcançar o poder que
têm neste momento. Claro que é preocupante que ao invés de se aprenderem valores
básicos da vivência em sociedade, se esteja a ensinar que os homens são iguais
às mulheres em todos os prismas (ora a igualdade na justiça, educação, acesso a
saúde e salarial não implica a igualdade do ser biológico como querem fazer
passar), que todos temos direitos mas quanto a deveres pouco ou nada se ensina,
que temos de dar tudo o que os africanos quiserem porque os nossos avós os
colonizaram e que portanto somos racistas do pior e temos de pagar por isso,
mas ninguém fala dos milhares que preferiram lutar pelo Portugal
ultramarino nem das infra-estruturas que Portugal construiu por lá, mas apenas
que fomos uns ladrões e assassinos. Depois esta ditadura do politicamente correcto
em que não se podem tratar os bois pelos nomes mas atenção que os radicais de
esquerda gozam da excepção quando podem chamar de fascista e insultam à boca
cheia quem discorda das suas ideias, portanto, o politicamente correto de
tratar tudo com palavras bonitas e mansas é só para alguns pelo que só por aqui
se percebe que o politicamente correcto que tanto advogam é pura treta e não
passa de um estratagema reles de controlar e impor as suas ideologias a toda a
sociedade.
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