segunda-feira, 15 de março de 2021

Obviamente, um excelente texto


De Helena Matos, acutilante e sério, a merecer inúmeros comentários de idêntica indignação, a par, é certo, de progressistas, que se consideram inteligentes ao aceitarem toda a espécie de modernismos, sobretudo dos que pisam fundo na sensibilidade das gentes, como essa de desprezar os termos tradicionais para a nomenclatura familiar, entre outras baboseiras de um aparente modernismo vistoso e chiante, a merecer profundo desprezo. Que nunca a voz lhe doa, a Helena Matos, mais precisamente, a sua escrita enérgica, fruto de um pensamento são e brilhante. Nem aos seus sensatos comentadores, alguns dos quais com argumentação bem pertinente. Um prazer de leitura.

Obviamente desincluída /premium

Recuso o dialecto dos novos bárbaros. Não sou progenitora. Sou mãe. Não sou companheira. Sou mulher de. Não quero ler "Os Maias" com avisos ao “ismo” do momento.

HELENA MATOs, Colunista do Observador

OBSERVADOR, 14 mar 2021

A culpa foi da “companheira”. Estava eu a alinhar um texto sobre a ignorância granítica subjacente às afirmações de uma professora de Português na Universidade de Massachusetts Dartmouth  a propósito do que designa como racismo em “Os Maias” quando me caem os olhos na notícia sobre novo guião da Universidade de Manchester que impede os funcionários e professores daquela universidade de usarem termos como mãe e pai, idosos, pensionistas, jovens e mulher/marido por companheira/companheiro. Desculpem-me mas companheiro e companheira é que não!

É certo que no Guia de Comunicação Inclusiva da UE já se tinha posto o casamento ao nível do jogo da bisca com a recomendação de que se usasse “parceiro/parceira” em vez de “marido/mulher“. Mas esta coisa folclórica dos companheiros e das companheiras é um outro nível neste nosso caminho para a bruteza.

Já sei que vão argumentar os leitores que proibir termos como mãe e pai é muito mais grave. Pois claro que é. Mas uma pessoa tem destas fraquezas: o ridículo pode às vezes mais que a reflexão. No meu caso essa terminologia dos companheiros e das companheiras produz-me uma vontade irreprimível de dar àquele palavreado melífluo e beato da igualdade e da inclusão o mesmo trato que Carlos da Maia proporcionou às angelicais vestes do Eusebiozinho (os neo-inquisidores não querem também fazer um alerta sobre o bullying em “Os Maias”?)

O recente livro de estilo da Universidade de Manchester é apenas mais um entre os muitos documentos que procuram condicionar ideologicamente a forma como referimos a família, os outros e o mundo. Esse condicionamento não é uma questão de mau gosto, excentricidade ou maluqueira mas sim uma utilização da linguagem com um objectivo: impor através do controlo da expressão verbal modelos de sociedade que rejeitamos.

Os homens e mulheres que se tornavam maridos e mulheres saem destes guiões de linguagem dita inclusiva transfigurados em pessoas que ao relacionarem-se tornam-se parceiros/as, companheiros/as ou cônjuges que podem ou não tornar-se progenitores. A neutralidade da linguagem não inclui ninguém mas desumaniza-nos a todos!

Estes guiões de linguagem apresentada como igualitária e inclusiva estão a transformar as nossas vidas numa versão daqueles pesadelos em que gritamos por ajuda mas não conseguimos articular qualquer som: eles proíbem-nos as palavras que nomeavam o nosso mundo.

O que estamos a viver é-nos invariavelmente apresentado como um item obrigatório na nossa caminhada para um futuro libertador. Nada mais falso: não só não há nisto libertação alguma como nos estamos a aproximar cada vez mais dos métodos do despotismo revolucionário dos jacobinos no século XVIII. Estes, para libertarem a sociedade francesa de então daquilo que consideravam o seu maior crime – o catolicismo –, substituíram o calendário gregoriano por um excêntrico calendário revolucionário: o ano começava a 22 de Setembro, cada dia tinha dez horas e cada semana dez dias. Verificar se os franceses sobretudo os camponeses ainda usavam o velho e reaccionário calendário para determinar a quantos estavam no 10 do Vindimário ou no 14 do Pluvioso tornou-se uma obsessão dos fervorosos libertadores.

A linguagem inclusiva do século XXI é um sinal de despotismo da mesma natureza que o calendário revolucionário do século XVIII: impõe-se uma nova ordem através da substituição do que nos permite orientarmo-nos. A desorientação, seja ela não se saber em que dia se está ou como nomear alguém, não é casual. É propositada e instrumental.

Como e porquê políticos de centro direita e centro esquerda pactuaram com isto, atraiçoando os seus eleitorados? Ou melhor dizendo porque pactuaram com este processo de subversão quando ainda era possível fazer-lhe frente sem que isso implicasse levar as nossas sociedades para clivagens desgastantes?

Não me parece normal que não o tenham feito em devido tempo e menos normal me parece o fatalismo com que se aceita esta tirania. O que é afinal, se não um claro sintoma dessa rendição, a forma como pressurosamente se desatou a discutir a necessidade de contexto para “Os Maias” só porque uma criatura que não distingue os manifestos políticos da literatura e da arte soltou a palavra racismo? (Já agora a alba escrita por dom Dinis “Levantou-s’a velida,/levantou-s’alva,/e vai lavar camisas/ eno alto, /vai-las lavar alva” cai no espectro da supremacia branca? Ou será que estamos perante um caso de literatura trans pois à semelhança do que acontece nas chamadas cantigas de amigo, o autor, homem, escreve como se fosse mulher?)

Para usar a terminologia destes guias da inclusão, as sociedades do nosso tempo não sofrem, vivem com. Dizem estes guias que não devemos usar expressões como sofrer de cancro mas sim viver com o cancro. É isso mesmo: nós sofremos o cancro do despotismo. Mas não o devemos referir. Nós vivemos com ele e interiorizámo-lo de tal modo que lhe chamamos libertação.

Ps. É espantoso o silêncio em torno da violentíssima agressão ao fotógrafo Christian Lantenois. Este repórter fotográfico foi barbaramente agredido quando se deslocou ao que se convencionou chamar “bairro sensível” de Reims, mais precisamente o bairro da Cruz Vermelha. Christian Lantenois acompanhava uma colega jornalista que tinha ido fazer uma reportagem sobre as rixas que estavam a acontecer naquele bairro. Sinal dos tempos, não se aproximaram muito mas eis que Christian Lantenois foi identificado: a máquina fotográfica não deixava dúvidas sobre a sua profissão. De imediato foi cercado e agredido. Ficou entre a vida e a morte. Em França fizeram-se as declarações indignadas  do costume, repetiu-se “não temos medo” (cada vez têm mais), pronuncia-se o termo asselvajamento para explicar o que está a acontecer no país e pergunta-se como é possível que um dos agressores, argelino, tenha podido permanecer em França apesar da documentação irregular e de acumular condenações nos tribunais. Por cá preferiu-se olhar para o lado.

PUB  POLITICAMENTE CORRETO   SOCIEDADE   LÍNGUA   CULTURA

COMENTÁRIOS:

Antonio Monge: Excelente! Obrigado Helena Matos por falar por nós que não temos voz audível nestas questões. A intolerânica destes ditadores encapuzados de paladinos de pretensos direitos estapafúrdios que eles próprios inventaram começa ela própria a ser intolerável.

Carlos Pamplona: Excelente! Isto está a ficar muito perigoso ⚠️ é muito parecido com o regime dos Aiatolás

Maria Correia: Muito bem! Continue apesar de estar praticamente sozinha.

Antonio Monge > Maria Correia: Não está sozinha e eu até diria que está com a maioria, mas silenciosa. Neste como noutros casos, a minoria é bastante mais ruidosa e barulhenta.          Ana Silva: Só queria mesmo agradecer à Helena a honestidade e coragem pessoal e assinalar aos  portugueses a sorte que têm em ainda haver aí quem não tenha medo de dizer a verdade. Sou luso-francesa e embora tenha também estudado em Portugal, nasci, cresci e vivo em Paris. E posso testemunhar por experiência própria vivida que de facto a França é um país destruído, sem lei nem ordem e a caminho da selvajaria total. Foi o resultado final da importação sem regras ou limites que vi acontecer de islamitas e africanos, imposta pela esquerda. Eles estão aqui não para viverem melhor e respeitarem este país, as suas leis e gentes, mas para o colonizarem e destruir. Hoje os franceses são literalmente caçados no seu próprio país e, quem tem dinheiro, foge para os poucos locais que ainda restam, livres de colonos, percebidos como oferecendo alguma segurança. Isto significa que grandes áreas do país já não podem de maneira nenhuma ser hoje consideradas França. Nada lá é francês. A lei não existe e a polícia nem perto se aproxima. Pelas notícias que vou vendo e pelo que também já vi quando aí vou, a esquerda está a levar  Portugal na exacta mesma direcção e não se vê ninguém que os impeça. Só vos posso dizer que preparem não só para o terror mas perderem efectivamente o vosso país, que também sinto como meu. Se ainda fossem vivos, isto seria uma segunda morte para os meus pais.            O Pereira > Ana Silva: Estou farto de alertar aqui neste fórum para os mesmos temas que referiu acima. Tb tenho origens em França. Só quero evitar que Portugal se torne na lixeira que a França se tornou devido à esquerda. Bon courage como se costuma dizer por essa bandas.          Antonio Monge > Ana Silva: Obrigado pelo seu testemunho. Tenho reflectido sobre esta temática e confesso que já fui mais "liberal" por isso apoio a decisão suíça de proibir o uso de burka. Manuel Dias: Sublime!!!! a Helena disse tudo e num curto texto. Os Jacobinos da nossa época sabem por que vendem a inclusão. Eles querem a desorganização social, consideram-se gente mas são gente rasca. CarlosMSantos: Já sou avô, mas não sei como é que os meus netos me vão chamar.       Liberales Semper Erexitque >  CarlosMSantos: Amiguinho de cabelo branco?     Luís MartinsCarlosMSantos: Na novilíngua da esquerda, não é aceitável qualquer laço de sangue entre as pessoas. Portanto não se preocupe, simplesmente os seus netos não o distinguirão do cidadão que mora ao lado.           Julius Evola: Muito bem!

Maria Antonieta Barona: Estas novas ideias só querem destruir a família e impor estes novos modos de ver o que é normal e transformarem-no em anormalidades. Uns tristes           J Ferreira: Eis algumas das razões por que o CHEGA cresce apesar da contra-informação proporcionada pela comunicação social que é tendenciosamente de esquerda. Começam a ser muitos os Portugueses que já estão fartos e finalmente dizem ( já CHEGA!)

Maria Narciso > J Ferreira: Diversidade é uma riqueza , nunca uma ameaça . O Chega representa um ataque contra a tolerância, a inclusão, a diversidade e a essência de nossas normas e princípios de direitos humanos. Manuel Dia > Maria Narciso: E o partido Comunista? E o Bloco? E o novo PS? Respeitam a diversidade? Onde? Não são os três defensores da verdade única? Verdade única e diversidade são antagónicos. Quem num país socialista não respeita a verdade única...Ocupa Gulags, é envenenado ...A D. Maria Narciso só escreve disparates. Isole-se ou vá para a Venezuela ou Cuba para perceber o que é a tolerância e a inclusão          António Geraldes > Maria Narciso: Estamos a viver a intolerância, a não inclusão, a não diversidade e a perder a essência das nossas normas e princípios de direitos humanos e o Chega nunca fez parte do círculo governativo. A culpa é nossa que toleramos todas essas "maneiras de estar" assim como toleramos a incompetência de quem se voluntariou para nos governar.           Maria Narciso: Há que respeitar as diferenças e não repudiar quem não se encaixa no padrão que nos habituaram erradamente a considerar como único da normalidade. A sociedade deve ser mais inclusiva, tendo como base a protecção da dignidade individual e o respeito pelo próximo. Cabe a cada um de nós contribuir para a construção de um mundo onde ninguém tenha de ter medo ou vergonha de ser quem é.         Maria Augusta > Maria Narciso: Diz isso aos teus camaradas de partido. Liberdade de opinião e de expressão e abaixo a cultura"woke" dos "snow flakes" e dos "indignados profissionais" do marxismo cultural. Há que respeitar a diferença!            Liberales Semper Erexitque > Maria Narciso: Há uma diferença entre respeitar as diferenças e querer impor aquilo que é diferente. Sendo tudo uma questão de diferença, faz falta a muito boa gente aperceber-se disso!         Antonio Monge > Maria Narciso: Palavras bonitas que na prática não têm, infelizmente, resultado bem. Conhece algum país europeu onde essa inclusão coexista de uma forma generalizada e saudável?              Luisa Falcão: Já que tudo se funda em contratos mercantilistas, escritos ou verbais, então vamos designar-nos por partes. A minha parte é o meu marido e a outra parte sou eu. Por sua vez, os filhos também fazem parte do contrato, mas não foram ouvidos sobre a questão da existência num mundo aparentemente saturado de existência. Sobre esta matéria os bem-pensantes não têm nada a dizer? Ahh! Gostam da aventura da existência, para massacrarem os que vivem de acordo com a sua natureza. Parem de aborrecer com o politicamente correcto! Porque não adoptamos o sábio conceito que esteve tão em voga: é proibido proibir.         Pedro Ferro: Um artigo que é um Tratado Sociológico dos nossos tempos! Agradeço. Devia ser leitura obrigatória a partir do 10º ano.

Francisco Tavares de Almeida: Obrigado por mais este excelente artigo. Destaco o parágrafo que preferi;

Esse condicionamento não é uma questão de mau gosto, excentricidade ou maluqueira mas sim uma utilização da linguagem com um objectivo: impor através do controlo da expressão verbal modelos de sociedade que rejeitamos. P.S. França é um caso especial. Imigração e demografia permitem a possibilidade de um presidente muçulmano na próxima geração. Por outro lado, na última sondagem credível a que tive acesso, Marine Le Pen estava nos 45%. Adorava comprar uma frisa para assistir ao espectáculo mas infelizmente já passei o prazo de validade e isso não vai ser possível.       Carmo Araujos: Parabéns..... Melhor é impossível!!!!!             Joaquim Almeida: Servem-se da linguagem corrente como instrumento poderoso de delimitação de fronteiras numa cruzada ideológica pela desagregação da sociedade capitalista  - nada de inclusivo, evidentemente e mentirosamente, à boa maneira marxista, desses universitários intérpretes de Gramsci, Marcuse, Foucault e "tutti quanti" neo-marxistas. São mais do que descabelados e eventuais cretinos...         Joaquim Moreira: Confesso que não sei se este é o maior problema desta sociedade, mas é bem revelador da forte tendência para a dita igualdade! Que parece ter como objectivo, igualar, o modo da maioria da gente pensar. Para ser mais fácil dominar. Até porque são ideias, muito confusas, geradas em Universidades muito inclusivas ou inclusas. Portanto, o que me apraz dizer, é que existe uma elite que, a partir destas ideias abstrusas, aparentemente, o que está a querer fazer é tornar a sociedade dominável, muito facilmente. E, assim, ser muito mais fácil “fazer a cabeça” de muita gente, para facilitar, a sua forma de governar. Para que esta sociedade “amigável” deixe de ter vontade de criticar. E, estas e outras ideias parvas aceitar!         O Pereira: Não há maior extremista do que um esquerdista. Sob a capa do progressismo e inclusão estão a tentar impor uma ditadura à maioria dos cidadãos deste país, condicionando os seu pensamentos, as suas escolhas alimentares, a sua linguagem e até o seu passado como nação! Já censuram a nossa linguagem, os filmes e livros. Apelo a todos os portugueses que lutem contra a ideologia destes neo-nazis.           António Alves: Como é bom, nos dias que correm, ler algo escrito por uma mente sã. É como beber água depois de dias de privação da mesma. Os snowflakes já dominam jornais, televisões, redes sociais... O seu contributo é um oásis, um farol de esperança. Muito obrigado Helena. bem haja!

Antes pelo contrário: Falar de racismo em relação a Os Maias ou a qualquer outra obra ou autor do século XIX é prova de uma gigantesca ignorância, que só por si desclassifica profissionalmente a tal "professora". O conceiro de "racismo" tal como hoje o entendemos só surgiu na época pós-colonial, a partir dos anos 60 do séc. XX. Na época de "Os Maias", em 1888, o conceito pura e simplesmente não existia. Convém lembrar que os movimentos anti-esclavagistas do séc. XIX não tinham absolutamente nada a ver com racismo, mas sim e apenas com a escravatura. Portugal foi aliás pioneiro na abolição da escravatura com o decreto do Marquês de Pombal em 1761, embora este dissesse apenas respeito à metrópole. A escravatura continuou a existir nas Colónias até 1851. A França, só aboliu a escravatura na metrópole em 1794, mas ela continuou nas colónias até 1848, e mesmo depois disso, pois ainda foram capturados navios negreiros franceses 20 anos mais tarde, em 1868. Nos EUA, só foi abolida em 1865. Porém, nos EUA os massacres dos Índios que tinham começado com os primeiros colonos europeus no séc. XVII, continuaram até 1911 sem que ninguém se tenha preocupado com questões de "racismo". Qualquer aviso ou precaução em relação a Os Maias, seja em relação ao que hoje possamos entender como "racismo" ou a qualquer outro conceito na altura inexistente - terá de ser generalizado a todas as outras obras e autores das outras épocas, e não deveria ser sequer necessário pois deveria fazer parte da cultura geral de qualquer pessoa minimamente instruída. Qualquer obra deve ser colocada no seu próprio contexto cultural e na sua época para ser entendida, e nunca devemos analisar uma obra do passado com os conceitos - e muito menos com os preconceitos - do presente!!! Aliás, para entender e estudar uma obra do passado, é essencial conhecer são os conceitos e preconceitos dessa mesma época!!! Mais: para o trabalho ser científico, quem o faz deve abster-se de fazer julgamentos ou emitir opiniões, e afastar estados de espírito que possam condicionar a percepção e a análise dos dados!!! Relevante e com pertinência histórica, é saber por exemplo que o próprio Marquês de Pombal era mestiço, ou que se desde a mais remota antiguidade existiu a escravatura, existia também a noção geralmente aceite da sujeição dos povos aos povos que os conquistavam, que acabava sistematicamente em assimilação num mesmo povo. Porém, o primeiro povo que historicamente e de forma documentada se distingue dos outros pela ascendência, ou seja, pelo sangue, pela raça, é o povo judaico, o dos descendentes de Abraão. Até aí, as dinastias e casas reais assumiam as suas origens - em geral míticas - e a sua ascendência, mas os povos eram colectivos de "súbditos" de várias raças e origens, sujeitos a um poder que constituía a sua identidade enquanto súbditos - e não a raça. Todavia, as questões a que eufemisticamente chamamos "étnicas" subsistem até aos nossos dias entre vários povos, como sejam as dezenas de etnias existentes no Senegal - o que talvez explique os problemas raciais do Sr. Mamadou Ba - ou por exemplo em Myanmar, onde existem 8 grandes grupos etnico-raciais, com religiões diferentes, incluindo a islâmica, e várias línguas - o que é comum em quase todos os países onde não se cimentou um Estado e uma nacionalidade há pelo menos alguns séculos, ou que foram sujeitos a múltiplas guerras e deslocações de populações... ...a esse respeito, também podemos dizer com toda a objectividade que nunca houve civilização tão inclusiva quanto a civilização Romana. Todavia, entrou em decadência quando se deixou subjugar pelos conceitos, preconceitos e crenças das minorias...             Luis Teixeira-Pinto: O que merece ser referido é que no caso de casais do mesmo sexo, como ainda ontem no homicídio de uma mulher por outra na sequência de um "divórcio", tratam-se os envolvidos como cônjuges e como ex-mulher, ou ainda quando se referem a um conhecido animador de televisão falam de G... e o marido, evitando com eles os termos companheiro e companheira, que parecem especificamente destinados às outras "situações". Parece óbvia a tentativa de por essa via marcar como inteiramente válida uma situação e vá lá, "aceitável" a outra, reduzida à condição de companhia. É a inversão completa das coisas e da ordem que elas tinham/têm na sociedade.  O que poderia passar por um delírio é claramente uma imposição fria, sujeita a penalização dura, que o caso da universidade de "Idiot"chester (também me entendo no direito de recusar o "Man" do nome) assume o despedimento puro e simples ou a perseguição constante.  Não sei como se sairá disto, quer-me parecer, como os terrores do Brumário e do Vindimário, que passaram todos pela guilhotina (como o próprio inventor, de resto) que não vai ser nada bonito. E poderia ser evitado. Mas se semeiam ventos como evitar as tempestades?       Jose Costa: Excelente artigo. Estamos num tempo em que meia dúzia de radicais ideológicos dizem umas barbaridades com as quais a maioria não concorda mas aceita para não ter chatices pois eles berram mais alto.           Alfaiate Tuga: Excelente artigo mas infelizmente inócuo, a população em geral está pouco desperta para  os “progressismos” que uma ínfima minoria quer impor à larga maioria , claro que quando a maioria acordar e a “modernidade” estiver instalada já vai ser tarde, nessa altura vão ter saudades da sociedade que hoje temos. O caminho do “progresso” está a ser feito em várias frentes. Um exemplo, desidentidade de género, sim porque homem e mulheres ainda sei distinguir, agora LGBTQIA+ já é género a mais, por isso falo em desidentidade. Mas o problema é o mediatismo e até incentivo que dão a estas “identidades” que leva a que nas escolas se façam palestras aos jovens explicando que é normal homens praticarem sexo com homens e mulheres com mulheres, ao ponto de se estar a tornar moda miúdas de 16 anos assumirem-se como lésbicas, sim sim, se tem filhos no secundário perguntem-lhes. No meu tempo as mais rebeldes vestiam-se de preto e usavam Dr Martinez, agora andam aos beijos umas com as outras, é o “progresso”, são os costumes que as escolas estão a incutir aos nossos jovens. Das escolas passamos para as empresas, onde ser LGBT confere um estatuto especial, pois esses não podem ser despedidos senão acusam a empresa de discriminação, chegará o dia em que terão uma cota de postos de trabalho só para eles. Conheço até uma empresa que teve de construir um balneário adicional para um indivíduo que não se identificava como homem ou mulher, sim é verdade, agora vejam quantos vão ter de construir e manter por cada letra da sigla LGBTQIA+. Da desidentidade de género vamos para a raça, pelo andar da coisa não faltará muito para que o estado comece a impor a si mesmo cotas para não autóctones, será sinónimo de progressismo, pois o progresso é contratar em função da desidentidade de género ou multiculturalismo. Nas empresa privadas já existe uma grande pressão para contratar mulheres, principalmente em sectores da actividade onde a maioria são homens, o currículo e mérito ficam para segundo plano, chegará o dia em que as mulheres perderão prioridade para os LGBTQIA+ e não autóctones. Nos costumes estamos a destruir referências para instaurar novos normais a meu ver desestruturantes, não que devamos perseguir gays, lésbicas, e por aí fora, agora não me vendam que educar uma criança num lar com dois indivíduos LGBT e sabe-se lá mais o quê,  é o mesmo que educar a criança num lar com um homem pai e uma mulher mãe, as crianças precisam de referências e esta gente está a tentar destruir as actuais para impor uma mais ao seu jeito. Quanto ao multiculturalismo, transformou-se num ganha-pão para alguns, permitindo que vivam à conta do erário público e em aumento de impunidade para outros, os que protegidos pelos primeiros vão ocupando, aculturando, cometendo crimes impunemente e amedrontando os autóctones. Se nada for feito, chegará o dia em que como em França, haverá partes do território ocupadas por diferentes etnias onde não nos será possível aceder sem ser por eles convidado, mais, vamos-lhes pagar para não nos assaltarem (a alguns já pagamos), e quantos mais forem, mais partidos vão ter a defendê-los na caça ao voto, uma até conseguiu ser eleita deputada arranjando tacho para ela e mais uns. Abram os olhos enquanto é tempo,          Anarquista Coroado > Alfaiate Tuga: Excelente.         Carminda Damiao: Helena, obrigada por este artigo. Pode ser loucura alguém lembrar-se de dizer que os Maias são racistas, mas o que espanta, é as pessoas irem atrás dessas patetices e tomá-las como verdades. Mas que dizer então de substituir as palavras, mãe, pai, homem, mulher, sexo, marido, esposa, etc., etc.? Eu acho que isto ultrapassa toda a loucura e já é tempo (ou já é tarde), de haver uma rejeição firme a estas propostas e em vez de substituirmos estas palavras, devemos escrevê-las com maiúsculas para mostrarmos que não temos serradura na cabeça, como muita gente parece ter.            Luis Eduardo Jardim: Muito bem, de novo! Essa malta faz questão de estar sempre a tentar contrariar a natureza humana, para dar azo aos fetiches minoritários e facciosos deles. Querem passar manias que não são tema sequer a questões "fulcrais". A minha reacção é ignorá-los até que impliquem comigo. Aí ouvem o que não querem e ofendem-se. Mas a Helena Matos tem toda a razão quando questiona a necessidade de tomar iniciativas políticas. Andam aí muitos com medo disso e quando alguns dizem alguma coisa normal ficam logo carimbados. O que também é igual ao litro!           Luis Martins: Casa em que não há pão... Não é por acaso que isto se está a intensificar na altura em que boa parte das economias ocidentais atravessa 1 período de estagnação económica e de recessão. Nestes períodos os extremistas e radicais tendem sempre a ganhar maior relevância e projecção. Como os extremistas de esquerda são mais aceites que os de direita não só porque as minorias têm aumentado substancialmente face aos ocidentais mas também porque pregar as doutrinas esquerdopatas nas escolas e universidades é comum, acaba por ser natural que estejam a alcançar o poder que têm neste momento. Claro que é preocupante que ao invés de se aprenderem valores básicos da vivência em sociedade, se esteja a ensinar que os homens são iguais às mulheres em todos os prismas (ora a igualdade na justiça, educação, acesso a saúde e salarial não implica a igualdade do ser biológico como querem fazer passar), que todos temos direitos mas quanto a deveres pouco ou nada se ensina, que temos de dar tudo o que os africanos quiserem porque os nossos avós os colonizaram e que portanto somos racistas do pior e temos de pagar por isso, mas ninguém fala dos milhares  que preferiram lutar pelo Portugal ultramarino nem das infra-estruturas que Portugal construiu por lá, mas apenas que fomos uns ladrões e assassinos. Depois esta ditadura do politicamente correcto em que não se podem tratar os bois pelos nomes mas atenção que os radicais de esquerda gozam da excepção quando podem chamar de fascista e insultam à boca cheia quem discorda das suas ideias, portanto, o politicamente correto de tratar tudo com palavras bonitas e mansas é só para alguns pelo que só por aqui se percebe que o politicamente correcto que tanto advogam é pura treta e não passa de um estratagema reles de controlar e impor as suas ideologias a toda a sociedade.

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