Foi proposta da Chiado, sobre o tema Liberdade, em 30 versos, ou linhas, como se lhe queira chamar, para
efeitos de publicação em Antologia. Não sei se terá essa honra, mas entretanto,
guardo-o no meu blog:
LIBERDADE
O rio aparentemente vai em frente
E o mar vai e vem continuamente
Sem se darem conta da sua sujeição,
A atracções, a declives, a gravidade
A estímulos de que o próprio clima é responsável,
Sendo este sempre sujeito
A um maior ou menor afastamento
Do sol, que se impõe, sim, mas também este,
Um minúsculo pontinho a figurar, pouco importante,
No relativismo a esmo
De qualquer ismo
do nosso contínuo pasmo.
E as aves e os peixes e os animais
Que parecem viver em liberdade,
Não são mais que sujeitos a vontades
Suas ou de outros sujeitos imperfeitos – ou perfeitos
-
Nos seus instintos de crueldade
Ou simples apetência
De sobrevivência…
Para nós, humanos, LIBERDADE
Justa palavra bem decente,
Num mundo organizado com justiça,
Com saber, com responsabilidade
E competência sem laracha…
Um mundo em que tu e eu somos irmãos.
Mundo, contudo,
Em perfeita paranóia de utopia.
Porque, como na selva e natureza,
A liberdade não é verdadeira
Sendo regida pela lei do mais forte,
Que não é, necessariamente, o mais valente.
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