Um prazer de
leitura, o texto seguinte, de Marta
Pereira Leite, que repõe notícias que
fizeram eco. E lembro um tio meu, irmão
da minha mãe, que costumava dizer, deslumbradamente, quanto lhe custava morrer,
sem que se chegasse a pôr os pés na lua, coisa que aconteceria - o meu tio Belmiro morreu muito antes de 20/7/1969,
data do “primeiro pequeno passo” de Neil
Armstrong na Lua. Mas vivia-se muito esses programas espaciais, com,
aterradoramente, a morte de alguns pioneiros, entre os quais a cadela LaiKa, de
que muito se falou, como primeiro ser vivo a viajar no espaço, em 1957. Yuri Gagarin deu muito brado, e a América
e a Rússia bem se disputavam pioneirismos, não me parece que os Estados Unidos estivessem adormecidos, mas MLF explica. São, todavia, histórias
de bravura de uns e de competência de outros, que Marta Leite Ferreira repõe, para se fugir ao marasmo da Covid e outros desmandos nossos. Gratos
por isso, por estas histórias de encantar na velhice, tal como as das fadas na
infância …
Como uma tecnologia rudimentar, o medo americano e o
que restou da Alemanha nazi levaram Yuri Gagarin ao espaço /premium
Há 60 anos, Yuri Gagarin tornou-se o primeiro homem a
chegar ao espaço. Fê-lo à boleia de foguetes herdados da Alemanha nazi e com
tecnologia simples. E porque, nos Estados Unidos, dormia-se.
MARTA LEITE
FERREIRA
OBSERVADOR, 11 abr 2021
Texto
Rumia
Takhtarova, cinco anos,
estava a plantar batatas com a avó Anna num campo entre as cidades
soviéticas de Smelovka e Uzmorie, 40 quilómetros a sul de Saratov, na Rússia,
quando foi surpreendida com uma visão inusitada e aterradora — a de um homem
que caía das nuvens, amparado por pára-quedas cor de laranja, em direcção ao
terreno onde as duas trabalhavam.
Amedrontada,
Anna pegou na mão de Rumia e desatou a correr enquanto orava. Só abrandou
quando o homem, de braços esticados e pernas bambas, lhes pediu em russo que
parassem. “Quem és tu?”, perguntou a avó, “e de onde vens?”. “Venho de um
navio”, respondeu o homem com uma voz gutural. “Que navio? Não há nenhum mar
aqui”, disse-lhe a a mulher. “Eu venho do céu”, revelou o navegante: “Sabe
onde posso arranjar um telefone?”.
Nem
Anna, nem Rumia tinham ouvido o jornalista Yuri Levitan a transmitir uma das notícias mais importantes da sua
carreira. Foi ele quem anunciou em primeira mão a invasão da Alemanha nazi à
Rússia em junho de 1941, a rendição germânica em maio de 1945 e a morte de
Estaline, de quem era fã incondicional, em março de 1953. A 12 de abril
de 1961 anunciou também que a União Soviética tinha colocado o primeiro
homem no espaço.
“Govorit Moskva! Govorit Moskva!”,
disse Levitan: “Isto é
Moscovo a falar! Isto é Moscovo a falar! Estamos a transmitir uma notícia da
agência TASS a anunciar o primeiro voo espacial tripulado do mundo. O
cosmonauta-piloto na nave espacial Vostok é um cidadão da União das Repúblicas
Soviéticas Socialistas, o major Yuri Alekseyevich Gagarin”, revelou o
jornalista, pondo termo ao secretismo em torno da missão.
O secretismo era tanto que nem
a mulher de Gagarin, Valentina, sabia que o marido tinha passado uma hora e 46
minutos a contemplar a Terra de um ângulo que nenhum humano alguma vez
tinha tido do nosso planeta. E nem sequer ouviu a novidade no rádio: soube-o
porque uma vizinha a avisou e porque Tamara Titova, mulher de Gherman Titov, o
suplente de Gagarin, que morava logo em frente, o gritou a sete ventos na varanda
de casa.
“Vai-te lixar, aqui estamos a dormir”
A
Casa Branca, no entanto, já desconfiava que havia um russo a flutuar 170
quilómetros acima da cabeça de John F. Kennedy, que tinha tomado posse três
meses antes. Eram 01h35 em Washington D.C. quando Pierre Salinger, assessor do
presidente, foi acordado com um telefonema de Jerome Wiesner, conselheiro
científico do presidente, porque as antenas americanas já tinham detectado
movimentações no espaço aéreo.
Nada
de muito invulgar, pensou inicialmente Salinger: seria só mais um foguete
soviético com uma cápsula tripulada por um cão, as cobaias preferidas dos
soviéticos para as experiências espaciais. E os Estados Unidos (que preferiam
usar símios) começavam a habituar-se a ter foguetes bélicos com capacidade
suficiente para transportar bombas nucleares a uma distância
desconfortavelmente próxima das suas portas.
Mas
daquela vez era diferente. Wiesner acreditava que no topo do foguetão estava um
humano. Pelo menos era isso que indicavam as imagens de espionagem recolhidas
pelos americanos nos dias anteriores; e era também isso que sugeriam os sinais
detectados pelos osciloscópios. Pierre Salinger limitou-se a grunhir que
estava bem e voltou a adormecer. Acordaria novamente às duas da manhã com
os jornalistas à procura de reacções.
Quem
também não teve um bom acordar foi John Powers, assessor da NASA, que respondeu
com um vernáculo a Jay Barbree, jornalista da NBC Cape, quando lhe telefonou de
madrugada desejando-lhe bom dia e desculpando-se pela hora: “Bom dia o c******,
o que é que tu queres?”. “A reacção da NASA aos russos terem orbitado um
cosmonauta”, esclareceu Powers. “Vai-te lixar, Barbree, aqui estamos a
dormir”, gritou o assessor.
Na
verdade, os Estados Unidos já pareciam estar adormecidos na corrida espacial
durante algum tempo. Desde o lançamento do Sputnik, o primeiro satélite
colocado na órbita da Terra, que os norte-americanos limitavam-se a comer o pó
deixado para trás pelos soviéticos — e foi assim até ao
desenvolvimento do programa Gemini, recordou
ao Observador o professor e investigador Paulo Gil,
do Instituto Superior Técnico.
As
sucessivas vitórias espaciais soviéticas eram especialmente notáveis (e desmoralizadoras
para os americanos) porque a União Soviética tinha sido massacrada pela II
Guerra Mundial, que terminara 16 anos antes — tanto que metade dos mortos
provocados pelo conflito eram soviéticos. Os americanos, que tinham saído
praticamente ilesos do conflito, não pareciam conseguir contudo erguer-se acima
da URSS. Nem mesmo servindo-se da nata dos cientistas alemães.
É
que os soviéticos escondiam um truque na manga: desde os anos 20 que tinham
uma tradição
de desenvolvimento de foguetes,
liderada pelo génio do engenheiro ucraniano Sergei
Korolev, pai da aeronáutica soviética. Sob
a liderança de Estaline, o cientista foi enviado para um Gulag (campo de
trabalhos forçados) na Sibéria, acusado de sabotagem, mas escapou da morte
quando foi recuperado para o esforço da Guerra Fria.
Depois
da II Guerra Mundial, os Estados
Unidos e a União Soviética
partilharam o que de melhor restava do desenvolvimento aeronáutico alemão, de
que os soviéticos já ‘bebiam’ há algumas décadas. Com o Projecto Paperclip, os primeiros ficaram com os melhores cientistas,
entre os quais o engenheiro
Wernher von Braun, pai do foguete V-2
— o primeiro objecto enviado para o espaço, feito da Alemanha nazi.
Já
os soviéticos ficaram com a fábrica de foguetes; serviram-se
das ferramentas de desenvolvimento alemãs e de uma enorme equipa de 2.000
técnicos germânicos que, logo após a II Guerra Mundial, começaram a trabalhar
na criação de mísseis balísticos intercontinentais. Só nos anos 60, quando a capacidade industrial
instalada se tornou mais importante do que a teoria, é que os Estados Unidos
ganharam a vantagem que os levaria à Lua.
Uma vitória soviética com travo
bélico
Ora,
a cápsula em que Gagarin completou a missão ao espaço foi obra de Korolev. Era uma
nave em que só um homem como ele, que tinha apenas 1,57 metros e menos de 76
quilogramas, podia permanecer confortavelmente. Aliás, Gagarin era tão baixo que esteve para
ser expulso dos treinos da Força Aérea, contou Paulo Gil: para conseguir
aterrar com os olhos postos no chão era preciso sentar-se em cima de almofadas.
Vostok 1 era esférica, forrada com um escudo que a protegeria do calor
produzido pela fricção ao atravessar a atmosfera e continha todas as
ferramentas necessárias apenas num dos lados para que se reorientasse em função
do centro de massa na viagem de regresso à Terra. E, segundo Rui Moura,
professor do Instituto Geofísico e da Faculdade de Ciências da Universidade do
Porto, era a
única peça feita de raiz para aquela missão.
É
que o foguete que lançou Yuri Gagarin para as alturas não era mais do que a
derivação do R7, um míssil intercontinental. As coisas funcionavam assim do
lado soviético na Guerra Fria, que criava foguetes bélicos a partir do V-2
alemão, mas também do lado americano: os três primeiros lançadores
norte-americanos também eram mísseis intercontinentais. O primeiro
foguetão que não (teve) como base fins bélicos foi o Saturn V.
O controlo de Gagarin sobre a cabine
era praticamente nulo. Todas as funções eram supervisionadas pela base na
Terra. O motivo era simples: ninguém sabia o que acontecia a um humano no
espaço. Talvez a psique se quebrasse por completo ou a ausência de
gravidade produzisse coágulos que o condenariam à morte. Na dúvida, Gagarin
recebeu um envelope com códigos para accionar um número muito limitado de
comandos caso fosse necessário
De
facto, a missão foi conquistada à tangente. Mesmo sendo muito poderoso, o foguete
esteve no limite de conseguir colocar Yuri Gagarin em órbita, que devia
ser praticamente redonda: não podia sair mais baixo do que os 170 quilómetros
de altitude, porque ficaria refém da força gravítica e furaria a atmosfera até
ao solo; nem mais alto que os 300 quilómetros, porque podia escapar
completamente da Terra e vaguear fatalmente pelo espaço fora.
A
diferença pode parecer muita — demasiada para se falhar. Mas não é: as rotas
dos objectos espaciais lançados da Terra são desenhados a partir do centro do
planeta, o que significa acrescentar qualquer coisa como 6.371 quilómetros de
raio às equações. Na dúvida, os soviéticos desenharam uma órbita
suficientemente baixa para que, se o retrofoguete falhasse e Gagarin não
desacelerasse, ele conseguisse reentrar na atmosfera.
Caso
isso acontecesse, o cosmonauta demoraria cerca de 10 dias a chegar a terra
firme — e tinha mantimentos a bordo para suportar a longa viagem. Mas houve
um problema: a órbita em que a Vostok 1 efectivamente ficou foi diferente da
planeada inicialmente. Por isso, se algo corresse mal, já precisava de 20
dias para ceder à gravidade e aterrar finalmente. Nesse caso, Gagarin
dificilmente sobreviveria por não ter água suficiente.
A turbulenta viagem de regresso de Gagarin
A
boa notícia é que o retrofoguete não falhou: após 106 minutos em órbita da
Terra, enquanto sobrevoava Angola, o cosmonauta começou a travar tal como
planeado. Mas não deixou de ser uma viagem atribulada: no momento em que
Gagarin começou a sentir a força gravítica a abater-se sobre ele — chegou a
sentir oito vezes mais gravidade do que à superfície da Terra —, julgando-se
seguro, o motor do Vostok deu problemas.
É o
que conta ao Observador o historiador Chris
Riley, autor do documentário “First Orbit”. Havia
uma válvula no motor que tinha de fechar após a acção do retrofoguete, o (que)
não o aconteceu. O combustível, que devia ter sido conduzido para a
câmara de combustão, começou a escapar para o espaço. Foi o suficiente para que
a velocidade da cápsula passasse a ser 15 km/h mais baixa que o suposto.
E Gagarin começou a rodopiar descontroladamente.
O
movimento impediu, por exemplo, que vários instrumentos que já não seriam
úteis, como quantidades extra de oxigénio e uma bateria, não se separassem do
módulo onde Gagarin viajava. E nada disso estava preparado para resistir às
altas temperaturas que se faziam sentir. Bastava que este compartimento
sobreaquecesse e explodisse para que o módulo do cosmonauta explodisse com
ele.
Estranhamente, Yuri Gagarin nunca
reportou à base quão iminente pareceu estar a sua morte. Praticamente não
comunicou, limitando-se a dizer calmamente que “a nave continua a rodar em
todos os eixos” e que conseguia ver com muita facilidade a costa norte de
África e o Mediterrâneo. Tudo isto enquanto caía a 18 quilómetros por
segundo desde os 100 quilómetros de altitude.
Gagarin, com 27 anos à época, não morreu na viagem — veio a
perder a vida em 1968 m quando MIG-15 que pilotava perdeu o controlo e caiu
para não chocar com outro avião, que o cosmonauta não viu porque estava muito
nevoeiro (apesar de serem muitas as teorias da conspiração sobre o
acidente). Mas na viagem espacial, os sensores incorporados na cápsula detectaram
as altas temperaturas a que estava sujeita e terão forçado o sistema a separar
os dois compartimentos da nave. A partir dali, Gagarin tinha apenas de
sobreviver às tremendas forças G. E conseguiu-o.
Quis
o destino — que é como quem diz, os desvios na rota que Gagarin sofreu à conta
da atribulada viagem de regresso — que o cosmonauta viesse a aterrar numa terra
que conhecia bem. Foi em Saratov que
Gagarin aprendeu metalúrgica numa escola técnica; e foi também ali, nas margens
do rio Volga, que começou a pilotar pequenos aviões num clube gerido
por militares — um privilégio a que acedeu por se ter alistado nos Jovens
Pioneiros da União Soviética.
O medo dos americanos deu espaço aos soviéticos
Os
americanos tinham demasiado medo de cumprir aquilo que Yuri Gagarin tinha
conquistado e não se atrapalhavam muito a admiti-lo. Recorda Rui
Moura que, os primeiros dois voos
tripulados dos Estados Unidos, com Alan Shepard e Virgil Grissom, ficaram-se por altitudes suborbitais porque
os foguetes Atlas e Redstone
não tinham capacidade para deixar os astronautas mais além. Só com John
Glenn em 1962 é que o Atlas já teve capacidade suficiente para chegar efectivamente
ao espaço.
Dois
meses antes da missão Vostok 1, numa conferência de imprensa, John F.
Kennedy admitiu que não tinha pedido uma
aceleração dos projectos de missões tripuladas ao espaço — disse mesmo que os
americanos não estavam numa corrida espacial com os soviéticos — porque não
estava “muito preocupado em pôr um homem no espaço para ganhar prestígio
e depois esse homem correr um risco desproporcionado“.
Na
verdade, o Atlas tinha “o hábito chato” de explodir, adjectiva Rui
Moura, e por isso os americanos demoraram um ano a confiar nele. Mas
para os americanos, o silêncio da NASA era ensurdecedor: surgiram mesmo teorias
da conspiração sobre como os soviéticos já tinham enviado humanos para o
espaço, mas que nunca o tinham anunciado porque tinham tido fins trágicos,
ficando perdidos no espaço condenados a uma morte lenta.
A hipótese surgiu de dois irmãos
italianos, Achille e Gian Battista Judica-Cordiglia, que diziam ter captado
inadvertidamente as comunicações por rádio desses humanos-cobaia no espaço —
nomeadamente a voz, a respiração e os batimentos cardíacos de uma mulher que
dizia: “Falem comigo! Falem comigo! Está muito quente! Está muito quente!”.
A teoria ficou conhecida como “Cosmonautas Perdidos”.
Mas
ela nunca convenceu Chris Riley, um dos primeiros investigadores fora da Rússia
a ter acesso aos áudios da viagem de Yuri Gagarin, porque os soviéticos
informaram os americanos que tinham chegado ao espaço mesmo antes de o
cosmonauta ter aterrado. Ou seja, quando o sucesso da missão ainda não estava
garantido nesse momento, porque o piloto podia nunca ter sobrevivido à
reentrada na atmosfera. A transparência dos soviéticos nesse momento faz Chris
Riley crer que “nem tudo foi propaganda”.
Certo
é que, enquanto a NASA se debatia com o receio em enviar americanos ao espaço,
a União Soviética foi ganhando espaço. Mesmo com uma tecnologia muito
rudimentar (a suficiente para concretizar estas viagens), os soviéticos
conseguiram lançar uma sonda para Vénus em fevereiro de 1961, embora ela tivesse perdido contacto com a Terra
uma semana mais tarde. Foi mais uma pedra no sapato dos americanos. Dois meses
depois, a pedra no sapato teve um nome humano: Yuri Gagarin.
EXPLORAÇÃO
ESPACIAL ESPAÇO CIÊNCIA
COMENTÁRIOS
Nelson Oliveira: Não sei se foi o primeiro russo no espaço... Pelo menos foi o primeiro que
voltou vivo. josé
maria: Quando se ia ao
espaço numa casca de noz e resultava... K_ Klein: Marta, não sei quem lhe
encomendou este artigo mas péssima forma de começar: "à boleia de foguetes
herdados da Alemanha Nazi..". Parece que hoje, todos os artigos são para
descredibilizar a Rússia em tudo. Devias ter lido mais sobre a história da
cosmologia, porque nenhum outro país para além dos Estados Unidos e a Rússia
tem o conhecimento do espaço. E esta russofobia já é tão blasé! Qualquer dia vamos
ler que Tolstoi ou Bulgakov só escreveram por causa disto ou daquilo, e que
afinal não são escritores brilhantes! Por favor, menos. Toda a gente sabe que foi com a
ajuda de Nossa Senhora... José Silva > Miguel Fonseca: Temos de constituir uma
comissão para ajuizar que notícias têm prioridade e quais devem ou não ser
dadas. O Miguel será um dos membros dessa comissão. Grato pelo seu serviço. Miguel Fonseca > Miguel Fonseca: Como pago pelo observador posso
exigir mais cobertura nacional do que ao covid e temas avulsos? Ou temos aqui a
polícia dos comentários? letao jor...........subiu por escadote comprado no max
mat.........se fosse uma escada tinha logo chegado á lua..... José
Silva: Os EUA não
dormiam. Longe disso. Grandes cientistas nazis já estavam a trabalhar, e muito,
nos desenvolvimentos científicos que muito rapidamente dariam frutos em várias
áreas. No plano da corrida espacial, a chegada dos americanos à lua deveu-se
sobretudo a esse contributo. Curiosamente, os nazis que trabalharam para isso,
foram depois expatriados e vetados ao ostracismo. Alguns regressaram mesmo à
Europa. --> Até com o infame Klaus Barbie
fizeram isso... No círculo da elite norte-americana que convivia com os nazis americanizados no
pós-2ª Guerra Mundial, corria a anedota de que sendo a maioria desses nazis não
crentes, afinal acabaram por reconhecer que o paraíso divino existia e lhes
abrira as portas apesar dos seus graves pecados, e ficava nas paragens mais
amenas e ensolaradas dos EUA...
Miguel Fonseca Nem há mais nada
para agora falar em termos de notícias. Os
EUA não dormiam. Longe disso. Grandes cientistas nazis já estavam a trabalhar,
e muito, nos desenvolvimentos científicos que muito rapidamente dariam frutos
em várias áreas. No plano da corrida espacial, a chegada dos americanos à lua
deveu-se sobretudo a esse contributo. Curiosamente, os nazis que trabalharam
para isso, foram depois expatriados e vetados ao ostracismo. Alguns regressaram
mesmo à Europa. Anibal
Augusto Milhais Fê-lo à boleia
de foguetes herdados da Alemanha nazi e com tecnologia simples. E porque, nos
Estados Unidos, dormia-se Sim dormia-se e a bom dormir! Wernher von Braun era
um dorminhoco, até consta que as sestas de Santana Lopes eram inspiradas em
Wernher von Braun! Marta nem vou ler o artigo!
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