Um desafio
difícil de concretizar. Tal como a
corrida à Lua, após os primeiros rounds... Eles falam, falam… O certo é
que também a Amazónia, ao que dizem, vai deixando de funcionar como
pulmão…
Produzir energia limpa é a nova “corrida
à Lua” da cimeira do clima de Biden
A busca por tecnologias alternativas
às dos combustíveis fósseis, que não libertem emissões com efeito de estufa,
foi o tema do segundo dia da cimeira online convocada pelo Presidente
dos EUA. Os desafios são ainda muitos.
CLARA BARATA
PÚBLICO, 23 de Abril de 2021
John F. Kennedy lançou
um desafio à América, chegar à Lua em menos de uma década. “A nova corrida à Lua é conseguir que o
mundo inteira tenha um sistema eléctrico barato, baseado em energia limpa e no
qual se possa depender sempre”, afirmou a secretária da Energia dos
Estados Unidos, Jennifer
Granholm, no segundo
dia da cimeira online sobre as alterações climáticas promovida pelo
Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
O foco neste segundo dia foram
as soluções tecnológicas que estão a ser pensadas e os
empreendedores que neste momento estão a trabalhar para conseguir o que Bill
Gates disse ser necessário: “Precisamos de tecnologias mais baratas que as
baseadas nos combustíveis fósseis, e neste momento nenhuma o é.”
Sem isso, não se consegue a transição para aquilo a que se chama uma
economia verde, aliviada das emissões de dióxido de carbono (CO2) que aumentam
o efeito de estufa da atmosfera e provocam as alterações climáticas. Mas há que
deitar mãos à obra, e o segundo dia da cimeira de Biden mobilizou vários
sectores do Governo norte-americano para trazerem à vista de todos, no YouTube,
exemplos de investigação, nos EUA ou no estrangeiro, mas que podem ser úteis para a transição ecológica
da economia norte-americana.
Limitar as emissões de CO2 para que a temperatura média do planeta
não aumente mais de 1,5 graus em relação aos valores pré-industriais não será
tarefa fácil. “Temos de
investir na inovação e construir infra-estruturas para a transição para uma
economia mais limpa”, avisou Bill
Gates, e é para
já. Além disso, que
ninguém pense que pode trabalhar sozinho: Governos, empresas e filantropos têm
de trabalhar juntos, “além de ser essencial a cooperação internacional”.
Fatih Birol, director
executivo da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), alertou contra o risco da retórica
demasiado exaltada. Apesar de os líderes que participaram na cimeira –
uma antecâmara da 26.ª Conferência das
Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas que se
realiza em Glasgow, na Escócia, em Novembro – apresentarem metas ambiciosas (uns mais que
outros) para a redução das emissões, a verdade é
que estamos ainda a produzir demasiados gases com efeito de estufa.
“Neste momento, os dados não correspondem à retórica e o fosso entre
eles está a ficar cada vez maior”, afirmou Birol. O relatório anual da IEA,
divulgado na semana passada, previa um crescimento da procura do carvão em 4,5% este ano, por exemplo, para satisfazer a
procura crescente por energia eléctrica. As emissões globais de CO2
relacionadas com a energia estão projectadas para uma retoma e um crescimento
até 4,8%, devido à procura de combustíveis fósseis, lia-se no relatório.
“Não
estamos a recuperar da crise da covid-19 de uma forma sustentada e continuamos
a avançar para níveis perigosos de aquecimento global”, afirmou Birol.
Joe Biden, ao
encerrar a cimeira, mostrou-se optimista. “Conseguiremos fazer o que é preciso.
É um imperativo moral para as próximas gerações”, disse o Presidente dos EUA. tp.ocilbup@atarab.aralc
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COMENTÁRIOS:
JoaoTeixeira28 INICIANTE: O grande problema é que nestes 4 anos
podemos contar com os EUA, mas daqui a 4 anos quem nos garante que um Trump não
volta?
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