Um deles foi Salazar que aqui se descreve. Outro foi Sidónio Pais, que a minha mãe lembrava com amor – o amor
que por ele sentiam as gentes da sua aldeia beirã. Jaime
Nogueira Pinto, que refere todos esses e os outros dos enredos do
poder, merece toda a afeição que lhe demonstram os que gostam de saber, comentadores
que até colaboram com os dados das suas experiências. Um prazer de leitura,
sempre. Que longos anos o mantenham vivo, assim, a ajudar-nos a viver. E a
reviver.
Leio-lhe a vasta biografia, na Internet. E a Bibliografia. Como não tem condecorações…? Talvez não as apreciasse, em todo o caso. A Maria João Pires recebeu algumas, pois mal parecia ser medalhada lá fora e a gente não a medalhar cá dentro. Mas já Camões o traduzia, em decepção, esse : “O favor com que mais se acende o engenho…
“Os Senhores andam para aí em conspirações”: Salazar e
o contra-golpe de 61 /premium
Foi há 60 anos que falhou a Abrilada
dos generais, quando Salazar
desarticulou o golpe que Botelho
Moniz estava a urdir. Tudo com flores de retórica e num
clima de brandos costumes.
JAIME NOGUEIRA
PINTO OBSERVADOR, 09 abr 2021
Há 60 anos, Salazar acabou com a
“Abrilada”, articulando com Lumbrales, Santos Costa e Kaulza de Arriaga um
contragolpe, sempre com o apoio de Américo Thomaz. Quer o golpe, quer o
contragolpe foram absolutamente incruentos, e as cartas de Salazar para Botelho
Moniz e Almeida Fernandes, a demiti-los, verdadeiros modelos de cordialidade e
de correcção político-social:
“… Não desejo agora discutir as ideias de V.
Ex.ª quanto a certos problemas; sabe que com muitas concordei. O Chefe de
Estado, porém encarregou-me de remodelar o governo e de continuar à sua frente.
Depois da conversa havida com o Senhor Presidente da República, da parte de V.
Exª e do Senhor Ministro do Exército, não há dignamente outra solução do que propor
a exoneração de V. Exª e do Coronel Almeida Fernandes. Eu farei durante algum
tempo o sacrifício de tomar conta da Defesa Nacional no que espero todos me
auxiliem, sobretudo no que respeita a Angola, único problema que no momento me
interessa e aflige. Aproveito a oportunidade de agradecer a V. Exª a sua
prestante colaboração e atenções pessoais…”
Mas ainda que a relação e a
colaboração de Salazar com o Exército tivessem então ganhado novo fôlego, as
coisas tinham começado a mudar.
Dizia-me
Borges de Macedo que Salazar tinha um partido político que o apoiava e que esse partido se chamava Exército
português. Logo como
ministro das Finanças, é aos oficiais que se dirige, precisamente porque
percebe que é neles que está o poder. E que o “seu partido” serão eles –
antigos cadetes de Sidónio, tenentes do 28 de Maio e depois capitães do Estado
Novo, como Fernando dos Santos Costa, seu subsecretário de Estado da Guerra. É com o Exército que reprime as
revoltas anti-Estado Novo, nos
primeiros anos trinta; é o Exército que o apoia na Guerra Civil de Espanha; é com ele que aguenta a neutralidade, na Segunda Guerra Mundial, e que está na NATO, nos anos 50; e é este o Exército que lhe fica fiel, com
Santos Costa, na crise Delgado.
Mas nos trinta anos em que, com o
apoio dos militares, saneara as Finanças, alinhara com o vencedor da Guerra de
Espanha, mantivera uma neutralidade digna na Guerra Mundial, colaborara com os
vencedores anglo-americanos a partir dos Açores e iniciara a segunda revolução
industrial, fazendo obras públicas de infraestruturas, a sociedade fora
mudando. Salazar percebera-o na eleição de 1958, como já tinha percebido, com o
Suez, em 1956, os “ventos da mudança” no mundo, mas, como na sua perspectiva de
interesse nacional o Império era essencial para a independência de Portugal,
percebendo-os, recusou-os.
Os militares e o poder
A estabilidade social decorre da
legitimidade do poder político, ou seja, assenta na convicção dos governados da
legitimidade do poder do governante. Quando
essa legitimidade está em dúvida ou é
disputada, a força, a razão da força,
passa a ser o único modo de impor a ordem, como alternativa à anarquia, ou àquilo a que Hobbes chamava a “guerra de todos contra todos”, o regresso a um estado de natureza,
pré-político. Assim,
historicamente, o papel político dos exércitos afirma-se em tempos e espaços
de vazio entre legitimidades, em transições, em crises, sempre que existem nós
górdios, rubicões institucionais, para cortar ou atravessar. César, com a República Romana, Cromwell, com o Parlamento inglês, Bonaparte, com o Conselho dos Quinhentos, protagonizaram
momentos destes (ou aquilo a
que Gramsci chamaria “momentos “bonapartistas”), impondo-se como
solução para impasses de legitimidades concorrentes, com forças equilibradas.
Na História europeia, o papel
dos militares está também ligado ao fim do Ancien Régime e do direito divino dos Reis a governar, e à demora da soberania popular em
afirmar-se para preencher esse vazio. Se bem que as monarquias
constitucionais tenham
sido os modelos políticos adoptados, sob estruturas sociais tendencialmente
oligárquicas, a verdade é que, em todo este período, há um forte
protagonismo, visível ou discreto mas real, dos militares – ora como garantes do status quo, ora como
portadores de ventos de mudança. Talvez com excepção do Reino Unido (onde, desde a Gloriosa Revolução, o poder militar foi
mais o da Royal Navy e de forças imperiais, como a Infantaria de
Marinha, do que o de um exército terrestre, inclinado para a intervenção).
A partir da Segunda Guerra Mundial, nas sociedades do Norte euro-americano, quer
a Leste, quer a Oeste, a intervenção dos militares na política não foi
significativa; já nos espaços centro e sul-americanos, africanos e até
asiáticos, na transição do domínio colonial para a independência, foi grande o
protagonismo intervencionista das Forças Armadas.
Aí – no Médio-Oriente árabe-turco, na África Subsahariana e na América Latina –, na
transição entre o domínio dos impérios coloniais e os novos Estados, os
partidos independentistas e as novas classes políticas foram, em muitos casos,
apoiados ou sustentados pelos exércitos.
Na
Europa, o papel dos militares na política foi importante na Península Ibéria –
em Portugal e em Espanha – mas também em França, na crise da IV República, na
guerra da Argélia, no regresso de De Gaule e na fundação da V República.
Nos últimos 200 anos, em Portugal
O papel dos militares é
dominante na História política portuguesa dos últimos 200 anos. Com as Invasões
Francesas, a partida
da Corte para o Brasil e a Revolução
de 1820, que terminou oficialmente com o Antigo Regime, iniciou-se um período de intensa intervenção
dos militares na política. À Restauração
miguelista de 1828 e à guerra
civil, segue-se um tempo de
permanente protagonismo pretoriano, o liberalismo convulso, que só acabará com
a Regeneração de Saldanha em 1851.
A República
triunfa em 5 de Outubro de 1910 com uma
revolta encabeçada pela Marinha, com
baixas patentes militares e civis armados na Rotunda. E, durante a
República, os golpes e contragolpes sucedem-se, com uma característica curiosa:
só há baixas, mortos e feridos em quantidade quando há civis armados; pelo
contrário, quando os pronunciamentos e a resistência são exclusivamente
militares, tudo se resolve em boa paz, pelo telefone, entre camaradas.
Em
5 de Dezembro de 1917, há um movimento armado anti-Partido Democrático,
chefiado por Sidónio Pais, e
que o põe no poder. O sidonismo é um cesarismo patriótico e carismático,
popular, transversal a republicanos e monárquicos, a laicos e católicos. Uma
das unidades que o apoia é a Escola de Guerra, a futura Academia Militar. Sidónio é assassinado um ano depois, mas as sementes
do movimento sidonista e anti-Democráticos criam raízes. E aqueles cadetes da
Escola de Guerra – Academia Militar que a ele aderiram em massa, vão ser, nos
40 anos seguintes, os quadros das Forças Armadas.
O
28 de Maio de 1926 é um movimento de quadros militares subalternos. São
capitães e tenentes, a quem os conspiradores civis sobrepõem um general de
prestígio, Gomes da Costa. O General
pode desempenhar o papel de chefe, mas quem manda são esses capitães e
subalternos. E quando, saindo de Braga, acampam em Sacavém, entram vitoriosos
em Lisboa e ficam meses acampados às portas da cidade, são eles o colectivo que
põe e dispõe – que derruba Mendes
Cabeçadas e Gomes
da Costa e vai buscar Carmona como mediador e estabilizador. Mas mesmo com Carmona, quem manda na Ditadura
Militar são eles, esses oficiais operacionais, espécie de soviete alargado de
capitães, tenentes e alguns majores. Politicamente há de tudo – republicanos de
várias tendências, de liberais a sidonistas; monárquicos e filo-fascistas. Sabem
mais o que não querem que o que querem.
13 de Abril de 1961: golpe e
contragolpe
Trinta
e cinco anos depois, em 1961, começava a guerra de Angola: a 4 de Fevereiro eram os ataques em Luanda, e, a 15 de
Março, os massacres da UPA, de Holden
Roberto no Norte de Angola.
O
Exército fora-se preparando para a defesa do Império e havia legislação nesse
sentido; ao mesmo tempo, tinham-se enviado oficiais para cursos de
contraguerrilha em França, em Espanha e na Bélgica. A experiência passada na
Argélia fora seguida com atenção.
Em Lisboa, os acontecimentos de
Luanda e do Norte de Angola vieram aterrar em cima de uma situação que já
entrara em crise. Os ministros militares, o ministro da Defesa, Botelho Moniz, e o ministro do Exército,
Almeida Fernandes, sentiam a pressão
norte-americana e o que parecia ser uma linha anti-colonial da Administração
Kennedy, representada pelo Secretário de Estado Adjunto para os Assuntos
Africanos, Mennen Williams, que o
embaixador Elbrick – com quem Botelho Moniz tinha frequentes
contactos – ia transmitindo.
Numa
carta a Salazar, Botelho Moniz expôs,
de modo um tanto ou quanto fragmentado, uma série de queixas e reparos,
criticando a política seguida mas sem dar alternativas. Ao mesmo tempo, ia
tomando iniciativas junto dos comandos militares, contactando directa ou
indirectamente alguns responsáveis das unidades. Parecia obcecado com a
posição norte-americana e sugeria uma mudança formal de posição em relação ao
então Ultramar, mas uma mudança que não alterasse a substância da política
seguida, uma mudança “para americano ver”.
Aqui
é importante uma explicação quanto às fontes de informação de Salazar. Ao cabo
de trinta anos no poder, o Chefe
do Governo teria com certeza percebido que muitos dos que o rodeavam só lhe
diziam aquilo que achavam que ele gostaria de ouvir. E, não sendo estúpido,
teria pensado em formas de aceder à verdade das coisas. Mas como?
O embaixador Fernando de Castro Brandão, que, depois do Franco Nogueira é o grande estudioso de Salazar, publicou, num
trabalho pioneiro e de grande pormenor, as
Agendas de Salazar. Nessas
agendas, Salazar anotava escrupulosamente todas as pessoas que recebia em
audiência, registando só os nomes, sem conteúdos de conversa. Ao fim de algumas
leituras e de algum conhecimento directo, percebi que havia pessoas que lá
iam e que não estavam nas ditas Agendas. Um deles era o capitão Rui Pessoa de
Amorim, um quadro importante da Segurança de Estado. E Pessoa de Amorim, numa
conversa com Salazar, no ano de 1961, teria dito ao Presidente do Conselho:
“Não
sei se V. Exª sabe, que o seu Ministro da Defesa anda a traí-lo…”
Ao
que Salazar, discreto e maquiavélico, lhe teria respondido:
“Fico
muito surpreendido! É sempre tão amável comigo.”
A conspiração Botelho Moniz – Almeida
Fernandes – Beleza Ferraz (Chefe de Estado Maior General) fora avançando nessa
Primavera de 1961, a do início da Guerra de Angola e a da posição nas Nações
Unidas contra Portugal na alínea dos “territórios não-autónomos”.
Era
uma conspiração um tanto ou quanto aberta. Os conspiradores, convencidos do
amparo americano, avançam nos contactos a nível militar. Salazar, parecendo
alheado do processo, vai conversando com Luís Supico Pinto e alguns próximos. O
Presidente da República, sondado pelos conspiradores, que querem a demissão de
Salazar, vai articulando alguma resistência. O Prof.
João da Costa Leite (Lumbrales) e o general Santos Costa, personalidades
importantes do Estado Novo, embora retirados do serviço activo, mexem-se para
garantir a contramanobra a nível político e militar. Américo Thomaz, que não
quer Salazar fora do Governo, joga com eles. Kaúlza de Arriaga, subsecretário
de Estado da Aeronáutica que dispõe das recém-formadas tropas paraquedistas,
está também na preparação do contragolpe.
Os
conspiradores – Botelho
Moniz e Almeida Fernandes – procuram
convencer o Presidente da República a demitir Salazar; Thomaz recusa a solução
e informa Salazar, que vai articulando o contragolpe, sem grandes alaridos. Na
véspera de 13 de Abril, a 12, ao fim da tarde, Salazar é chamado ao Restelo
pelo Presidente da República, não sem antes dizer a Luís Supico Pinto:
“Perante
os manejos em curso de alguns militares, ainda não me disse nada o Chefe de
Estado, não sei que decisão tomará […]. Por mim estou incerto quanto a um
ponto: não sei se voltarei para Coimbra ou se irei para Santa Comba.”
Mas
com o encontro no Restelo, a “dúvida” quanto à posição do Chefe de Estado e o
“ponto de indecisão” entre Coimbra e Santa Comba desvanecem-se. Thomaz reitera-lhe a sua confiança e
Salazar decide, por causa de África, ficar no poder.
O
Presidente da República manda o tenente-coronel Gaspar do Amaral percorrer as
unidades da guarnição militar de Lisboa, para sondar a adesão ao golpe de
Botelho Moniz. Da recolha de opiniões resulta a certeza de que os militares
obedecerão à cadeia de comando – Ministro, CEMGFA, Governador Militar de
Lisboa, enfim, a hierarquia.
No grupo contra-revolucionário a
conclusão é clara: se a hierarquia for mudada, a tropa reagirá normalmente, ou
seja, obedecerá à cadeia de comando.
Assim, na manhã de 13 de Abril,
Salazar manda as tais cartas de amável e cortês despedimento aos Ministros da
Defesa e do Exército. Os revoltosos
têm uma reunião marcada na Defesa Nacional para as 17 horas, hora em que querem
passar à acção. Mas não conseguem porque já tinham sido antecipada e
publicamente demitidos e a hierarquia e a cadeia de comando imperam.
Num
Estado extremamente observante dos processos legais como o Estado Novo,
substituir os conspiradores por elementos de confiança não era fácil nem
imediato, até porque, para serem exequíveis, as disposições teriam de ser
publicadas no Diário do Governo, que era impresso na Imprensa Nacional.
Assim,
no dia 13 de Abril de 1961, a partir das 15 horas, a Emissora Nacional e outras
rádios começam a anunciar permanentemente que: “Vão ser enviados para a
Imprensa Nacional os diplomas que demitem dos seus lugares os Ministros da
Defesa e do Exército e nomeiam para os substituir os Senhores…”
Ou
seja, quando pelas 17 horas, os conspiradores se juntam no Ministério da
Defesa, na Cova da Moura, já pouco ou nada riscam e ninguém lhes deve
obediência.
O
assunto fora resolvido mas, a partir dali, ia começar uma longa guerra. Salazar
percebera que os militares já não eram aqueles apoiantes entusiastas e
incondicionais de há três décadas, mas uma classe profissional sensível aos
tempos e aos modos das coisas. O que teria consequências 13
anos depois… mas já com Salazar fora do governo e deste mundo.
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COMENTÁRIOS
Zé DO TELHADO: Só que o colunista poderia ter acrescentado o que é que foi fazer para
Angola já com a guerra praticamente perdida, e que depois teve que fugir para a
nação do apartheid por causa de um mandato de captura. Por outro lado e se é
verdade, porque é que tem milhares de homens ao seu serviço como seguranças em
países de língua portuguesa. José
Carvalho: Brilhante
"tratado" da influência dos militares na política, com destaque para
o enquadramento histórico geral, onde delirei com os "rubicões
institucionais"!
Leonardo Ferreira Borges: Providencial nessa matéria toda foi ainda a
substituição do General Craveiro Lopes da presidência pelo Américo Tomás poucos
anos antes, visto que depois o general também estaria envolvido nessa
conspiração. Francisco Tavares de Almeida: Botelho Moniz fora adido militar em
Washington, Costa
Gomes esteve nos EUA
entre 1954 e1956. Contrariamente a muitos que o identificaram como esquerdista
e mesmo comunista eu sempre o vi como um agente americano, não me
interessando para nada se o era "oficialmente" se simplesmente
acreditava que o que era bom para os EUA era bom para o mundo. E os americanos
queriam Portugal fora de África. Rui Rodrigues: Como o especialista em
terrorismo, J. Bowyer Bell, escrevia em 1972: - “Na realidade, a melhor
esperança para as guerrilhas de Angola e Moçambique é persistirem, manterem a
pressão e ansiarem por uma mudança em Lisboa”. > Disse George Orwell:
«A maneira mais rápida de acabar com uma guerra é perdê-la!» . . . Rui Rodrigues: Conforme alguém - muito bem
informado - escreveu: > "O então ministro da Defesa
Nacional, antigo adido militar em Washington,
general Botelho Moniz, e o subsecretário de
Estado da Guerra, então tenente-coronel
Costa Gomes, tinham preparado cuidadosamente o terreno para que o surto
terrorista impusesse pela força das armas a solução da
autodeterminação, de acordo com as
resoluções da ONU. Na verdade, quando
tinham assumido os seus altos postos no
Governo, encontraram no território de Angola
um sistema de defesa militar que
havia sido montado, logo após os
acontecimentos do ex-Congo Belga, pelo então
ministro da Defesa Nacional, generalSantos Costa, dispositivo
este que silenciosamente desmontaram, deixando a Província
totalmente indefesa". > E acrescenta: "Se não tivesse
sido a resistência desesperada que os colonos opuseram ao surto terrorista,
Angola teria caído naqueles trágicos dias. O general Botelho Moniz e o seu
adjunto Costa Gomes não desistiram, porém,
tentando ainda, como se sabe, através de um golpe militar, tomar o poder em
Lisboa". > Costa Gomes, conhecido pelos seus colegas
infantes do Colégio Militar como o "Judas"... Rui Rodrigues:E já agora porque não mencionar o terrorismo de estado (polícia
e militares), conjuntamente com aquele das milícias
populares de colonos permitido pelo estado português, e que se
abatia sobre manifestantes e movimentos pró-autodeterminação desde o final da
década de 50?!... Luís
Martins: Quantos
activistas políticos, disfarçados de historiadores, "ensinam" nas
universidades portuguesas? O conhecimento da verdade histórica é fundamental à
Polis e ao seu governo, e pelo menos por isso, este artigo deveria ter acesso
livre. Luis Cruz > Luís Martins:
Serviço Público da mais alta qualidade! Elvis Wayne: Muito bom, é de facto um dos
melhores cronistas no Observador. Laurentino
Cerdeira: Obrigado Senhor
Doutor. Sempre que tenho o prazer de o ler ou de o ouvir, aprendo e fico
informado com isenção e rigor. advoga diabo: O pior do salazarismo, porque
raiz de todo o mal, é ter-se convencido dono da verdade. Também ele fez Escola,
como aqui se vê! Luis
Cruz > advoga diabo: O que o JNP expõe com brilhantismo é a lógica do poder
que assenta no desejo de ordem que emerge do poder militar . A esquerda é que
costuma ser dona e senhora da verdade!. Usa e abusa dos militares . Só na
Venezuela são mais de 1000 generais...!
TIM DO Ó > advoga diabo: Agora anda tudo a roubar à vontade, como se viu pela
sentença de hoje. Foi para isso que fizeram o 25 de Abril. ✡: E a História deu razão
maior a Botelho Moniz... Para Américo Thomaz fica o adágio
popular: vai com os da
feira, vem com os do mercado... E para Salazar apenas a confirmação do
sindroma do qual padecia já cronicamente: a ilusão demencial da sua eternização
no poder... Leonardo
Ferreira Borges > ✡: Mais de 2 milhões de vítimas em Angola e Moçambique após o golpe de 25 de
abril realmente enchem de razão os conspiradores contra a política ultramarina
de Salazar. josé maria: A época de Salazar foi toda de
brandos costumes, a Pide torturou e matou muito menos do que a Inquisição. Nada
que tenha escapado ao rigor histórico e à honestidade intelectual do erudito
Jaime Nogueira Pinto. TIM
DO Ó > josé maria: Também houve tortura depois do 25 de Abril. bento guerra: Nada como ter estado presente Lourenço de Almeida: Muito interessante e fácil de
seguir. A história de Portugal do Sec. XX é para a maioria das pessoas muito
confusa e cheia de nuances que este artigo ajuda a desembrulhar um pouco.
Obrigado. (a História dos seculos anteriores provavelmente também o é, mas havendo
menos dados e estando mais distante, as posições estão mais cristalizadas e
temos a sensação de que os factos essenciais estão bem estabelecidos) Maria Nunes: Magnífica lição de História.
Obrigada, JNP. Joao
Moreno: Mais uma
“masterclass”. Obrigado Professor.
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