Se não recebêssemos a ajuda financeira
exterior, duvido que Pacheco
Pereira não ponderasse receosamente sobre a morte pela fome e demais doenças, como
resultado do encerramento a que estamos votados, nesta política de confinamento
que, porque não é total, é perfeitamente injusta na sua parcialidade
impositiva, para com os encarregados de nos matar a fome e sarar as feridas. O certo
é que PP se lança com extremo rigor contra jornalistas
do Observador e outras
vozes que se opõem a uma política de condenação à miséria futura, pelo confinamento
imposto, e encerramento rigoroso dos espaços que contam com o seu trabalho para
se sobreviver. O que espanta mais é a sua animosidade para com esses com os
quais, afinal, rivaliza, na elegância do verbo.
OPINIÃO: Os movimentos pela “verdade” que negam a
pandemia
O custo social e económico da pandemia
e do combate à pandemia são os factores a que se deve prestar mais atenção,
para se diminuir o processo de radicalização em curso.
PÚBLICO, 27 de
Março de 2021
As
origens destes movimentos são muito diferentes, têm várias fontes e algumas
tradições, mas hoje fazem parte de uma nova extrema-direita que está a emergir
em vários países europeus e nos EUA. A classificação de extrema-direita tem
sentido, porque a sua génese no populismo actual não é equilibrada no conjunto
do espectro político, ou seja, comunica mais com o quadro tradicional dos temas
da extrema-direita, de onde vêm muitos dos seus elementos e para onde vão
muitos dos seus elementos.
Sublinhe-se desde já que alguns dos
movimentos, por exemplo, contra a ciência, existem também na esquerda, mas são
mais “calmos” e menos militantes do que os seus congéneres à direita. Há raras
excepções, uma das quais é o antiespecismo radical que inclui formas de
“guerrilha”, por exemplo, para “libertar” animais que estão a ser usados por
laboratórios para testar medicamentos, implantes, cosméticos. Se é por isso
possível comparar as teorias das “medicinas alternativas”, “holísticas”,
homeopáticas, “orientais”, do veganismo, de formas de “regresso à natureza”,
como, por exemplo, a propaganda dos partos em casa, que já causaram mortes, ou
movimentos precursores da luta contra as vacinas, elas estão longe da excitação
agressiva dos movimentos actuais pela “verdade”.
Outra observação prévia é que
as medidas de restrição e confinamento são particularmente danosas para certas
áreas económicas, como a restauração, os espectáculos, o turismo, e isso
significa um pano de fundo social – com falências, perdas de lucros,
despedimentos, encerramento de empresas, quebra de expectativas económicas,
pobreza – para a radicalização dos movimentos pela “verdade”.
O custo social e económico da pandemia e do combate à pandemia são os factores
a que se deve prestar mais atenção, para se diminuir o processo de
radicalização em curso.
Voltemos
à “verdade”, nome absurdo mas revelador da pretensão destes
movimentos de que são detentores de algum conhecimento especial que está a ser
escondido pelo poder político e pelos cientistas, que estão a usar a pandemia
como pretexto para terem mais poder e para limitar as liberdades. Estão a
tentar criar uma “ditadura” em nome de interesses ocultos para o vulgo, mas bem
conhecidos dos “verdadeiros”,
seja a conspiração judeo-maçónica, o grupo de Bilderberg, os demónios
vivos de George Soros e de Bill Gates, os que estão a encher os
ares de sinais 5G, ou alienígenas maléficos.
Como diz um cartaz empunhado por um senhor “verdadeiro”: “Os
mafiosos da farsa covid grupo Bilderberg com a loucura da nova ordem mundial
seguidos pelos lacaios políticos mundiais da maçonaria e do Opus Dei.
Acordem.”
Todas estas teorias da conspiração estão
aí e circulam em Portugal, e têm um único motivo: não há pandemia, há uma “gripezinha”, os mortos não
morreram de covid, mas de outras enfermidades, devem tomar uma série de
remédios ou mezinhas – o mais célebre, pela propaganda fantasiosa de
Trump-Bolsonaro, foi a hidroxicloroquina –, o uso de
máscaras destina-se a tapar os “sorrisos”, porque, como diz um cartaz, as “máscaras geram
desconfiança”.
A
segunda palavra mais usada é “liberdade”, hoje uma palavra que também está doente de tanto abuso. Uma mãe e uma filha ainda criança posam numa destas
manifestações com uma dupla de cartazes que são todo um programa. “Não ao
uso de máscaras nas escolas/ não ao novo normal/ temos o direito de respirar ar
puro”, diz o cartaz da pobre da criança. E o da mãe diz: “Não ao uso
obrigatório de máscaras na rua/ não DGS controlo a mais! Poder a mais!/ não aos
controlos DGS/ não ao novo normal/ não consentimos!” Ou seja, querem tirar-lhes
a liberdade para terem um “novo normal”. Um outro cartaz explica que esse “novo
normal” é uma “ditadura”, resultado destas “medidas perversas”.
A maioria destas irresponsáveis patetices não se ficam pelos
cartazes “verdadeiros”, encontram-se também em artigos de opinião no
"Observador" ou nas manifestações do Chega e proliferam como vírus
nas redes sociais
O
que exigem é liberdade para não
usar máscara, liberdade para se
fazer festas seja com que número de pessoas for, liberdade para andar aos beijos e abraços, liberdade para ir aos restaurantes, visitar os lares, etc.
Podiam lembrar-se de acrescentar outras liberdades, como seja não usar capacete nas motas ou cinto de
segurança, andar nas estradas a 200 à hora, entrar livremente na casa das
pessoas, porque o direito de propriedade é uma usurpação (isto não dizem,
claro, para não parafrasearem Proudhon e a sua “propriedade é um roubo”…), e
por aí adiante. Na
verdade, em nenhum destes casos está em causa a liberdade, que é de outra
natureza e que nada tem que ver com o uso de máscaras.
A
maioria destas irresponsáveis patetices não se ficam pelos cartazes
“verdadeiros”, encontram-se também em artigos de opinião no Observador, que
podiam ser citados como versões dos cartazes acima – e, se não fossem
pagos, já de há muito mereceriam outra exposição –, ou nas
manifestações do Chega e proliferam como vírus nas redes sociais. Estão lá
exactamente os mesmos temas, a “ditadura” de Costa e do “bloco central”, o
abuso das medidas de confinamento contra as “liberdades”, a inutilidade das
máscaras, a “invenção” da pandemia.
Se
nós fôssemos, mais do que já somos, uma sociedade má, tomávamos à letra estas
reivindicações. Muito bem, querem ter estas “liberdades”, façam uma declaração
de que se responsabilizam pelos custos do tratamento da covid, caso fiquem
infectados. E se fôssemos uma sociedade ainda pior, não os deixávamos entrar no
SNS, onde os tratamentos são gratuitos, porque os pagamos todos nós. E depois
exigir uma segunda declaração sobre a responsabilidade de indemnizar todos os
que se provem que foram infectados por um dos “verdadeiros” e, no caso de essa
infecção resultar numa morte, condenação por homicídio. E depois dar-lhes um
autocolante a dizer: “Já sou livre, venha a covid que eu não tenho medo.”
Tenho quase a certeza de que não ia ser preciso distanciação social, as pessoas
fugiam todas…
Historiador
TÓPICOS
DESINFORMAÇÃO PSEUDOCIÊNCIA FAKE NEWS COVID-19 PANDEMIA SAÚDE CORONAVÍRUS
COMENTÁRIOS:
zav60.911576 EXPERIENTE: Se fosse um ET acabado
de aterrar no tal “jardim da Península Ibérica” e obrigado a fazer um relatório
sobre o que encontrei, na minha alínea sobre o JPP escreveria que e é «Um
perfeito exemplar da bipolaridade da espécie (22) que, tão depressa alimenta a
retórica conspiracionista (23) de que os maçons são um perigo (24) e, por isso,
devem ser excluídos da protecção das superiores leis locais (25) como, na
semana seguinte, é capaz de estar a falar sem qualquer inibição de uma
«conspiração judeo-maçónica»(26) o que, naturalmente, enfurece os membros da
espécie considerados geneticamente menos dotados. Aparentemente, JPP parece ser
considerado de um estrato superior a que chamam de Intelectuais (27). Depois de
uma recolha exaustiva do seu CHRX chegámos à conclusão que nada, para além de
(...)» timóteo_p INICIANTE: Portanto: a justiça a
implementar a ideologia correcta, a do Pacheco, e a polícia a fazer os seus
opositores baterem com os costados na prisão! Enfim, como neste caso, um
comunista-fascista pode muito bem, por pragmatismo tachista, abandonar
formalmente as suas organizações comunistas-fascistas, mas, como aqui é
patente, isso nada muda quanto à sua intrínseca estrutura mental e ideológica. ruiaalmeida INICIANTE: Esta de
"negacionistas" terem de pagar por tratamento no SNS ou não serem
tratados de todo, está quase ao nível de um qualquer nazi em relação a judeus e
restantes grupos atacados pelos nazis. Não é humano. É quase que dizer que
fumadores não são tratados para cancros do pulmão ou quem não faz sexo com
protecção não ser tratado para doenças sexuais. Revela falta de humanidade e
egoísmo igual aos que não atendem à saúde dos outros. E cuidado com esta
responsabilização de outros pelas nossas doenças... Qualquer dia temos de estar
presos isoladamente para não causar nada a ninguém. O fim da Humanidade, diria. mariaestela.rodriguesmartins EXPERIENTE:
Não é exactamente isso que o autor propõe. Está a deturpar (de propósito?)
o sentido da frase. O que o autor afirma é que se fôssemos uma sociedade tão má
quanto os negacionistas querem dar a entender, então poderíamos fazer pagar os
tratamentos aos que não seguem as normas de segurança, ou mesmo não os tratar
no SNS. A conclusão lógica desta afirmação é que ainda não nos tornámos nessa
sociedade que os negacionistas nos acusam de ser, já que todos são tratados,
negacionistas ou não. vmrmonteiro.1022544 INICIANTE: E porque é que um tipo
que recusa vacinar-se, e depois infecta outros, não há-de ser responsabilizado?
Não estou a ver... JarDiniz INFLUENTE: "E depois
dar-lhes um autocolante a dizer: “Já sou livre, venha a covid que eu não tenho
medo.” Esta foi a melhor que já vi de JPP. Só umas dicas extras: Eles nunca
usariam o autocolante porque são "cagarolas". Durante os picos da
pandemias ninguém os ouve, aos "negacionistas"; estão todos fechados
a sete chaves, "borrados" de natural medo; quando a "coisa"
começa a ficar controlada, ei-los que saem da "toca" todos
"empinocados" e "reivindicativos". Acrescento uma sugestão:
uma semana de serviço cívico numa urgência/covidário seria o tratamento ideal.
Jose MODERADOR: Em momentos tensos o
medo actua com consequências diversas nos indivíduos. Há pessoas cuja reacção é
negar a existência do que os assusta e acusar o que as protege. É uma
perturbação emocional que requer calma para ser curada. À extrema-direita é
indiferente ter apoios sociais em pessoas tolhidas pelo medo como a segmentos
sociais saudosos de posições de privilégios perdidos pela evolução da ordem
moral, religiosa, social, económica e financeira. A extrema-direita quer o seu
passado de volta custe o que custar. É essa extrema direita que anexa os
hipermedrosos emocionalmente perturbados. Essa extrema-direita sabe que a
pandemia está a gerar uma crise social, económica e financeira nunca vista.
Procura capitalizar aí apoios para recuperar privilégios perdidos incluindo
coloniais, racistas. Mario Coimbra INFLUENTE: Então e o centro e a
esquerda e extrema esquerda não sabe que a pandemia está a gerar uma crise
social, económica e financeira? Não é só a extrema-direita a capitalizar. E se
está porque razão está a conseguir? Jose MODERADOR: Caro Mario Coimbra
Centro é uma abstracção, não existe! Existe extrema- direita que quero os
privilégios perdidos de volta, custe o que custar. Existe a Direita que
governa, alternando ou não, o status quo. Existe a esquerda que promove o novo,
o que nunca foi feito e cria as condições para a Direita institucionalizar o
novo. É assim que o status quo passa a status quo'. É a evolução. A direita no
governo e na oposição sabem bem que estão a fazer uma profunda crise social,
económica e financeira. Esperam pairar sobre ela e que se lixem as suas
vítimas! Imagino que está convencido que a extrema-direita está a capitalizar o
descontentamento das vítimas da crise social, económica e financeira. Isso não
incomoda realmente nada a direita. Veja os Açores. Simples, não? joaocarvalho INICIANTE: Em vez de ser um tiro
no porta-aviões, este tiro foi na água. Uma extrapolação completamente
superficial e hipotética do fenómeno em causa. JPR_Kapa EXPERIENTE: Comparar pretensos
"erros" na gestão da pandemia, aqui como em todo o mundo, com a
assunção de atitudes negacionistas que promovem o erro sistemático, grosseiro e
obsceno, é um folhetim para quem no fundo tem a sua costela negacionista, mas
tem vergonha suficiente para não a assumir de forma clara. Todos os que
acompanham esta crise e têm noção do que é a ciência e lidar com o que ainda é
incerto, com a combinação possível de medidas e recursos para a gerir, sabe bem
que no nosso modelo de sociedade, é fácil falhar, por vezes, mas tb perceber qd
se aprende. Tb se há algo que todos percebemos é que numa pandemia, a maior
eficácia se consegue na medida em que mais assumem a responsabilidade
individual de respeitar as regras sanitárias e aplicá-las bem a cada contexto. JarDiniz INFLUENTE: E a responsabilidade
que cabe aos titulares dos órgãos do estado em assegurar a saúde pública? Não
foi para tomarem medidas, ainda que desagradáveis ou duras, que foram lá
colocados pelo povo? Ou convém mais ao jogo político só dar boas notícias e
aproveitar todas as "ondas boas" para os políticos aparecerem na TV?
cfcatarino1977 INICIANTE: Brilhante, como
sempre. Mário Lopes INICIANTE: O problema deste
artigo do Pacheco Pereira não é o que o autor escreveu, que subscreveria quase
na íntegra. O problema aqui é o que o que o autor não escreveu: nem uma
linha sobre a gestão da pandemia, nada. Preferiu dar-nos a imagem de um mundo a
preto e branco, de um lado as autoridades, a ciência, o sentido de
responsabilidade, do outro os argumentos alienados de um bando de chalupas, não
há mais nada para discutir. Lamento que alguém que foi perseguido por pensar de
forma diferente, nos venha propor agora o pensamento único, tentando assim
branquear os enormes erros cometidos na gestão desta pandemia e que se
continuam a cometer. Ficamos à espera de um artigo do Pacheco Pereira sobre a
gestão da pandemia, esse sim seria interessante de ler. Mário Lopes INICIANTE: O mínimo exigível é
que houvesse critérios claros para confinamento ou desconfinamento e a OMS já
deveria ter dado indicações nesse sentido. No caso português, foi-nos mostrado
um quadradinho indicativo de limites máximos, mas parece que não é para levar muito
a sério porque já fomos informados por um membro do Governo que se o Rt
ultrapassar o 1 - como vai acontecer depois da Páscoa - continua o plano de
desconfinamento progressivo. No caso de limites mínimos, simplesmente não
existem porque o pontinho está claramente no quadrado verde e continuamos
confinados, Por acaso, hoje demitiu-se o presidente da hotelaria do Algarve,
mas segundo o nosso PR, está tudo bem, porquê mudar? Parece que vamos ter de
nos conformar: ou isto ou os chalupas... Clara A.886535 INICIANTE: Porque não comparar
com quem invocaria a liberdade de disparar com uma arma? Estas comparações são
profundamente idiotas e é estranho ver Pacheco Pereira a fazer uso delas.
Comparar uma pessoa positiva com uma pessoa que dispara uma arma ou quer
conduzir a 200 Km/h não faz qualquer sentido. O IFR da COVID anda estimado em
0,2% (não é o CFR de 2%). No mundo inteiro estimam-se bem mais de 1 bilião de
positivos. A % de pessoas que morrem é infinitamente inferior àquelas que
morreriam se alguém achasse que tem a liberdade de andar a disparar, ou a
conduzir alcoolizado a 200 km/h. A probabilidade para a maioria das pessoas de
morrer num acidente de viação ocasional é até maior à de morrer de COVID, mas
claro que não faz sentido fechar as estradas só porque existe essa
probabilidade. Clara A.886535 INICIANTE: Todos os anos morrem
milhões de doenças respiratórias infecciosas, só de tuberculose são anualmente
1,5 milhões. Felizmente ninguém foi considerado criminoso por ter infectado
outra pessoa (que infecta outra) e com isso ter levado à morte alguém. Quem nunca
infectou ninguém que atire a primeira pedra. Em relação ao contágio, não existe
nem risco zero nem risco a 100%. Lembro que nas habitações, onde há mais
contactos próximos, num estudo da JAMA com milhares de pessoas, dos
sintomáticos 18% foram causa de infecção, e dos assintomáticos ou
pré-sintomáticos apenas 0,7% (!) provocaram infecção. É certo que há teorias
estranhas mas há muitas pessoas e muitos cientistas que discordam das medidas
que foram tomadas em quase todo o mundo com base em dados científicos, com
argumentação racional. A questão essencial é medir
(estratificar) o risco, saber quem são as pessoas de risco, e com isso proteger
quem necessita e ter em conta o bem comum. Será ético atirar milhões de
portugueses para a pobreza e antecipar a morte de milhares por outras causas
porque é preciso salvar uma ínfima parte da população (que morre já dentro da
esperança média de vida)? É uma questão complicada. É preciso haver equilíbrio,
mas o que o mundo fez foi dar toda a atenção a tudo o que seja COVID e nenhuma
ao resto. É um mundo em desequilíbrio. A COVID não é a peste negra que matou
metade da população mundial. Tínhamos a vantagem de saber estratificar o risco.
Em vez disso protegeu-se a todos por igual e as pessoas com + de 80 anos são em
Portugal e proporcionalmente a 2ª faixa etária com mais infectados.
JarDiniz INFLUENTE: E com o que escreve
quer dizer que o uso da máscara e as regras básicas não são importantes? Com
que base estatística a Clara assume que a IFR (infection fatality rate) é de
0,2%? A pandemia ainda não terminou e nenhum organismo/instituição credível
avançou com uma estimativa do total de infetados. Nem podia claro! Caetano Brandão: EXPERIENTE: Normalmente sou fã de
PP, cujos artigos admiro. Desta vez encontro um tema que PP não percebeu quase
nada do que se passa, porque o assunto tem por base uma área muito especifica,
a medicina e a imunologia, que não tem a obrigação de dominar e estranhamente
não se informou, ouvindo por exemplo os médicos pela verdade. Como pessoas
estudiosa que é, estranho a falta de preocupação em ler e ouvir porque ninguém
está livre da asneira. Há muita gente destas áreas que não são negacionistas
parvos, simplesmente entendem que houve uma desproporção colossal entre a
realidade e a psicose instalada na sociedade ocidental, que acabou por servir
os interesses suculentos dos do costume e com prejuízo imenso na forma errada
como a epidemia foi combatida, que causou mais mortes e o descalabro económico. zolmer.959548 EXPERIENTE: A psicologia social
pode explicar este fenómeno, nomeadamente à luz dos trabalhos de Solomon Asch cujos resultados são
conhecidos há décadas. Pacheco Pereira não está imune à influência social e este
artigo poderá ser apenas um exemplo de conformidade: informativa (em que
questiona a sua própria percepção pq crê que a maioria terá razão) e/ou
normativa (procura resolver o desconforto da dissonância, evitar perda de
estatuto ou exclusão do grupo, chamemos-lhe de "elites pensantes"). E
o interessante é que um indivíduo crê que não é permeável a influência.
Basicamente, qdo não podes vencê-los, junta-te a eles. Eu cá ouço os movimentos
negacionistas da tese de que o rei vai vestido, como tb ouço os movimentos
alucinacionistas que insistem que o rei não vai nu, mas tenho a minha opinião. Mario Coimbra INFLUENTE: Excelente artigo.
Gostaria só de acrescentar que existem grupos de esquerda também de forte cariz
doutrinário - Antifa, por exemplo, que não deixam de ser menos perigosos para a
saúde pública. Seja como for é a evidência que os extremos podem ser maus para
democracias saudáveis. Devem existir como todas as outras forças mas é preciso
ter algum cuidado com elas.
chagas_antonio MODERADOR: Análise certeira.
Agora só falta lutar contra os esbirros conscientes e inconscientes dessa
extrema-direita acientífica e medieval. Todos os dias, em todos os locais, das
caixas de comentários às paragens de autocarro, das páginas de Facebook às
assembleias de freguesia. Esse é o verdadeiro inimigo dos tempos actuais. É
essa a guerra que tem de ser travada. pronouncer EXPERIENTE: Infelizmente, não é só
o Observador, ou o Chega, que albergam este tipo de opiniões. Estas pessoas
fazem ajuntamentos sem máscaras e nada lhes acontece. Não sei que tipo de poder
têm, mas suspeito que tenham amigos, ou simpatizantes, muito bem colocados. Paulo Batista EXPERIENTE: Bom artigo de opinião.
Realmente muita gente só acorda para o real quando a infelicidade lhe bate à
porta de casa e ataca mortalmente ou gerando incapacidade permanente. Até lá é
negar, negar, ... Fun.eduardoferreira.883473 INFLUENTE: Como já escrevi por aqui,
“negacionistas” é uma palavra simpática para chamar aos “idiotas úteis” usados
pela extrema-direita para destruir o sistema por dentro. Negam a evidência dos
números, rejeitam o conhecimento e insultam os especialistas e intelectuais,
hoje em dia “especialista” ou “intelectual” transformaram-se num insulto. Estes
“idiotas úteis” são protegidos por aquilo que dizem combater, o politicamente
correcto e justificam os seus actos veiculados e alimentados pelas redes e
informação sensacionalista escudados naquilo que querem sem saber destruir, a
liberdade. A ignorância é mais apelativa que o saber, qualquer tonto tem
opiniões sobre tudo e divulga-as. A bem da humanidade esta gente deveria ser
confrontada, punida exemplarmente pois são uma ameaça à vida em comunidade INICIANTE: Bom dia! Idiotas úteis,
são todos aqueles que têm que se levantar todos os dias de madrugada, fazer
filas nos transportes públicos pagar impostos ficar com o resto para viver,
para outras viverem, sem essas necessidades, porque são quadros públicos,
muitos com carro à porta. Não é verdade Srª Catarina Fiolhais? Catarina Fiolhais INICIANTE: Nem mais! Já cá
faltava essa! A "extrema-direita" está não só nesses movimentos, como
debaixo de cada pedra da Calçada da Ajuda, ao virar de cada esquina lisboeta e
já esteve também por detrás e debaixo do terramoto de LX. Ai meu Deus se a
"extrema-direita" se acaba! O que será feito de Pacheco e restante
turma! Lançarão mão de quê; de que fantasmagórico papão, para manter o
status quo que os criou e alimenta no privilégio?! Viverão de quê?
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