A epidemia. Para os que sabem ou julgam
saber, para os que fingem que sabem e servem para acrescentar à laracha
monocórdica em que isto descambou. Mas é mais um documento de um homem que
averigua e discorda, Alberto
Gonçalves, desejando para o seu país que não caísse assim na falcatrua das boas
intenções dos que impõem, aparentemente indiferentes ao estado de ruína
económica para que forçosamente nos encaminhamos, por conta de quem nos apoia, lá
de fora, sem escândalo nem vergonha nossos. Se as vacinas ajudam a escapar,
porque se insiste em confinar assim? E a assustar com previsões de malícia,
afinal, a coberto de uma pseudo-ciência de charlatanice que, essa sim, é que conta
para nós…
O dr. Antunes: autópsia de um “especialista” /premium
Ou porque acreditam na parlapatice, ou
porque a parlapatice é feita à medida dos seus interesses, o prof. Marcelo e o
dr. Costa usam-na para arruinar económica, sanitária, social e mentalmente o
país.
ALBERTO GONÇALVES,
Colunista do Observador
OBSERVADOR, 17 abr
2021
O episódio que se segue aconteceu a 20 de Janeiro. Entrevistado nos estúdios da TVI, onde foi condenar
o facto de os restantes cidadãos saírem de casa sem necessidade, Carlos
Antunes, matemático e professor da Faculdade
de Ciências de Lisboa, espalhou previsões e pessimismo com abundância.
Entre outros pormenores, garantiu que Portugal chegaria aos 17 mil casos
diários a 10 ou 12 de Fevereiro e que o regresso a valores semelhantes aos que
tínhamos antes do Natal só seria possível em meados de Abril. Isto, advertiu,
se o “confinamento” se reforçasse até níveis de clausura idênticos aos de
Março/Abril de 2020 e se a variante britânica do vírus (chinês, já agora) não
se tornasse dominante. Caso contrário, haveria que acrescentar 50% aos 17 mil
casos diários e, inferia-se, esperar por uma queda significativa de casos,
internamentos e mortes lá para Junho. Ou Setembro. Ou Abril de 2024.
Ora
bem, escrevo a 16 de Abril (de 2021, já agora) e os dados são públicos. Sem
um confinamento sequer parecido ao do ano passado, e sob a dita dominância da
dita variante britânica, Portugal nunca chegou aos 17 mil ou 25 mil casos
diários: chegou aos 16 mil, embora a 28 de Janeiro. Valores análogos aos que
antecederam o Natal apareceram logo por volta de 7 de Fevereiro. A 12 de
Fevereiro os casos diários rondavam os dois mil e oitocentos, por extenso que é
para não confundir ninguém. Nessa altura, a quantidade de casos era comparável
com o início de Outubro. Do meio de Março até hoje, a média semanal de testes
positivos anda próximo da do final do Verão. O número de internamentos e de
mortes também.
Desde
que Mestre Alves profetizou o final da carreira de Mourinho mal saísse do FC
Porto e entrasse no Celse (ele dizia assim) que não me lembro de um
adivinho se espalhar com o estrondo do dr. Antunes. Pelos vistos, a
evolução das entranhas de galinha para os gráficos com curvinhas não se
traduziu em maior acerto. E trocar a veneração dos signos pela devoção ao R(t)
produz na mesma tiros ao lado, ao lado da “mouche”, ao lado do alvo e ao lado
do próprio campo de tiro. Independentemente dos métodos, as
artes esotéricas são muito menos eficazes a prever o que aí vem do que o que já
veio. Ou, nas imortais palavras de um parceiro de ilusionismo do dr. Antunes, “só conseguimos prever o que está a
acontecer”.
Após
o figurão, o que terá sucedido ao pobre dr. Antunes? a) Apresentou à TVI um
pedido de desculpas e perdeu a mania das profecias? b) Apresentou à
universidade o pedido de demissão e conformou-se a adivinhar prémios em
raspadinhas? c) Vende tostas mistas ao postigo? d) Com formidável
descaramento e nulo escrutínio, continuou a ser convidado pelos “media” e pelas
“autoridades” a “prever” a evolução do vírus, leia-se a mandar palpites sem
ligação à realidade e que, independentemente desta, produzem sempre as mesmas
conclusões? Se respondeu d), acertou, coisa de que Carlos
Antunes é incapaz. O único
talento do dr. Antunes consiste em sugerir, a pretexto do que calha, a clausura
de toda a gente. Toda a gente excepto, claro, a excepcional classe de
ocultistas que o dr. Antunes integra, a qual deve ser livre para cirandar de
estúdio em estúdio, a anunciar o Juízo Final.
Como
ficou implícito na frase anterior, o dr. Antunes não é uma figura singular.
Pelo contrário: em Portugal há quase tantos casos activos de videntes
falhados quantos casos activos de Covid. Se o desempenho desta trupe não
tivesse consequências, teria graça. Passou um mês sobre o início do
“desconfinamento” e ainda aguardamos o aumento de infecções que os videntes
garantiam para as duas ou três semanas estribilho seguintes. Aliás, a
importância absolutamente decisiva das “próximas duas ou três semanas” é um repetido
há 14 meses pelo dr. Antunes e companhia ilimitada. Dado que, a cada
duas ou três semanas, as deambulações do vírus jamais coincidem com os
prognósticos dos “especialistas” (“especialistas” é
maravilhoso), estes não se dão por vencidos e,
duas ou três semanas depois, voltam a avisar: “As próximas
duas ou três semanas…”. Nos
intervalos, recorrem a penduricalhos “científicos” para espantar pasmados.
Ultimamente, o penduricalho é o divertido R(t), a que se agarram com o
zelo com que, se fosse preciso, se agarrariam ao ascendente de capricórnio. Tudo
serve para fingir competência “técnica”, incluindo um índice que sobe enquanto
a quantidade de contágios e doentes desce.
Insisto:
não houvesse consequências, isto seria comédia da boa.
Infelizmente, é tragédia da má. A parlapatice dos “especialistas” é transmitida
sem decoro nem contraditório nos telejornais. A maioria do público acata a
parlapatice sem reserva nem suspeita. E o pior: ou porque acreditam na
parlapatice, ou porque a parlapatice é feita à medida dos seus interesses, o
prof. Marcelo e o dr. Costa usam-na para arruinar económica, sanitária, social e
mentalmente o país, com os partidos a assobiar ou a aplaudir. O dr. Antunes e restantes “especialistas” não
têm vergonha, mas também não têm culpa.
COMENTÁRIOS:
Barcos Companhia: Excelente. Ironia pura. O que também vai ser irónico é chegarmos ao fim
disto tudo e quando se aperceberem que “eles” não têm nada controlado. É uma
doença. Ponto. Ou a gripe espanhola teve mão do Costa e Marcelo? JB Dias: Tenho imensa dificuldade em
entender a razão para continuar a por aqui haver quem insista em confundir
causalidade com casualidade. Se algo gera sempre o mesmo resultado independentemente
do local, do tempo e das demais circunstâncias então existirá uma relação
causal ... mas se este não é o caso apenas se estará perante casualidade. Se
sempre que eu sair com um chapéu de chuva esta não se fizer sentir tenho uma
situação diferente da de tal apenas ocorrer no pico do Verão ... Joaquim Moreira: Mais uma excelente crónica de Alberto Gonçalves, para
mais do que a autópsia de um "especialista", se fazer uma reflexão
sobre este poder socialista. Devo confessar, que já só muito raramente oiço
estes especialistas a palrar. E não é por ser “negacionista”, é porque já há
muito que deixei de acreditar na propaganda socialista. Sim, porque é disso que
devemos falar. Até porque foi neste cenário que tantos especialistas apareceram
a opinar. Primeiro e desde logo, porque são dos grandes beneficiários da
política da devolução dos salários. Depois porque, tendo estado tanto tempo
calados, aproveitaram esta oportunidade para ser falados. Situação que nos
leva, desde já, a uma conclusão: aumentou significativamente a propaganda
socialista e a consequentemente a dificuldade da oposição. E se tudo isto não
bastasse, existe ainda mais um colaborador fundamental, que é a tão dedicada
Comunicação Social. Que anda tão envolvida com esta forma de propaganda
radical, que é incapaz de questionar o personagem principal, sobre muitas das
outras graves questões que afectam Portugal. O País em que o socialismo é o
ideal! Eduardo L: Excelente! O mais espantoso é que ainda há muita gente
que acredita neste filme trágico de ficção. E que ainda não percebeu que tudo
isto decorre de 2 falácias monumentais: de um teste (PCR) enganador e do
seu 'primo' - os 'assintomáticos' - não estão doentes mas transmitem a doença:
todos nós! E ainda não percebeu que os media-políticos-'peritos' criaram
e estão embrulhados num novelo de mentiras do qual já não conseguem sair. Por
isso continuam a mentir: variantes, Rts, índices, modelos, 'daqui a 2-3 semanas',
etc. 'Assim a populaça mantém-se com medo e vai para casa se a gente a mandar'.
Estamos a viver o maior embuste das nossa vidas à conta de um vírus
respiratório que vai fazer o seu caminho a seu bel-prazer até se tornar
endémico e sobre o qual os humanos pouca ou nenhuma influência têm. Há que
abrir os olhos! António
Silva: No ano passado, a Argentina manteve a
mais prolongada quarentena do mundo com 233 dias de um isolamento que provocou
milhares de falências ou seja, tudo fechado em casa e o vírus não desapareceu.
O que apareceu foi a miséria e mesmo vendo isto continuam a bater no mesmo.
Neste momento temos menos de 0,3% de portugueses infectados ou seja menos de 30
mil pessoas em 10 milhões de habitantes mas no entanto destrói-se a vida de
todos por tão pouco. Tristeza
Pakivai: Não sei se AG esteve lá ou não, mas ontem
AG teve uma óptima oportunidade de se juntar aos do seu clube de chalupinhas
pela mentira, em frente ao tribunal onde estava a ser ouvido outro chalupinha,
o juíz Rui Fonseca e Castro.
Manuel Norberto Valente Sousa > Tristeza Pakivai: Que argumentação sibilina...uhau! Sim senhora, melhor
do mesmo o Antunes! Carlos
Quartel: Escolhe-se a árvore, fala-se dela e só
dela, tudo para esconder a floresta. Mas é um esforço inútil, por mais
voltas que dê o autor, o confinamento fez passar os mortos diários de 300
para menos de dez. Esse é um facto, sem tretas nem Antunes.
Por cada Antunes que erra, quantos
acertaram?? Parece que
temos aqui mais um caso de cegueira, de incapacidade de reconhecer o nonsense
debitado semanalmente. Não
chega o Brasil e os US ??
Utilizador Atento > Carlos Quartel: O confinamento passar de 300 para menos de 10 não é
verdade! Ou melhor, não é verdade devido exclusivamente ao confinamento. Então
e as vacinas/cobertura vacinal? Em que o grupo mais susceptível a morrer com o
vírus (maiores de 80 anos) já está todo praticamente imunizado na totalidade,
pelo menos com 1 dose. não ajudou a diminuir os óbitos?!?! Até o Antunes sabe disto... Adelino Lopes: Eu pertenço aquele grupo dos que confia (cegamente) na
ciência. Por exemplo, se ficar doente, mesmo que inconsciente, peço que me
conduzam a um hospital; nunca ao curandeiro da zona. Posto isto, a questão que
se coloca é: Então vamos confiar nos cientistas, ou nas pessoas que servem a
ciência? Pois. Aí é que está o problema. Quem pode confiar nalguns que não
passam de políticos à la carte dos subsídios? O caso do Antunes. Nós sabemos
como funcionam as extrapolações. Neste caso da pandemia, o modelo (do Antunes)
é admitido como confirmado. Falta humildade para admitir o óbvio; esta pandemia
é diferente das anteriores. E depois (acho eu), que estes modelos (acerca de um
vírus que se propaga pelo aparelho respiratório) depende muito das condições
atmosféricas (da temperatura). E (por fim) aquela pergunta que nunca (digo eu)
foi respondida: qual é o problema das infecções? Existem problemas para todos
os que foram obrigados a confinar? É preciso referir os jogadores da bola? Ou
os alunos de Erasmus? Ou aqueles que não quiseram saber e reuniram na mesma?
Afinal de contas, este confinamento não foi cego, surdo e estúpido? Querem
ciência? Ponham os olhos na Suécia.
Paulo Colla: Há, de facto,
muita parlapatice de “especialistas”. Temos muito por onde escolher e para
todos os gostos. Este artigo é
um bom exemplo. Cada um
escolhe a parlapatice do "especialista" que mais lhe agrada e
berra que todos os outros são tolos. E,
efectivamente, muitos são. Lá está. Ricardo: Que coça! Luís Marques: Muito bem. Cupid Stunt: Buhahahah! Que comédia.
Excelente. Desconhecia o dr. Antunes, mas está visto que é um dos vários
"gurus" que esta pandilha consulta para justificar a destruição da
economia, das vidas e negócios alheios e criar uma legião de dependentes. Mas
isto só porque o negócio dos que "ditam as regras" não acaba e está
sempre garantido... Cipião Numantino: Começo a ficar farto de Antunes, Buescus e quejandos.
Como estou já, também, com os cabelos em pé com todos os adivinhos, bruxos,
augures, tarólogos, mitólogos e correlativos. Eu sei bem que a fama é atractiva. E que existem
pessoas que são capazes de dar o dito mais dois tostões só por verem e reverem
as próprias fuças escarrapachadas na TV. Mas isto é demais. E estão
sustentadamente a provocar uma hecatombe económica onde, por este andar, não
sobrará pedra sob pedra. Sei bem que
existe muito maluquinho por aí. E não será aliás por mero acaso que há um par
de anos apareceu por aí um estudo que deduzia haver cerca de 25% de portugueses
que sofriam, em maior ou menor grau, de doenças do foro psiquiátrico. Já viram
ou passou pela cabeça de quem me lê que, uma pessoa em cada quatro com quem se
cruza na rua, não arruma a roupa toda na mala ou não bate bem dos pirulitos?
Dramático, não é mesmo? E bem no fundo talvez isso possa, por si só, explicar muitas
das incidências que nos vêm acontecendo ou do pavoroso medo que parece tolher
esta nação que um dia foi ninho de conquistadores. Os acasos e descasos da História têm muitas coisas
deste tipo. E lembro-me agora mesmo de um cônsul da república romana que
decidiu não partir para a guerra só porque em oração aos deuses se escutou um
rato chiando e foi considerado de mau augúrio! Outra, passada com o quarto filho do célebre adivinho
Nostradamus. Um certo dia, afirmou que a cidadela fortificada de Béziers em
França, haveria de ser pasto das chamas para remissão dos pecados da respectiva
populaça. Aventou até um dia específico assim mesmo ao jeito das patuscas Testemunhas
de Jeová que já previram tantas datas para o dia do juízo final que um belo dia
ainda correm o risco de acertar. Mas
adiante. O bom do Nostradamus filho, falhou umas quantas vezes nas previsões. O
povão de Béziers acabou por ficar pelos cabelos (aposto que por aqui, o povão
sereno ainda vai acabar por apertar o pipo aos proponentes das Antunadas) e
toca de fazer queixa ao comandante da guarnição da cidadela. Orgulhoso e
fanático como normalmente são todos os vigaristas (a propósito não vos faz
lembrar alguém?), não querendo dar parte de fraco, armou-se ele próprio em
pirómano e, pela calada da noite, tratou de atear uns quantos incêndios.
Teve azar. Alguém detectou a marosca e foi de imediato
avisar o comandante da praça-forte que vendo o júnior Nostradamus em tais
propósitos atirou em tropel o cavalo para cima do infeliz adivinho e, ali
mesmo, morreu espezinhado. Assim sendo, espero que alguém pare os adivinhos e
bruxos tarados que nos vão calhando na rifa. E as Antunadas possam merecer o
correctivo adequado ao terror que impunemente infundem. Que porra de país! Só
nos faltava mesmo fazer deste, uma espécie de coutada povoada de bruxos malucos
e vigaristas encartados. Como bem dizia um saudoso comentador, é mesmo azar dos
Távoras!... PS-
Constou-me que o 44 tem o propósito de pedir a rainha de Inglaterra em
casamento que, como bem sabem, ficou recentemente viúva. Perguntarão, como
assim, se o manjerico é um bimbalhão das berças com belas fatiotas para se
armar ao pingarelho e, ainda por cima, nem sequer faz parte da nobreza?
Calmex pessoal, ele vai ser
alçado à fidalguia com o título de … Conde-Nado!
Eheheheheh...
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