segunda-feira, 28 de junho de 2021

Brutal


O seguinte texto de Helena Matos, que mereceu mais de uma centena de comentários, pontuando a questão por ela posta da desfiguração do pensamento segundo os moldes clássicos – apoiados na natureza-padrão, nomeadamente no que toca a nomenclatura dos sexos, irrisoriamente travestidos em géneros de espécies várias, segundo a moda do pensamento actual, que se pretende “politicamente correcto”. Os muitos comentadores – dos colocados – decifram bem a questão, brilhantemente exposta por HM.

Sociedade de responsabilidade empurrada para longe /premium

Os bancos dedicam-se à causa LGBT e pintam os logos com as cores do arco-íris.Todos querem salvar o mundo. Ninguém quer tratar daquilo que tem a seu cargo. Prometem-nos direitos e dão-nos repressão.

HELENA MATOS, Colunista do Observador           OBSERVADOR, 27 jun 2021

Ao ver o arco-íris com que o banco Santander coloriu o seu logo neste ano de 2021, num sinal de apoio a Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero, só me acudiam à memória os ursos polares empoleirados nuns pequenos icebergues que nos idos de 2008 ilustravam os cartazes com que então outros bancos nos procuravam alertar para o aquecimento global. Por outras palavras, ao abeirar-se a crise das hipotecas, os bancos (ou alguns deles) pretendiam sensibilizar-nos para o problema da acomodação dos ursos nos icebergues. Poético, não era? Em 2021, à espera da borrasca das moratórias, com despedimentos no sector bancário a serem anunciados, os ursos polares deram lugar ao arco-íris nos activismos da banca. Obviamente não interessa aquilo que o banco A ou B pensam do casamento gay ou da mudança de sexo sem avaliação médica. Interessa sim que os bancos cumpram escrupulosamente o seu trabalho. Trabalho esse que passa, entre outras coisas, por zelarem responsavelmente pelo dinheiro que lhes é confiado pelos depositantes independentemente da sua vida sexual, credo ou cor. Ou mais prosaicamente de não lhes cobrarem taxas indevidas, de não lhes impingirem seguros, de não apresentarem como investimento seguro o que não o é. Mas para os bancos falar de dinheiro em público é o que menos lhes interessa. Sexualidade ou clima isso sim são assuntos a destacar tanto mais que, aconteça o que acontecer, nunca serão responsabilizados por nada nessas matérias.

Tornámo-nos uma sociedade de responsabilidade empurrada para longe: os casamentos passaram a relações. Os professores deixaram de ensinar. Desenvolvem políticas com vista à promoção da igualdade, inclusão, interculturalidade… (Quanto menos aprenderem os alunos mais aumentam as desigualdades mas esse é um detalhe da realidade cada vez menos referido). O presidente da Assembleia da República e o presidente da República refugiam-se no futebol (no caso não é uma metáfora: se pudessem andavam permanentemente de estádio em estádio).

A adesão à causa do momento tornou-se um sinal exterior de identificação com a corrente dominante. Há actividades como a moda, o humor, a televisão… em que essa identificação está implícita. Neste universo de intenções só mesmo as intenções que contam: o ministro da Administração Interna declarava Portugal um país campeão nos direitos dos refugiados enquanto um serviço sob a sua alçada espancava até à morte um imigrante. Foram precisos meses para que se rompesse a barreira do palavreado ministerial. O mesmo acontece com Fernando Medina, presidente da CML, que espalhava cartazes melosos por Lisboa sobre o acolhimento aos refugiados e enchia páginas  e páginas da propaganda da CML com esse mesmo assunto, ao mesmo tempo que o seu gabinete enviava dados sobre refugiados às embaixadas dos respectivos países.

Para mais muitas destas causas são-nos apresentadas como novos direitos humanos. Ora quem de bom senso se sente capaz de andar por aí com o rótulo colado na testa de ser contra os direitos humanos? Na verdade não é confortável mas tem de ser assumido pois a aprovação destes alegados novos direitos não só não traz mais liberdade como a limita e, não menos importante, criminaliza a discordância. O recente caso da aprovação de um relatório no parlamento europeu que faz do aborto um direito humano (coisa muito diferente de não o criminalizar) destina-se sobretudo a limitar a liberdade de médicos e enfermeiros. Ou seja acabar com a objecção de consciência. É isso que queremos? Num outro âmbito a mesma táctica aconteceu com a famigerada Carta dos Direitos Digitais que invocando o propósito de combater a desinformação institui uma verdade oficial controlada por funcionários que distribuem prémios e castigos.

A pretexto dos direitos e da defesa da igualdade entre as diversas comunidades/tribos em que nos foram atomizando, institucionalizam-se formas de racismo que se julgavam abolidas — em França, a candidata socialista, a antiga jornalista  Audrey Pulvar, defende que em certas reuniões se pode pedir aos brancos que se mantenham calados, uma opção apesar de tudo tolerante quando comparada com a da representante estudantil Mélanie Luce, uma natural de Guadalupe, que defende reuniões segregadas racialmente.

Mal um assunto é apresentado nesta lógica de “mais um direito humanotorna-se quase uma fatalidade inscrita do destino: alegando defender a inclusão o Comité Olímpico Internacional aprovou sem critério a participação da transexuais nas provas desportivas. O resultado desta celebrada inclusão é nada mais nada menos que a exclusão das mulheres de desportos como a halterofilia, onde os primeiros lugares nos próximos Jogos Olímpicos irão provavelmente para homens que se apresentam como mulheres transgénero.

Esta unidimensionalidade, característica dos fenómenos de moda, leva a que abordem assuntos tão sérios quanto a mudança de sexo na adolescência com a leveza de quem passa de calças modelo skinny para palazzo: quanto tempo será necessário para que se investiguem as consequências da banalização desse processo nos adolescentes? Na Suécia estima-se que os casos de adolescentes que pretendem mudar de sexo tenham aumentado 1.500% e neste momento discute-se se não será tempo de parar, dado o desfecho dramático de alguns deles. Mas é quase inútil esperar que daí venha alguma reflexão. De momento a moda manda gritar todos os dias contra a lei húngara sobre sexualidade que obviamente tem muito que se critique mas não tem mais que a chamada “ley trans” aprovada recentemente em Espanha. Isto para não irmos a outro tipo de legislação como é o caso da que enquadra a eutanásia na Bélgica que a par duma prática perturbante, quiçá criminosa, entre os velhos permite a eutanásia de crianças.

Questiona-se o próprio saber: alegando a necessidade de combater o racismo sistémico, a universidade de Princeton aboliu a obrigatoriedade de Latim e do Grego nos estudos clássicos (isto equivale a num curso de Português dispensar-se o Português). Numa universidade escocesa uma aluna incorre em sanções por ter declarado que as mulheres tinham vaginas. Na Califórnia concluiu-se agora que a preocupação com a resposta certa na Matemática é uma forma de racismo… Ou seja a onda de intolerância e perseguição depois de ter transformados as ditas Ciências Sociais numa sessões de agitação e propaganda varre agora as ciências propriamente ditas.

Dada a simpatia compreensiva de que o regime chinês goza nestes meios libertadores será de aproveitar para indagar o que foi a Revolução Cultural chinesa. Aconteceu há 55 anos. Para atalhar caminho, nesta floresta de enganos sempre que nos falarem de direitos temos de perguntar pelas letras pequenas deste contrato cada vez mais enganoso.

PS. A crónica vai longa mas gostava de recordar duas estranhas notícias desta época balnear ainda mal começada: “26 de Junho de 2021 Um homem de 20 anos foi esfaqueado, na tarde deste sábado, no areal da Praia Santo Amaro de Oeiras, por um grupo de jovens que invadiu a praia, num aparente ajuste de contas, e que fugiu antes da chegada da PSP.” “12 de Junho de 2021. Rixa entre grupos rivais faz um ferido na praia da Conceição em Cascais PSP identificou um indivíduo suspeito de pertencer a um dos grupos.

 LIBERDADES  SOCIEDADE  DIREITOS HUMANOS

COMENTÁRIOS:

Maria araujo: Querem ser qualquer coisa desde que isso seja  desculpa para tudo, principalmente para não fazerem nada (maioria com vocação para "artistas"), .........não se nasce homem nem mulher , tornam-se.....mas nasce-se gay.... e o gado repete esta teoria da treta sem pensar o que diz!!!!!.......           sleepingCat : É um verdadeiro Zoo de géneros...: Perante tamanha diversidade, a hipótese de alguém desrespeitar um género é mínima ou nula a não ser que as pessoas tragam na lapela uma identificação do seu género e subgénero. Por exemplo como é que se distingue um Queer de um Assexual e estes dos sub-géneros hetero? Uma pessoa tem de tirar um mestrado na matéria, no mínimo, para saber comportar-se dentro do Zoo e não se sujeitar a coimas ou à acusação de LGBTQIA+fobia... P.S.: Sem a identificação do género na lapela, uma pessoa à vista desarmada apenas consegue distinguir homens e mulheres. E andróginos, quando muito!             Chapada de luva branca recheada de mão peluda > Andrade QB: Há homens e há mulheres (independentemente do que façam com o corpo, que é direito e reserva da vida privada de cada um), e há casos psiquiátricos que em vez de se tratarem e de se resolverem com o mundo, todo o mundo é que tem que mudar para acomodar as suas sempre crescentes e insatisfeitas birras de LGBT-PQP. Nem eu nem nenhum hetero que conheço anda aí a fazer desfiles patéticos de orgulho e a dizer Eu faço e aconteço e "como" e não deixo de "comer". Como acima foi dito, é do direito e reserva da vida privada de cada um e não é motivo de orgulho nem de desfiles. É o que é e a nossa vida não se identifica apenas com isso, há tudo mais na vida como prioridade do que é que me atrai nos outros. Não é preciso estudar modernices para isso, basta a Biologia clássica e as respostas estão lá. Tudo o resto diz direito à Psiquiatria. E eu já conheci muitos destes pessoalmente. O que dizer de uma mulher que diz que é homem (e vi-o no seu Cartão do Cidadão) mas que a seguir te começa a falar na menstruação dele? A Navalha de Occam tem a resposta: Os Homens não mestruam! Mesmo aqueles cujos Geneticistas dizem que há ali uma confusão nos cromossomas (e eu já tive conversas pessoais com Geneticistas sobre este assunto). A polícia a meter-nos na linha por os desrespeitar? Primeiro, respeitem-se a eles próprios (coisas que muitas vezes não o fazem, através de mutilações, abusos de drogas prescritas a tomá-las todas de uma vez, etc.); segundo dêem-se ao respeito ao apresentarem-se como Pessoas e não como uma identidade ou ideologia, e aí serão respeitados como Pessoas. Ora, metendo a polícia nisto, acabamos no ridículo como no Canadá: um funcionário público pode ser multado; quiçá despedido e eventualmente preso se não se dirigir à coisa com o pronome com que se identifica no momento. Se tens um problema, lida tu com ele, não o vomites em birra sobre mim e faças dele o meu problema. Já os tenho meus e suficientes, obrigado. E a polícia tem assuntos muito mais sérios e gravosos com que se ocupar.            Joaquim Almeida: Excelente alerta. Não esquecer a natureza corrosiva da disciplina escolar Educação para a Cidadania, iluminada pelas cores do arco-íris.,tal como a Comissão Europeia e o  Parlamento europeu.          Cisca Impllit: Direitos sem responsabilidade – é qualquer coisa que eu não entendo, não alcanço. Não se sopesa o que se quer é-o que se pode.          Manuel Joao Borges : parabéns pelo artigo sempre muito bem        Alberto Pires: Um nojo este mundo....todas estas tribos de estigmatizados não querem justamente ser tratados como iguais, querem privilégios especiais, acima do imaginável. Do que eles estão a precisar sei eu....             Isabel Mª S. Marques : Parabéns pelo artigo, Helena. Mais uma vez um discurso clarividente que mostra bem a hipocrisia de quem manda e a ignorância de quem é manipulado mas se considera muito sábio e livre!!           Nuno W: Muito bom ... que sátira `hipocrisia reinante             Rita Salgado: "...a aprovação destes alegados novos direitos não só não traz mais liberdade como a limita e, não menos importante, criminaliza a discordância." É onde está a Europa e o mundo ocidental. Muito triste e, acima de tudo, muito preocupante. A meu ver, as universidades e os media têm grande responsabilidade neste rumo da sociedade.           Maria Rita Menezes: Grande artigo! Parabéns! Continue a denunciar estes "horrores" que, na maioria das vezes, têm passado despercebidos. Muito obrigada. Cpts          Gustavo Ferreira: Há a loucura mansa que bafeja os neurónios de todos nós e, em princípio, não incomoda demasiado… Depois há a loucura agitada, feroz, histérica, que é uma desgraça grande e muitas vezes incontrolável. Pois bem, a desembaraçada jornalista H.M. está a descrever com bastante clarividência muitos e variados sintomas que caracterizam esta última patologia que alastra, galopante, na nossa sociedade. Esta é uma doença programada, uma espécie de vírus elaborado há algum tempo em algumas Universidades ocidentais, e que se lançou, oportunamente, aos quatro ventos pelo mundo todo com o objectivo de aniquilar a nossa sociedade, os seus valores e as suas regras ancestrais. O que é anti-natural, o que sempre foi considerado criminoso, o aberrante e desajustado, tudo isto, e o mais que se sabe e vê, pertence à nova cartilha a impingir como regra sacrossanta que se pretende indiscutível e devidamente promulgada! Estamos a brincar às experiências sociais e o resultado desta mentecapta imprevidência ver-se-á a seu tempo. Daqui por uns 30 anos (ou bastante menos…) quem por cá andar… muito vai penar!…          João Porrete: O mais interessante disto tudo é que a totalidade das histéricas de que nos fala Helena Matos e que nos dão cabo da cabeça com igualdade de género e feminismo vão ser as primeiras a levar com um pontapé no traseiro em direcção às cozinhas e aos berçários mal o cristianismo soçobre a algum autoritarismo. Isto porque jamais um autoritarismo assentou num poder feminino. Nenhum país comunista, nenhum país fascista, nenhum país absolutista alguma vez teve uma mulher como líder. Só me recordo de Cleópatra, um caso muito especial, uma semideusa. São sempre machos a exercer o poder despótico e, penso, serão sempre machos a mandar no galinheiro. Elas que defendam o cristianismo, a sua única esperança.   Paulo Alexandre : AteuJoão Porrete: Hummmm, deixa ver o tamanho da tua aberrante ignorância... Hatexepsut (Antigo Egipto), Isabel I (Inglaterra), Catarina a Grande (Rússia), Maria Teresa (Império Austro-húngaro) Wu Zetian (China), entre muitas outras... Nota: o cristianismo já soçobrou e é por isso mesmo que as mulheres têm direitos iguais aos homens. Se o cristianismo estivesse no poder, a mulher ocidental não se distinguiria muito da mulher do Médio-Oriente.          pedro dragone: "Os bancos dedicam-se à causa LGBT e pintam os logos com as cores do arco-íris. Todos querem salvar o mundo. Ninguém quer tratar daquilo que tem a seu cargo." É a clássica manobra de diversão para desviar as atenções de fragilidades próprias. Ainda esta semana o novo incensado pela Comunicação Social, o vice-almirante da vacinação, utilizou a técnica de diversão falando da sua alegada intolerância contra os malandros, para distrair a opinião pública do irreflectido anúncio que fez da "casa aberta" (vacinação sem marcação) para administrar segundas doses, sem que, previamente, a Task Force que dirige tivesse garantido as condições logísticas e operacionais necessárias para que os centros de vacinação a pudessem realizar. O resultado foi noticiado pela comunicação social: centenas ou mesmo milhares de pessoas que se dirigiram aos centros de vacinação, sem marcação, tiveram de voltar para trás sem serem vacinados com a dita 2ª dose que almejavam.      Francisco Tavares de Almeida: Mais um excelente artigo de Helena Matos. A civilização ocidental - responsável pelo maior aumento de riqueza da história, pelo desenvolvimento da liberdade individual e da democracia liberal, também dos progressos na saúde e nas políticas sociais - está hoje debaixo de fogo. Um dos esteios dessa sociedade, a família de raiz judaico-cristã, é hoje alvo preferencial e já mostra sinais de enfraquecimento estrutural. Casamentos que resultam em mais de 60% de divórcios e quebra acentuada na natalidade que, em Portugal, atingiu no ano passado novo mínimo. Faltará ainda que pais que recusem o tratamento hormonal a filho(a)s de 13-15 anos possam ser acusados de crueldade e percam a tutela dos filhos para o Estado. Mas lá chegaremos, porque para lá caminhamos.          Luis Martins: Concordo com a autora esta maluqueira em que estamos metidos acabará por dar porcaria da grossa e abrir um ferida muito profunda na civilização mais livre que existe no planeta e veremos se não a irá destruir. Se calhar ficarão felizes quando passarem a ser tratados "democraticamente" como no estado policial chinês ou com as liberdades das repúblicas islâmicas... Não acordem que não é preciso!           Paulo Alexandre : Ateu:  Em todas as épocas há velhos e velhas do Restelo. Que lhe faça bom proveito, Helena! Mas vai ter de viver o resto da sua vida na amargura de ver as sociedades crescerem e progredirem em matérias de direitos humanos. As vossas lengalengas já não convencem ninguém.         Maria Augusta >Paulo Alexandre: Ateu: Sem dúvida, camarada. Por falar em Direitos Humanos, eu gostava de ver a comunada rebaldeira e alucinada e os canhoto-fascistas em geral a lutar por esses direitos na ditadura comunista chinesa ou no mundo muçulmano...pois, nem metem o bedelho!

Rita Fernandes > Paulo Alexandre : Ateu: A dissonância cognitiva destes casos psiquiátricos é arrepiante! Fazem NADA para levar a Sociedade realmente para a frente, e são existencialmente miseráveis que só almejam sonhos utópicos irrealizáveis (passo a redundância) que já deveriam ter sido resolvidos no final da adolescência. Queria ver-te era a seres Homem (atenção à maiúscula) para isso! Pegares em baldes de massa, num serrote ou trepares a um escadote e ires realmente participar na construção de uma Sociedade, ou ires estudar Engenharia em vez dessas coisas. Leste muito mas essas mãozinhas não devem servir para mais nada do que para pegar no comando da PlayStation, ler as notícias no RedTube ou fazer dismiss aos alarmes do telemóvel que está na altura de largar o jogo e ir enfrentar o Mundo Real na consulta com o psicólogo. Em resumo, seres o orgulho do teu pai - se eventualmente souberes a sua identidade, ou sequer se a tua mãe o saberá já que essas coisas(leia-se desculpas) do amor livre estão na moda e depois nasce isto, hiper privilegiado, a barafustar infantilmente que tudo isto ainda não chega e que todo o mundo é que tem que mudar para acomodar Vossa Obesa Excelência. É que nem sequer para formar família serves! Já dizia O Chato: Vai mas é trabalhar!     Miguel Abecassis: Bravo HM, mais um excelente artigo a lembrar-nos as minorias que conseguem fazer aceitar as suas opiniões pelas instituições que se consideram politicamente correctas. Também faz lembrar o episódio bíblico de Sodom e Gomorrah. Será que estamos perante a Apocalipse'             António Sennfelt: O pensamento dito politicamente correcto prossegue o objectivo de destruir os fundamentos ideológicos do mundo ocidental. Desde logo a estrutura da família monogâmica, apelidada de tirania do patriarcado. Daí o seu clamor, alegadamente libertário, pelos valores ditos identitários, sejam eles raciais, étnicos ou sexuais. A História, a literatura, a gramática, a própria ciência está maculada pelo pecado original do patriarcado falocêntrico! Como verdadeiro filho bastardo do marxismo, o pensamento dito politicamente correcto propõe-se erigir, sobre os escombros da civilização, uma nova utopia, pior ainda das que vigoraram no século passado!           Mario Almeida: O politicamente correto é uma ideologia totalitária e a sua ligação à revolução cultural chinesa é bem interessante. Todos são culpados, a autocrítica é apenas uma forma de autocondenação, a autocensura não é sequer defesa, é apenas colaboração. A resistência é fútil… já chegou a um ponto em que começamos a aceitar tudo só para ver se se calam … mas a gritaria continua! No fundo tudo será o seu contrário. A abolição da Declaração Universal dos Direitos do Homem … como o próprio nome indica … um misógino texto hetropatriarcal … é já ali. As vítimas em nome das quais a “revolução cultural politicamente correcta” é feita não perdem por esperar. Um preto que não vota democrata não é preto e um homossexual que não vota BE apenas “diz para aí que é gay”… os familiares dos bascos mortos a tiro pela ETA podem explicar como funciona… aqueles a quem o nosso enorme Francisco Louçã chamará certamente de fascistas.Estamos em 1938! Preparem-se para levantar os bracinhos … e livrem-se de não serem os últimos a deixar de aplaudir os nossos verdadeiros democratas.     TIM DO Ó: O Ocidente está cansado. O futuro será da China e dos muçulmanos por décadas ou mais. A Europa será colonizada e os EUA enfraquecerão.          Cipião Numantino: Mais um fenomenal artigo de HM! Das incidências particulares do que perpassa aqui e agora no ocidente já muitos dos comentadores que me antecederam brilhantemente trataram. A mim parece-me caber, à laia de conclusão, o que a História regista e augurar o que se seguirá na dinâmica social dos povos e da normal dialéctica que os enquadra. Assim sendo, lembraria que a História regista que a uma acção sempre se segue uma reacção. À colectivização militarizada e terrorista de Esparta, opôs-se a abertura cultural e tolerância de Atenas que, derrotada por Esparta e Tebas na célebre guerra do Peloponeso, vê esta última cidade-estado transportar o seu pendão de abertura e tolerância, e derrotar e remeter à total insignificância a outrora invencível Esparta de onde, chegaram até nós, tão só, umas desalinhadas pedras na península da Lacónia nas plácidas margens do rio Eurotas. Nada mais sobrou deste terror da antiguidade clássica. Seguindo semelhante raciocínio à rebaldaria política e militar do estertor da república Romana, vimos emergir o seu primeiro imperador Augusto César, confinando e mesmo aniquilando os desmandos republicanos, colocando um ponto quase final na licenciosidade que então grassava no império romano mesmo entre os patrícios e classes dirigentes. Como curiosidade sabe-se que uma matrona patrícia romana ia no seu 29º. casamento enquanto o seu actual marido acabava de casar, com ela, pela 27ª. vez! Até por aqui, aos desmandos dos Costas Cabrais do fim da monarquia se opôs o reviralho da Maria da Fonte a que se seguiu a saga da implantação da república com o seu cortejo de misérias morais e políticas em que se destacaram os alucinados Afonso Costa e o Mata-Frades. A reacção tardou um pouco, mas chegou. Gomes da Costa e logo a seguir o Botas de Santa Comba, trataram de colocar tudo nos eixos com os exageros bem conhecidos e a supressão de todas as liberdades individuais. Concluindo. Não sei se será ainda no meu tempo, mas a reacção a este calamitoso estado de coisas fatalmente surgirá. Com o total concerto de excessos que normalmente se seguem. Alguém tratará de apertar o pipo a esta gentalha tonta e alucinada. As reacções conservadoras, regista a História, são normalmente bruscas e musculadas. Assim já estou bem fornecido de sacos de pipocas. Que as reacções tardam, mas não falham. Os esquerdeiros, malandreiros, geringoceiros e calaceiros que se ponham a pau. Eu vou assistir de camarote!... PS- Passou quase incólume na imprensa. Um pai desesperado, perante a mudança de sexo da sua filha praticamente adolescente, ameaçou colocar uma bomba no hospital que se atrevesse a fazer tal operação.

Calculemos, todos nós, o desespero daquele pai! Sabendo do sofrimento a que a sua filha estava votada para toda a sua vida e em que nem o arrependimento mesmo que tardio concorreria para remediar a situação, tratando-se assim de um caminho sem regresso. Estamos reduzidos a isto. Promove-se o sofrimento de terceiros com a complacência se não mesmo o beneplácito do estado! Quem, de entre nós, perante tal desespero não concordará com este pai?...

 

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