O seguinte texto de Helena Matos, que mereceu mais de uma centena de comentários, pontuando a
questão por ela posta da desfiguração do pensamento segundo os moldes clássicos
– apoiados na natureza-padrão, nomeadamente no que toca a nomenclatura dos
sexos, irrisoriamente travestidos em géneros de espécies várias, segundo a moda
do pensamento actual, que se pretende “politicamente correcto”. Os muitos
comentadores – dos colocados – decifram bem a questão, brilhantemente exposta
por HM.
Sociedade de responsabilidade empurrada para longe /premium
Os bancos dedicam-se à causa LGBT e
pintam os logos com as cores do arco-íris.Todos querem salvar o mundo. Ninguém
quer tratar daquilo que tem a seu cargo. Prometem-nos direitos e dão-nos
repressão.
HELENA MATOS,
Colunista do Observador OBSERVADOR,
27 jun 2021
Ao ver o arco-íris com que o banco
Santander coloriu o seu logo neste ano de 2021, num sinal de apoio a Lésbicas,
Gays, Bissexuais e Transgénero, só me acudiam à memória os ursos polares
empoleirados nuns pequenos icebergues que nos idos de 2008 ilustravam os
cartazes com que então outros bancos nos procuravam alertar para o aquecimento
global. Por
outras palavras, ao abeirar-se a crise das hipotecas, os bancos (ou alguns
deles) pretendiam sensibilizar-nos para o problema da acomodação dos ursos nos
icebergues. Poético, não era? Em 2021, à espera da borrasca das
moratórias, com despedimentos no sector bancário a serem anunciados, os ursos
polares deram lugar ao arco-íris nos activismos da banca. Obviamente não interessa aquilo que o banco A ou B
pensam do casamento gay ou da mudança de sexo sem avaliação médica. Interessa sim que os bancos cumpram
escrupulosamente o seu trabalho. Trabalho
esse que passa, entre outras coisas, por zelarem responsavelmente pelo dinheiro
que lhes é confiado pelos depositantes independentemente da sua vida sexual,
credo ou cor. Ou mais prosaicamente de não lhes cobrarem taxas indevidas, de
não lhes impingirem seguros, de não apresentarem como investimento seguro o que
não o é. Mas para os bancos falar de dinheiro em público é o que menos lhes
interessa. Sexualidade ou clima isso sim são assuntos a destacar tanto mais
que, aconteça o que acontecer, nunca serão responsabilizados por nada nessas
matérias.
Tornámo-nos uma sociedade de
responsabilidade empurrada para longe: os casamentos passaram a
relações. Os
professores deixaram de ensinar. Desenvolvem políticas com vista à promoção da
igualdade, inclusão, interculturalidade… (Quanto
menos aprenderem os alunos mais aumentam as desigualdades mas esse é um detalhe
da realidade cada vez menos referido). O presidente da Assembleia da
República e o presidente da República refugiam-se no futebol (no caso não é uma
metáfora: se pudessem andavam permanentemente de estádio em estádio).
A adesão à causa do momento tornou-se
um sinal exterior de identificação com a corrente dominante. Há
actividades como a moda, o humor, a televisão… em que essa identificação está implícita. Neste universo de intenções só mesmo as
intenções que contam: o ministro da Administração Interna declarava
Portugal um país campeão nos direitos dos
refugiados enquanto um serviço sob a sua alçada espancava até à morte um
imigrante. Foram
precisos meses para que se rompesse a barreira do palavreado ministerial. O
mesmo acontece com Fernando
Medina, presidente
da CML, que espalhava cartazes melosos por Lisboa sobre o acolhimento aos
refugiados e enchia páginas e páginas da
propaganda da CML com esse mesmo assunto, ao mesmo tempo que o seu gabinete
enviava dados sobre refugiados às embaixadas dos respectivos países.
Para
mais muitas destas causas são-nos apresentadas como novos
direitos humanos. Ora quem de
bom senso se sente capaz de andar por aí com o rótulo colado na testa de ser
contra os direitos humanos? Na verdade não é confortável mas tem de ser
assumido pois a aprovação destes alegados novos direitos não só não traz
mais liberdade como a limita e, não menos importante, criminaliza a
discordância. O recente caso da aprovação de um relatório no parlamento europeu que faz do
aborto um direito humano (coisa muito diferente de não o
criminalizar) destina-se sobretudo a limitar a liberdade de médicos e
enfermeiros. Ou seja acabar
com a objecção de consciência. É
isso que queremos? Num outro âmbito a mesma táctica aconteceu com a
famigerada Carta dos Direitos Digitais que invocando o propósito de combater a
desinformação institui uma verdade oficial controlada por funcionários que
distribuem prémios e castigos.
A pretexto dos direitos e da defesa da
igualdade entre as diversas comunidades/tribos em que nos foram atomizando,
institucionalizam-se formas de racismo que se julgavam abolidas — em França, a
candidata socialista, a antiga jornalista Audrey Pulvar, defende que em certas reuniões se
pode pedir aos brancos que se mantenham calados, uma opção apesar de
tudo tolerante quando comparada com a da representante estudantil Mélanie Luce,
uma natural de Guadalupe, que defende reuniões segregadas racialmente.
Mal
um assunto é apresentado nesta lógica de “mais um direito humano” torna-se quase uma fatalidade inscrita do destino:
alegando defender a inclusão o Comité Olímpico Internacional aprovou sem
critério a participação da transexuais nas provas desportivas. O resultado
desta celebrada inclusão é nada mais nada menos que a exclusão
das mulheres de desportos como a halterofilia, onde os primeiros lugares nos
próximos Jogos Olímpicos irão provavelmente para homens que se apresentam como
mulheres transgénero.
Esta
unidimensionalidade, característica
dos fenómenos de moda, leva a
que abordem assuntos tão sérios quanto a mudança de sexo na adolescência com a
leveza de quem passa de calças modelo skinny para palazzo: quanto tempo será
necessário para que se investiguem as consequências da banalização desse
processo nos adolescentes? Na Suécia estima-se que os casos
de adolescentes que pretendem mudar de sexo tenham aumentado 1.500% e
neste momento discute-se se não será tempo de parar, dado o desfecho dramático
de alguns deles. Mas é quase inútil esperar que daí venha alguma reflexão. De
momento a moda manda gritar todos os dias contra a lei húngara sobre
sexualidade que obviamente tem muito que se critique mas não tem mais que a
chamada “ley trans” aprovada recentemente em Espanha. Isto para não irmos a outro tipo de legislação como é
o caso da que enquadra a eutanásia na Bélgica que a par duma prática
perturbante, quiçá criminosa, entre os velhos permite a eutanásia de crianças.
Questiona-se o próprio saber: alegando a necessidade de combater o racismo
sistémico, a universidade de Princeton
aboliu a obrigatoriedade de Latim e do Grego nos estudos clássicos (isto
equivale a num curso de Português dispensar-se o Português). Numa universidade escocesa uma aluna incorre em sanções por ter declarado que as mulheres tinham
vaginas. Na Califórnia concluiu-se agora que a preocupação com a resposta certa na Matemática é uma forma de racismo…
Ou seja a onda de intolerância e perseguição depois de ter transformados as
ditas Ciências Sociais numa sessões de agitação e propaganda varre agora as
ciências propriamente ditas.
Dada
a simpatia compreensiva de que o regime chinês goza nestes meios libertadores
será de aproveitar para indagar o que foi a Revolução Cultural chinesa.
Aconteceu há 55 anos. Para atalhar caminho, nesta floresta de enganos sempre
que nos falarem de direitos temos de perguntar pelas letras pequenas deste
contrato cada vez mais enganoso.
PS. A crónica vai longa mas gostava de recordar duas
estranhas notícias desta época balnear ainda mal começada: “26 de Junho de
2021 Um homem de 20 anos foi
esfaqueado, na tarde deste sábado, no areal da Praia Santo Amaro de Oeiras, por
um grupo de jovens que invadiu a praia, num aparente ajuste de contas, e que
fugiu antes da chegada da PSP.” “12 de Junho de 2021. Rixa entre grupos rivais faz um
ferido na praia da Conceição em Cascais PSP identificou um indivíduo suspeito
de pertencer a um dos grupos.“
LIBERDADES SOCIEDADE DIREITOS
HUMANOS
COMENTÁRIOS:
Maria araujo: Querem ser qualquer coisa desde que isso seja desculpa para tudo,
principalmente para não fazerem nada (maioria com vocação para
"artistas"), .........não se nasce homem nem mulher ,
tornam-se.....mas nasce-se gay.... e o gado repete esta teoria da treta sem
pensar o que diz!!!!!....... sleepingCat : É um verdadeiro Zoo de
géneros...: Perante tamanha diversidade, a hipótese de alguém desrespeitar um género é
mínima ou nula a não ser que as pessoas tragam na lapela uma identificação do
seu género e subgénero. Por exemplo como é que se distingue um Queer de um
Assexual e estes dos sub-géneros hetero? Uma pessoa tem de tirar um mestrado na
matéria, no mínimo, para saber comportar-se dentro do Zoo e não se sujeitar a
coimas ou à acusação de LGBTQIA+fobia... P.S.: Sem a identificação do género na lapela, uma
pessoa à vista desarmada apenas consegue distinguir homens e mulheres. E
andróginos, quando muito!
Chapada de luva branca recheada de mão peluda > Andrade QB: Há homens e há mulheres (independentemente do que
façam com o corpo, que é direito e reserva da vida privada de cada um), e há
casos psiquiátricos que em vez de se tratarem e de se resolverem com o mundo,
todo o mundo é que tem que mudar para acomodar as suas sempre crescentes e insatisfeitas
birras de LGBT-PQP. Nem eu nem nenhum hetero que conheço anda aí a fazer desfiles patéticos de orgulho e a dizer Eu faço e aconteço e "como" e não
deixo de "comer". Como acima foi
dito, é do direito e reserva da vida privada de cada um e não é motivo de orgulho nem de desfiles. É o que
é e a nossa vida não se identifica apenas
com isso, há tudo mais na vida como prioridade do que é que me atrai nos
outros. Não é preciso
estudar modernices para isso, basta
a Biologia clássica e as respostas estão lá. Tudo o resto diz direito à
Psiquiatria. E eu já conheci muitos destes pessoalmente. O que dizer de uma
mulher que diz que é homem (e vi-o no seu Cartão do Cidadão) mas que a seguir
te começa a falar na menstruação dele?
A Navalha de Occam tem a resposta: Os Homens não mestruam! Mesmo aqueles cujos
Geneticistas dizem que há ali uma confusão
nos cromossomas (e eu já tive conversas pessoais com Geneticistas sobre este
assunto). A polícia a meter-nos na linha por os desrespeitar? Primeiro, respeitem-se a eles próprios (coisas que
muitas vezes não o fazem, através de mutilações, abusos de drogas prescritas a
tomá-las todas de uma vez, etc.); segundo dêem-se ao respeito ao
apresentarem-se como Pessoas e não como uma identidade ou ideologia, e aí serão
respeitados como Pessoas. Ora, metendo a polícia nisto, acabamos no ridículo
como no Canadá: um funcionário público pode ser multado; quiçá despedido e
eventualmente preso se não se dirigir à coisa
com o pronome com que se identifica no momento. Se tens um problema, lida tu
com ele, não o vomites em birra sobre mim e faças dele o meu problema. Já os
tenho meus e suficientes, obrigado. E a polícia tem assuntos muito mais sérios
e gravosos com que se ocupar. Joaquim Almeida: Excelente alerta. Não esquecer
a natureza corrosiva da disciplina escolar Educação para a Cidadania, iluminada
pelas cores do arco-íris.,tal como a Comissão Europeia e o Parlamento europeu. Cisca Impllit: Direitos sem responsabilidade –
é qualquer coisa que eu não entendo, não alcanço. Não se sopesa o que se quer
é-o que se pode. Manuel
Joao Borges : parabéns pelo artigo sempre muito bem Alberto Pires: Um nojo este mundo....todas
estas tribos de estigmatizados não querem justamente ser tratados como iguais,
querem privilégios especiais, acima do imaginável. Do que eles estão a precisar
sei eu.... Isabel
Mª S. Marques : Parabéns pelo artigo, Helena. Mais uma vez um discurso clarividente que
mostra bem a hipocrisia de quem manda e a ignorância de quem é manipulado mas se
considera muito sábio e livre!! Nuno W: Muito bom ... que sátira
`hipocrisia reinante
Rita Salgado: "...a aprovação destes
alegados novos direitos não só não traz mais liberdade como a limita e, não
menos importante, criminaliza a discordância." É onde está a Europa e o mundo
ocidental. Muito triste e, acima de tudo, muito preocupante. A meu ver, as
universidades e os media têm grande responsabilidade neste rumo da sociedade. Maria Rita Menezes: Grande artigo! Parabéns!
Continue a denunciar estes "horrores" que, na maioria das vezes, têm
passado despercebidos. Muito obrigada. Cpts Gustavo Ferreira: Há a loucura mansa que bafeja
os neurónios de todos nós e, em princípio, não incomoda demasiado… Depois há a
loucura agitada, feroz, histérica, que é uma desgraça grande e muitas vezes
incontrolável. Pois bem, a desembaraçada jornalista H.M. está a descrever com
bastante clarividência muitos e variados sintomas que caracterizam esta última
patologia que alastra, galopante, na nossa sociedade. Esta é uma doença
programada, uma espécie de vírus elaborado há algum tempo em algumas
Universidades ocidentais, e que se lançou, oportunamente, aos quatro ventos
pelo mundo todo com o objectivo de aniquilar a nossa sociedade, os seus valores
e as suas regras ancestrais. O que é anti-natural, o que sempre foi considerado
criminoso, o aberrante e desajustado, tudo isto, e o mais que se sabe e vê,
pertence à nova cartilha a impingir como regra sacrossanta que se pretende
indiscutível e devidamente promulgada! Estamos a brincar às experiências sociais
e o resultado desta mentecapta imprevidência ver-se-á a seu tempo. Daqui por
uns 30 anos (ou bastante menos…) quem por cá andar… muito vai penar!… João Porrete: O mais interessante disto tudo
é que a totalidade das histéricas de que nos fala Helena Matos e que nos dão
cabo da cabeça com igualdade de género e feminismo vão ser as primeiras a levar
com um pontapé no traseiro em direcção às cozinhas e aos berçários mal o
cristianismo soçobre a algum autoritarismo. Isto porque jamais um autoritarismo
assentou num poder feminino. Nenhum país comunista, nenhum país fascista,
nenhum país absolutista alguma vez teve uma mulher como líder. Só me recordo de
Cleópatra, um caso muito especial, uma semideusa. São sempre machos a exercer o
poder despótico e, penso, serão sempre machos a mandar no galinheiro. Elas que
defendam o cristianismo, a sua única esperança. Paulo Alexandre : AteuJoão Porrete: Hummmm, deixa ver o tamanho da
tua aberrante ignorância... Hatexepsut (Antigo Egipto), Isabel I (Inglaterra),
Catarina a Grande (Rússia), Maria Teresa (Império Austro-húngaro) Wu Zetian
(China), entre muitas outras... Nota: o cristianismo já soçobrou e é
por isso mesmo que as mulheres têm direitos iguais aos homens. Se o
cristianismo estivesse no poder, a mulher ocidental não se distinguiria muito
da mulher do Médio-Oriente.
pedro dragone: "Os
bancos dedicam-se à causa LGBT e pintam os logos com as cores do arco-íris. Todos
querem salvar o mundo. Ninguém quer tratar daquilo que tem a seu cargo."
É a clássica manobra de
diversão para desviar as atenções de fragilidades próprias. Ainda esta semana o novo
incensado pela Comunicação Social, o vice-almirante da vacinação, utilizou a
técnica de diversão falando da sua alegada intolerância contra os malandros,
para distrair a opinião pública do irreflectido anúncio que fez da "casa
aberta" (vacinação sem marcação) para administrar segundas doses, sem que,
previamente, a Task Force que dirige tivesse garantido as condições logísticas
e operacionais necessárias para que os centros de vacinação a pudessem
realizar. O resultado foi noticiado pela comunicação social: centenas ou mesmo
milhares de pessoas que se dirigiram aos centros de vacinação, sem marcação, tiveram
de voltar para trás sem serem vacinados com a dita 2ª dose que almejavam. Francisco Tavares de Almeida: Mais um excelente artigo de
Helena Matos. A civilização ocidental - responsável pelo maior aumento de
riqueza da história, pelo desenvolvimento da liberdade individual e da
democracia liberal, também dos progressos na saúde e nas políticas sociais -
está hoje debaixo de fogo. Um dos esteios dessa sociedade, a família de raiz judaico-cristã, é hoje
alvo preferencial e já mostra sinais de enfraquecimento estrutural. Casamentos que resultam em
mais de 60% de divórcios e quebra acentuada na natalidade que, em Portugal,
atingiu no ano passado novo mínimo. Faltará ainda que pais que recusem o
tratamento hormonal a filho(a)s de 13-15 anos possam ser acusados de crueldade
e percam a tutela dos filhos para o Estado. Mas lá chegaremos, porque para lá caminhamos. Luis Martins: Concordo com a autora esta
maluqueira em que estamos metidos acabará por dar porcaria da grossa e abrir um
ferida muito profunda na civilização mais livre que existe no planeta e veremos
se não a irá destruir. Se calhar ficarão felizes quando passarem a ser tratados
"democraticamente" como no estado policial chinês ou com as liberdades
das repúblicas islâmicas... Não acordem que não é preciso! Paulo Alexandre :
Ateu: Em todas as épocas há velhos e velhas do Restelo. Que
lhe faça bom proveito, Helena! Mas vai ter de viver o resto da sua vida na
amargura de ver as sociedades crescerem e progredirem em matérias de direitos
humanos. As vossas lengalengas já não convencem ninguém. Maria Augusta >Paulo Alexandre: Ateu: Sem dúvida, camarada. Por falar
em Direitos Humanos, eu gostava de ver a comunada rebaldeira e alucinada e os
canhoto-fascistas em geral a lutar por esses direitos na ditadura comunista
chinesa ou no mundo muçulmano...pois, nem metem o bedelho!
Rita Fernandes > Paulo Alexandre : Ateu: A dissonância cognitiva destes
casos psiquiátricos é arrepiante! Fazem NADA para levar a Sociedade realmente
para a frente, e são existencialmente miseráveis que só almejam sonhos utópicos
irrealizáveis (passo a redundância) que já deveriam ter sido resolvidos no
final da adolescência. Queria ver-te era a seres Homem (atenção à maiúscula) para isso! Pegares em
baldes de massa, num serrote ou trepares a um escadote e ires realmente
participar na construção de uma Sociedade, ou ires estudar Engenharia em vez dessas coisas. Leste muito mas essas
mãozinhas não devem servir para mais nada do que para pegar no comando da
PlayStation, ler as notícias no
RedTube ou fazer dismiss aos
alarmes do telemóvel que está na altura de largar o jogo e ir enfrentar o Mundo
Real na consulta com o psicólogo. Em resumo, seres o orgulho do teu pai - se
eventualmente souberes a sua identidade, ou sequer se a tua mãe o saberá já que
essas coisas(leia-se desculpas)
do amor livre estão na moda e
depois nasce isto, hiper privilegiado,
a barafustar infantilmente que tudo isto ainda não chega e que todo o mundo é que
tem que mudar para acomodar Vossa
Obesa Excelência. É que nem sequer para formar família serves! Já dizia O Chato: Vai mas é trabalhar! Miguel
Abecassis: Bravo HM, mais um
excelente artigo a lembrar-nos as minorias que conseguem fazer aceitar as suas
opiniões pelas instituições que se consideram politicamente correctas. Também
faz lembrar o episódio bíblico de Sodom e Gomorrah. Será que estamos perante a
Apocalipse' António Sennfelt: O pensamento dito politicamente correcto prossegue o
objectivo de destruir os fundamentos ideológicos do mundo ocidental. Desde logo
a estrutura da família monogâmica, apelidada de tirania do patriarcado. Daí o
seu clamor, alegadamente libertário, pelos valores ditos identitários, sejam
eles raciais, étnicos ou sexuais. A História, a literatura, a gramática, a própria
ciência está maculada pelo pecado original do patriarcado falocêntrico! Como
verdadeiro filho bastardo do marxismo, o pensamento dito politicamente correcto
propõe-se erigir, sobre os escombros da civilização, uma nova utopia, pior
ainda das que vigoraram no século passado! Mario Almeida: O politicamente correto é uma
ideologia totalitária e a sua ligação à revolução cultural chinesa é bem
interessante. Todos são culpados, a autocrítica é apenas uma forma de
autocondenação, a autocensura não é sequer defesa, é apenas colaboração. A
resistência é fútil… já chegou a um ponto em que começamos a aceitar tudo só
para ver se se calam … mas a gritaria continua! No fundo tudo será o seu
contrário. A abolição da Declaração Universal dos Direitos do Homem … como o
próprio nome indica … um misógino texto hetropatriarcal … é já ali. As vítimas
em nome das quais a “revolução cultural politicamente correcta” é feita não
perdem por esperar. Um preto que não vota democrata não é preto e um
homossexual que não vota BE apenas “diz para aí que é gay”… os familiares dos
bascos mortos a tiro pela ETA podem explicar como funciona… aqueles a quem o
nosso enorme Francisco Louçã chamará certamente de fascistas.Estamos em 1938!
Preparem-se para levantar os bracinhos … e livrem-se de não serem os últimos a
deixar de aplaudir os nossos verdadeiros democratas. TIM DO Ó: O Ocidente está cansado.
O futuro será da
China e dos muçulmanos por décadas ou mais. A Europa será colonizada e os
EUA enfraquecerão. Cipião
Numantino: Mais um fenomenal
artigo de HM! Das incidências particulares do que perpassa aqui e agora no
ocidente já muitos dos comentadores que me antecederam brilhantemente trataram.
A mim parece-me caber, à laia de conclusão, o que a História regista e augurar
o que se seguirá na dinâmica social dos povos e da normal dialéctica que os
enquadra. Assim sendo, lembraria que a História regista que a uma acção sempre
se segue uma reacção. À colectivização militarizada e terrorista de Esparta,
opôs-se a abertura cultural e tolerância de Atenas que, derrotada por Esparta e
Tebas na célebre guerra do Peloponeso, vê esta última cidade-estado
transportar o seu pendão de abertura e tolerância, e derrotar e remeter à
total insignificância a outrora invencível Esparta de onde, chegaram até
nós, tão só, umas desalinhadas pedras na península da Lacónia nas plácidas
margens do rio Eurotas. Nada mais sobrou deste terror da antiguidade clássica. Seguindo
semelhante raciocínio à rebaldaria política e militar do estertor da
república Romana, vimos emergir o seu primeiro imperador Augusto César,
confinando e mesmo aniquilando os desmandos republicanos, colocando um
ponto quase final na licenciosidade que então grassava no império romano mesmo
entre os patrícios e classes dirigentes. Como curiosidade sabe-se que uma
matrona patrícia romana ia no seu 29º. casamento enquanto o seu actual marido
acabava de casar, com ela, pela 27ª. vez! Até por aqui, aos desmandos dos
Costas Cabrais do fim da monarquia se opôs o reviralho da Maria da Fonte a
que se seguiu a saga da implantação da república com o seu cortejo de
misérias morais e políticas em que se destacaram os alucinados Afonso Costa e o
Mata-Frades. A reacção tardou um pouco, mas chegou. Gomes da Costa e
logo a seguir o Botas de Santa Comba, trataram de colocar tudo nos eixos
com os exageros bem conhecidos e a supressão de todas as liberdades individuais.
Concluindo. Não sei se será ainda no meu tempo, mas a reacção a este calamitoso estado de coisas fatalmente surgirá. Com o total concerto de excessos
que normalmente se seguem. Alguém tratará de apertar o pipo a esta gentalha tonta
e alucinada. As reacções conservadoras, regista a História, são normalmente
bruscas e musculadas. Assim já estou bem fornecido de sacos de pipocas. Que
as reacções tardam, mas não falham. Os esquerdeiros, malandreiros,
geringoceiros e calaceiros que se ponham a pau. Eu vou assistir de camarote!...
PS- Passou quase incólume na imprensa. Um pai desesperado, perante a mudança de
sexo da sua filha praticamente adolescente, ameaçou colocar uma bomba no
hospital que se atrevesse a fazer tal operação.
Calculemos, todos nós, o desespero daquele pai! Sabendo
do sofrimento a que a sua filha estava votada para toda a sua vida e em que nem
o arrependimento mesmo que tardio concorreria para remediar a situação,
tratando-se assim de um caminho sem regresso. Estamos reduzidos a isto.
Promove-se o sofrimento de terceiros com a complacência se não mesmo o
beneplácito do estado! Quem, de entre nós, perante tal desespero não concordará
com este pai?...
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