É o que vem na Wikipédia, que consultei por não conhecer a personagem
mal(re)tratada por Alberto Gonçalves.
E o seu currículo vai
progredir vastamente exposto na Internet já, no apoio esclarecedor das
referências à sua formação em Warwick, pelo menos
no 1º ano, o que lhe trouxe a aura para junto de nós, os das berças.
O Miguelito da JS: a revelação de um
idiota /premium
Conheci Miguel Costa Matos há uns
meses. Um jornal perguntou-lhe se preferia Trump ou Xi Jinping, o prodígio
preferia o déspota chinês ao presidente americano. Percebi logo: tínhamos
idiota.
ALBERTO GONÇALVES,
Colunista do Observador
OBSERVADOR, 26 jun
2021
Não
é novidade que a nossa vida pública está repleta de idiotas, e quem achar isto
polémico é provavelmente um deles. O idiota distingue-se sobretudo pela
coerência em expelir idiotices, que possui em quantidades abundantes e em
princípio inesgotáveis. Mas não só: além do que diz, que é idiota, o modo como
o diz também é idiota. Em casos frequentes, Deus os perdoe, até a cara com que
o diz é idiota – quando diz e quando está calada. Será injusto pensar que o
idiota prospera principalmente nos ramos da política e do desporto (e no
comentário político e desportivo): sucede que as actividades em questão
beneficiam de mais notoriedade que outras, as quais certamente terão inúmeros
espécimes de apreciáveis, embora obscuros, idiotas. A história da Covid, por
exemplo, trouxe à ribalta resmas de “especialistas” cuja idiotia passava antes
despercebida em gabinetes sombrios.
É
evidente que o idiota não nasceu ontem. Ou anteontem. Embora possa haver um
aperfeiçoamento gradual das suas capacidades, não restam dúvidas de que o
rematado idiota de hoje já mostraria sinais promissores na infância e na
juventude. Um Marques Mendes ou um Fernando Medina não atingiram aquele grau de
perfeição do dia para a noite. Uma Catarina Martins e um, ou dois, Eduardo
Cabrita não caem do céu. Os “politólogos” que dissertam nas televisões têm
decerto décadas de empenho em cima. E aqueles “especialistas” em virologia que
há ano e meio alertam para o carácter decisivo “das próximas duas ou três
semanas” treinaram as “valências” (e as sevilhas) durante toda a carreira, por
sorte sem que alguém os ouvisse. A verdade é que nem sempre é possível apanhar
o idiota nas fascinantes fases em que se forma e desabrocha. Porque em geral as
televisões não exibem o processo, o cidadão comum não testemunha a transição
da larva toscamente idiota para a borboleta orgulhosa e radiante de idiotia.
É por isso que Miguel Costa Matos,
deputado do PS e chefe da Juventude Socialista, é uma excepção que se saúda, e
apetece regar com melaço quente.
Miguel Costa Matos é um meteoro a rasgar o vasto firmamento de idiotas
caseiros. Aos 26 aninhos, está para a idiotia como Pelé aos 17 e T.S. Eliot aos
23 estavam para as respectivas profissões. À semelhança do que acontecia com
estes, Miguel Costa Matos leva-nos a
questionar se existem limites à evolução, para cúmulo numa carreira política,
com margem de progressão bem superior ao futebol e à poesia. Se, no que toca a
idiotas, o PS é uma formidável escola de formação, um prodígio imediata e
fatalmente destaca-se.
Conheci
– salvo seja – Miguel Costa Matos há uns meses. Um jornal perguntou-lhe se
preferia Trump ou Xi Jinping, o prodígio preferia o déspota chinês ao
presidente americano. Percebi
logo: tínhamos idiota. E dos bons, abençoado pelo talento inato, por um
percurso profissional alheio ao trabalho, por uma fácies aparentada com a de
Jorge Lacão e pelo ar de acólito que distingue alguns dos maiores idiotas
nacionais. Notava-se que o rapaz ia longe.
E
tem ido. Desde
então, Miguel Costa Matos vem realizando o tipo de exibições de luxo que
caracterizam os idiotas eleitos (e nomeados). Nunca falha: ele é contra a
“desinformação” (leia-se é a favor da censura), ele é contra os “difusores do
ódio” (e odeia gente assim), ele é contra o “racismo” (se as cores em causa
forem as “correctas”), ele é contra o “machismo” (o que, corajosamente, o levou
a pintar os lábios de vermelho para uma fotografia: nos idiotas refinados, às
vezes os 26 anos equivalem a uma cabecinha de 5), ele é contra a carência de
regras para as prostitutas (que escreve “prostitutx”, provando que as regras do
português não o interessam tanto). E estes são os momentos banais de Miguel
Costa Matos. Os momentos restantes são puro deslumbre.
Os
aficionados da idiotia não se esquecem da recusa do idiota em aprovar o voto
de pesar pela morte de Marcelino da Mata, optando por experimentar arrepios
eróticos com a barbicha do “Che”. Nem da crítica à Hungria por proibir
cartilhas LGBT, enquanto o idiota exalta os palestinianos que enfiam
homossexuais na cadeia. Nem da aflição do idiota com ameaças gravíssimas
aos “direitos humanos” (a venda desregulada de haxixe, juro) e, em simultâneo,
a devoção beata à quadrilha que enterrou a Constituição e aboliu as liberdades
básicas. Nem da acusação ao governo de Pedro Passos Coelho, que o idiota
acha responsável pelo empobrecimento de um país que o PS arruinara antes e
volta a arruinar agora. Nem das declarações canalhas do idiota a
propósito dos 4 anos dos incêndios de Pedrógão Grande: “Não
esqueceremos. Que não deixemos que se repita” (até a gramática é idiota). Nem
da reunião por “Zoom” em que o idiota participou com máscara., decerto por
recear os vírus informáticos. Aqui há lata. Aqui há atraso de vida. Aqui há
cegueira. Aqui há obediência. Aqui há ignorância. Aqui há pulhice. Aqui há boçalidade.
Aqui há, enfim, os ingredientes essenciais ao idiota. Miguel Costa Matos não se
limita a prometer: faz questão de cumprir. A obsessão do idiota com a cannabis
não é inconsequente.
Esta
semana, disseram-me que Miguel Costa Matos realizou na TVI uma das prestações
mais ridículas desde qualquer declaração pública de Meryl Streep. Mandaram-me
um vídeo com o resumo. Fiquei fascinado. Mesmo numa terra de muitos idiotas, e
num partido com muitíssimos idiotas, o moço é um caso à parte. Em poucos
minutos, sem um lampejo do que antigamente se chamava raciocínio, espirrou
dezenas de patranhas tão delirantes, evangélicas e subservientes que
envergonhariam um servente de Maduro. Não liguem às más-línguas que
desvalorizam Miguel Costa Matos por apenas parecer idiota: ele é idiota, um
idiota perfeito e um perfeito idiota, uma esponja de reverência e clichés com
um futuro radioso num país que, por estas e por outras, não tem futuro nenhum.
COMENTÁRIOS:
Pedro Violante: Esta crónica é um deleite. 99,9% correcto. Só uma
observação: Quando o Alberto Gonçalves diz "Se, no que toca a idiotas, o
PS é uma formidável escola de formação" deveria dizer: "Se, no que
toca a idiotas, o PS é uma formidável escola de mestrado/doutorado", isto
porque, para entrar no PS, ser idiota é pré-requisito, especialmente para este
tipo de gente que, se não andasse a lamber as botas (para ser educado) dos
"Al Capones" do partido, andariam pelas ruas da amargura a pedir
esmolas. O Alberto Gonçalves também se esqueceu de incluir o mentor do
Miguel Costa Matos, o inenarrável João Galamba. Quem se esquece das figuras de
parvo e tristes que este indivíduo fazia cada vez que ia à televisão defender o
Sócrates. José
Montargil: O OBSERVADOR
com tantos anúncios está a tornar-se ilegível. Além de impingirem
obrigatoriamente anúncios, o prazer da leitura foi à vida. Já não chega a
proibição de ler os artigos, só quem paga lê, agora é a invasão total da
propaganda. Caminha para autodestruição. A M: Destes Miguéis está Portugal cheio e em todos os
partidos. A culpa é do modo que os partidos se organizam para forjar idiotas carreiristas,
subservientes e demagogos. Infelizmente somos governados por muitos destes
patetas que não se enxergam. 80% não duravam um mês na exigência de uma empresa
privada. Rui
Teixeira: A brilhante idiotia do malacueco matos ultrapassa mesmo
a do Emplastro! Snyder
Cut: Tudo dito. Maria Nunes: AG, em todo o seu
esplendor! Obrigada. Dinis Silva: Temos um belo idiota q o ps
há-de pôr como pm daqui a uns anos na senda dos génios sócrates, costa e maseratti António Reis: Análise absolutamente espectacular. Arrasadora!
Andrade QB: Boa. Rui
Lima: Miguel Costa Matos não é idiota é
socialista e para ele a liberdade não é importante nem um desígnio, por isso se
sente atraído pelo ditador chinês, ele sim é honesto diz em voz alta o que todo
o socialista é, um inimigo da liberdade. FME: Miguel Costa Matos é
um bloco de granito puro por lapidar. Os grandes artesões do PS, como são os
casos dos Tartarugas Ninjas da AR e do SEF, vêem neste calhau uma peça perfeita
para os seus escopros trabalharem, e quem sabe, se daqui a alguns anos, o agora
Miguelito não virá a ser Miguelão, um novo Tartaruga Ninja responsável pela
sexta bancarrota do país!
António Reis > FME: Brilhante!!
:😂😂😂
de facto é preferível rir do que chorar e ninguém melhor que o Alberto
Gonçalves para pôr o nome aos bois/boys.
O idiota em questão está lançado para igualar, se não
mesmo superar a boçalidade, a grosseria, a arrogância e alarvidade dos seus
modelos como sejam Galamba, Ferro Rodrigues ou Cabrita. É esta a inteligentsia que nos
rege. Estamos
entregues à bicharada... Cupid Stunt: Do pouquíssimo que
conheço do personagem, concordo inteiramente com o AG. Só me faz espécie, como
é que alguém se pode deixar ir na conversa de tão chapado idiota e como é que
esse idiota tem tanto palco. Francisco
Miguel Colaço > Cupid Stunt:
Idiotas admiram-se entre si. Eis a explicação para a
sua dúvida. Não
podemos pedir a um povo com uma percentagem significativa de idiotas que não se
embasbaque pelos seus maiores. Infelizmente, quem não é intrinsecamente idiota
tende a abster-se, o que o faz duplamente idiota. Miguel Sanches: Mais uma pérola do
Alberto Gonçalves. Recorda-me o saudoso Vasco Pulido Valente, quando, na
primeira reacção à eleição para deputado do beato Louçã, escreveu: "agora também idiotas eleitos. São da mesma tribo.
Desculpem-me, mas se o voto nos dá disto, vou ali e volto já... Francisco Miguel Colaço > Miguel Sanches: Não é o seu voto
que dá nisto, mas o voto dos outros. Se o caríssimo for ali dar uma volta e
deixar de votar, ainda agrava o problema.
NOTAS DA INTERNET:
Miguel Costa Matos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Miguel
Costa Matos, deputado
à Assembleia da
Repúbica pelo Partido
Socialista, Secretário-geral da Juventude
Socialista, deputado mais novo do parlamento português com 26 anos, nascido
em 1994, Lisboa.
Licenciado
em Filosofia, Política e Economia pela Universidade de Warwick e Mestre em
Economia pela Universidade
Nova de Lisboa.
Em Warwick foi Representante do 1º ano no Conselho de Estudantes da Associação de
Estudantes. Em fevereiro 2013, foi eleito Representante dos Estudantes de
Licenciatura da Faculdade de Ciências Sociais. Em 2014 foi reeleito para esta
função.
Entre
setembro 2017 e outubro 2019 foi adjunto económico no Gabinete do Primeiro-Ministro.
Na antecâmera da eleições legislativas de 2009
colaborou na elaboração do Programa Eleitoral do PS.
Foi eleito Presidente da Federação da Área
Urbana de Lisboa da Juventude Socialista em 2017 e reeleito em 2019. É autarca
na Assembleia de Freguesia da União das Freguesias de Carcavelos e Parede e na
Assembleia Municipal de Cascais.
Em
2019, foi eleito Deputado da Assembleia da República, eleito pelo PS no círculo
eleitoral de Lisboa. Integra a Comissão de Orçamento e Finanças e a Comissão do
Ambiente. Liderou o Grupo de Trabalho das Comissões Bancárias onde se
regulou as comissões bancárias do MB Way e os contratos de crédito.
Faz
parte da equipa que está a elaborar a Lei de Bases do Clima.
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