sexta-feira, 4 de junho de 2021

Uma curiosidade


Venham os corais negros a levantar-nos o moral das nossas amostras de penúria e penas!... Venha o "mar salgado" ainda, demonstrar-nos se "Valeu a pena" - "tanto do" seu "sal" das "lágrimas de Portugal" - e se o nosso céu ainda poderá nele "espelhar-se", mesmo apoiado em negrume, a proteger-nos...

BIODIVERSIDADE

Cientistas descobrem floresta de corais negros no mar dos Açores Uma investigação científica no mar dos Açores descobriu florestas de corais negros semelhantes às florestas de sequóias norte-americanas. Os cientistas consideram que são “símbolos” da biodiversidade existente nos mares da região.

LUSA

PÚBICO, 3 de Junho de 2021

Cientistas descobriram uma floresta de corais negros no fundo do oceano nos Açores idêntica à floresta de sequóias dos Estados Unidos da América

RUI SOARES/ARQUIVO

 

Os cientistas que embarcaram numa campanha de investigação científica que decorreu durante 14 dias no mar dos Açores descobriram uma floresta de corais negros no fundo do oceano, idêntica à floresta de sequóias existente nos Estados Unidos da América.

“Nós descobrimos zonas que podem ser comparadas às florestas de sequóias que existem nos Estados Unidos”, revelou esta quinta-feira Telmo Morato, investigador do Instituto Okeanos, da Universidade dos Açores, durante uma conferência de imprensa realizada na cidade da Horta, na ilha do Faial, para apresentação dos resultados de uma campanha oceanográfica realizada a bordo do navio holandês Pelagia, durante as últimas duas semanas.

Segundo o investigador açoriano, o mar dos Açores dispõe de florestas de corais negros semelhantes às florestas de sequóias norte-americanas, isto de acordo com os “primeiros resultados preliminares” resultantes das análises efectuadas durante a campanha de investigação internacional nos mares da região.

“Ainda temos pela frente alguns meses de trabalho para processamento das amostras recolhidas durante esta campanha”, explicou Telmo Morato, recordando que “uma hora de vídeo no mar” corresponde, normalmente, “a um dia de trabalho em terra”.

Segundo este investigador do Okeanos, as primeiras análises demonstram que estas zonas do mar profundo, associadas à Crista Médio Atlântica, são zonas de “grande produtividade, que albergam grandes densidades de organismos e uma biodiversidade muito grande.

“Descobrimos e encontrámos coisas que já não pensávamos encontrar nos Açores nesta altura, como os grandes jardins de corais negros, que podem viver vários milhares de anos”, realçou aquele investigador, considerando que este projecto “tem sido muito benéfico para a comunidade oceanográfica”.

O ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, também presente na conferência de imprensa, entende que “é importante proteger estes habitats”, nomeadamente, os “jardins de corais negros, nesta zona do Atlântico”, que considerou serem “símbolos” da biodiversidade existente nos mares da região.

“É preciso investir mais e mais na investigação oceânica”, insistiu o governante, acrescentando que o objectivo destes projectos científicos é garantir que os oceanos continuam “saudáveis”.

A expedição científica decorreu entre 18 de Maio e 2 de Junho, ao longo da Dorsal Médio-Atlântica, na região dos Açores, e incluiu levantamentos batimétricos, captação de imagens com a missão de cartografar os fundos marinhos, identificar novas áreas que se enquadrem na definição de ecossistemas marinhos vulneráveis determinar o seu estado ambiental.

A expedição oceanográfica, denominada “Eurofleets+ IMAR: Avaliação integrada da distribuição dos Ecossistemas Marinhos Vulneráveis ao longo da Dorsal Médio-Atlântica na região dos Açores”, conclui que esta zona do arquipélago “poderá suportar mais vida e diversidade” do que estudos anteriores apontavam.

TÓPICOS

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NOTAS DA INTERNET

Antipatharia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Antipatharia é uma ordem de Anthozoa (corais pertencentes ao filo Cnidaria) de profundidade e com aspecto de arbustos relacionados com as anémonas. Apesar de ocorrerem essencialmente nos trópicos, podem também ser encontrados em águas não-tropicais pouco profundas, como em Milford Sound, Nova Zelândia, onde podem ser observados a partir de um observatório subaquático.

Os membros desta ordem, apesar de possuírem um tecido vivo com colorações brilhantes, possuem um esqueleto de cor negra ou castanha escura. Devido a isto são também conhecidos como corais negros. Uma outra característica única deste grupo são os pequenos espinhos que revestem a superfície do seu esqueleto, pelo que também podem ser chamados de corais espinhosos.

Em havaiano, o coral negro designa-se ‘ēkaha kū moana e é a pedra preciosa oficial do estado do Hawaii. O coral negro encontra-se incluído no Apêndice II da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES).

 

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