Venham os corais negros a levantar-nos o
moral das nossas amostras de
penúria e penas!... Venha o "mar
salgado" ainda, demonstrar-nos se "Valeu a pena" - "tanto do" seu "sal" das "lágrimas de Portugal" - e se o nosso céu ainda poderá nele "espelhar-se", mesmo apoiado em
negrume, a proteger-nos...
Cientistas descobrem floresta de corais
negros no mar dos Açores Uma investigação científica no mar dos Açores
descobriu florestas de corais negros semelhantes às florestas de sequóias
norte-americanas. Os cientistas consideram que são “símbolos” da biodiversidade
existente nos mares da região.
PÚBICO, 3 de Junho
de 2021
Cientistas descobriram uma floresta de
corais negros no fundo do oceano nos Açores idêntica à floresta de sequóias dos
Estados Unidos da América
RUI SOARES/ARQUIVO
Os
cientistas que embarcaram numa campanha de investigação científica que decorreu
durante 14 dias no mar dos Açores descobriram uma floresta de corais negros
no fundo do oceano, idêntica à floresta de sequóias existente nos Estados
Unidos da América.
“Nós
descobrimos zonas que podem ser comparadas às florestas de sequóias que existem nos Estados Unidos”, revelou esta
quinta-feira Telmo Morato, investigador do Instituto Okeanos, da Universidade dos Açores, durante
uma conferência de imprensa realizada na cidade da Horta, na ilha do Faial, para apresentação dos
resultados de uma campanha oceanográfica realizada a bordo do navio
holandês Pelagia, durante
as últimas duas semanas.
Segundo o investigador açoriano, o mar dos Açores dispõe de florestas
de corais negros semelhantes às florestas de sequóias norte-americanas, isto de
acordo com os “primeiros resultados preliminares” resultantes das análises
efectuadas durante a campanha de
investigação internacional nos mares da região.
“Ainda
temos pela frente alguns meses de trabalho para processamento das amostras
recolhidas durante esta campanha”, explicou Telmo Morato, recordando que “uma hora de vídeo no mar”
corresponde, normalmente, “a um dia de trabalho em terra”.
Segundo
este investigador do Okeanos, as primeiras análises demonstram que estas zonas do mar profundo,
associadas à Crista Médio Atlântica, são zonas de “grande produtividade, que
albergam grandes densidades de organismos e uma biodiversidade muito grande”.
“Descobrimos e encontrámos coisas que já não pensávamos encontrar
nos Açores nesta altura, como os grandes
jardins de corais negros, que podem viver vários milhares de anos”, realçou
aquele investigador, considerando que este projecto “tem sido muito benéfico para a comunidade oceanográfica”.
O ministro
do Mar, Ricardo Serrão Santos, também
presente na conferência de imprensa, entende que “é importante proteger estes habitats”,
nomeadamente, os “jardins de corais negros, nesta zona do Atlântico”, que
considerou serem “símbolos” da biodiversidade existente nos mares da região.
“É
preciso investir mais e mais na investigação oceânica”, insistiu o
governante, acrescentando que o objectivo destes projectos científicos é garantir que os oceanos continuam “saudáveis”.
A
expedição científica decorreu entre 18 de Maio e 2 de Junho, ao longo da Dorsal
Médio-Atlântica, na região dos Açores, e incluiu levantamentos
batimétricos, captação de imagens com a missão de cartografar os fundos
marinhos, identificar novas áreas que se enquadrem na definição de ecossistemas marinhos
vulneráveis determinar o seu estado ambiental.
A
expedição oceanográfica, denominada “Eurofleets+ IMAR: Avaliação integrada da distribuição dos Ecossistemas
Marinhos Vulneráveis ao longo da Dorsal Médio-Atlântica na região dos Açores”,
conclui que esta zona do arquipélago “poderá suportar mais vida e
diversidade” do que estudos anteriores apontavam.
TÓPICOS
BIODIVERSIDADE CIÊNCIA AÇORES OCEANO BIOLOGIA MAR PROFUNDO CONSERVAÇÃO DA NATUREZA
NOTAS DA INTERNET
Antipatharia
Origem: Wikipédia,
a enciclopédia livre.
Antipatharia é uma ordem
de Anthozoa (corais pertencentes ao filo Cnidaria) de
profundidade e com aspecto de arbustos relacionados com as anémonas. Apesar de ocorrerem essencialmente nos trópicos,
podem também ser encontrados em águas não-tropicais pouco profundas, como em Milford Sound, Nova Zelândia, onde podem ser observados a partir de um observatório
subaquático.
Os membros desta ordem, apesar de
possuírem um tecido vivo com colorações brilhantes, possuem um esqueleto de cor
negra ou castanha escura. Devido a isto
são também conhecidos como corais
negros. Uma outra característica única deste grupo são os
pequenos espinhos que revestem a superfície do seu esqueleto, pelo que também
podem ser chamados de corais
espinhosos.
Em havaiano, o coral negro designa-se ‘ēkaha kū
moana e é a pedra
preciosa oficial do estado do Hawaii. O
coral negro encontra-se incluído no Apêndice II da Convenção sobre o Comércio
Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES).
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