Brilho e coragem nestes escritos de Jaime Nogueira Pinto. E uma
seriedade que requeria atenção presente para um país futuro, num sentido de
participação prática deste Homem de valor numa reconstrução social realmente visível,
em seriedade intelectual e moral. Um HOMEM que merecia que a Pátria o chamasse,
para formar uma verdadeira ESCOLA. Mas hoje, só através do jornalismo é que a
sua acção se torna mais visível, e sempre sujeita às “vaidades irritadas e
irritantes” dos que, com o seu magro cibo de uma ideologia em moda, se arrogam
no direito desafiar e desprezar, indiferentes ao país, de cuja pelintrice intelectual
fazem parte, afinal, bem retratados nas botas pontiagudas ao jeito estrangeiro,
descritas n’OS MAIAS.
150 anos de civilização /premium
Já não há conferencistas neste grande
e fluido casino sem fluidez para quem não quer jogar, e os manifestos não são assinados;
são anónimos e colectivos, já que denunciam e anunciam “a única verdade".
JAIME NOGUEIRA
PINTO OBSERVADOR, 11 jun 2021,
00:1038
Passam
agora 150 anos sobre as famosas conferências do Casino, em que uma geração, a Geração de 70, se
afirmou, rompendo com o que seria o conservadorismo da época.
Era uma geração contestatária, progressista, crítica, e as
“Conferências Democráticas do Casino Lisbonense”, de 1871, eram iniciativa do
grupo. Integravam o grupo, ou o Cenáculo, muitos dos que viriam depois a ser
reconhecidos como o escol da época: Antero de Quental, Eça de Queirós, Jaime
Batalha Reis, Oliveira Martins e dois futuros presidentes da República – os
primeiros – Teófilo Braga e Manuel de Arriaga.
Tinham
vinte anos e queriam denunciar o atraso português e anunciar as novas ideias
que então circulavam e imperavam na Europa. E eram ambiciosamente solenes nos
objectivos:
“Abrir
uma tribuna onde tenham voz as ideias e os trabalhos que caracterizam este
movimento do século, preocupando-nos sobretudo com a transformação social,
moral e política dos povos; ligar Portugal com o movimento moderno, fazendo-o
assim nutrir-se dos elementos vitais de que vive a sociedade civilizada;
procurar adquirir a consciência dos factos que nos rodeiam na Europa; agitar na
opinião pública as grandes questões da Filosofia e da Ciência modernas; estudar
as condições de transformação política, económica e religiosa da sociedade
portuguesa.”
Ao
reler a agenda dos conferencistas, não podemos deixar de pensar nas vezes em
que fomos vendo repetida em manifestos políticos e intelectuais esta mesma
urgência obsessiva de nos pôr a par das “nações civilizadas” da Europa. Os
conteúdos podiam ser diferentes, por vezes até opostos, mas a urgência de
civilizar Portugal não mudava.
Seria
assim na República e no início da Ditadura Militar, com as proclamações dos modernistas e da
revista Ordem Nova, de Marcello Caetano, ou dos “Seareiros”. Seria também assim despois, com os liberais
europeizantes e tecnocratizantes do marcelismo. E, mais tarde, com o rol de
manifestos maoistas, trotskistas, estalinistas, moderados, europeus,
neoliberais, que foram surgindo nesta Terceira República de Abril que, a mais
de dois anos de distância, já tem comissões nomeadas para as comemorações
cinquentenárias.
Em
todos estes manifestos persistem duas ideias: a de que o Portugal
herdado é um país imbecilizado, reaccionário, anquilosado, meio mediévico,
bárbaro ou mesmo primitivo e a de que o grupo de inovadores preocupados que
denuncia o atraso, gente viajada e instruída, o vai reformar e modernizar para
que finalmente se torne “europeu” e “civilizado” ou para que, recorrendo à
incorrecta expressão de Almada Negreiros, deixe finalmente de ser “a África
reclusa dos europeus”.
Vinte anos depois
Que
Portugal precisa de reformas não restam dúvidas. Não nos restam a nós agora e não restavam então a
todos os que o foram querendo reformar. Mas para os pioneiros de há 150
anos, a ânsia modernizadora dos vinte anos foi sendo pesada e repensada e a
ideia de civilização foi evoluindo com os anos ou arrepiando caminho. E não
deixa de ser curioso que, vinte anos passados sobre as Conferências, e sob o
choque do Ultimatum, quase todos eles mudassem; não só no seu desdém por
Portugal, mas também, saindo das suas redomas elitistas, na procura de soluções
que excedessem a simples “cópia servil dos países mais avançados da Europa”.
E em 1884, Eça de Queirós fez um mea-culpa, confessando, numa carta a
Oliveira Martins, o seu provinciano “francesismo”:
“Eu
mesmo não mereço ser exceptuado da legião melancólica e servil dos imitadores.
Os meus romances, no fundo, são franceses, como eu sou, em quase tudo, um
francês – excepto num certo fundo sincero de tristeza lírica que é uma
característica portuguesa, um gosto depravado pelo fadinho e no justo amor do
bacalhau com cebolada. Em tudo o mais, francês de província (…) eu fui educado
e eduquei-me a mim mesmo com livros franceses, ideias francesas. Da gente
portuguesa conheço apenas a alta burguesia de Lisboa – que é francesa e que
há-de pensar à francesa – se algum dia vier a pensar. Como é feito por dentro o
português de Guimarães e Chaves? Não sei. O Padre Amaro é mais adivinhado do
que observado”.
Esta
reacção crítica do “afrancesado” Eça ao francesismo, uma reacção que o leva a
idealizar, numa espécie de contrastante utopia rústica com a ultra-civilizada e
ultra-privilegiada vida parisiense, o Portugal que o Jacinto de A Cidade e as
Serras encontra em Tormes, ou o limes imperial e colonial africano onde Gonçalo
Mendes Ramires acha redenção para os pecados familiares e nacionais, leva-o
também a definir nas Últimas Páginas o seu Portugal como um país “traduzido
do francês em calão”. E o seu é um volte-face cultural, mas também
político, que toca parte da Geração de 70.
Camilo,
a face e o braço realistas dessa utopia rústica queirosiana, dando-nos o
Portugal profundo, rústico, dos morgados miguelistas da Brasileira de Prazins ou
dos heróis e heroínas românticos sombrios, mortos por amor e pela tuberculose,
também se indignava com o luso afrancesamento. Como é que um Portugal que, 50 anos antes, enfrentara
ferozmente os soldados de Napoleão, um Portugal “de onde pululavam Viriatos
como tortulhos bravos quando chove!”, mudara tanto; e mudara ao ponto de “já
todos trajarmos à francesa e pensarmos francesamente”.
Oliveira Martins, um realista com muitos e vastos interesses
intelectuais, também ultrapassou o radicalismo de 1870, abandonando
progressivamente o socialismo utópico de Proudhon e o republicanismo iberista,
para posições próximas do chamado socialismo catedrático alemão, e de um
monarqusimo kaiseriano à Bismarck. Reagiu
também a um certo negativismo crítico em relação à expansão e passou a
valorizar, através da biografia de “heróis” históricos e numa pedagogia
nacional, figuras exemplares como o Condestável, os Filhos de D. João I, D.
João II, Febo Moniz. Ao mesmo tempo, viveu uma progressiva translação da
cultura francesa para a alemã, com especial atenção a Hegel e à sua obra. E por
exercício de razão prática e historicista, foi-se aproximando das soluções
autoritárias e da fórmula “um pensamento servido por uma espada”, que
alguns partidários do Estado Novo iriam glosar.
Antero permaneceu o mais idealista de todos. O autor das Causas da Decadência dos Povos
Peninsulares era um espírito inquieto, permanentemente perturbado pelas
angústias e questões metafísicas e animado pela necessidade de justiça social e
definia-se politicamente por um socialismo democrático que, na sua raiz inspiradora,
tinha muito de evangélico – e que por isso nunca aceitaria as versões
“científicas” e violentas da “luta de classes” e da conquista armada do Estado. E se lhe repugnava uma sociedade estática
– governada pela injustiça, pelo privilégio, pelo parasitismo – também não
assumia a versão maniqueísta do marxismo revolucionário.
Vinte
anos depois das Conferências do Casino, alguns dos jovens da Geração de 70,
já homens maduros ou a irem para velhos pelos cânones do tempo, estariam entre
os Vencidos da Vida, um grupo que jantava entre o Café Tavares e o Hotel
Bragança. Lá veríamos Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro, os
condes de Sabugosa, de Arnoso, de Ficalho e de Mafra e o marquês de Soveral.
Eça juntar-se-ia ao grupo em 1889. Eram
agora um grupo jantante que queria, além de jantar e conversar, influenciar o
príncipe D. Carlos, herdeiro do Trono, para que fosse ele o instrumento da
mudança. Estas
gerações “estrangeiradas” sempre existiram por cá e sempre quiseram sacudir o
país para o pôr ao ritmo da Europa e do Mundo. Quiseram-no os estrangeirados do século
das Luzes, os liberais do Primeiro Romantismo, com o Herculano e Garrett, os
conferencistas do Casino. E, no século XX, os integralistas, os modernistas, os
católicos progressistas, os “europeus”.
Houve sempre uma intelligentsia que, entre o idealismo, a originalidade
e o pedantismo, procurou impor-se como motor de mudança. Mas de Verney e
Ribeiro Sanches a Herculano e Antero, dos modernistas do Orpheu aos Seareiros e
a António Sérgio, sempre foram seres pensantes e com sentido de patriotismo e
bem público, mesmo quando estavam enganados.
O
grande casino
A tragédia é o que agora nos chega do grande casino norte-americano
do puritanismo radical. E chega-nos já em calão e sem que seja sequer
exigida qualquer tradução, adaptação ou pensamento intermédio. Ao
contrário: tradução, adaptação e sobretudo pensamento são actividades
particularmente desencorajadas.
E,
no entanto, é isto o que nos chega agora como “modernidade” e “civilização”.
A forma é inquisitorial e maniqueísta e não pode nem deve ser
questionada. A linguagem é neutra e inclusiva e é para ser adoptada. A
auto-culpabilização pessoal e histórica é obrigatória; a individualidade e a
especificidade cultural ou nacional, se o individuo, o grupo ou a nação em
questão fizerem parte do Index, são banidas, o pensamento é inibido e a
consciência negada. Tudo
em nome de uma vaga, descarnada, e irrealista ideia de bem global e paritário
num mundo-parque temático de infinitas possibilidades e perpétuo consumo.
Não
há conferencistas neste grande e fluido casino sem fluidez para quem não quer
jogar, e os manifestos, aqui, não são assinados; são anónimos e colectivos, uma
vez que denunciam e anunciam “a verdade”, a “única verdade”. Quem os apresenta são pessoas-arco-iris,
seres-cartaz que, por raça ou opção sexual ou política, encarnam o capital de
denúncia requerido por capatazes que, na rua, nos jornais, no ciberespaço, nos
parlamentos servem um fanatismo primário e persecutório. Não há
aqui subtilezas, nem compreensões ou contextualizações e muito menos
reconsiderações, mudanças de atitude ou de pensamento – uma vez que não há pensamento, só a verdade, e a verdade
é simples e inquestionável e já nos chega previamente definida. O que nas proclamações e manifestos passados podia
identificar-se como blague, estratégia, procura de efeito de choque para épater
le bourgeois, não existe já, nem pode existir porque o pensamento totalitário
não admite nem processa desinformações ou excessos de informação ou de
formação. Como não admite adversários, dissidentes ou sequer indiferentes.
É contra esta agressão que temos de
defender a nossa História, as nossas liberdades e os nossos valores, desde logo
a liberdade de expressão, orwellianamente ameaçada por documentos garantistas,
como a Carta Europeia dos Direitos Humanos, que passou sem oposição no nosso
Parlamento. Ou como o
“Relatório sobre a situação da saúde e direitos sexuais e reprodutivos no âmbito
da saúde da mulher” da União Europeia, que, com o reconhecimento do “direito ao
aborto”, pede a redefinição da objecção de consciência como “negação de
assistência médica”. Enfim, verdadeiros tratados sobre a Decadência
dos Povos Ocidentais, pináculo de 150 anos de civilização, com os
promotores da mentira a exigirem que não pequemos contra a verdade e os
promotores da morte a exigirem que nos proclamemos Vencidos da Vida.PUB
HISTÓRIA CULTURA LIBERDADES SOCIEDADE
COMENTÁRIOS
José Miranda: Mais uma vez excepcional. Que Deus lhe dê muitos anos de vida e com esta lucidez
e sabedoria. Álvaro Aragão Athayde: Pois, os da Serra e os da Costa sempre existiram.
No princípio, para os da Serra,
a modernidade estava em Leão e, para os da Costa, estava em Lisboa, que
importava tomar e tomada foi, em 1147. Depois, ao longo destes quase 900 anos,
para os da Serra a modernidade sempre esteve no quadrante nordeste, e, para os
da Costa, no quadrante sudoeste. Quanto à Nova Moda Americana há que lembrar
que a cidade que conhecemos pelo nome de Nova Iorque foi fundada com o nome de Nova
Amesterdão e que os Puritanos na Nova Inglaterra, originalmente conhecida por
Novos Países Baixos, são descendentes dos Cabeças Redondas da Inglaterra dos
Cromwell. Rui Lima:
Não só somos bem
servidos em português, como JNP é uma grande figura da cultura portuguesa tem
um conjunto de livros que merecem leitura e serão mais que uma dezena, já as
suas crónicas são de uma outra dimensão. João Alves: Talvez deixar de querer
‘reformar’ e ‘civilizar’ Portugal, afrancesando-o, quer directamente, quer por
intermédio da academia norte-americana. Alexandre Guedes da Silva: Simplesmente .... simples.
Obrigado, Al. João
Carlos: Sr. Professor
Jaime Nogueira Pinto, enorme respeito pelos seus escritos. Dos poucos que sabe
daquilo que escreve Old
Dog: Grande texto, este sim é o fiel
representante do 28 de Maio e todos os dias faz a apologia do estado novo, que
tal como ele já acabou e está caduco. Vá
não se esqueçam de pagar os serviços de quem tanto os entretém com tantas
tretas e desvarios. António
Maria de Carvalho > Old Dog: Grande comentário, este sim, fiel representante da
grandeza intelectual dos que fazem a apologia das virtudes cantantes de Abril,
do politicamente correcto e da Verdade que não se discute que lhe serve de
base. Pode ir receber o que lhe pagam ...
Old Dog > António Maria de Carvalho: Sabe o meu livre pensamento não
tem preço, assim como a minha contribuição para a liberdade e democracia também
não. Eu vivo para o nós, ao contrário de si que defende o eu.
Espero que seja um português da direita esperta, caso
contrário estive a perder o meu tempo.
António Maria de Carvalho > Old Dog: Aqui estou eu para me auto-elogiar ao agradecer-lhe
ter perdido tempo comigo! Não me considero de direita, por vários motivos.
Muito menos da sua esquerda, porque em vez de debaterem ideias injuriam e
ofendem as pessoas. Albino
Mulato > Old Dog: A sua contribuição para a liberdade? Essa não lembrava
nem ao diabo.Tem sido um contributo e peras. O que seria a liberdade neste país
sem o seu contributo? Mario
Areias: Grande texto.
Parabéns. Questiono-me quando e como vai isto tudo dar a volta?. Carminda Damiao: Mais uma vez um excelente
texto. Parabéns. Maria
Nunes: Excelente, JNP.
Sugiro um livro com todas as crónicas que escreve no Observador. Assim,
ficariam à disposição de todos os que o quisessem ler. Vladimiro Mouzinho > Maria Nunes:
Concordo ! E não só as do Observador , mas
sim as outras espalhadas por aí .
V. Oliveira > Maria Nunes:
Concordo com as sugestões de
Maria Nunes e Vladimiro Mouzinho!
José Carvalho: Artigo fora de série, ainda que o seu autor nos
proporcione séries de excelentes escritos. Saúdo a sua nota de esperança "É contra esta agressão que temos de
defender..." porque se perdemos a esperança, triunfarão os porcos. delio morgado: JNM é mesmo uma mente brilhante
, cada artigo nos surprende pela sua profundidade. Obrigado JNM ! miguel cardoso: Eu, velho ainda de cultura
francesa, fiquei literalmente "bouleversé ", com este extraordinário
artigo revelando atenção e inteligência em relação à História e ao mundo. Do
coração, parabéns. Simplesmente
Maria: O que dizer
quando a excepcionalidade de Jaime Nogueira Pinto nos diz tudo? Apenas
agradecer e numa escala mínima e individual lutar contra a agressão que nos
está a ser imposta. Old
Dog > Simplesmente Maria: A democracia para esta cidadã é
uma imposição. Liberdade, é aquilo que ela nos quer impor com a sua vontade
única. Oh Maria, simplesmente patética. José Veiga: Parabéns mais uma vez JNP! Quanto
a defendermos a história, vai ser complicado, Orwell vem a caminho… Assim o que
vejo é que estamos em vias de deixar de ser considerados os pioneiros da
globalização com os Descobrimentos (palavra já maldita na novilingua), “
aventura” que alguém já comparou à conquista do espaço, para passarmos a ser
esclavagistas e terroristas. Vieira já pagou o dízimo na sua estátua. Um
ilustre no mundo socialista, pejado de cargos e deputado na A.R., quer ou
queria estoirar com o Padrão dos Descobrimentos. Na calha para terrorista-mor
deve estar Afonso de Albuquerque, que além do mais tem o azar de se fazer
recordar por uma estátua. Igualmente na calha, de gestão mais difícil mas não
impossível, vai ser limpar o nome do “Dia de Camões e das Comunidades”; a Rua
Jau que vai dar ao que foi o meu antigo liceu, não correrá risco de renomeação,
mas já o mesmo não direi do simbólico túmulo do seu amado amo, que nem os
Jerónimos poderão conseguir defender, pois neste campo a ousadia não tem
limites e o que parece impensável acontece… Mesmo os Jerónimos, não sei… Mas
resta-nos sempre o Mosteiro da Batalha. Ou será que não? Não está lá o túmulo do Infante? josé maria: É muito curioso ver JNP
criticar a "única verdade", mesmo muito curioso... José Paulo C Castro:
O artigo é excelente mas
falta-lhe a perspectiva fundamental na descrição da nova realidade: a ascensão
do quarto poder a dominador sobre os outros três. Um poder não regulado, não
democrático, invasivo e omnipresente, que não assume um carácter estatal, como
em Orwell, mas supra-estatal. Necessariamente, usa o globalismo como forma
política mas é mais do que isso: é centralismo hierárquico global. Joaquim Almeida > José Paulo C Castro: Talvez num ensaio. Ou em
próxima crónica: "como escrevia na parte final..." advoga diabo. Na verdade hoje há Conferências
em excesso, a banalização global destes dias. Acontece que o saudosismo
endémico cega JNP. Manuel
Ferreira21: Brilhante artigo.
Uma perspectiva do passado que nos ajuda a compreender o presente. Só com muita
cultura podemos entender os tempos de hoje para além dos "modismos"
de circunstância. São tempos preocupantes em que os pós-modernos recuperaram Nietzsche
e nos servem um mundo sem Deus e Razão. A epistemologia Ocidental está em grave
crise e a transição para a epistemologia Chinesa não se fará sem guerra. bento guerra: Não há
"Betconferences"? VICTORIA ARRENEGA: Artigo
fantástico. Aliás outra coisa não se espera de Jaime Nogueira Pinto. É o fim de
ciclo. O que nos espera? Sabe-se lá. Uma coisa é certa: a sociedade continua
sempre a ser uma entidade viva e como tal arranjará o seu processo de cura. Não
se pode manter uma ideia, uma causa, quando se verifica o quão profundamente
errada está. A.l.
Sameiro: Excelente! Brilhante!
Há muito tempo que não lia um "naco" de prosa com esta qualidade. Rita Belen: excelente! Américo Silva: Uma análise detalhada às
conferências do casino ilustra bem uma geração de inúteis com pretensões de
superioridade intelectual, produzida em fornada na universidade de Coimbra,
apelidada com justeza de "Reino da Estupidez", Uma geração que defendia
a tirania do marquês, que suprimiu o ensino médio em Portugal, e fez de Coimbra
uma fábrica de bacharéis, muito capazes de estender a ignorância e
obscurantismo a todo o país. Apropriou-se das inovações industriais e
explorações naturalistas de D. João V, fez concessões monopolistas a
estrangeiros, e associado ao peco mental do D. José aterrorizou o país. Como
estes dois nunca pagaram os crimes que cometeram, o sangue dos inocentes caíu
sobre as nossas cabeças. Joaquim
Almeida> Américo Silva: Luz e sombra do mesmo dia... Teresa Monteiro > Américo Silva : Tive a honra e o privilégio de ter este Senhor como
Professor! Cultíssimo, excelente mestre, com um conhecimento extraordinário da
História! Sim, porque a História não é apenas uma sucessão de contos. Tem de
ser analisada à luz da época, do contexto mundial e até da comparação! E, acima
de tudo, com isenção! Joaquim Almeida: Excelente. É para ver
publicados artigos de pedagogia cívico-política desta qualidade que assino o
Observador. Presumo que inúmeros assinantes gostariam, como eu, de ver este artigo
aberto a todos os leitores. António
Moreira > Joaquim Almeida: Eu Idem! V. Oliveira > Joaquim Almeida: Exacto e de acordo!
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