Ao colaborar cientificamente na dimensão
machista do Homem, cujos genes estão partilhados no cérebro e no sexo masculino,
segundo o texto infra, a Mulher retirada, ao que parece, dessas partilhas de
virilidade na questão dos genes, estes nela concentrados exclusivamente e
impotentemente no cérebro, daí, provavelmente, a causa da sua feminilidade
descurada de potência, ao longo dos séculos, justificando-se assim o fortalecimento
do poderio machista imposto nas sociedades, de que o próprio Alcorão é
testemunho não só literário mas implicativo de orientação cérebro-testicular
desde o confim dos tempos imposto nas sociedades. Modernamente, todavia, a
mulher consegue impor um estatuto intelectual de bastante proeminência, prova,
talvez, dessa concentração das suas proteínas nos seus neurónios apenas, sem
partilha que preste com outras partes corpóreas. Será assim? O que a ciência
descobre, até na justificação das prerrogativas sociais!
O que têm o cérebro e os testículos
em comum? Cientistas descobrem que são os órgãos com maior número de genes iguais
As proteínas. Mais do que entre
quaisquer outros dois tecidos do organismo. Isto pode ter tido um papel na
evolução do homem ou até no desenvolvimento de doenças em ambos os órgãos.
OBSERVADOR,
08 jun 2021
Os neurónios e os espermatozoides têm mais de 5 mil
proteínas em comum
Um armazena memórias, cria pensamentos e gera discursos. O outro
produz espermatozoides e é uma parte essencial da reprodução. E poderíamos continuar a enumerar as diferenças
entre os dois órgãos — cérebro e testículos —, mas uma equipa liderada e
composta por investigadores portugueses assegura que têm mais semelhanças do
que poderíamos à partida imaginar.
Compreender as semelhanças e
as suas implicações tornou-se um tema de interesse entre a comunidade
científica”, escreve a equipa de
investigadores na revista científica Open Biology.
Este
tópico ainda “subexplorado”, como o descreve a equipa coordenada por Margarida
Fardilha, é alvo da atenção da comunidade
científica há cerca de 40 anos.
Neste tempo, “tornou-se cada vez mais evidente que estes tecidos partilham
várias características”, apesar de as diferenças nas funções, forma e estrutura
serem claras, diz a equipa liderada pela investigadora do Instituto de
Biomedicina da Universidade de Aveiro.
Por incrível que pareça, o cérebro e
os testículos humanos são, entre todos os órgãos do corpo, os que têm o maior
número de genes em comum, referem os investigadores — o grupo é composto por
cientistas das universidades do Porto e de Birmingham. Neste trabalho,
compararam o proteoma (conjunto de proteínas) do cérebro, testículos e de 31
outros tecidos do organismo (como tecido adiposo, do pulmão ou do ovário).
Considerando
que são os genes que encerram a mensagem para a produção de
proteínas, não é de espantar que os tecidos
do cérebro e dos testículos apresentem
também proteomas semelhantes. Do total de 14.315 proteínas que constituem o
proteoma do cérebro e das 15.687 que constituem o proteoma dos testículos, 13.442
são comuns em ambos os tecidos, verificaram os autores. Mais, entre as 13.193 proteínas dos neurónios
e 6.653 dos espermatozoides, 5.048 eram comuns aos dois tipos de células.
O
que é que isto significa exactamente a comunidade científica ainda não sabe
dizer, mas muito se tem especulado sobre a importância evolutiva dos genes no
cérebro e nos testículos dos humanos ou sobre a semelhança entre os processos
degenarativos num e noutro órgão.
“Resultados
em ratos sugeriram que alterações numa proteína podem ser simultaneamente
responsáveis pela desregulação no cérebro e testículo”, escrevem os autores. A inactivação
do gene da doença de Huntington no cérebro e nos testículos de ratos, por
exemplo, leva à degeneração progressiva dos neurónios e à esterilidade em ratos.
Perceber
melhor a função e disfunção das proteínas comuns e como podem afectar o cérebro
e os testículos, pode ajudar no desenvolvimento de novas estratégias
terapêuticas, defendem os investigadores.
ESTRANHA
NATUREZA BIOLOGIA CIÊNCIA NEUROCIÊNCIA GENÉTICA
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