A bem contada por Henrique Burnay sobre a ameaça que há muito a China representa, na sua luta de potentado ambicioso do domínio mundial, entre as outras potências - seguida de bons comentários, de que destaco os do comentador FC, pela sua inteligência crítica na questão das várias actuações dos EU, que embora desejoso de domínio - como os outros potentados seus parceiros na ambição, - generosamente vai defendendo o mundo contra a crueldade desses elementos sectários e ambiciosos, e assim sacrificando os seus soldados, perante a ingratidão dos graves defensores dos seus heróis de estimação...
A seguir é a China
Com a guerra da Ucrânia abriu-se o
confronto entre a Europa e a Rússia. Mas o confronto não vai ficar por aqui. As
mesmas razões vão levar ao confronto com a China. Provavelmente económico.
HENRIQUE BURNAY Consultor
em assuntos europeus
OBSERVADOR, 29 abr 2022
A história da guerra da Ucrânia, mesmo
antes de terminar, é já uma lição sobre a relação entre a Europa e a China.
Mais tarde ou mais cedo vamos ter de falar disso.
Tal
como a pandemia, a invasão russa da Ucrânia veio acelerar, ainda mais,
processos que estavam a acontecer. Há vários anos que se fala sobre a
dependência ocidental da China, mas agora que ficou à vista o exemplo prático
de uma dependência económica, a questão tem muito maior importância. E
urgência.
Desde a viragem para a Ásia, de Barack Obama, e a crescente conflitualidade e assumida confrontação com a
China, de Trump, que a relação entre as duas potências económicas e os
seus principais parceiros se começou a redesenhar. Com a
pandemia, a situação agravou-se. Primeiro, descobriu-se
que o regime chinês tinha tentado ocultar a emergência de uma grave pandemia
que ameaçava espalhar-se, como se espalhou, pelo mundo. Depois, descobriu-se
que muito do que era necessário para combater a pandemia estava na China, dos
ventiladores às máscaras, passando pelos medicamentos. Mas a ciência não estava, como se viu com as vacinas. Finalmente, o
impacto da pandemia nas cadeias de abastecimento vindas da China mostrou a fragilidade que a dependência da China criava. De um momento para o outro, por uma pandemia, ou
por outra razão qualquer, o Ocidente podia ficar sem microchips, sem telefones,
sem roupa, sem caixilharias de alumínio, sem medicamentos, sem… uma infinidade
de produtos essenciais que são produzidos na China. E, não se diz mas alguém
há-de pensar, se, por um qualquer motivo, de um momento para o outro o
Ocidente, e em especial a Europa, perder o acesso ao mercado chinês, as contas
anuais de muitas das principais indústrias europeias, especialmente alemãs,
francesas e americanas, vão sofrer enormes prejuízos.
A
exibição da dependência da cadeia de abastecimento e dos seus riscos alimentou
a narrativa política europeia mais recente. A actual Comissão Europeia tinha tomado posse com uma
grande visão geoeconómica: tornar a dupla transição verde e digital em
oportunidades para a economia europeia.
Daí até às teorias,
muito francesas, de autonomia estratégica,
foi um instante. A Europa
precisava de regular a economia digital e impor a aceleração da transição
energética para ganhar competitividade em ambos os domínios. Falta explicar como é que se passa da liderança
regulatória para o domínio industrial, mas essa é uma questão que os mentores
da estratégia europeia não têm aprofundado. Excepto quando França,
ou quem fala como França, do comissário Breton a várias associações
empresariais europeias, diz que é necessário criar campeões europeus que
possam competir à escala global. Protecionismo, portanto..
O que é que isto tem que ver com a
China? Tudo. A Europa
depende muito do gás e (menos, mas também) do petróleo
russo. Mas
depende profundamente mais dos produtos que vêm da China a baixo custo, e dos
produtos que vende à China, em quantidades industriais. Esta dupla
dependência, que
também pesa na balança chinesa, é
o novo problema de que ainda não se fala.
Mas que mais tarde ou mais cedo se terá de falar. E, ao contrário da Rússia, a China é, e quer ser,
percebida como um modelo alternativo ao Ocidente. E tenta que a Europa seja
autónoma dos Estados Unidos. Leia-se desalinhada.
A China pode não invadir Taiwan, e pode
não voltar a massacrar estudantes em Tiananmen, mas a sua falsa neutralidade
quanto à guerra já não passa despercebida e, eventualmente, sem consequências. Por outro lado, no Ocidente, e à excepção de quem tem
sincero, mesmo que inconfessado, carinho pelo modelo autoritário chinês, até
quem olhava com espanto para a performance económica chinesa já não pode
ignorar que parte desse sucesso é fruto da dependência europeia das fábricas
chinesas. E que oferece a algumas indústrias europeias, desde logo à automóvel,
um importantíssimo mercado de que quase dependem.
E
agora? Logo se verá. Mas uma
coisa é certa, seja por força da necessidade de reduzir dependência e
interdependência com regimes potencialmente adversos, seja pela possibilidade
de um evento que obrigue governos e empresas ocidentais a cortar com a China,
a Europa, tal como os Estados Unidos, vai querer descobrir alternativas à China.
Uns querem fazê-lo dentro da Europa. Outros querem
reglobalizar rapidamente, mas apenas entre amigos. Ou, pelo menos, não
inimigos. Essa foi,
para já, a primeira
lição que o Ocidente parece ter escolhido aprender sobre a guerra e a relação
com a China.
A
outra questão é perceber como é que isto tudo se encaixa numa China que nos lê,
sabe o que escrevemos e pensamos pubicamente, e compreende as alterações em
curso. Se nós antecipamos que vamos querer depender menos da China, Pequim fará
o quê? Ignorará o risco? Antecipará o afastamento? Seja o que for, o efeito nas
economias europeias do bloqueio gerado pelos incompreensíveis confinamentos em
Xangai pode ser um retrato antecipado do custo de desligar da China. Para o
Ocidente e para os chineses.
CAFÉ EUROPA UNIÃO
EUROPEIA EUROPA MUNDO CHINA
COMENTÁRIOS:
ンドレ -アンド: a europa arreou as calças aos russos e aos chinocas,
está na altura de as subir e voltar ao velho continente e produzir e fechar-se
ao que vem de lá... para vilão ..vilão e meio Marco Gomes: A falta de visão estratégica da desunião europeia tem sido gritante mas foi
tudo feito em prol dos interesses económicos ocidentais, talvez agora comecem a
abrir " a pestana" em relação à deslocalização para oriente de
maneira a fomentarem cada vez mais lucro, todos conseguem ver estas políticas
erróneas mas ninguém quer saber, só quando são mesmo obrigados a tomar outro
tipo de medidas é que acordam. A desunião europeia tem sido uma desgraça em
termos de liderança, ou melhor, na falta dela! Ah Pois: Sim, claro que a seguir é a
China e os EUA sem vão colapsar de vez a menos que destruam o planeta e aí não
estão cá para confirmar. Joanaquidiaca Quidiaca: A Europa é uma marionete dos
EUA e estes gestores políticos Europeus são a pior liderança que já existiu na
Europa de todos os tempos, isso mostra que todos actuais Presidentes Europeus
são agentes Clandestinos Americanos para destabilizar o velho continente. Fim
de citação. Joao
Almeida Garrett: É isto mesmo. Há que reindustrializar a Europa, apostando nos países com
vantagens comparativas em termos de custos, incluindo naturalmente os custos
logísticos. Portugal e os países de Leste, incluindo a Ucrânia, estão bem
posicionados para isto. Definitivamente, a China não é, a vários títulos, de
confiança. António
Cézanne > Joao Almeida Garrett: Portugal? Mas quem é que vem
para cá investir em qualquer tipo de indústria com esta carga fiscal sobre as
empresas que existe? Com estas taxas e taxinhas que são perto de 650? Com esta
burocracia que existe, que obriga a certidões e mais certidões, certificados e
mais certificados? Uma aberração completa! Estaria bem posicionado sim, com
outra gestão, não esta gestão socialista que há 20 anos praticamente seguidos
assalta, endivida e desmembra completamente o país. E o problema, é que talvez
o momento certo para isso que refere esteja perto, mas repito, com esta gestão
socialista, mais uma vez vamos perder o barco. Não temos qualquer hipótese! J Sm: 3 d
Mais um que não quer perceber as
causas da decadência do Ocidente. As guerras são sempre civilizacionais e o
Ocidente ateu e permissivo não tem armas (por mais armas que tenha) para
combater os povos que acreditam em Deus. Tenha Deus os nomes que tiver. Ninguém
vai morrer pelo euro. Nuno
Garcia > J Sm: Vai morrer pelo yuan, pelo rublo, ou pela liberdade de
expressão e opinião que existe em grande quantidade na China e na Rússia, (na
China nem de culto há, já que fala em Deus), deve ser isso. mário Unas: Meu caro, a Europa é lenha para
queimar no fogo ateado pelos EUA e a Rússia. FC > mário Unas: se nós deixarmos... Censurado Censurado:
3 d
Este colunista é uma grande
falácia. Mais um faccioso. Acusa quem percebeu que quem provocou o actual
conflito armado na Europa foram essencialmente os EUA de antiamericanismo?! Com
uma série de falácias. Como se o próprio alargamento da Nato para leste ou a
utilização da Ucrânia tivesse alguma a ver com a natureza do regime russo?!
Quando são inclusive a par com a UE, esta como quase sempre por omissão, os
grandes responsáveis pelo ressurgir do nacionalismo na Rússia pelo saque da
própria Rússia que se seguiu à queda do muro. Os EUA vieram para a Ucrânia
pela mesmíssima razão porque vão para todos os países. Por algum interesse dos
EUA. Que é só que faz mexer os EUA historicamente. Inclusive nas duas
grande Guerras quando vieram para a Europa qd foi adequado para eles e não para
nós. Por norma para saquear algum recurso natural. O que no caso da Ucrânia só
acontece indirectamente. Ou quantos países pobres já "ajudaram" os
EUA? Só falta dizer que também foram para o Irão logo a seguir à II Guerra para
salvar o Irão da Democracia do Mosaddegh. Já que os EUA também têm a fama de
serem muito amigos da Democracia quando as derrubam com a mesma facilidade com
que derrubam ditadores. Quando deixam de assegurar os interesses dos EUA. E
depois de instalarem a maioria da segunda metade do Sec. XX, diga-se de
passagem. Porque se há razão pela qual os EUA nunca se mexem, desde que
vejam assegurados os seus interesses, é a natureza dos regimes. Quando até
com as monarquias do golfo mais sanguinárias e logo a começar pela grande democracia
saudita têm tão boas relações… Dizer mãos o quê? Os EUA foram para o Irão em 54 pela mesmíssima razão que já foram este
século para o Iraque. Pelo petróleo. Para em ambos os casos deixaram
o Médio Oriente a arder. C/
aiatolas e todo o tipo de fundamentalistas. E c/ um crescimento do terrorismo que até assusta. E estava aqui o
resto do dia a falar das grandes razões de todas as intervenções externas dos
EUA. Já na Ucrânia a intenção, além da intenção de maluquinhos como a Sra.
Nuland, foi antes de mais fechar o cerco com mísseis à Rússia. Segundo a
doutrina Wolfowitz. E com o surgimento dos mísseis hipersónicos russos de
repente até a Polónia ficou muito longe de Moscovo. Isto já depois de
terem rasgado unilateralmente dois dos tratados de controlo de armas mais
importantes para todos nós. E num segundo nível, para não descer para
níveis directamente associados à corrupção na Ucrânia, para isolar/enfraquecer
a Rússia e a própria UE. Que por mais que escutados os seus lideres e por
mais que f*uck the UE, continua a apoiar a presença dos EUA na Europa? Mesmo
que tb tenha sido sempre mais que óbvio nunca iriam permitir a entrada em
funcionamento do Nord Stream II onde a Europa também gastou milhões! E até nos
avisaram com anos de avanço. Ainda assim com menos que a Rússia avisou que
nunca iria permitir a Nato na Ucrânia. De forma que agora resta continuar a
tentar enfraquecer a Rússia morram os desgraçados que morrerem na Ucrânia. Já
que ainda não é desta que voltam a pôr as mãos nas maiores energéticas russas.
Muito menos nos minerais raros. Porque a Rússia em termos de recursos naturais
tem o futuro mais que assegurado. Mas numa coisa concordo, a seguir vão tentar
fazer o mesmo à China. Infelizmente para os EUA com o mesmo sucesso. Porque
o mundo já mudou. E com o mundo já aí está uma Nova Ordem Mundial
verdadeiramente multilateral. O tempo do polícia do Mundo acabou. Assim como a
grande potência hegemónica do mundo. Que roubou às duas anteriores grandes
potências colonizadoras. Não foi por acaso que De Gaulle nunca foi muito à bola
com os EUA. Um dos poucos líderes europeus até hoje a insurgir-se contra a
maior fraude financeira de sempre. O dólar. P.S. Só enfatizar um dado de que
nunca se fala quando se aborda o crescimento chinês. 25% do seu investimento
foi sempre suportado pela sua diáspora. Como África acaba de descobrir para ver
se sai da miséria. FC
> Censurado Censurado: Todo esse ódio aos EUA
—infelizmente partilhado por demasiada gente, desde a extrema-direita à
extrema-esquerda (Veja-se a situação em França onde a Le Pen e Melanchon
obtiveram juntos a maioria dos votos, mesmo dizendo bem de Putin..), deve-se, a
meu ver, a um sentimento (ressentimento?) europeu de inferioridade em relação
aos EUA. Porquê? porque sem os EUA a Europa era carne para canhão para Nazis e
Soviéticos. Inveja portanto. E porque a luta pela Liberdade dá muito mais
trabalho do que esperar que um gentil ditador "democrata" nos resolva
os problemas através de um Estado "magnânimo e justo". Entre os EUA
como polícia do mundo e a China ou a Rússia como polícias do mundo, venham
vivamente os primeiros. O problema é que desde Obama os próprios EUA se
têm afastado do Mundo, deixando-o à mercê de Talibãs, ou de ditadores turcos,
sírios, russos ou chineses. É aí que Putin aparece: por ausência de ambição e
coesão ocidental. Porque passou a haver um espaço vazio. Quanto a essa
ideia de que a Nato quis cercar a Rússia, diga-me então porque é que os EUA, os
alemães ou os franceses se opuseram à entrada da Ucrânia na Nato? porque é que
arrastaram os pés em relação à sua entrada na UE? E porque é que agora a
Finlândia e a Suécia querem deixar de ser "neutros" e passar a
pertencer à Nato? Quem é que lhes está a apontar a pistola à cabeça? Os
americanos ou os russos? Felizmente, ainda vivemos num pais onde não há censura como na China ou na
Rússia, mas onde infelizmente existe muita auto-censura: fica tão bem dizer mal
dos EUA...para não ter que dizer abertamente bem dos Putins deste Mundo... Uma
maioria silenciosa? Ah
Pois > FC: Você, como toda a gente baralhada de ideias, traz
muito pontos ao mesmo tempo o que inviabiliza qualquer resposta. Mas reflicta um pouco se esse
seu amor aos EUA tem alguma lógica, quando os próprios americanos confessam que
se usam da Europa. Nuno
Casanova > FC:
Bravo! FC > Ah Pois: Eu tentei responder aos vários pontos levantados por
"censurado censurado". Não se trata de amor ou de ódio. Trata-se de
estar atento à história e de tomar alguma distância. A retórica a favor ou
contra os EUA ou a URSS já é velha, mas o facto é que o ressentimento
permanece. E esse, em vez de ser ignorado ou alimentado, deveria ser objecto de
uma reflexão. Ou pelo menos deveria ser actualizado. A mim interessa-me a UE.
Mas essa como que tende naturalmente à desagregação. Uni-la é quase um acto
contra natura. A guerra veio despertar um sentimento novo. O que fazer com a
UE? como queremos que ela seja? que papel é que será o nosso nessa ideia? Que
sacrifício estamos dispostos a fazer? Essa é a discussão que está na ordem do
dia e que acabamos por não ter quando colocamos a nossa visão do mundo na
esfera dos nossos ódios de estimação, tantas vezes infundados ou construídos sobre
mal entendidos. Esta guerra é uma oportunidade para pensar quem somos e o que
queremos ser. A UE nasceu de um desejo de perpetuar a Paz e perante a Guerra,
ou resiste ou desaparece. É isso que Zellensky nos recorda todos os dias. Só
isso. Ah Pois
> FC: Acho que irá ver dentro de pouco tempo a reviravolta
que isto vai dar. Primeiro, não irá haver integração europeia nenhuma inspirada por um país
controlado por nazis que andou a praticar genocídio contra o próprio povo desde
2014. Segundo, não se pode cancelar a Rússia nem agora nem nunca. Uma
coisa é os americanos se quererem servir da Europa para isso, outra será a
realidade. Terceiro, a insatisfação europeia está em crescendo. França,
parte da Alemanha, Grécia, parte de Itália. As pessoas começam a conjecturar o
que é afinal esta ideologia woke, que pretende aglomerar tudo desde socialistas
a nazis, reduzindo a liberdade de informação e expressão em nome duma
"democracia" que cada vez o é menos. FC > Ah Pois: 2 d:
1"um país controlado por nazis" é o slogan da
propaganda russa para justificar a invasão. Não é a realidade. Em 2014 a Rússia
financiou separatistas na Crimeia e no Dombass, armou-os e apressou-se a
entregar-lhes armas e a reconhecer-lhes a independência e a integração na
Federação Russa, fazendo do governo Ucraniano —que naturalmente recusou esse
acto— um regime que "massacra o seu próprio povo" porque reage
legalmente e militarmente a um acto ilegal e forjado por Putin. Como fez Hitler
com os Sudetos alemães em 1938 para justificar a invasão da Checoslováquia onde
se integravam essas regiões.2Não se pode cancelar a Rússia, mas deve-se tentar cancelar Putin como se
devia cancelar Hitler (e assim foi feito) e como se devia ter cancelado
Estaline. Putin é hoje o resultado do uma espécie de Nazismo combinado com
Estalinismo. Em todo caso não é um democrata. É um perigoso genocida que
interfere na vida de todos nós.3A insatisfacção europeia pode estar de facto em
crescendo, mas a maioria ainda quer continuar no Euro. E por pouco "democrática" que seja a nossa democracia (nomeadamente a portuguesa que
elegeu com maioria absoluta o Partido Socialista e a sua oligarquia para
governar o país ou que admite russos pró-Putin a acolher e investigar
refugiados ucranianos), a democracia europeia é mais democrática que a
"democracia" Russa ou Chinesa, ou turca ou venezuelana ou síria ou
cubana etc... Por isso se a Europa pode estar melhor então mude-se a Europa,
democraticamente, em vez de a destruir. Esta é uma boa altura de o fazer. Este
é o desafio. Sobre os extremismos europeus sugiro que leia este artigo de Jaime Nogueira
Pinto: https://observador.pt/opiniao/a-franca-em-marcha/
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