Não se sai disto,
tem
AG muita razão. Só visto!! Mas de
facto, quem tem bom olho é Paulino - Costa de seu apelido, que nos arreia sem
tino, a rir-se, esfregando as mãos. Glutão. Com o Covid açambarcado… sempre à
mão p'rà ambição… e o batalhão sanitário a expor sua razão, na televisão, ao
povoléu boquiaberto, mas sem rejeição, rebanho bem amestrado, aparentemente
amado, com tanta preocupação de pura sofisticação ou antes, de gozação, tem AG
muita razão na sua indignação… que é a minha também, mas sei bem que uma só
andorinha não faz a primavera - para tanta treta, a esconder tanta meta.
A democracia no ventilador
Uma “comissão técnica”, nomeada pelo
dr. Costa, já cozinhou uma “lei de protecção”, que dará ao parlamento, ou seja,
ao dr. Costa, rédea solta para decretar calamidades e encarcerar dissidentes.
ALBERTO GONÇALVES Colunista
do Observador
OBSERVADOR, 14 mai
2022, 00:215
Na
presença do dr. Costa e da ministra Temido, foi ontem lançado um livro que,
cito o Correio da Manhã, “vai explicar aos portugueses como é que se conseguiu
controlar a pandemia de Covid-19 em Portugal durante os últimos dois anos”. “A
obra”, continuo a citar, “é da autoria de especialistas e peritos ouvidos
aquando das reuniões com Governo e DGS no Infarmed, e que foram orientando as
medidas tomadas para combater a Covid com estudos científicos. Os sete
especialistas e co-autores do livro são Raquel Duarte, Felisbela Lopes, Filipe
Alves, Ana Aguiar, Hugo Monteiro, Marta Pinto e Óscar Felgueiras.”
Alta comédia é isto: meia dúzia de
linhas, um potencial de galhofa infinito. Tem graça a pretensão de que se “controlou
a pandemia”, quando Portugal é hoje líder mundial em matéria de “casos” por
milhão de habitantes (e o 13º desde Março de 2020), e, durante estes dois anos,
bateu vários recordes internacionais de “casos” e mortes. Tem graça a noção de
que se “combateu a Covid” com “estudos científicos”, e não com desvairados
palpites políticos. Tem graça – e coerência – que “especialistas” apresentem um
livro junto dos autênticos autores, os governantes que sempre lhes disseram o
que deviam dizer. E tem graça que o evento decorresse a uma sexta-feira 13.
Mas
o que tem mais graça é a fotografia que acompanha a notícia. Como não vejo
canais televisivos, nunca conhecera os rostos dos “especialistas” que tanto nos
iluminaram neste período de trevas. Conheci agora. Reagi com pasmo, a que se sucedeu
o riso e, por fim, uma cabal compreensão. Sabem aqueles adultos com cara de que
passaram a escola a levar porrada dos colegas? Esqueçam: estes são aqueles
adultos que em adultos continuam a levar porrada dos colegas. Raras vezes
contemplei uma pandilha cujas dificuldades de integração social fossem tão
evidentes. Não admira a obsessão com as máscaras.
Ao
contrário das caras, o que não tem graça nenhuma é o descaramento. Após 25 meses em que se espalharam ao comprido a
um ritmo quase diário, e ajudaram a provocar uma desgraceira sanitária, mental
e económica, seria decente que os “especialistas” surgissem em público apenas
para pedir desculpa. Ou que, no mínimo, regressassem de mansinho às catacumbas
onde os desenterraram. Nada disso. Sem um pingo de vergonha na cara (e que
caras, insisto), cometem um livro e a pesporrência de nos “explicar” coisas.
Porquê?
Porque
o poder assim os manda. Porque o poder prefere legitimar “cientificamente”
(risos) os desastres em lugar de admiti-los. Porque ao poder não convém que a
Covid desapareça, na medida em que a histeria respectiva facilitou, e de que
maneira, a subjugação dos cidadãos. E o poder adora cidadãos subjugados. E
distraídos.
É
por isso que, além do livrinho dos “especialistas”, nos últimos dias assistimos ao retorno da Covid. Ou melhor: ao
retorno da Covid aos noticiários. O
que mudou? Na verdade, pouco. Os “casos” subiram, conforme aliás andaram
recentemente a subir nos sítios que demoraram a levantar as restrições ou nem
as levantaram de todo (Austrália, Nova Zelândia, Itália, etc.). Nos países há
muito desmascarados, a quantidade de infecções já é estatisticamente nula, o
que levanta interessantes questões sobre imunidade natural que os “especialistas”
e os políticos não vão responder. Quanto
a internamentos e mortes, não há motivo para alarme, o que significa que há que
inventar motivos para alarme. Há dias,
soube-se que o hospital S. João registou um máximo de urgências. Os
“telejornais” correram a atribuir o drama à Covid. Faltou informar das entrelinhas:
dos 1022 pacientes atendidos, 144 eram do “foro” respiratório, 53 testaram
positivo à Covid e 2 (dois) ficaram internados. No que toca à desonestidade de algum “jornalismo”,
também não há novidades.
Não é necessário ser-se virologista,
matemático, primeiro-ministro, apicultor ou cartomante para comparar umas
dúzias de gráficos e constatar que, a prazo, o coronavírus é olimpicamente
indiferente aos esforços para o “conter”. Porém,
é necessário não se ser rematadamente palerma para verificar que a Suécia, sem
“medidas”, exibe um bocadinho menos de mortos (proporcionais) que Portugal, e
que o Texas, praticamente sem “medidas”, um bocadinho mais. Ou que a Dinamarca,
que desmontou a tenda em Fevereiro, justamente em cima do lendário “pico”,
conta com metade das vítimas daqui. E que esses três irresponsáveis lugarejos,
meros exemplos entre dezenas, estão neste momento a roçar o zero em “casos”,
hospitalizações e mortes. Se não for prejudicial, incluindo para o próprio
“controlo da pandemia”, a acção política e “especializada” é, na melhor das
hipóteses, inútil.
O problema é que toda esta monumental
trapaça tem pouco a ver com a Covid, que é um pretexto, e pouquíssimo a ver com
a segurança das pessoas, as quais, de resto, são o alvo. Ao notar o apreço com que os portugueses reagiram aos
açaimes, literais e metafóricos, uma “comissão técnica”, nomeada pelo dr.
Costa, já cozinhou uma “lei de protecção em emergência de saúde pública”, que
dará ao parlamento, ou seja, ao dr. Costa, e a um “conselho científico”, escolhido
pelo dr. Costa, rédea solta para decretar calamidades, destruir vidas e
encarcerar dissidentes: quem, a propósito de uma epidemia ou da febre do feno,
não aceitar ficar preso em casa, acabará preso na cadeia – dois anos, para
achatar a curva. A vigorar, a dita lei
transforma-nos numa extensão ibérica de Shangai, e a Constituição no tapete do
dr. Costa. A democracia, portanto, desceu ao ventilador. Mesmo sem máscara, o
país está irrespirável.
DEMOCRACIA SOCIEDADE CORONAVÍRUS
COMENTÁRIOS:
Carlos Silva: Caro
AG, Vai-me
desculpar a minha "singela" opinião, mas caro, o sentimento de
frustração é superior a qualquer vírus. Digo o sentimento de frustação, porque
o caro, não obstante de ter que "engolir" sapos para sobreviver neste
"vale-de-lágrimas", ainda tem o desplante de vir com a
"lenga-lenga" do Covid 19. Mas, como é sabido, a vida não está fácil
para ninguém! Vitor
Batista > Carlos Silva: Você
deve ser daqueles que não dispensa a máscara, porque gosta de ser subserviente
com o fascismo e a comunada vigente. São a maioria. Muito bem Alberto
Gonçalves, é deixar andar esta gente açaimada, ao menos já sabemos quem os
verdadeiramente perigosos. Miguel
Baptista: Brilhante. S Belo:
Tem imensa razão, mas é um desperdício ter
voltado ao tema " covid". Vitor BatistaS Belo: Um desperdício?ou não leu o artigo ou não
sabe o que está em causa.
E tudo isto começou com o aumento dos
juízes e a mudança da PGR, ou pensa que é só o putin que sofre de tiques
totalitários?
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