quarta-feira, 18 de maio de 2022

Pode?


O coronel russo ter dito o que disse, sem que lhe caiam em cima o Carmo e a Trindade da imperial putinice? Parece vigarice o discurso do coronel russo. A menos que se encontre dela bem resguardado. Mas serve o texto para aprendizagem nossa, e recreação, pelos comentários que daí advieram.

 “Por muito que odiemos admiti-lo, o mundo inteiro está contra nós”. Coronel russo na reserva condena estratégia de Putin na TV estatal

Mikhail Khodaryonok, coronel russo na reserva, surpreendeu esta segunda-feira, ao criticar a estratégia de Putin na Ucrânia ao vivo num canal de televisão estatal russo.

TÂNIA PEREIRINHA: TEXTO

OBSERVADOR, 17 mai 2022, 11:31 62 

Mikhail Kodaryonok criticou estratégia de Putin na Ucrânia e advertiu o Presidente russo para os perigos de brandir armas na direção da Finlândia   Getty Images

Estão a ser altamente difundidas em todo o mundo as declarações de Mikhail Kodaryonok, coronel na reserva e comentador, esta segunda-feira num programa da televisão estatal russa.

Em directo, o veterano do exército russo manifestou-se abertamente contra a estratégia seguida pelo Kremlin na Ucrânia Francis Scarr, o jornalista da BBC que ouviu e traduziu a intervenção classificou-a como “condenatória” e alertou a audiência para os perigos de aceitar a narrativa oficial do estado em relação à guerra.

Antes de mais, devo dizer que não devemos tomar tranquilizantes de informação”, disse Khodaryonok, para depois garantir que os relatórios que têm sido difundidos pela Rússia sobre a baixa moral dos combatentes ucranianos não correspondem à verdade. “Tudo isso, dito de forma suave, é falso.”

Depois de se ter debruçado sobre o tema da ajuda europeia ao país e de ter previsto que, do ponto de vista russo, a “situação irá francamente piorar” — “Um milhão de soldados ucranianos armados precisa de ser visto como uma realidade do futuro muito próximo” —, o analista centrou-se no ânimo das tropas invadidas para explicar que o nível de profissionalismo de um exército é determinado não apenas pelo treino que recebe mas também pela sua “moral e prontidão para derramar sangue pela pátria”.

Nesse capítulo, garantiu Mikhail Kodaryonok, não há como bater os soldados leais a Volodymyr Zelensky:Eles tencionam lutar até ao último homem. Em última análise, a vitória no campo de batalha é determinada por um elevado nível de moral entre o pessoal, que derrama sangue pelas ideias pelas quais está preparado para lutar”.

O coronel na reserva também não poupou a estratégia russa no que diz respeito ao tema da adesão da Finlândia à NATO e avisou que a táctica de “brandir armas” em direção ao país vizinho, que considera até “divertida”, de tão “pobre” que é, não poderá dar bom resultado. É preciso, defendeu, manter “um sentido de realismo político-militar”.

“Se formos para além disso, mais cedo ou mais tarde a realidade da história atingir-nos-á tão duramente que nos arrependeremos”, disse, para depois apontar ao cada vez mais gritante isolamento russo. “A principal deficiência da nossa posição político-militar é que, de certa forma, estamos em total isolamento geopolítico e que, por muito que odiemos admitir isto, praticamente o mundo inteiro está contra nós.”

Segundo Francis Scarr, citado pela Sky News, a conversa em estúdio prolongou-se para lá do vídeo disponibilizado agora nas redes sociais e incluiu uma resposta da apresentadora do programa, a ressalvar que apenas o Ocidente está contra a Rússia e que Índia e China apoiam o Kremlin. “Esse apoio não é assim tão incondicional”, contrariou-a ainda o analista.

A franqueza de Mikhail Kodaryonok, uma excepção no actual panorama russo, em que todos os meios de comunicação não estatal foram banidos e foi implementada até uma lei que prevê penas de prisão até 15 anos para todos os acusados de difundir “notícias falsas” sobre a “operação militar especial” na Ucrânia, está a ser amplamente difundida, com vários meios, como a Sky, a questionar se o analista sofrerá consequências ou voltará a ser chamado para comentar na TV russa.

Esta terça-feira de manhã, foi republicado no Twitter um artigo que o analista russo escreveu 20 dias antes do início da invasão da Ucrânia, onde previa praticamente tudo o que aconteceu até agora, avisava que acreditar que ninguém ia defender o regime de Kiev era “ignorar completamente a situação político-militar” do país vizinho e garantia que não ia haver “uma guerra fácil” mas sim uma “batalha difícil”.

GUERRA NA UCRÂNIA  UCRÂNIA  EUROPA

COMENTÁRIOS:

rui conceicao

 

Às vezes tenho a sensação que daqui a uns anos vamos acordar e perceber que temos vivido num filme do M. Night Shyamalan e que afinal nos últimos anos são imensos os exemplos de países da Nato que invadiram ou atacaram países vizinhos no sentido de os forçarem a aderir á Aliança. Aos que não aderiram foi-lhes conquistado um pedaço de território só para “aprenderem”. Todos se lembram ainda de líderes da oposição e críticos dos governos desses países mortos e presos. Outros envenenados mesmo em países terceiros. Também foi prática normal dos dirigentes dos países da Nato efectuarem alterações legislativas que lhes permitissem manterem-se no poder durante mais de 20 anos. Enquanto isso na Rússia a Democracia floresce, os Direitos Humanos são respeitados e a Liberdade de Expressão é defendida com grande vigor pelos seus dirigentes, aumentando ainda os movimentos diplomáticos para agregar os países da zona.          Carlos Silva: Ah grande cornoel, digo coronel. Tás feito ao bife !        fg fdsfd: Os portugueses são muito solidários quando a solidariedade não custa dinheiro. Foram muito solidários com Timor, por exemplo, que era uma causa poucochinha e feita à nossa medida. Mesmo assim, para amolecer o coração do tuga, foi necessário produzir um evento catalisador e lá se conseguiram produzir umas imagens manhosas que documentavam não se sabe bem quem a fugir desordenadamente num cemitério. Imagens essas que foram vendidas como um terrível "massacre". Certo é que Portugal conseguiu ter o seu momento de grande protagonismo na "cena internacional". Foi lindo! E barato! Mas com a Ucrânia a coisa vai ser muito diferente e será interessante ver até onde estica a corda da solidariedade portuguesa, quando esta desgraçada população sentir na pele o custo brutal que representa subsidiar o esforço de guerra das forças armadas Azov.           Da Grreite Rizete: Para os “polícias do pensamento” ao serviço do “Ministério da Verdade” que patrulham estas caixas de comentários, aqui só se pode criticar Putin e condenar a invasão russa. Se alguém tiver a ousadia de fazer algum reparo à governação ucraniana, é logo rotulado como putinista, filho da putin, “troll” russo, comunista e afins. Confesso que quando me atribuem tais epítetos, fico “perturbado” e em vez de conseguir dormir 8 horas, durmo… 9! Esses sectários, em dissonância cognitiva, padecem de psicose das massas e à falta de argumentos e capacidade de debate, recorrem ao insulto quais cães raivosos a espumar da boca. Esses “grandes democratas” criticam Putin por ser um ditador e ao mesmo tempo censuram quem diverge do pensamento único inculcado pela narrativa “oficial”. Mas há que os desculpar pois esses idiotas úteis são “vítimas” da doutrinação do “jornalixo” subsídio-dependente segundo o mote “TV On, Mind OFF”. É por isso que esses néscios “engolem” todas as patranhas e pantominas geradas pela propaganda. Os acéfalos estão tão perto da árvore que já não conseguem ver a floresta. Fazem lembrar os acorrentados na alegoria da caverna de Platão.          Alex 2000 > Da Grreite Rizete: Essa lengalenga serve para o quê? Parece um "oh mãe aquele miúdo bateu-me". Se estás confiante nas tuas ideias força nisso.         José Manuel Santos das Couves > Da Grreite Rizete: Já enjoas meu, pelos vistos tás de volta mesmo depois de te terem mandado abaixo o diário ó ET. Já ninguém tinha paciência para a tua conversa da cabo Verdiana que abandonou o filho à nascença, depois foi o covid, vê se desapareces meu           josé maria: Mais tarde ou mais cedo, o Putinochet vai cair.           Alex 2000: Estive a ouvir grande parte do programa e fiquei surpreso pela sobriedade do homem. Aquela jornalista irritante por vezes interrompia (ela tem a mania que os ucranianos não são humanos mas sim seres inferiores), mas foram ditas muitas verdades óbvias.          Alex 2000: Este Mikhail Khodaryonok é um visionário! Será que descobriu isso sozinho?!            Sorte Vicente > Alex 2000: É a ponta do iceberg, sabemos que aquilo não pode ser a cambada de néscios que deixam transparecer. Muitos outros também o diriam se tivessem aquele par de tomates.            Alex 2000 > Sorte Vicente: Eu tenho visto aquele programa algumas vezes, aquilo parece muitas vezes um mundo surreal à parte onde os russos são uma entidade superior. Infelizmente ou se tem uns "tomates gigantes" ou se é doente terminal - deve ter sido doloroso para muitos ouvir o que foi dito.             António Cézanne: Já se nota que o Putin e o Lavrov estão a recuar, tanto nas ameaças, como naquele gargantil do tempo jurássico. Agora tanto um como o outro dizem que a adesão da Finlândia e Suécia à NATO, não representa nenhuma ameaça para a Rússia. Isto depois de há dois meses dizerem que seria uma ameaça e que iriam responder de forma adequada. E zás, toca de fazer exercícios no Báltico, numa tentativa de ameaçar. Eu acho que finalmente esta russalhada do tempo das cavernas, já começou a perceber que o ocidente não tem medo nenhum deles e muito menos daquelas ameaças que por vezes parecem ameaças feitas por rapazes pequenos numa guerra de rua entre índios e cowboys. Simples!          Jessica Sofia > António Cézanne: Eram todos dirigentes russos a ameaçar com uma guerra nuclear            David Pinheiro: Venho aqui apenas para ler os maravilhosos comentários dos putinistas cá do burgo. Admiro o esforço que fazem para defender o seu grande líder.        fg fdsfd > David Pinheiro: De Putin podemos dizer que, pelo menos, foi objecto de maior escrutínio eleitoral do que essa imberbe Ursula que, na prática, manda na Europa. Podemos também dizer que ainda menos conhecidos são aqueles que mandam na Ursula. Digamos que o sistema oligárquico europeu está cada vez mais forte, mais críptico/menos escrutinado. Mas ainda bem que continua a acreditar, acredite muito.         Alberto Tavares Pires: Mas afinal na Rússia é possível vir a uma emissora estatal criticar a posição do governo? As ditaduras já não são o que eram, ou o que certas pessoas insistem que são...          António Cézanne > Alberto Tavares Pires: Foi possível para este, porque pelos vistos não tem medo. Quantos mais vieram criticar a posição do governo? Será que todos, mas mesmo todos os outros concordam com a posição do governo, ou a diferença é que este não tem medo e os outros têm?...........................

fg fdsfd: Não será menos de metade do "mundo inteiro"? De facto, os BRIC e muitos outros países do médio-oriente e de África, muito populosos, não tomaram uma posição frontalmente contra a operação militar da Rússia na Ucrânia. Este coronel na reserva adopta uma visão de "mundo" centrada no mundo ocidental. Esta visão fica-lhe bem muito bem no plano do imaginário, do lirismo utópico e do daily-disney-show, mas está longe de aderir à realidade.              Gigi Tavares > fg fdsfd: E que visão!! É por isso que os BRIC, os do Médio-Oriente e os de África até se afogam para tentar cá chegar, ao mundo ocidental          fg fdsfd > Gigi Tavares: Espere até ver o nível de vida que lhe vão proporcionar os não-eleitos e iluminados a quem confiou os destinos da Europa. Espere até ver o excelente resultado das políticas de Ursula e afins. Espere, porque só no fim é que vai poder dizer que são sólidas, melhores que as BRIC e outras, as economias assentes no disney-show, numa colossal dívida e sem quaisquer recursos naturais, designadamente energia. Espere.           Pedro Duartefg fdsfd: os crescimentos previstos não são maus. excepto na Rússia entre -10% e -15% e ainda menos no próximo ano. Mas pode ir para lá, mas é melhor levar uns rolitos de papel higiénico.          Alex 2000 > fg fdsfd: Não é verdade. Existem muito poucos países a apoiar os russos, é verdade que a maioria da população mundial está em países com uma posição neutra (que obviamente é quase sempre por razões políticas). Temos 25% do mundo a condenar a Rússia fortemente, 5% (provavelmente menos) a apoiar a Rússia e o resto do mundo a manter uma posição neutra. Se em termos de população a condenação até pode parecer pequena, em termos de importância económica e geo-estratégia, mais de metade do mundo condena a Rússia. É muito triste dizer isto, mais obviamente não tem o mesmo peso os australianos condenarem a Rússia comparado com o apoio cubano (gosto muito do povo cubano e acho muito injustas as sanções impostas) aos Russos. (Se fossem junto do povo cubano perguntar de que lado estão, provavelmente diriam do lado americano - é para lá que eles querem ir)           fg fdsfd > Alex 2000: Espere até as populações dos países que formam essa "importância económica e geo-estratégica" deixar de se mover pelo emocionalismo mediático e perceber que apoiar a Ucrânia resulta em falsos heroísmos, maiores baixas militares e civis e num aumento brutal do custo de vida em economias já por si afundadas em dívida.           Ah Pois: Um coronel na reserva russo que diga mal do sistema pode sempre ganhar uns trocos em qualquer país do Ocidente.          Maria Carreira > Ah Pois: E o contrário também...Mas o engraçado é que os que dizem mal do "sistema de cá", não querem mudar "para lá"...          António Cézanne > Maria Carreira: Essa é que é mesmo a grande verdade, tudo o resto são desabafos desesperados das viúvas frustradas do Putin! Falam, falam, falam, mas continuam a usufruir daquilo que o ocidente lhes proporciona. Não procuram a vida "fantástica" que a Rússia lhes poderia proporcionar. Não passam de papagaios de uma raça em vias de extinção e já quase totalmente depenados.

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