O coronel russo ter dito o que disse, sem
que lhe caiam em cima o Carmo e a Trindade da imperial putinice? Parece vigarice
o discurso do coronel russo. A menos que se encontre dela bem resguardado. Mas serve
o texto para aprendizagem nossa, e recreação, pelos comentários que daí
advieram.
“Por
muito que odiemos admiti-lo, o mundo inteiro está contra nós”. Coronel russo na
reserva condena estratégia de Putin na TV estatal
Mikhail Khodaryonok, coronel russo na
reserva, surpreendeu esta segunda-feira, ao criticar a
estratégia de Putin na Ucrânia ao vivo num canal de televisão estatal russo.
OBSERVADOR, 17 mai 2022, 11:31 62
▲Mikhail
Kodaryonok criticou estratégia de Putin na Ucrânia e advertiu o Presidente
russo para os perigos de brandir armas na direção da Finlândia Getty Images
Estão a ser altamente difundidas em
todo o mundo as declarações de Mikhail Kodaryonok, coronel na reserva e
comentador, esta segunda-feira num programa da televisão estatal russa.
Em directo, o veterano do exército russo
manifestou-se abertamente contra a estratégia seguida pelo Kremlin na Ucrânia — Francis Scarr, o jornalista da BBC que ouviu e
traduziu a intervenção classificou-a como “condenatória” — e alertou a audiência para os perigos de aceitar a
narrativa oficial do estado em relação à guerra.
“Antes de mais, devo dizer que não devemos tomar
tranquilizantes de informação”, disse Khodaryonok, para
depois garantir que os relatórios que têm sido difundidos pela Rússia sobre a
baixa moral dos combatentes ucranianos não correspondem à verdade. “Tudo isso,
dito de forma suave, é falso.”
Depois de se ter debruçado sobre o
tema da ajuda europeia ao país e de ter previsto que, do ponto de vista russo,
a “situação irá francamente piorar” —
“Um milhão de soldados ucranianos armados
precisa de ser visto como uma realidade do futuro muito próximo” —, o analista centrou-se no ânimo das
tropas invadidas para explicar que o nível de profissionalismo de um exército é
determinado não apenas pelo treino que recebe mas também pela sua “moral e
prontidão para derramar sangue pela pátria”.
Nesse
capítulo, garantiu Mikhail Kodaryonok, não há como bater os soldados leais a
Volodymyr Zelensky: “Eles tencionam lutar até ao último homem. Em última
análise, a vitória no campo de batalha é determinada por um elevado nível de
moral entre o pessoal, que derrama sangue pelas ideias pelas quais está
preparado para lutar”.
O
coronel na reserva também não poupou a estratégia russa no que diz respeito ao
tema da adesão da Finlândia à NATO e avisou que a táctica de “brandir armas” em
direção ao país vizinho, que considera até “divertida”, de tão “pobre” que é,
não poderá dar bom resultado. É preciso, defendeu, manter “um sentido de
realismo político-militar”.
“Se
formos para além disso, mais cedo ou mais tarde a realidade da história
atingir-nos-á tão duramente que nos arrependeremos”, disse, para depois apontar ao cada vez mais
gritante isolamento russo. “A
principal deficiência da nossa posição político-militar é que, de certa forma,
estamos em total isolamento geopolítico e que, por muito que odiemos admitir
isto, praticamente o mundo inteiro está contra nós.”
Segundo
Francis Scarr, citado pela Sky News, a conversa em estúdio prolongou-se para lá do vídeo
disponibilizado agora nas redes sociais e incluiu uma resposta da apresentadora
do programa, a ressalvar que apenas o Ocidente está contra a Rússia e que Índia e China apoiam o Kremlin. “Esse apoio não é assim tão incondicional”,
contrariou-a ainda o analista.
A
franqueza de Mikhail Kodaryonok, uma
excepção no actual panorama russo, em que todos os meios de comunicação não
estatal foram banidos e foi implementada até uma lei que prevê penas de prisão
até 15 anos para todos os acusados de difundir “notícias falsas” sobre a
“operação militar especial” na Ucrânia, está a ser amplamente difundida, com
vários meios, como a Sky, a
questionar se o analista sofrerá consequências ou voltará a ser chamado para
comentar na TV russa.
Esta terça-feira de manhã, foi
republicado no Twitter um artigo que o analista russo escreveu 20 dias antes do
início da invasão da Ucrânia, onde previa praticamente tudo o que aconteceu até
agora, avisava que acreditar que ninguém ia defender o regime de Kiev era
“ignorar completamente a situação político-militar” do país vizinho e garantia que
não ia haver “uma guerra fácil” mas sim uma “batalha difícil”.
GUERRA NA
UCRÂNIA UCRÂNIA EUROPA
COMENTÁRIOS:
rui conceicao
Às vezes tenho a sensação que daqui a uns anos vamos
acordar e perceber que temos vivido num filme do M. Night Shyamalan e que
afinal nos últimos anos são imensos os exemplos de países da Nato que invadiram
ou atacaram países vizinhos no sentido de os forçarem a aderir á Aliança. Aos
que não aderiram foi-lhes conquistado um pedaço de território só para
“aprenderem”. Todos se lembram ainda de líderes da oposição e críticos dos
governos desses países mortos e presos. Outros envenenados mesmo em países
terceiros. Também foi prática normal dos dirigentes dos países da Nato efectuarem
alterações legislativas que lhes permitissem manterem-se no poder durante mais
de 20 anos. Enquanto isso na Rússia a Democracia floresce, os Direitos Humanos
são respeitados e a Liberdade de Expressão é defendida com grande vigor pelos
seus dirigentes, aumentando ainda os movimentos diplomáticos para agregar os
países da zona. Carlos
Silva: Ah grande
cornoel, digo coronel. Tás feito ao bife ! fg fdsfd: Os portugueses são muito
solidários quando a solidariedade não custa dinheiro. Foram muito solidários
com Timor, por exemplo, que era uma causa poucochinha e feita à nossa medida.
Mesmo assim, para amolecer o coração do tuga, foi necessário produzir um evento
catalisador e lá se conseguiram produzir umas imagens manhosas que documentavam
não se sabe bem quem a fugir desordenadamente num cemitério. Imagens essas que
foram vendidas como um terrível "massacre". Certo é que Portugal
conseguiu ter o seu momento de grande protagonismo na "cena
internacional". Foi lindo! E barato! Mas com a Ucrânia a coisa vai ser
muito diferente e será interessante ver até onde estica a corda da
solidariedade portuguesa, quando esta desgraçada população sentir na pele o
custo brutal que representa subsidiar o esforço de guerra das forças armadas
Azov. Da Grreite
Rizete: Para os “polícias
do pensamento” ao serviço do “Ministério da Verdade” que patrulham estas caixas
de comentários, aqui só se pode criticar Putin e condenar a invasão russa. Se
alguém tiver a ousadia de fazer algum reparo à governação ucraniana, é logo
rotulado como putinista, filho da putin, “troll” russo, comunista e afins.
Confesso que quando me atribuem tais epítetos, fico “perturbado” e em vez de
conseguir dormir 8 horas, durmo… 9! Esses sectários, em dissonância cognitiva,
padecem de psicose das massas e à falta de argumentos e capacidade de debate,
recorrem ao insulto quais cães raivosos a espumar da boca. Esses “grandes
democratas” criticam Putin por ser um ditador e ao mesmo tempo censuram quem
diverge do pensamento único inculcado pela narrativa “oficial”. Mas há que os
desculpar pois esses idiotas úteis são “vítimas” da doutrinação do “jornalixo”
subsídio-dependente segundo o mote “TV On, Mind OFF”. É por isso que esses
néscios “engolem” todas as patranhas e pantominas geradas pela propaganda. Os
acéfalos estão tão perto da árvore que já não conseguem ver a floresta. Fazem
lembrar os acorrentados na alegoria da caverna de Platão. Alex 2000 > Da Grreite Rizete: Essa lengalenga serve para o
quê? Parece um "oh mãe aquele miúdo bateu-me". Se estás confiante nas
tuas ideias força nisso. José
Manuel Santos das Couves > Da Grreite Rizete: Já enjoas meu, pelos vistos tás
de volta mesmo depois de te terem mandado abaixo o diário ó ET. Já ninguém
tinha paciência para a tua conversa da cabo Verdiana que abandonou o filho à
nascença, depois foi o covid, vê se desapareces meu josé maria: Mais tarde ou mais cedo, o Putinochet vai cair. Alex 2000: Estive a ouvir grande parte do
programa e fiquei surpreso pela sobriedade do homem. Aquela jornalista
irritante por vezes interrompia (ela tem a mania que os ucranianos não são
humanos mas sim seres inferiores), mas foram ditas muitas verdades óbvias. Alex 2000: Este Mikhail Khodaryonok é um
visionário! Será que descobriu isso sozinho?! Sorte Vicente > Alex 2000: É a ponta do iceberg, sabemos que aquilo não pode ser
a cambada de néscios que deixam transparecer. Muitos outros também o diriam se tivessem
aquele par de tomates. Alex
2000 > Sorte Vicente: Eu tenho visto aquele programa algumas vezes, aquilo
parece muitas vezes um mundo surreal à parte onde os russos são uma entidade
superior. Infelizmente ou se tem uns "tomates gigantes" ou se é doente
terminal - deve ter sido doloroso para muitos ouvir o que foi dito. António Cézanne: Já se nota que o Putin e o
Lavrov estão a recuar, tanto nas ameaças, como naquele gargantil do tempo
jurássico. Agora tanto um como o outro
dizem que a adesão da Finlândia e Suécia à NATO, não representa nenhuma ameaça
para a Rússia. Isto depois de há dois meses dizerem que seria uma ameaça e que
iriam responder de forma adequada. E zás,
toca de fazer exercícios no Báltico, numa tentativa de ameaçar. Eu acho que finalmente esta
russalhada do tempo das cavernas, já começou a perceber que o ocidente não tem
medo nenhum deles e muito menos daquelas ameaças que por vezes parecem ameaças
feitas por rapazes pequenos numa guerra de rua entre índios e cowboys. Simples! Jessica Sofia > António Cézanne: Eram todos dirigentes russos a
ameaçar com uma guerra nuclear
David Pinheiro: Venho aqui apenas para ler os maravilhosos comentários
dos putinistas cá do burgo. Admiro o esforço que fazem para defender o seu
grande líder. fg
fdsfd > David Pinheiro: De Putin podemos dizer que,
pelo menos, foi objecto de maior escrutínio eleitoral do que essa imberbe
Ursula que, na prática, manda na Europa. Podemos também dizer que ainda menos
conhecidos são aqueles que mandam na Ursula. Digamos que o sistema oligárquico
europeu está cada vez mais forte, mais críptico/menos escrutinado. Mas ainda
bem que continua a acreditar, acredite muito. Alberto Tavares Pires:
Mas afinal na Rússia é possível
vir a uma emissora estatal criticar a posição do governo? As ditaduras já não
são o que eram, ou o que certas pessoas insistem que são... António Cézanne > Alberto Tavares Pires: Foi possível para este, porque
pelos vistos não tem medo. Quantos mais vieram criticar a posição do governo? Será
que todos, mas mesmo todos os outros concordam com a posição do governo, ou a
diferença é que este não tem medo e os outros têm?...........................
fg fdsfd: Não será menos de metade do "mundo inteiro"? De facto, os BRIC e
muitos outros países do médio-oriente e de África, muito populosos, não tomaram
uma posição frontalmente contra a operação militar da Rússia na Ucrânia. Este
coronel na reserva adopta uma visão de "mundo" centrada no mundo
ocidental. Esta visão fica-lhe bem muito bem no plano do imaginário, do lirismo
utópico e do daily-disney-show, mas está longe de aderir à realidade. Gigi Tavares > fg fdsfd: E que visão!! É por isso que os BRIC, os do
Médio-Oriente e os de África até se afogam para tentar cá chegar, ao mundo
ocidental fg fdsfd > Gigi Tavares: Espere até ver o nível de vida que lhe vão
proporcionar os não-eleitos e iluminados a quem confiou os destinos da Europa.
Espere até ver o excelente resultado das políticas de Ursula e afins. Espere,
porque só no fim é que vai poder dizer que são sólidas, melhores que as BRIC e
outras, as economias assentes no disney-show, numa colossal dívida e sem
quaisquer recursos naturais, designadamente energia. Espere. Pedro Duartefg fdsfd: os crescimentos previstos não são maus. excepto na Rússia
entre -10% e -15% e ainda menos no próximo ano. Mas pode ir para lá, mas é
melhor levar uns rolitos de papel higiénico. Alex 2000 > fg fdsfd: Não é verdade. Existem muito poucos países a apoiar os russos, é
verdade que a maioria da população mundial está em países com uma posição
neutra (que obviamente é quase sempre por razões políticas). Temos 25% do mundo a condenar a
Rússia fortemente, 5% (provavelmente menos) a apoiar a Rússia e o resto do
mundo a manter uma posição neutra. Se em termos de população a condenação até pode
parecer pequena, em termos de importância económica e geo-estratégia, mais de
metade do mundo condena a Rússia. É muito triste dizer isto, mais obviamente não tem o
mesmo peso os australianos condenarem a Rússia comparado com o apoio cubano
(gosto muito do povo cubano e acho muito injustas as sanções impostas) aos
Russos. (Se fossem junto do povo cubano perguntar de que lado estão, provavelmente
diriam do lado americano - é para lá que eles querem ir) fg fdsfd > Alex 2000: Espere até as populações dos países que formam essa
"importância económica e geo-estratégica" deixar de se mover pelo
emocionalismo mediático e perceber que apoiar a Ucrânia resulta em falsos
heroísmos, maiores baixas militares e civis e num aumento brutal do custo de
vida em economias já por si afundadas em dívida. Ah Pois: Um coronel na reserva russo que
diga mal do sistema pode sempre ganhar uns trocos em qualquer país do Ocidente. Maria Carreira > Ah Pois: E o contrário também...Mas o engraçado é que os que
dizem mal do "sistema de cá", não querem mudar "para lá"... António Cézanne > Maria Carreira: Essa é que é mesmo a grande
verdade, tudo o resto são desabafos desesperados das viúvas frustradas do
Putin! Falam, falam, falam, mas continuam a usufruir daquilo que o ocidente lhes
proporciona. Não procuram a vida "fantástica" que a Rússia lhes
poderia proporcionar. Não passam de papagaios de uma raça em vias de extinção e já quase
totalmente depenados.
…………………………………………..
Nenhum comentário:
Postar um comentário