Luis Soares
de Oliveira escreveu no seu facebook o texto que segue, que me
chegou por email:
28 de maio, PAZ PORTUGUESA -II
«Dizem alguns que tivemos a paz
mas pagamos um preço pesado. Claro que pagamos um preço. Em parte nenhuma
existe free lunch. E que preço foi esse? O preço que pagamos então foi
termos sido beneficiários do Plano Marshall (1948) e membros fundadores da NATO
(1949) . O primeiro trouxe-nos a electrificação; o segundo, custou-nos o
Império. Valeu a pena? A cada um a sua resposta. Eu que conheci o Portugal
de então, sou pela positiva.»
Julgo que a “positiva” do sr. Embaixador
não poderá abranger os desmandos estabelecidos com as descolonizações - as
misérias, violências, totalitarismos dos novos governantes, lá pelas Áfricas, e
a substituição dos colonizadores pacíficos, pelas ingerências modernas dos extremismos
islamitas e quejandos, movidos por interesses comerciais ou de alargamento
islâmico. A positiva não são certamente as migrações desvairadas desses povos
maltratados, quer pelos seus novos chefes, quer pelas suas ambições em busca de
melhores espaços, quantas vezes os naufrágios e outros males não lhes
permitindo alcançar as terras europeias ou americanas da sua ambição… Esses casos
merecerão talvez, o reconhecimento de uma África menos conturbada então, a
merecer o antigamente uma classificação pela positiva, do Sr. Embaixador.
Mas não me parece que seja esse o
sentido da sua expressão ambígua.
Democracia … sim, também parece merecer
a anuência positiva de qualquer um de nós que, segundo se afirma, nunca foi tão
liberal, etc, etc… mas a destruição económica, o viver de empréstimos, numa aparência
de fausto, e a corrupção tão constante com a violência que hoje se patenteia
por toda a parte, será isso tão positivo assim?
Positivo, sim, este desenvolvimento tecnológico,
que nos traz o “conforto” visual e não só, ao que se passa no mundo, no
imediato dos acontecimentos. Mas uma extraordinária manipulação dos telemóveis
ou suas famílias pela juventude, constitui um obstáculo grosseiro, pelo
divertimento abusivo, ao pleno desenvolvimento dos jovens em idade escolar, hoje, preterindo as leituras mais sadias e formativas… Tanto que se poderia citar, a
confirmar o positivo ou o negativo...
Mas negativo, sim, foi a tal época
anterior, da ditadura construtiva... salazarenta… se não me engano, na
decifração do ironicamente ambíguo - “sou pela positiva”.
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